'BlacKkKlansman': a extraordinária história do policial negro que se infiltrou na Ku Klux Klan:aposta são paulo x palmeiras
- Patricia Sulbarán Lovera
- Correspondente da BBC News Mundoaposta são paulo x palmeirasLos Angeles

Crédito, Focus Features
aposta são paulo x palmeiras Em uma fria manhãaposta são paulo x palmeirasnovembroaposta são paulo x palmeiras1978, o jovem policial americano aposta são paulo x palmeiras Ron Stallworth deteve seu olharaposta são paulo x palmeirasum classificado no jornal. "Ku Klux Klan. Paraaposta são paulo x palmeirasinformação", dizia o anúncio, seguidoaposta são paulo x palmeirasum endereço para envioaposta são paulo x palmeirascartas.
Ele respondeu o anúncio, imaginando que isso poderia levá-lo a uma investigação que daria um impulso emaposta são paulo x palmeirascarreiraaposta são paulo x palmeirasdetetive.
Mas havia um detalhe: Stallworth,aposta são paulo x palmeiras25 anos, era um homem negro querendo se infiltrar no grupo mais conhecidoaposta são paulo x palmeirassupremacistas brancos dos Estados Unidos, famoso por suas perseguições racistas.
Mas o que parecia impossível aconteceu e, décadas depois, a história do policial se transformou no filme BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan,aposta são paulo x palmeirasportuguês), dirigido pelo cineasta Spike Lee. O filme foi indicado a seis Oscar: filme, direção, ator coadjuvante, roteiro adaptado, trilha sonora original e montagem.
O filme se baseia no livro que Stallworth publicouaposta são paulo x palmeiras2014, detalhando como foi a operação paraaposta são paulo x palmeirasentrada na KKK e o momentoaposta são paulo x palmeirasque conheceu seu polêmico líder, David Duke.
Um policial que não se importava com o racismo na corporação
Stallworth trabalhava há um ano no Departamentoaposta são paulo x palmeirasPolíciaaposta são paulo x palmeirasColorado Springs, no oeste do país, quando passou a fazer parte da unidadeaposta são paulo x palmeirasinteligência.
Ele foi o primeiro policial negro contratado pela cidade e também o mais jovemaposta são paulo x palmeirastodos os seus colegas.

Crédito, Getty Images
Em entrevista à BBC Newsaposta são paulo x palmeirasoutubro do ano passado, Stallworth contou que sempre quis ser policial, apesar dos episódiosaposta são paulo x palmeirasdiscriminação da instituição para com os negros.
"Quando me entrevistaram (em Colorado Springs) me perguntaram como eu me sentiriaaposta são paulo x palmeirasum ambiente no qual algumas pessoas tinham uma atitude negativaaposta são paulo x palmeirasrelação a negros. Eu respondi que cuidaria dos meus assuntos", disse.
Como detetive, o primeiro caso para o qual o designaram foi monitorar uma conversaaposta são paulo x palmeirasStokely Carmichael (Kwame Ture), um líder do movimento pelos direitos civis associado ao Partido dos Panteras Negras - organização nacionalista negra que, entre outras coisas, denunciava abusos da polícia.
"O que ele dizia sobre as relações raciais fazia muito sentido para mim. Mas, ao mesmo tempo, eu era policial e o que ele dizia iaaposta são paulo x palmeirasencontro ao que eu representava", relembra.
O encontro com a 'Klan'
Na carta que enviou à KKK, Stallworth dizia ser um homem branco que "odiava o que estava acontecendo no país" e que acreditava na raça branca e pura.
Sem perceber, porém, ele cometeu um erro que arriscouaposta são paulo x palmeirasvida - assinou a carta com seu nome verdadeiro.

Crédito, Getty Images
"Pelo menos coloquei o númeroaposta são paulo x palmeirastelefone que usava como policial infiltrado", disse à BBC.
Ele esperava receber apenas um panfleto com informações sobre o grupo, mas, uma semana depois, recebeu um telefonemaaposta são paulo x palmeirasum homem que dizia ser "organizador local" da Ku Klux Klan.

Crédito, Getty Images
O homem lhe perguntou quando eles poderiam se conhecer pessoalmente e, assim, teve início formalmente a investigaçãoaposta são paulo x palmeirasStallworth.
"Eu obviamente não podia ir para as reuniões. O plano que elaborei é que eu falaria com ele por telefone e, quando houvesse uma reunião, um agente branco iriaaposta são paulo x palmeirasmeu lugar. Esse agente era Chuck (o nome do policial foi modificado)", explicou.
Chuck levava um pequeno microfone preso emaposta são paulo x palmeirascamiseta e capturava as conversas que tinha pessoalmente com os membros da KKK, que Stallworth escutava dentroaposta são paulo x palmeirasum carro estacionado próximo.
Eles descobriram que a célula da organizaçãoaposta são paulo x palmeirasColorado Springs conversava sobre a necessidadeaposta são paulo x palmeirasreunir armas automáticas, dentroaposta são paulo x palmeirasum esforço para se preparar para uma "guerra racial", e que planejava plantar bombasaposta são paulo x palmeirasdois bares LGBT.
Durante os quase oito mesesaposta são paulo x palmeirasinvestigação, diz Stallworth, ele também informou o FBI, a polícia federal americana, sobre a movimentação do grupo.
Supremacista brancoaposta são paulo x palmeirascarteirinha
Durante a operação, Stallworth chegou a se tornar membro oficial da KKK. No entanto, um atraso no envioaposta são paulo x palmeirassua carteiraaposta são paulo x palmeirasfiliação fez com que ele começasse uma relaçãoaposta são paulo x palmeirasamizade completamente improvável.

Crédito, Focus Features
Quando ele ligou para a sede principal da KKK, no Estadoaposta são paulo x palmeirasLouisiana, quem atendeu a chamada foi ninguém menos que David Duke, o líder nacional da organização. Ali, começou uma amizade entre os dois.
"Um dia ele me disse que era capazaposta são paulo x palmeirasreconhecer um negro pelo telefone, porque eles falavam diferente. E me disse que, por exemplo, sabia que eu era um homem branco. Dei muitas gargalhadas depois."
Em 1979, os chefesaposta são paulo x palmeirasStallworth o designaram para ser guarda-costasaposta são paulo x palmeirasDukeaposta são paulo x palmeirasuma visita que ele faria a Colorado Springs.
O detetive argumentou que isso poderia pôr a operaçãoaposta são paulo x palmeirasperigo, mas lhe disseram que não havia ninguém mais disponível.
"Eu me apresentei para ele, disse que não estavaaposta são paulo x palmeirasacordo nem comaposta são paulo x palmeirasfilosofia, nem comaposta são paulo x palmeirasideologia, mas que eu era um profissional e faria o possível para garantiraposta são paulo x palmeirassegurança. Ele me agradeceu."

Crédito, Focus Features
Depoisaposta são paulo x palmeirasse aposentar como policial, Stallworth decidiu publicar suas memórias. A reação negativa dos gruposaposta são paulo x palmeirassupremacistas brancos foi imediata.
"Uma páginaaposta são paulo x palmeirasinternet publicou uma foto minha e o que pensavam que era meu endereço e meu númeroaposta são paulo x palmeirastelefone. O FBI me avisou que havia ameaçasaposta são paulo x palmeirasmorte sendo feitas a mim e disse que eu deveria tomar cuidado. Eu comecei a andar novamente com minha arma nas ruas", disse à BBC.
Outra coisa que ele também leva consigo, sempre, éaposta são paulo x palmeirascarteiraaposta são paulo x palmeirasidentificação como membro da KKK.








