Brasil confirma dois casos da 'deltacron': o que se sabe sobre nova variante do coronavírus:avatar 2 1xbet

"O sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratórioavatar 2 1xbetreferência nacional da Fiocruz", complementou Queiroga.

Embora seja utilizadoavatar 2 1xbetreportagens e postagensavatar 2 1xbetredes sociais, o nome deltacron não é adotado oficialmente pelas instituiçõesavatar 2 1xbetsaúde. Por ora, a designação utilizadaavatar 2 1xbetestudos e publicações especializadas para essa nova linhagem é AY.4/BA.1.

Confira a seguir o que já se sabe e o que ainda falta conhecer sobre essa nova variante.

Origem e espalhamento

Os primeiros casosavatar 2 1xbetuma variante do coronavírus que une alguns genes da delta com outros da ômicron foram confirmados na Françaavatar 2 1xbetjaneiroavatar 2 1xbet2022.

De lá para cá, ela também foi encontrada na Bélgica, na Alemanha, na Dinamarca e na Holanda, de acordo com informações do Gisaid, uma plataforma online onde cientistas do mundo todo compartilham sequências genéticas do coronavírus.

Mais recentemente, alguns casosavatar 2 1xbetcovid relacionados à deltacron também foram observados nos Estados Unidos e, agora, estãoavatar 2 1xbetinvestigação no Brasil.

A quantidadeavatar 2 1xbetsequências positivas desta linhagem ainda é bem baixa: até o momento, foram depositadas no Gisaid apenas 47 amostras da AY.4/BA.1, sendo que 36 delas vêm da França.

Embora não seja uma informação conclusiva, o fatoavatar 2 1xbetesse número não ter crescidoavatar 2 1xbetforma exponencialavatar 2 1xbetjaneiro para março pode ser interpretado como um sinal preliminaravatar 2 1xbetque essa linhagem não possui uma capacidadeavatar 2 1xbetespalhamento superior à da ômicron.

Outro dado que corrobora essa perspectiva vem de um estudo ainda não publicado por pesquisadores da Helix, uma empresa privada que trabalha com sequenciamento genético nos Estados Unidos.

Os cientistas analisaram maisavatar 2 1xbet29 mil amostras positivas para covid-19 que foram colhidas entre novembroavatar 2 1xbet2021 e fevereiroavatar 2 1xbet2022, períodoavatar 2 1xbetque tanto a delta quanto a ômicron circularam com bastante intensidade por terras americanas.

De todos esses casos positivos, foram identificados apenas dois que traziam a tal da deltacron.

Os autores concluem que, por ora, esses episódios com as duas variantes são "raros" e "não existem evidênciasavatar 2 1xbetque uma combinação delta-ômicron resulta num vírus mais transmissívelavatar 2 1xbetcomparação com as linhagens da ômicronavatar 2 1xbetcirculação".

Como as variantes se misturam?

O virologista Felipe Naveca, que integra a Redeavatar 2 1xbetGenômica da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), explica que a recombinaçãoavatar 2 1xbetvariantes não é algo raro ou inesperado.

"É possível que isso já tenha acontecido várias vezes, com outras linhagens. Mas, como no início as variantes do coronavírus não eram tão diferentes umas das outras, ficava mais difícil detectar esses eventos."

"Os vírus estãoavatar 2 1xbetconstante evolução e o surgimentoavatar 2 1xbetnovas versões não é necessariamente uma coisa ruim. Precisamos agora avaliar e entender o impacto que isso pode ter na pandemia", complementa.

Mas como essa recombinação acontece na prática? Primeiro, é preciso teravatar 2 1xbetmente que os últimos meses foram marcados por uma intensa circulaçãoavatar 2 1xbetduas variantes do coronavírus: a delta e a ômicron.

Nesse contexto, um indivíduo pode se infectar simultaneamente com as duas versões do patógeno, ao ter contato com pessoas infectadas num bar, no transporte público ouavatar 2 1xbetqualquer outro local onde ocorrem aglomerações.

As duas variantes podem, então, infectar uma célula ao mesmo tempo. O resultado desse processo é que as novas cópiasavatar 2 1xbetvírus que surgem dali trazem alguns genes característicos da ômicron e outros pedaços do código genético da delta.

No caso da deltacron, por exemplo, os cientistas observaram que ela carrega a espícula da ômicron e o "corpo" da delta.

Vale lembrar aqui que a espícula, ou a proteína S, é uma estrutura que fica na superfície do vírus. A função dela é se conectar aos receptores das células humanas para dar início à infecção.

Ainda não está claro se essa "mistura"avatar 2 1xbetduas linhagens importantes do coronavírus pode causar um quadro mais grave, com risco maioravatar 2 1xbethospitalização ou morte.

Também não existem informações se ela consegue escapar da imunidade, conferida por uma infecção prévia ou pela vacinação.

Os cientistas estão fazendo pesquisas para responder a essas perguntas e os primeiros resultados devem ser divulgados nas próximas semanas.

Há razão para preocupar-se?

Autoridadesavatar 2 1xbetsaúde pública nacionais e internacionais têm pedido ponderação e calma a respeito dessa nova variante.

Ao anunciar a investigação dos dois primeiros casos no país, o ministro Queiroga falouavatar 2 1xbet"tranquilizar a população brasileira" e disse que a detecção da deltacron é "fruto do fortalecimento da capacidadeavatar 2 1xbetvigilância genômica no Brasil".

Em entrevistas recentes, Maria Van Kerkhove, líder técnicaavatar 2 1xbetcovid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), destacou que até agora "não foram observadas mudanças epidemiológicas ou na severidade da doença relacionadas a essa variante".

"Infelizmente, esperamos ver mais vírus recombinados, pois mudar com o passar do tempo é justamente o que esses patógenos fazem", explicou a especialista.

Naveca concorda com os prognósticos e as análises. "Da parte científica, a gente precisa aumentar a vigilância genômica e fazer cada vez mais sequenciamentosavatar 2 1xbetamostras para entender se essa nova variante tem algum impacto", aponta.

"Já do pontoavatar 2 1xbetvista individual, é muito importante completar o esquema vacinal com as doses recomendadas", recomenda.

"E os demais cuidados preventivos, como a lavagem das mãos e o usoavatar 2 1xbetmáscarasavatar 2 1xbetboa qualidade, especialmenteavatar 2 1xbetambientes fechados, continuam a funcionar para diminuir o riscoavatar 2 1xbetse infectar com qualquer variante do coronavírus", conclui o virologista.

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