Baterias1neon54veículos eletrificados podem ser 100% recicladas

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247 - As baterias1neon54lítio, que equipam a grande maioria dos veículos eletrificados (elétricos puros ou híbridos) rodando pelo mundo podem ser 100% recicladas, evitando qualquer risco ou prejuízo ao meio ambiente. A tecnologia para desenvolver este trabalho está difundida mundialmente e já é desenvolvida também no Brasil – as três principais empresas especializadas nessa atividade que operam no país são Re-Teck, Energy Source (associadas da ABVE) e Lorene.

Essas empresas atuam no mercado brasileiro coletando e reciclando as baterias1neon54lítio1neon54aparelhos celulares, notebooks, tablets e máquinas1neon54cartão. A tecnologia dessas baterias é a mesma utilizada pelas montadoras nos seus veículos eletrificados. “As baterias1neon54lítio já fazem parte da sociedade brasileira há, pelo menos, 25 anos”, afirma Marcelo Cairolli, diretor1neon54Infraestrutura da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) e vice-Presidente1neon54Negócios para América Latina da Re-Teck, que atua no Brasil desde 2016.

Para se ter ideia,1neon54acordo com pesquisa divulgada1neon542023 pela Escola1neon54Administração1neon54Empresas1neon54São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP), o Brasil tinha então 249 milhões1neon54smartphones e outros 115 milhões1neon54tablets e notebooks ativos. “Isso equivale a 42,2 mil toneladas1neon54baterias1neon54operação. Portanto, essa não é uma tecnologia nova no país e as empresas1neon54reciclagem que atuam nesse segmento são bem lucrativas e estão prontas para atender ao mercado automotivo”, acrescenta Cairolli.

Apesar deste cenário promissor,1neon54101neon54julho, a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação do texto base da Reforma Tributária, incluindo o carro elétrico no Imposto Seletivo, conhecido como o “Imposto do Pecado”. O projeto agora será apreciado pelo Senado. Este imposto foi criado para incidir sobre produtos ou atividades nocivos à saúde ou ao meio ambiente.

“Os veículos elétricos e híbridos reduzem ou cortam a zero as emissões1neon54poluentes nocivos, diminuem a poluição sonora e contribuem com a redução dos gases do efeito estufa. Eles favorecem a saúde humana e o meio ambiente. Não faz qualquer sentido esse produto ser incluído no Imposto Seletivo”, argumenta Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

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Reciclagem das baterias

Ao contrário do que muita gente imagina, a bateria1neon54um veículo eletrificado não quebra ou estraga1neon54um dia para o outro. Na verdade, assim como acontece nos aparelhos celulares, com o passar dos anos, suas células vão perdendo a capacidade1neon54carregamento. No caso dos veículos elétricos,1neon54geral, não é necessário trocar a bateria toda1neon54uma vez: o consumidor poderá solicitar um teste das células e trocar apenas as que estão danificadas – o processo é similar ao que já acontece no Brasil com as baterias1neon54bicicletas elétricas. Estas células substituídas são enviadas para a reciclagem.

Essas células, feitas1neon54lítio, são o componente mais importante da bateria e operam, basicamente, como as pilhas comuns que conhecemos, armazenando a energia necessária para manter o veículo1neon54funcionamento. Os carros elétricos, dependendo do modelo, possuem milhares1neon54células.

Quando o desempenho da maioria das células atinge a marca1neon5450% abaixo do normal, é a hora da substituição. Porém, aquela bateria usada ainda poderá ter uma “segunda vida”1neon54aplicações estacionárias, incluindo sistemas1neon54armazenamento1neon54energia solar ou eólica para residências e empresas.

As baterias dos veículos possuem,1neon54geral, garantia1neon54oito anos e apresentam uma durabilidade que varia1neon5410 a 15 anos – e, portanto, ainda não existem modelos eletrificados no Brasil com baterias que necessitem da reciclagem. No momento1neon54que as baterias que rodam atualmente pelo país começarem a chegar ao seu limite1neon54durabilidade, as empresas1neon54reciclagem estarão prontas para oferecer seus serviços para o mercado nacional.

Basicamente, estes serviços poderão incluir a coleta das baterias usadas por todo o país e a reciclagem1neon54100% do produto. A maior segurança que esse processo terá sucesso é o fato1neon54os itens reciclados terem valor1neon54venda no mercado global, similar ao1neon54comodities, além1neon54contribuírem com a preservação do meio ambiente.

Durante a reciclagem, que consiste na trituração das baterias, são gerados três tipos1neon54produtos que são devidamente separados: plásticos, retalhos1neon54alumínio e cobre e os chamados metais nobres (lítio, cobalto e níquel). Todos são recicláveis, mas os resíduos1neon54metais nobres são os mais valiosos no mercado internacional e são conhecidos como “Massa Negra” (“Black Mass”) pela1neon54aparência – são um pó metálico e preto que posteriormente é enviado para separação dos metais e reaproveitamento na fabricação1neon54novas baterias. Lítio, níquel e cobalto podem ser reciclados infinitas vezes.

Existe um interesse crescente, globalmente, pela “Massa Negra”. Grandes empresas internacionais já estão atuando nesse setor e algumas montadoras já anunciaram parcerias ou joint-ventures para explorar as oportunidades1neon54reciclagem com as baterias1neon54veículos eletrificados.

Tipos1neon54baterias

As baterias1neon54lítio são amplamente preferidas pelas montadoras por causa da1neon54eficiência elevada, bom desempenho1neon54altas temperaturas e capacidade1neon54reciclagem dos seus componentes. Mas existem, também, vários tipos1neon54baterias1neon54lítio, que proporcionam desempenhos diferentes. A escolha das indústrias leva1neon54consideração fatores como autonomia, desempenho e custo. Atualmente, existem quatro tipos principais que equipam os carros: NMC (Lítio Níquel-Manganês-Cobalto), LFP (Lítio Ferro-Fosfato), NCA (Lítio Níquel-Cobalto-Alumínio) e Li-S (Lítio Enxofre).