'Filabet 355 bet24h na calçada e sem banheiro': o desesperobet 355 betmães que temem perder Auxílio Brasil:bet 355 bet

Ingrid Souza

Crédito, Felipe Souza

Legenda da foto, Ingrid mostra bilhete que recebeu ao buscar informaçõesbet 355 betunidade do Cras

No entanto, o governo federal estendeu esse prazo por mais um mês.

A BBC News Brasil conversou com quatro mães que cuidam sozinhasbet 355 betseus filhos na Brasilândia e dependem majoritariamentebet 355 betbenefícios sociais para comprar alimentos e pagar contas básicasbet 355 betcasa.

Quatro meses tentando

A babá Ingrid Souza disse que tenta há quatro meses fazer o agendamento para atualizar o cadastro no Cras.

Ela conta que o cartão dela foi bloqueadobet 355 betagosto e, desde então, só consegue receber os benefícios sociais numa agência da Caixa.

Na sexta, ela foi até o Cras 3, na Brasilândia,bet 355 betmais uma tentativabet 355 betatualizar o cadastro. Mas sem sucesso.

"Eles dizem que não podem fazer nada. Dizem que tenho que atualizar pelo site, mas eu já tentei. Também liguei no 156 (atendimento da prefeitura) e aplicativo. Tenho dois filhos e não pude dormir na fila para garantir a atualização", afirmou.

Ingrid contou à BBC News Brasil que o dinheiro do auxílio é essencial para a família pagar as contas básicas e se alimentar. Ela mora sozinha e sustenta os dois filhos,bet 355 bet7 e 3 anos.

"A primeira coisa que eu faço quando eu pego o dinheiro é comprar o leite das crianças e a fralda usada pelo meu filhobet 355 bet3 anos para dormirbet 355 betcima porque faz xixi na cama. De resto, eu complemento a renda com bicos como babá, que rendem R$ 200 por mês", contou enquanto segurava uma criança que ela cuida.

Ingrid disse ainda que uma das principais ajudas que ela conta para gastar menos é com as refeições que os filhos dela fazem na escola.

Procurada, a Secretaria Municipalbet 355 betAssistência e Desenvolvimento Social (Smads)bet 355 betSão Paulo informou que "o atendimento no CadÚnico na cidadebet 355 betSão Paulo é feito prioritariamente por agendamento prévio desde 2018, com a finalidadebet 355 betevitar a formaçãobet 355 betfilas".

Por mês, segundo a pasta, "são feitos cercabet 355 bet62 mil agendamentos na capital. De acordo com a Coordenaçãobet 355 betGestãobet 355 betBenefícios da Smads, há ausênciabet 355 betcercabet 355 bet25% dos agendamentos. Estas vagas geradas por ausência ficam novamente disponíveis à população".

Renda principal

Joana d'Arc Ferreira da Cruz cuida sozinha dos três filhos. E diz que também está há meses tentando agendar um atendimento no Cras para continuar recebendo o Auxílio Brasil, principal renda da família.

"Já tentei pelo site, associaçãobet 355 betbairro, no 156. Eu não posso perder o benefício. Só meu aluguel custa R$ 300, que é metade do auxílio. Fora isso, tenho que pagar wi-fi para os meus filhos estudarem", afirmou.

Joana D'Arc Ferreira da Cruz

Crédito, Felipe Souza

Legenda da foto, Joana d'Arc Ferreira da Cruz cuida sozinha dos três filhos e tem o Auxílio Brasil como principal renda

Joana disse que os filhos fazem carretosbet 355 betmaneira esporádica, mas que ela não conta com esse dinheiro para a casa.

Ela complementa a renda da família com o trabalho que faz coletando material reciclável.

"Esse trabalho me garante uma rendabet 355 betaté R$ 150 por semana. Como somos quatro pessoas na casa, eu faço o que posso."

24 horas na fila

Às 10hbet 355 betquinta-feira (13/10), quando Fernanda Aparecida Benedito chegou ao local onde a van itinerante do Cras estava estacionada na Brasilândia, ela foi informada que, caso não entrasse na fila para ser atendida no dia seguinte, possivelmente teria o Auxílio Brasil cancelado.

Fernanda Aparecida Benedito pouco antesbet 355 betser atendida

Crédito, Felipe Souza

Legenda da foto, Fernanda Aparecida Benedito passou 24 horas na fila até ser atendida

"Naquela hora, já tinham 22 pessoas na minha frente. Eu tive que passar a noite aqui, com muita gente dormindo na calçada. Pessoas com crianças e idosos sem banheiro ou tenda. Vi senhoras fazendo xixi atrás dos carros nas ruas. Quem trouxe coberta se cobriu. Quem não trouxe, ficou passando frio", relatou.

Ela conta que algumas pessoas chegaram a brigar à noite com quem já estava na fila, por entender que eles não queriam mais pessoas lá.

"A gente dizia para as pessoas que chegavam que eram só distribuiriam 50 senhas, mas elas achavam que a gente não queria que elas fossem atendidas. Teve até brigabet 355 betpuxãobet 355 betcabelo por causa disso", disse Fernanda.

Ela contou à reportagem que nos últimos três meses ligou para o 156 para tentar agendar atendimento, mas sempre ouviu que não havia vagas. Para ir à fila, ela deixou os filhos na casa da mãe porque não tinha quem os levasse à escola.

"Então, as crianças perdem os estudos e a gente perde dinheiro porque nós trabalhamos com eventos. E como vamos trabalhar hoje se a gente dormiu a noite inteira na rua?", questionou.

Ela disse que usa o Auxílio Brasil para pagar o aluguelbet 355 betR$ 600 da casa onde vive com os filhos,bet 355 bet14 e 9 anos. O pai deles, segundo ela, dá uma ajuda financeira informal para as crianças.

"Se eles não dão o benefício, eu não consigo pagar o aluguel. O trabalho que eu faço é para nos alimentar, pagar uma perua para levar meu filho, comprar roupas", disse.

Com queixasbet 355 betartrose e dores no nervo ciático, Sandra Lia do Nascimento disse que "foi muito sofrido" passar a noite ao relento para atualizar o cadastro.

Sandra Lia do Nascimento

Crédito, Felipe Souza

Legenda da foto, Com queixasbet 355 betartrose e dores no nervo ciático, Sandra Lia do Nascimento disse que "foi muito sofrido" passar a noite no relento

"Mas a gente precisa", se consola momentos antesbet 355 better o nome dela chamado pela atendente.

Ao ser perguntada pela BBC News Brasil, ela disse que agora tem esperançabet 355 betque terá seu problema resolvido.

"Eu esperobet 355 betDeus que eu consiga. Afinal, depois da tempestade, vem a bonança", disse, sorrindo.

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