Covid: novo picocomo apostar galera betcasos pega profissionaiscomo apostar galera betsaúde esgotados e desamparados:como apostar galera bet

A percepçãocomo apostar galera betNunes corrobora o que pesquisadores da Escolacomo apostar galera betAdministraçãocomo apostar galera betEmpresas da FGV-SP escutaramcomo apostar galera betprofissionaiscomo apostar galera betsaúde pública do país, em rodadascomo apostar galera betentrevistas que têm sido conduzidas desde abrilcomo apostar galera bet2020. A mais recente foi publicadacomo apostar galera betoutubrocomo apostar galera bet2021.

"Nossa expectativa eracomo apostar galera betque os resultados seriam sempre melhores: que os profissionais iriam aprender (a lidar com a doença), que sentiriam menos medo, que as questõescomo apostar galera betsaúde mental iriam se acomodar. E não é isso o que os dados mostram", explica à BBC News Brasil a pesquisadora Gabriela Lotta, professoracomo apostar galera betAdministração Pública e Governo da FGV.

O medo dos profissionaiscomo apostar galera betsaúde entrevistados pela pesquisa -como apostar galera bettécnicoscomo apostar galera betenfermagem a médicos - frente à covid-19 se mantevecomo apostar galera betpatamares acimacomo apostar galera bet80% ao longocomo apostar galera bettodas as rodadas da pesquisa.

Também maiscomo apostar galera bet80% deles sentiram quecomo apostar galera betsaúde mental foi afetada negativamente pela pandemia, mas menoscomo apostar galera betum terço (30%) afirmou ter recebido algum tipocomo apostar galera betapoio para lidar com isso.

'Esperançacomo apostar galera betnormalidade que se perdeu'

"Eles estão lácomo apostar galera betcondições muito ruinscomo apostar galera betsaúde física e mental, e com a sensaçãocomo apostar galera betfaltacomo apostar galera betapoiocomo apostar galera betpolíticas públicas e uma esperançacomo apostar galera betnormalidade que se perdeu", avalia Lotta. "Uma frase que apareceucomo apostar galera betmuitas respostas é: 'somos soldados largados na frente da batalha'. A sensaçãocomo apostar galera betsolidão é muito forte."

E, embora tenha havido um aprendizado técnico importante sobre como prevenir, enfrentar e tratar o coronavírus, a sucessãocomo apostar galera betmutações do vírus ecomo apostar galera betnovas ondascomo apostar galera betcovid-19 faz com que a sensaçãocomo apostar galera betdespreparo frente a doença continue elevada, explica Lotta.

A enfermeira Alessandra Alencar Gadelhacomo apostar galera betMelo sente issocomo apostar galera betseu dia a diacomo apostar galera betdois hospitais (um público e um privado)como apostar galera betSalvador (BA), apesarcomo apostar galera betjá acumular quase três décadascomo apostar galera betexperiência na profissão.

"É claro que a gente sabe lidar melhor com o pacientecomo apostar galera betcovid-19 oucomo apostar galera betsíndrome respiratória aguda grave. E a vacinação (em altos níveis no país) também dá um conforto. Mas sempre vem uma apreensão e ansiedade diante das novas variantes do coronavírus", diz ela.

Melo também é presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia e recebe relatos diárioscomo apostar galera betcolegas queixando-se da rotinacomo apostar galera betprontos-socorros lotados com pacientes com sintomascomo apostar galera betcovid-19 e influenza. Ela notou, ao longo da pandemia, a deterioração da saúde física e mental dos enfermeiroscomo apostar galera betseu Estado.

Até 2020, as principais queixas recebidas no sindicato eram relacionadas a atrasos salariais, explica a enfermeira. "Agora, a maioria das reclamações é por questõescomo apostar galera betsaúde mental, esgotamento mental e assédio moral, (por conta de) relaçõescomo apostar galera bettrabalho muito desgastadas e precarizadas."

"Nós nos contaminamos muito e adoecemos muito - houve um escancaramento das fragilidades e da precariedade da profissão. Os enfermeiros precisam ter vários vínculos trabalhistas (empregos), e quase todos esses vínculos são precários."

Os mais vulneráveis

Enfermeiros, técnicoscomo apostar galera betenfermagem e agentescomo apostar galera betsaúde estão entre os profissionais mais vulneráveis nas circunstâncias atuais, avalia Gabriela Lotta.

Até porque esses grupos são compostos emcomo apostar galera betmaioria por mulheres, e muitos são negros, o que significa que já sofrem o pesocomo apostar galera betoutras desigualdades socioeconômicas, e têm salários relativamente baixos.

"São pessoascomo apostar galera betcondições piores para enfrentar a pandemia. Fazem dupla ou tripla jornada, muitas vezes não têm com quem deixar os filhos, ou têmcomo apostar galera betcuidar dos próprios pais. A sobrecarga mental é ainda pior", prossegue Lotta.

O psiquiatra Helian Nunes observou, também, muita fragilidade entre um grupo ainda mais amplocomo apostar galera betprofissionais.

"Já no início a gente viu que a vulnerabilidade écomo apostar galera bettodo o trabalhador (envolvido no atendimento a pacientes): desde o porteiro do hospital até o motorista da ambulância", pondera.

Enfermarias, prontos-socorros e postoscomo apostar galera betsaúde também sofrem com uma cargacomo apostar galera bettrabalho e uma carga horária crescentes, dizem os pesquisadores.

"Chamou nossa atenção o fatocomo apostar galera betos profissionaiscomo apostar galera betsaúde primária, como os que atendemcomo apostar galera betpostoscomo apostar galera betsaúde, mostrarem um nívelcomo apostar galera betsofrimento bastante alto, maior atécomo apostar galera betquem trabalhacomo apostar galera bethospitais", explica à BBC News Brasil Débora Dupas Nascimento, doutoracomo apostar galera betCiências e pesquisadoracomo apostar galera betSaúde Pública da Fiocruz Mato Grosso do Sul.

Dupas é coordenadoracomo apostar galera betuma pesquisa que entrevistou 518 profissionaiscomo apostar galera betsaúde sul-mato-grossenses entre outubrocomo apostar galera bet2020 e marçocomo apostar galera bet2021, cujos resultados foram publicadoscomo apostar galera betnovembro. E mais da metade dos entrevistados apresentaram sintomas -como apostar galera betleves a severos -como apostar galera betansiedade, estresse e depressão.

"A literatura já mostra que,como apostar galera betcontextos normais, profissionais da saúde já são mais suscetíveis a esses transtornos. Agora, na pandemia, isso se agravou, reduzindo o númerocomo apostar galera betprofissionais disponíveis por conta do númerocomo apostar galera betafastamentos", explica a pesquisadora.

É que o contexto atual cria uma espéciecomo apostar galera betciclo vicioso: quanto mais exaustão e contágio, mais profissionais precisam ser temporariamente afastadoscomo apostar galera betseus trabalhos, aumentando a pressão - e o riscocomo apostar galera betadoecimento - dos profissionais que ficam.

É comum nesses cenários, diz Dupas, que trabalhadores sejam pressionados a encurtar suas licenças médicas ou a trabalhar doentes para suprir a demanda e cumprir plantões.

"A gente tem ficado muito preocupado com esse desgaste, porque as equipes estão sobrecarregadas novamente", agrega Helian Nunes. "Não estamos favorecendo a saúde dos nossos trabalhadores, e não tem profissional sobrando no mercado."

Dois médicos intensivistas consultados pela BBC News Brasil dizem que (felizmente), até o momento, o picocomo apostar galera betcasoscomo apostar galera betcovid-19 não resultoucomo apostar galera betaumentos drásticoscomo apostar galera betcasos graves que exijam internaçõescomo apostar galera betUnidadescomo apostar galera betTerapia Intensiva (UTIs). Mas ambos dizem que suas equipes estão cansadas.

"Está todo mundo exausto. Reviver outra onda é mobilizar recursos e energias, e uma UTIcomo apostar galera betcovid-19 exige o dobro ou o triplo (de esforço) do que uma UTI normal", diz o médico Matheus Alves, intensivistacomo apostar galera betBrasília. "Mas quem está na saúde vai tentar segurar, tirar forçacomo apostar galera betonde não tem. Senão, quem que vai ser? A gente torce para as vacinas darem conta e para os casos pararem no máximo nas enfermarias."

"Os colegas estão meio resignados, são gato escaldado", afirma Edino Parolo, intensivistacomo apostar galera betPorto Alegre (RS). "Mas tem várias pessoas que conheço que fazem planoscomo apostar galera betmudarcomo apostar galera betárea (e saircomo apostar galera betUTIs), se especializarcomo apostar galera betoutras áreas. Porque ainda estão se recuperando (da experiência na pandemia)."

O alívio da pandemia vivido entre meados e o final do ano passado havia aberto uma "janelacomo apostar galera betesperança" entre profissionaiscomo apostar galera betsaúde primária - janela que é fechada com a atual explosãocomo apostar galera betcasos, acredita Gabriela Lotta.

"Hoje eles conciliam a filacomo apostar galera bettestagem para o coronavírus com a filacomo apostar galera betvacinação e com a filacomo apostar galera betpacientes passando mal, e tudo isso com um componente a mais: o apagãocomo apostar galera betdados na saúde", diz a pesquisadora.

Embora os dados da pesquisa mais recente da FGV sejam do ano passado, "a hipótese écomo apostar galera betque esses profissionais estejam agora com um sentimento muito ruim, com a saúde mental muito abalada. E,como apostar galera bettodos os momentoscomo apostar galera betque a pandemia cresceu, isso era escancarado pelos números. Agora, isso é muito mais invisibilizado".

Para Débora Dupas Nascimento, da Fiocruz, é preocupante o fatocomo apostar galera bettão poucos profissionaiscomo apostar galera betsaúde terem acompanhamento psicológicocomo apostar galera betum momento tão difícil.

"É preciso pensarcomo apostar galera betpolíticas públicas locais e nacionais para dar esse apoio a eles", argumenta. "E também é preciso haver momentoscomo apostar galera betlazer, com suas famílias oucomo apostar galera betatividade física, e momentoscomo apostar galera betautocuidado. Porque ele (profissional da saúde) cuida dos outros, mas não (tem podido) cuidarcomo apostar galera betsi mesmo."

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