Os 3 focos das investigações sobre açãobetnacional atualizado apkbolsonaristasbetnacional atualizado apkBrasília:betnacional atualizado apk

betnacional atualizado apk No dia seguinte à invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), as autoridades federais responsáveis pela punição dos responsáveis pelos atos violentos cometidos no domingo (8/1) têm três focos principais: identificaçãobetnacional atualizado apkmassa dos invasores, mapeamento da redebetnacional atualizado apkfinanciamento desses grupos e a apuraçãobetnacional atualizado apkeventual conivênciabetnacional atualizado apkagentes públicos.

Na tardebetnacional atualizado apkdomingo, milharesbetnacional atualizado apkmilitantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendendo pautas como o fechamento do Congresso Nacional invadiram as sedes dos três poderes da República. Eles chegaram a Brasília ao longo dos últimos dias e ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na área central da cidade, ao longo do dia.

Apesarbetnacional atualizado apkhaver policiais militares na área próxima às sedes dos três poderes, a PM do Distrito Federal não conseguiu impedir a invasão.

A ordem só foi restabelecida na região após a chegadabetnacional atualizado apkreforços. Como consequência da invasão, o presidente Lula anunciou, no final da tarde, a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, foi nomeado interventor e vai comandar o aparatobetnacional atualizado apksegurança do Distrito Federal até o final do mêsbetnacional atualizado apkjaneiro.

Imagens divulgadas pela Secretariabetnacional atualizado apkComunicação da Presidência da República (Secom) mostraram os estragos causados pelos invasores. Computadores, monitores, móveis e até obrasbetnacional atualizado apkarte que ornamentavam o Palácio do Planalto foram depredados.

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Nas horas que se seguiram, as prioridades das autoridades responsáveis pela punição dos responsáveis começaram a ser divulgadas.

Identificaçãobetnacional atualizado apkmassa dos invasores

Um dos principais focos das investigações até o momento é a identificaçãobetnacional atualizado apkmassa dos responsáveis pelas invasões. Não há dados oficiais sobre a quantidadebetnacional atualizado apkpessoas que participaram dos atos do domingo, mas imagens divulgadas por redesbetnacional atualizado apkTV mostram pelo menos algumas milharesbetnacional atualizado apkpessoas nas imediações do Congresso, STF e Palácio do Planalto.

De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, pelo menos 200 pessoas já foram presasbetnacional atualizado apkflagrante. Dino citou que essas pessoas poderão responder pelos crimesbetnacional atualizado apkgolpebetnacional atualizado apkestado, dano ao patrimônio histórico e lesão corporal (por agressões contra agentesbetnacional atualizado apksegurança e jornalistas). As penas, segundo ele, podem chegar a até 20 anosbetnacional atualizado apkprisão.

O ministro afirmou que mais prisões deverão ser realizadas nas próximas horas.

"As pessoas que participaram desses eventos, estejam onde estiverem, serão presas", disse o ministro durante entrevista coletiva.

"Teremos mais alguns atos relativos a esta investigação com novos pedidosbetnacional atualizado apkprisão preventiva", afirmou Dino durante a entrevista.

A BBC News Brasil também apurou que a Polícia Federal vai usar ferramentasbetnacional atualizado apkreconhecimento facial para identificar os militantes que participaram ativamente da invasão dos prédios e a depredação do patrimônio público.

Essas ferramentas irão cruzar imagens captadas por circuitos internosbetnacional atualizado apkTV, câmerasbetnacional atualizado apksegurança e material divulgadobetnacional atualizado apkredes sociais com as basesbetnacional atualizado apkdados já disponíveis para o aparatobetnacional atualizado apksegurança como dados biométricosbetnacional atualizado apksecretariasbetnacional atualizado apksegurança pública estaduais.

A PF também tentará identificar os invasores por meio das impressões digitais deixadas nos prédios invadidos.

Outra prioridade apontada pelas autoridades é a identificação da redebetnacional atualizado apkfinanciamento que teria viabilizado o transportebetnacional atualizado apkmilharesbetnacional atualizado apkpessoas a Brasília e a manutenção delas na capital federal.

Em entrevista coletiva, Flávio Dino disse que a Polícia Federal e a Polícia Civil já estão montando o mapabetnacional atualizado apkfinanciamento dos atos do domingo.

"Quem financia crime, criminoso é. Nós já levantamos todos os ônibus,betnacional atualizado apkonde vieram, quem pagou. Temos a lista dos passageiros e vamos pedir as medidas cabíveis à polícia judiciária, tanto da PF quanto da Polícia Civil", disse Flávio Dino.

"Isto nunca aconteceu na vida brasileira deste modo e não vai acontecer nunca mais. E esta é a forma pela qual nós vamos prevenir: chegando nos financiadores", disse Flávio Dino.

A busca por financiadoresbetnacional atualizado apkatos antidemocráticos já era uma das principais vertentes do inquérito que tramita no STF sobre o assunto.

Ainda não está claro se as invasões realizadas no domingo serão apuradas dentro deste inquérito que, atualmente, é relatado pelo ministro Alexandrebetnacional atualizado apkMoraes.

Em novembro do ano passado, segundo o jornal O Estadobetnacional atualizado apkS.Paulo, relatórios enviados ao STF mostraram a existênciabetnacional atualizado apkuma redebetnacional atualizado apkfinanciadoresbetnacional atualizado apkatos antidemocráticos composta por empresários e produtores rurais.

A investigação sobre os atos do domingo deve apurar quem são os responsáveis pelo fretamentobetnacional atualizado apkdezenasbetnacional atualizado apkônibus que transportavam militantes bolsonaristasbetnacional atualizado apkdireção a Brasília.

Conivência e omissão

O terceiro foco das autoridades federais é na conivênciabetnacional atualizado apkagentes públicos com a invasão das sedes dos três poderes.

Ao longobetnacional atualizado apktodo o domingo, surgiram suspeitasbetnacional atualizado apkque agentes do aparatobetnacional atualizado apksegurança pública do Distrito Federal teriam permitido a ação dos invasores.

As suspeitas se intensificaram após uma mudança no planejamentobetnacional atualizado apksegurança da Esplanada dos Ministérios, área que dá acesso aos prédios invadidos. Inicialmente, o acessobetnacional atualizado apkpedestres ao local estava proibido, mas esse acesso foi permitido ao longo do dia, facilitando a chegada dos invasores à Praça dos Três Poderes.

Em uma petição enviada ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a pedir a prisão do agora ex-secretáriobetnacional atualizado apkSegurança Pública do Distrito Federal, o ex-ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, Anderson Torres, ebetnacional atualizado apktodos os agentes públicos responsáveis por "supostas omissões" que levaram à invasão.

"Dentre os pedidos, figuram a prisãobetnacional atualizado apkflagrante do ex-secretáriobetnacional atualizado apkSegurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, exonerado na tardebetnacional atualizado apkhoje, ebetnacional atualizado apkdemais agentes públicos responsáveis por atos e omissões", disse uma nota divulgada pela AGU.

Torres foi exonerado do cargobetnacional atualizado apksecretáriobetnacional atualizado apkSegurança Pública pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após a invasão das sedes dos três poderes. O próprio governador foi afastado do cargo por 90 dias pelo STF. A vice, Celina Leão (PP)assumiu o cargo interinamente.

Ao longobetnacional atualizado apksua gestão no Ministério da Justiça, Torres ficou fortemente identificado com Bolsonaro e chegou a ser apontado como responsável pela operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que parou diversos ônibus transportando eleitores na região Nordeste no dia do segundo turno das eleições presidenciais.

Em entrevista coletiva, Flávio Dino evitou citar diretamente Anderson Torres e acusar Ibaneis Rochabetnacional atualizado apkconivência com as invasões, mas disse que os responsáveis pela condução da operaçãobetnacional atualizado apksegurança no domingo precisam ser identificados.

"Eu não vejo até o presente momento que o governador Ibaneis,betnacional atualizado apkmodo deliberado, tenha se omitido. É mais provável que outros tenham passado informações erradas ao governador Ibaneis e isso levou a decisões erradas [...] a apuração vai mostrar se foram erros humanos ou se foram omissões criminosas, convivências que levaram a que o governador tomasse decisões que se mostraram erradas", disse.

"Nós enxergamos omissão do aparatobetnacional atualizado apksegurança pública do Distrito Federal e a resposta jurídica foi a intervenção federal que foi processada", completou.

Assim como no caso da identificação da redebetnacional atualizado apkfinanciadores dos atos do domingo, não está claro se a apuração sobre as responsabilidades e possíveis omissõesbetnacional atualizado apkagentes públicos que levaram à invasão ficará a cargo do inquérito dos atos antidemocráticos que já tramita no STF ou se será alvobetnacional atualizado apkuma outra investigação conduzida pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público Federal (MPF).

A BBC News Brasil procurou Anderson Torres por telefone e por aplicativosbetnacional atualizado apktrocabetnacional atualizado apkmensagens, mas ele não atendeu aos contatos.

Em seu perfil no Twitter, Torres rechaçou as invasões.

"É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei", disse horas antesbetnacional atualizado apkterbetnacional atualizado apkexoneração anunciada.