Como empresas estão tomando o lugar dos governos na corrida espacial:freebet validasi sms 2024
A nova corrida espacial - que agora é disputada por companhias privadas
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Desde o lançamento do primeiro satélite comercial, o Sputnik,freebet validasi sms 20241957, e do voofreebet validasi sms 2024Yuri Gagarinfreebet validasi sms 20241961 (o primeiro a viajar ao espaço), a conquista do universo vem sendo dominada pela rivalidade entre Rússia (então União Soviética) e Estados Unidos - as duas potências chegaram, inclusive, a disputar quem colocaria o primeiro homem na Lua.
Nessa disputa, não havia espaço para empreendedores individuais - eram os governos quem tomavam as rédeas e pagavam pelos vultosos investimentos.

Crédito, AFP
Russo Yuri Gagarin foi primeiro homem a ir ao espaço
É verdade que o primeiro satélite comercial - Intelsat I (apelidadofreebet validasi sms 2024Early Bird) - foi lançadofreebet validasi sms 20241965, mas até recentemente o desenvolvimento comercial do espaço foi quase que emfreebet validasi sms 2024totalidade limitado por grandes satélitesfreebet validasi sms 2024telecomunicações.
A um custo individualfreebet validasi sms 2024centenasfreebet validasi sms 2024milhõesfreebet validasi sms 2024dólares e pesando várias toneladas, eles eram concebidos para durar 15 anos,freebet validasi sms 2024modo que os investidores pudessem amortizar os gastos.

Crédito, STF
Apolo 14 foi terceiro pousofreebet validasi sms 2024uma nave na Lua
Mas uma revolução vem ocorrendo. Avanços tecnológicos estão transformando os modelos tradicionaisfreebet validasi sms 2024operação no espaço.
Uma sériefreebet validasi sms 2024empresas promete, agora, baratear o acesso ao espaço, usando desde foguetes reutilizáveis a sistemasfreebet validasi sms 2024lançamento horizontais.
Os satélites também estão ficando menores e mais baratosfreebet validasi sms 2024construir - há, agora, cercafreebet validasi sms 20241,5 mil deles orbitando ao redorfreebet validasi sms 2024nós.

Crédito, Keystone
Em 1961, russo Yuri Gagarin, então com 27 anos, viajou ao espaço pela primeira vez
Além disso, um fluxo impressionantefreebet validasi sms 2024dados e imagens está chegando do espaço - e novos atores estão agora processando, interpretando e comercializando essa informação.
"Hoje, podemos criar um equipamento do tamanhofreebet validasi sms 2024uma caixafreebet validasi sms 2024sapatos, que no passado seria do tamanhofreebet validasi sms 2024um ônibus", explica Stuart Martin, CEO da Satellite Applications Catapult, uma incubadorafreebet validasi sms 2024negócios sediada no Reino Unido que ajuda start-ups voltadas para a exploração espacial.

Crédito, NASA
EUA foi primeiro país a chegar à Lua; na foto, Edwin 'Buzz' Aldrin
O investimento está aumentando no setor espacial. Em 2016, essa indústria somou US$ 329 bilhões (R$ 1 milhão), com três quartos do total vindofreebet validasi sms 2024empresas - e nãofreebet validasi sms 2024governos.
Os foguetes são a nossa portafreebet validasi sms 2024entrada para o espaço, ou seja, caminhõesfreebet validasi sms 2024entrega essenciais. Eles encapsulam nossos esforços para se tornar uma verdadeira civilização espacial. E quando se tratafreebet validasi sms 2024foguetes, são os bilionários que estão liderando essa empreitada.

Crédito, Blue Origin
Com Blue Origin, Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, está desenvolvendo seus próprios lançadores
O americano Elon Musk, da SpaceX, está usando seus foguetes Falcon 9 para abastecer a Estação Espacial Internacional, enquanto a Blue Origin,freebet validasi sms 2024Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, está desenvolvendo seus próprios lançadores.
As duas empresas vêm demonstrando técnicas revolucionárias que permitem um pouso vertical - um passo significativo no reusofreebet validasi sms 2024foguetes.

Crédito, Getty Images
Americano John Glenn foi primeiro austronauta a entrarfreebet validasi sms 2024órbita da Terra
Enquanto isso, Richard Branson, dono do grupo Virgin, está focadofreebet validasi sms 2024desenvolver satélites que podem ser lançados do ar. Isso sem falarfreebet validasi sms 2024seus planos para voos turísticos suborbitais.
Um dos novos atores dessa indústriafreebet validasi sms 2024ebulição é a Rocket Lab, da Nova Zelândia.
Ainda engatinhando, é a única empresafreebet validasi sms 2024foguetes no mundo com seu próprio complexofreebet validasi sms 2024lançamento, localizada na Península Mahia, na Ilha do Norte.
Neste momento, nenhuma companhiafreebet validasi sms 2024lançamento opera puramente sob uma lógica comercial.

Crédito, Blue Origin
Cápsula New Shepard, da Blue Origin, faz pouso vertical
"Todas elas são fortemente subsidiadas pelos governosfreebet validasi sms 2024um jeito oufreebet validasi sms 2024outro", explica Stuart Martin.
Enquanto os foguetes não mudaram muito desde o Sputnik,freebet validasi sms 20241957, seria um erro pensar no Rocket Lab como mais um simples fabricantefreebet validasi sms 2024foguetes tradicional, defende seu fundador, Peter Beck.

Crédito, Terrabotics
Terrabotics captura imagens da Terra

Crédito, Terrabotics
"Há muita informação entre os pixels que é capturada mas não é óbvia", diz Gareth Mortan, CEO da Terrabotics
Atualmente, o custo médiofreebet validasi sms 2024um lançamentofreebet validasi sms 2024um foguete éfreebet validasi sms 2024US$ 200 milhões (R$ 625 milhões), e somente nos Estados Unidos no ano passado, por exemplo, houve 22 lançamentos.
Beck diz que, quando seu foguete estiverfreebet validasi sms 2024operação, será possível ir ao espaço por US$ 5 milhões (R$ 15,6 milhões), e "tão frequentemente quanto uma vez por semana".
A joia da coroa da Rocket Lab é o foguete Electron, desenhado especificamente para levar pequenos satélites ao espaço. O foguete é feito principalmentefreebet validasi sms 2024fibrafreebet validasi sms 2024carbono, e seus motores são concebidos a partirfreebet validasi sms 2024uma impressora 3D.
Dessa forma, diz Beck,freebet validasi sms 2024vezfreebet validasi sms 2024levar meses para produzir um propulsor, "podemos produzi-lofreebet validasi sms 202424 horas".
Em seu primeiro voo teste,freebet validasi sms 2024maio deste ano, o foguete conseguiu chegar ao espaço, mas não entroufreebet validasi sms 2024órbita. Dois novos testes estão planejados.
Neste momento, fabricantesfreebet validasi sms 2024pequenos satélites acabam pegando carona nos lançamentos atuais, que tem um grande satélite como seu principal carregamento, mas ainda assim com espaço para acomodar outros menores.
No entanto, como a demanda pela observação da Terra vem aumentando - clima, viagens, mapas - fabricantes estão flexibilizando as formasfreebet validasi sms 2024chegar ao espaço.
Essa é a lacuna que o Rocket Lab está planejando preencher, diz Beck. Em vezfreebet validasi sms 2024esperar por um espaço disponívelfreebet validasi sms 2024um grande foguete, "agora você pode entrar na internet e, por meiofreebet validasi sms 2024um clique, comprar um lançamento".
Um retrato do planeta
Uma empresa ávida por usar o lançamento da Rocket Lab é a Planet Labs. Sediadafreebet validasi sms 2024São Francisco, na Califórnia (EUA), a Rocket Lab desenha e constrói seus próprios nanosatélites, que pesam apenas 4 kg.
Diferentemente dos tradicionais satélitesfreebet validasi sms 2024comunicação comercialfreebet validasi sms 2024órbita geoestacionária, a 35,7 mil km acima da Terra, os satélites da Planet Labs (apelidadosfreebet validasi sms 2024Doves, ou "pombas"freebet validasi sms 2024inglês) voam muito mais baixo, a apenas 500 km - uma distância um pouco maior entre Rio e São Paulo.
Empresafreebet validasi sms 2024ex-funcionários da Nasa quer 'fotografar' o mundo todo do espaço
A órbita mais baixa sugere que a espaçonave pode usar câmeras menores e, apesar disso, produzir imagem com resolução decente - reduzindo o peso e o custo a uma fração da dos satélites tradicionais.
Além disso, novos designs podem ser testados e construídos rapidamente por causafreebet validasi sms 2024seu tamanho e preço, diz a empresa.
Em fevereiro deste ano, a Planet Labs enviou 88 satélites ao espaço, e,freebet validasi sms 2024julho, outros 48.
A empresa pode agora fotografar qualquer ponto do planeta todos os dias.
"Conseguimos eliminar as restriçõesfreebet validasi sms 2024oferta que existiam e reduzir os custos das imagens que estamos registrando -freebet validasi sms 2024proporções imensas", diz Will Marshall, cofundador da Planet Labs.
Segundo ele, isso não só significa preços menores para os consumidores, como também garante que os dados disponíveis possam atingir um maior númerofreebet validasi sms 2024pessoas.

Crédito, Joe Raedle
Americano Elon Musk, da SpaceX, está usando foguetes Falcon 9 para abastecer Estação Espacial Internacional
"Não só governos ou grandes conglomerados podem comprar os nossos dados. Qualquer um pode acessá-los - independentemente se for uma empresafreebet validasi sms 2024porte pequeno ou médio, uma ONG, ou um pesquisadorfreebet validasi sms 2024uma universidade", explica.
Start-up quer lançar satélites do tamanhofreebet validasi sms 2024micro-ondas ao espaço
Apesar disso, enquanto o desenvolvimentofreebet validasi sms 2024foguetes e satélites - o "hardware" do espaço - ainda concentra todas as atenções, as maiores mudanças estão relacionadas ao uso prático da informação obtida.
Agricultores e companhiasfreebet validasi sms 2024minério, gás e petróleo já estão usando os dados.
Os agricultores, por exemplo, podem ser alertados sobre problemas com as condições do solo, o que ajuda a melhor prepará-los para colheitas ruins. Os pescadores, por outro lado, podem ser avisados sobre as temperaturas dos oceanos e assim saber onde buscar os peixes. Com imagens cada vez mais precisas, árvores podem ser rastreadasfreebet validasi sms 2024modo a garantir que a madeira seja certificada, evitando, assim, o desmatamento.

Crédito, Planet Labs
Planet Labs pode agora fotografar qualquer ponto do planeta todos os dias
Uma das empresas que está filtrando essa torrentefreebet validasi sms 2024informação é a Terrabotics, sediada no Reino Unido.
"Em uma imagem normal, você está limitado ao tamanhofreebet validasi sms 2024um pixel. Mas há muita informação entre os pixels que é capturada mas não é óbvia", diz Gareth Mortan, CEO da Terrabotics.
"Por exemplo, podemos olhar uma mina e determinar se houve mudança - digamos que ela ficou mais profunda ou o acúmulofreebet validasi sms 2024resíduos ficou maior", cita.
Fotos da Lua
Competições também vêm estimulando a propagaçãofreebet validasi sms 2024ideias revolucionárias.
O Ansari XPrize exige que os inventores desenvolvam uma nave espacial tripulada reutilizável. E agora o Google Lunar XPrize está oferecendo US$ 20 milhões (R$ 62,5 milhões) para a primeira equipe que consiga pousar um robô-sonda na Lua para percorrer 500 metros e transmitir fotosfreebet validasi sms 2024volta à Terra.
Google premia start-up que colocar sonda na lua; empresa indiana estáfreebet validasi sms 2024olho
Trata-sefreebet validasi sms 2024incentivar a inovação e novas formasfreebet validasi sms 2024pensar o espaço, diz Rahul Narayan, fundador do Team Indus,freebet validasi sms 2024Bangalore, na Índia, que diz nunca ter tido experiência no setor.
"Nenhuma dessas pessoas tinha qualquer experiênciafreebet validasi sms 2024ciências espaciais, engenharia ou tecnologia", diz.

Crédito, Team Indus
Vence prêmio quem conseguir pousar espaçonave na Lua
"É bom que não tenhamos tido", acrescenta ele, porque se fossem engenheiros espaciais, "nunca aceitaríamos um desafio tão grande quanto esse".
Sua equipe está agora aprimorando uma sonda lunarfreebet validasi sms 20246 kg - uma das mais leves a aterrissarfreebet validasi sms 2024um corpo planetário - que está programada para ser lançada nos próximos meses.
"Para nós, tem sido uma longa jornada", afirma ele, reconhecendo a dívida que tem com a estatalfreebet validasi sms 2024pesquisas espaciais da Índia (ISRO).
Narayan vem recebendo ajudafreebet validasi sms 2024cientistas aposentados do órgão.
"Na minha cabeça, eles são os gigantes e nós somos apenas uma empresa muito menor nos ombros desses gigantes", destaca.
Enquanto levar uma sonda à Lua pode não resultarfreebet validasi sms 2024uma recompensa comercial imediata, Narayan argumenta que se a aterrissagem planejada for bem-sucedida, será "um passo imenso para a companhia, para toda empresa espacial privada no mundo, para ir até lá e fazer mais coisas no futuro".
Trata-sefreebet validasi sms 2024uma visãofreebet validasi sms 2024mundofreebet validasi sms 2024que os satélitesfreebet validasi sms 2024baixo custo são carregados por foguetes acessíveis que são lançados quando você quiser - todos à distânciafreebet validasi sms 2024um clique, sem a necessidadefreebet validasi sms 2024esperar por demoradas missões espaciais financiadas por governos.

Crédito, Team Indus
Rahul Narayan, fundador do Team Indus,freebet validasi sms 2024Bangalore, na Índia, diz nunca ter tido experiência na área espacial
Avançofreebet validasi sms 2024série
Apesar disso, a mais recente corrida espacial apresenta seus próprios desafios, diz Gareth Morgan, da Terrabotics.
O grande volumefreebet validasi sms 2024imagens e dados do espaço significa que os sistemasfreebet validasi sms 2024inteligência artificial estão sendo usados para analisá-lo automaticamente vão precisar ser atualizados.
"Os sistemas atuaisfreebet validasi sms 2024inteligência artificial precisamfreebet validasi sms 2024uma quantidade extraordináriafreebet validasi sms 2024treinamentofreebet validasi sms 2024classificação para que possam, então, independentemente reconhecer diferentes características por si próprios. Precisamosfreebet validasi sms 2024uma mudança na forma como a inteligência artificial opera. Temos tido progresso, mas tudo ainda é muito novo", afirma.
De forma geral, mais informação pode ser uma coisa boa, mas há questões éticasfreebet validasi sms 2024jogo - no fim das contas, todo mundo pode estar sendo fotografado do espaço todos os dias.
E quem tem acesso a esses dados? Na medidafreebet validasi sms 2024que os satélites privados se proliferam e a revolução do "big data" prospera, críticos argumentam sobre a necessidadefreebet validasi sms 2024um debate sobre os papéis público e privado no espaço.

Crédito, Planet Labs
"Não só governos ou grandes conglomerados podem comprar os nossos dados", diz Will Marshall, CEO da Planet Labs
Will Marshall, da Planet Labs, concorda.
"Uma das coisas mais importantes para nós é que uma pessoa não possa ser reconhecidafreebet validasi sms 2024nossas imagens. Claro que isso não significa que não haja implicações negativas", diz.
"Nós que lidamos com tecnologia temosfreebet validasi sms 2024administrar esses dados da melhor forma possível", acrescenta.
Isso sem falar no problema do lixo espacial. Já existem cercafreebet validasi sms 202430 mil objetos, grandes e pequenos,freebet validasi sms 2024órbita. "Em última análise, teremosfreebet validasi sms 2024lidar com esse problema", diz Marshall.
"A indústria vai terfreebet validasi sms 2024começar a retirar esses satélites do espaço e isso não será uma tarefa fácil", acrescenta.
De onde virá o dinheiro
Ainda que o negócio atraia investidores, os riscos são altos. Foguetes podem explodir, não decolarem ou colocar satélites erradosfreebet validasi sms 2024órbita.
"Os foguetes não são a formafreebet validasi sms 2024ganhar dinheiro com o espaço", diz Matt Perkins, que, por dez anos, foi CEO da Surrey Satellites e agora lidera o departamentofreebet validasi sms 2024inovação da Universidadefreebet validasi sms 2024Oxford, no Reino Unido.

Fundada por Peter Beck, Rocket Lab é a única empresafreebet validasi sms 2024foguetes no mundo com seu próprio complexofreebet validasi sms 2024lançamento
"A forma como você vai ganhar dinheiro é a ponta da cadeia - ou seja, usar toda essa informação que vem do espaço. À medida que isso ficar mais barato, haverá mais oportunidades comerciais - com dados sendo usadosfreebet validasi sms 2024formas que as pessoas jamais pensaram".
Como Perkins diz, há uma imensa gamafreebet validasi sms 2024dados do espaço.
Nessa nova fronteirafreebet validasi sms 2024negócios, caberá à engenhosidade dos humanos tirar bom proveito comercial disso.




