O encontro com desconhecida que fez homem com esclerose múltipla desistir do suicídio:brabet com br

Colin Campbellbrabet com brum cemitério
Legenda da foto, Escocês com esclerose múltipla havia decidido recorrer a clínicabrabet com brsuicídio assistido na Suíça | Foto: Northpix Ltd

Em abrilbrabet com br2017, decidiu que a melhor saída seria se inscreverbrabet com brum serviço suíço que presta auxílio a quem deseja se matar, e foi rapidamente aceito. Esse tipobrabet com brprocedimento é ilegal na Escócia, onde Colin vive - uma tentativabrabet com brmudar a lei foi rejeitada pelo Parlamentobrabet com br2015.

Enquanto esperava porbrabet com brpartida, ele participoubrabet com brum programabrabet com brTV sobre a legalização do suicídio assistido. Foi como Rona Tynan, que vivia na mesma cidadebrabet com brColin, Inverness, conheceubrabet com brhistória.

Rona Tynan
Legenda da foto, Rona também tem esclerose múltipla e soube da históriabrabet com brColin pela televisão

"Ouvi as palavras 'esclerose múltipla' e 'Inverness' e corri pra frente da TV. Foi desesperador saber que ele pretendia agir daquela forma", diz Rona, que também sofre da doença.

Casada e com filhos, ela levava uma vida ativa e feliz, ainda que na época já tivesse perdido os movimentos do lado esquerdo do corpo e começasse a sentir o lado direito cada vez mais fraco.

Um ano antes, porém, também estava desesperançosa. Mas seu primo percebeu que Rona não estava recebendo toda a ajuda a que tinha direito e entroubrabet com brcontato com os serviçosbrabet com brassistência social. Logo ela passou a ter mais apoio.

"Minha preocupação era se Colin tinha o suporte adequado para ter qualidadebrabet com brvida e queria muito tentar ajudá-lo", diz ela. "Não queria que ele pensasse que eu estava desrespeitandobrabet com brdecisão, mas não queria que um homem fossebrabet com brencontro à morte só porque não estava recebendo a ajuda adequada."

Auxílio

Ela tinha razãobrabet com brestar preocupada. Quando se conheceram, algumas semanas antes da data do suicídiobrabet com brColin, Rona descobriu que ele estava mal informado sobre a assistência disponível para pessoas como ele, inclusive sobre como algo tão simples quanto ter direito a uma moto adaptada para ajudar combrabet com brmobilidade.

"Eu gostobrabet com brandar pela cidade, e a moto fez a vida voltar a fazer sentido. Queria que Colin a testasse para não ficar preso ou isolado", diz ela. "Às vezes, você pensa que não há muitas coisas a seu favor, mas sentia que estar ao ar livre, rodeado por pessoas e amigos, poderia fazer uma grande diferença na vida dele."

Rona conseguiu uma moto para Colin experimentar, e ele a achou bastante útil. Mas conta que, apesarbrabet com brseus conhecimentos sobre esse sistemabrabet com brapoio, ela própria enfrentou dificuldades para conseguir a ajuda necessária.

"Gastei muito dinheiro com coisas como elevador e serviços particulares, mas ainda não consegui uma rampa. Se essas coisas fossem dadas a nós ou a ajuda adequada fosse fornecida o quanto antes, a vida seria muito mais fácil."

O serviço públicobrabet com brsaúde da Escócia diz que coloca todo paciente com esclerose múltiplabrabet com brcontato com um enfermeiro especializado para que seja informado sobre a assistência disponível e que, no casobrabet com brColin, esse profissional continua a dar a ele todo o "apoio necessário".

Colin e Rona
Legenda da foto, Vivendo na mesma cidadebrabet com brColin, Rona quis mostrar a ele alternativas ao siucídio assistido

Mas Rona diz ter ficado surpresa por nenhum serviço público ter agido após Colin anunciar publicamentebrabet com brdecisãobrabet com brdar fim à própria vida ou sugerido a ele alternativas. "É muito triste que ele tenha ido à Suíça sem saberbrabet com brcoisas simples", diz ela.

Vulnerabilidade

Colin afirma que, ao visitar a clínica na cidade da Basileia, tevebrabet com brser aprovadobrabet com brseis testes para garantir que não estavabrabet com bruma situaçãobrabet com brvulnerabilidade ou sendo coagido.

"Se fosse reprovadobrabet com bralgum deles, não me prescreveriam o necessário para o suicídio voluntário", conta ele. "Não basta dizer simplesmente 'vou me matar'. Se você decide ir à Suíça, isso requer planejamento. É uma decisão muito bem pensada."

No entanto, ele admite que a clínica não garantiu que ele havia esgotado toda as vias para obter a assistênciabrabet com brque precisava.

O jornalista Mik Scarlet, membro da Not Dead Yet UK, um grupo britânicobrabet com brpessoas com deficiência que se opõe ao suicídio assistido, diz que implementar esse tipobrabet com brsalvaguarda seria essencial para que esse serviço fosse legalizado no Reino Unido.

Paralisado desde os 15 anos, Mik tentou se matar dois anos depoisbrabet com brse encontrar nessa condição. "Entendo o medo e a faltabrabet com brperspectiva, mas muito disso se deve à faltabrabet com brapoio, e a históriabrabet com brColin é simbólica do que nos preocupa", diz.

Mik Scarletbrabet com brum evento da Ouch
Legenda da foto, Mik Scarlet tentou se matar dois anos depoisbrabet com brficar paralisado, mas hoje advoga contra o suicídio assistido

"Você não pode dizer que tomou uma decisão embasada se você não sabe sobre motos adaptadas ou planosbrabet com brassistência."

Esforço conjunto

Por iniciativabrabet com brColin, ele e Rona começaram a buscar tratamentos, e ela viajou para o México para participarbrabet com bruma pesquisa com células tronco. A terapia arriscada implicabrabet com breliminar o sistema imunológicobrabet com bruma pessoa com fortes medicamentos para câncer e criar um novo com um transplante desse tipobrabet com brcélula, para conter o progresso da esclerose múltipla.

Em um estudo recente, das 281 pessoas que passaram pelo tratamento, quase metade teve benefícios, mas oito morreram pouco depois. A recuperação pode levar até dois anos e custa 50 mil libras (R$ 212,3 mil), que Rona tevebrabet com brarrecadar com doações.

Enquanto ela se recupera no México, Colin desfrutabrabet com bruma nova vidabrabet com brseu apartamento térreobrabet com brGreenock, a 322 kmbrabet com brInverness.

Colin Campbell
Legenda da foto, Colin desistiu do suicídio assistido – por enquanto | Foto: Northpix Ltd

Apesar da mudança para tão longe, ele diz: "Tem sido ótimo. Cuidambrabet com brtodas as refeições e coisas essenciais para mim".

Mas ele continua a pensar no inverno e se quer enfrentá-lo uma vez mais. "Não é agradável. Com a esclerose, você tem grandes chancesbrabet com brter uma infecção no tórax. Você desenvolve uma tosse, que depois vira pneumonia, e a pneumonia te mata", diz.

"Estava esperando que aquela quinta-feira fosse meu último dia no planeta Terra. Estou na prorrogação, mas sou realista. Meus planos não foram cancelados."