PF adota legislação estrangeirablaze roletasolo brasileiro para perseguir palestinos, diz Fepal

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247 - A perseguição das autoridades brasileiras,blaze roletacoordenação com o serviçoblaze roletaespionagem israelense e os Estados Unidos, o Mossad, levou à detenção e posteriormente à extradição do cidadão palestino Muslim Abu Umar,blaze roletaSão Paulo, denunciou a Federação Árabe-Palestina (Fepal) por meioblaze roletanota divulgada nesta segunda-feira (24). 

Segundo o documento, a repressão é uma continuação do genocídio palestinoblaze roletacurso na Faixablaze roletaGaza, perpetrado pelas forças sionistas, e as autoridades brasileiras simplesmente resolveram adotar a legislação israelense para prender o homem, sem nenhuma base legal para isso. Além disso, destaca o documento, a legislação brasileira não veda a afiliação a movimentos políticos, tal como o Hamas. 

NOTA: DA REPATRIAÇÃO ILEGAL DA FAMÍLIA PALESTINO-MALAIA À CONSTRUÇÃO DO TOTALITARISMO NO BRASIL

Sobre a repatriação, ontem, por ordem judicial, do cidadão palestino Muslim Abu Umar, originárioblaze roletaHebron, cidade palestina na Cisjordânia Ocupada, bem comoblaze roletaseus familiares malaios – esposa grávidablaze roleta7 meses, filhoblaze roleta6 anos e sograblaze roleta69 anos – trouxe mais do que estupor e indignação aos milhõesblaze roletabrasileiros que acompanharam o caso como uma continuidade,blaze roletaterritório brasileiro, do genocídioblaze roletacurso na Palestina, notadamenteblaze roletaseu pequeno enclaveblaze roletaGaza.

Estupor porque a primeira razão publicamente veiculada, ablaze roletaque teria ligações com alegado “terrorismo” (por “israel” e seu dono, os EUA, que inventaram esta categoria,blaze roletasuas próprias “regras” para assassinarblaze roletatodo o planeta), foi ventilada sem nenhuma prova ou indicio, salvo que teria “ligações com o Hamas”, algo também longeblaze roletaser criminalizante, mesmo da parteblaze roletaquem, porventura, pretenda divergir desta organização política e armada palestina, visto que ela não é enquadrada conforme na legislação internacional antiterror, seja pela ONU, seja pelos demais órgãos internacionais pertinentes, seja, por fim, pelo Brasil.

Se é assim, não cabe a quaisquer autoridades policiais brasileiras adotar pretensas legislaçõesblaze roletaoutros países e as internalizarem e, menos ainda, adotar suas interpretações, “suspeições” ou os tais “relatórios”, todos anêmicos, distorcidos e, não raro, espetacularmente mentirosos, alémblaze roletamal redigidos.

É o casoblaze roletauma tal “Autoridadeblaze roletaProibiçãoblaze roletaLavagemblaze roletaDinheiro e Financiamento do Terrorismoblaze roletaIsrael”, órgão do comicamente designado “Ministério da ‘Justiça’”blaze roleta“israel”, que emitiu,blaze roleta26blaze roletaoutubroblaze roleta2023, um grosseiro arrazoado que “chama todas as entidades reguladas globais para aumentar vigilância às campanhasblaze roletafinanciamento do terrorismoblaze roletaresposta à guerrablaze roletaandamento e estadoblaze roletaemergência”.

A “guerrablaze roletaandamento” nada mais é do que o extermínio do povo palestinoblaze roletaGaza iniciadoblaze roleta7blaze roletaoutubro do ano passado, peça do experimento social genocida que está agorablaze roletaseu 77º ano, desde que o sionismo se autoproclamou estado e se autodenominou “israel”.

Em suas mendicantes, indigentes e inúteis oito páginas, este arrazoado faz uma só menção a Muslim Imran Abu Umar, apontado como presidente da organização “Cultura Palestina Organization Malasya” (PCOM), que seria um “braço executivo do Hamas na Malásia”. Diz, ainda, que Abu Umar atuaria como “representante do Hamas para a Ásia” e,blaze roletaforma quase hilária, que “expressou abertamenteblaze roletafiliação ao Hamas emblaze roletapágina no Twitter” – fez nesta plataforma autodeclaração nestes termos porqueblaze roletafiliação política não é ilegal! E termina este trecho afirmando que a organização é “designada (terrorista) por ‘israel’blaze roleta2020. 

Ou seja: mesmo “israel”, um regime gângster, acusadoblaze roletagenocídio e cujos dirigentes já não podem viajar à vontade por temosblaze roletaprisão, emblaze roletapeçablaze roletapropaganda, não ousou trazer outras imputações, limitando àblaze roletaprópria torpeza.

Mas, claro, a Polícia Federal não se disse, exatamente, a serviçoblaze roleta“israel” ou do MOSSAD, o seu serviçoblaze roletaassassinatos no exterior, mas, sim, sob orientação dos EUA. 

Conforme publicou hoje a agênciablaze roleta“notícias” Reuters, “o pedido veio do Departamentoblaze roletaEstado dos EUA", dando por fonte “um alto funcionário da Polícia Federal”. De acordo o funcionário da PF ouvido pela Reuters, “foi provado perante um juiz que ele estava profundamente envolvido com o Hamas".

E, finalmente, a juíza Milenna da Cunha, novamente conforme a agência noticiosa, sentenciou a repatriação porque a PF recebeu um “alerta vermelho da embaixada dos EUA” que “’um agente do Hamas, Muslim Abu Umar’, chegaria ao Brasil na sexta-feira vindoblaze roletaKuala Lumpur”.

Por fim, o espetáculo circense da pior qualidade, indigno dos circos, alude que o palestino repatriado à Malásia teria publicaçõesblaze roletaencontro com Ismail Haniyeh, membro do Hamas, bem como que haveria a “suspeita” queblaze roletaesposa malaia teria vindo ao Brasil para dar à luz no país com intuitoblaze roletaobter cidadania brasileira.

Como se vê:

1. A acusação da PF éblaze roletaser ou relacionar-se com o Hamas, organização, malgrado haver quem dela divirja politicamente, não catalogada como “terrorista” pela ONU ou pelo Brasil, somente pelos EUA e “israel”, que não se sobrepõem ao Direito Internacional nem têm moral perante o mundo, especialmente porque já eliminaram, desde 1991, vários milhõesblaze roletaseres humanos ao falso pretexto da “guerra do terror”;

2. Em assim sendo, toda ação da PF, albergadablaze roletatempo recorde pelo judiciário, é ilegal;

3. Também ilegal e imoral porque permite suspeitarblaze roletaqualquer mulher que venha ao Brasil grávidablaze roletafazê-lo para obter cidadania, algo impensável sob qualquer critério civilizado; e

4. Restou claro que toda ação foi diretamente comandada a partirblaze roletaWashington e Tel Aviv, duas metrópoles capitalinas do genocídioblaze roletacurso na Palestina, contra os interesses nacionais brasileiros, pisoteando nossas legislação, soberania e autoridadesblaze roletagoverno eblaze roletaestado.

Fora o circo administrado pelos que conduziram essa "operação", o perigo maior é que nos assalta: estamos diante do precedente que pode levar à criminalizaçãoblaze roletatodos os implicados, no Brasil, na solidariedade ao povo palestino, à denúncia do genocídio que vivem os palestinos e na justa crítica aos que o promovem, os EUA e seu regime títere, “israel”, que, além do mais, é um regime supremacistablaze roletaapartheid.

Se um cidadão estrangeiro, porém com parentes brasileiros, pode ser impedidoblaze roletaingressar o país por ordem dos EUA eblaze roleta“israel”, com baseblaze roletasuas falsas alegações e ações ilegais e criminosasblaze roletatodo o mundo, devemos temer que as autoridades nacionais que levaram isso a cabo podem fazê-lo,blaze roletaagorablaze roletadiante, contra todos os brasileiros que entrarem na mira destes dois regimes genocidários.

blaze roleta Mais ainda: se podem fazer isso dentro do Brasil, como poderão ser defendidos os cidadãos brasileiros no exterior que porventura sofram as ações criminosas destes dois regimes genocidários? O Brasil poderá, por exemplo, insurgir-seblaze roletaações “israelense” contra cidadão brasileiroblaze roletaorigem palestina, que pode ir do corriqueiro impedimentoblaze roletaingressar emblaze roletapátria-mãe às suas prisão e morte, o que será defendido por “israel” como possível porqueblaze roleta“guerra ao terror”?

Dianteblaze roletatudo isso, não resta ao Estado Brasileiro senão investigar com severidade estes acontecimentos, envoltosblaze roletauma névoa incomum,blaze roletaplano identificando, afastando e publicizando quanto aos profissionais da PF eblaze roletaoutros órgãos implicados nestes crimesblaze roletasérieblaze roletalesa-pátria, bem como atuar para anular todo o processo que levou à repatriação da família palestino-malaia, seja para restituir-lhe o direito legalblaze roletaingressarblaze roletanosso país, seja para impedir que se firme o perigoso precedente totalitário que passou a pairar sobre nós.

Palestina Livre do genocídio e do apartheid a partir do Brasil, 24blaze roletajunhoblaze roleta2024, 77° ano da Nakba.