As inspiradoras históriascoritiba e ceara palpitebrasileiros que ajudam a manter vivo sonhocoritiba e ceara palpiteexploraçãocoritiba e ceara palpiteMarte:coritiba e ceara palpite

Nos Estados Unidos desde 1998, para onde se mudou para cursar o pós-doutorado, Gontijo integra hoje a equipe do Jet Propulsion Laboratory (Laboratóriocoritiba e ceara palpitePropulsão a Jato,coritiba e ceara palpitetradução livre) da agência. Entre muitas outras realizações, o grupo equipou o robô Curiosity paracoritiba e ceara palpiteaté agora bem-sucedida jornadacoritiba e ceara palpiteMarte, onde colocou seus "pés" -coritiba e ceara palpiteuma ação milimetricamente planejada - pela primeira vezcoritiba e ceara palpite2012.
Foi precisamente nesta etapa, a da aterrissagem, que Gontijo viveu os minutos mais tensos e felizescoritiba e ceara palpitesua vida.
"Liderei o grupo que construiu os transmissores e receptores do radar que controlaria a descida finalcoritiba e ceara palpiteMarte. Imagina você fazer o trabalho todocoritiba e ceara palpiteconstruir e lançar esse veículo, que então faz uma viagemcoritiba e ceara palpitemaiscoritiba e ceara palpitenove meses para Marte. Os últimos sete minutos são cruciais (para o sucesso da missão). O radar era essencial para os últimos três quilômetros da descida", lembrou o engenheirocoritiba e ceara palpiteentrevista à BBC News Brasil por telefone.
"Não tinha imagem, a gente só tinha as linhas do software (com dados enviados pela sonda). E isso chegando à Terra 14 minutos depois, então tudo já tinha acontecido. Quando ouvi meu colega dizer 'nós achamos o solo com o radar', foi muito emocionante".
Mas, antes destes minutos cruciais, foram anos até que Gontijo deixassecoritiba e ceara palpiteser apenas mais uma criança encantada diante da TV com a chegada do homem à Lua para,coritiba e ceara palpitefato, acessar a elite mundial das empreitadas espaciais.
Nascidocoritiba e ceara palpiteMoema (MG), o mineiro estudoucoritiba e ceara palpiteescolas públicas no interiorcoritiba e ceara palpiteMinas até, após um hiatocoritiba e ceara palpitealguns anos trabalhandocoritiba e ceara palpiteuma fazenda, prestar vestibular. Ele se graduoucoritiba e ceara palpitefísica e fez mestradocoritiba e ceara palpiteótica na Universidade Federalcoritiba e ceara palpiteMinas Gerais (UFMG).
"Vimcoritiba e ceara palpiteescolas públicas,coritiba e ceara palpiteuma família numerosa, meu pai morreu quando eu tinha 5 anos... Isso tudo torna importante dizer que, quando a gente é jovem, quase tudo é possível: o preço é alto, tem que trabalhar muito, mas alguma coisa vai dar certo no final. Se eu consegui chegar à Nasa, qualquer um no Brasil também pode", aconselha Gontijo.
A partir do doutorado, o mineiro foi para o mundo: estudoucoritiba e ceara palpiteuniversidades da Escócia e dos EUA.
A experiência profissionalcoritiba e ceara palpiteGontijo com lasers catapultoucoritiba e ceara palpiteida à Nasa, e o tempo e alcance dacoritiba e ceara palpitetrajetória na agência espacial foram muito mais longe do que ele podia imaginar inicialmente. Agora, o mineiro ecoritiba e ceara palpiteequipe olham para 2020, quando a Nasa lançarácoritiba e ceara palpitepróxima missão com destino a Marte.
O mineiro tem trabalhado na preparaçãocoritiba e ceara palpiteum veículo semelhante ao Curiosity, mas com instrumentos desenhados para coletar materiais orgânicos e inorgânicos que um dia serão trazidos e estudados na Terra.

Crédito, NASA/JPL-Caltech/MSSS via REUTERS
Falandocoritiba e ceara palpitematerial "orgânico", estamos falando de... vidacoritiba e ceara palpiteMarte?
Em seu livro A caminhocoritiba e ceara palpiteMarte - lançadocoritiba e ceara palpite2018, onde o cientista contacoritiba e ceara palpitetrajetória e,coritiba e ceara palpiteparalelo, um pouco da história da exploração espacial - Gontijo explica que, embora tenha fascinado a humanidade por séculos, a possibilidadecoritiba e ceara palpitevida no Planeta Vermelho "caiucoritiba e ceara palpite100% para essencialmente zero" na décadacoritiba e ceara palpite60. O baldecoritiba e ceara palpiteágua fria foi jogado pela espaçonave Mariner 4 que, ao fotografar Marte, registrou um planeta frio e sem vegetação - sem água corrente e líquida, como era aventado. Esta primeira impressão foi corroborada por missões e estudos posteriores.
O interesse da Nasa hoje, diz Gontijo, não estácoritiba e ceara palpiteresponder diretamente se há ou já houve vidacoritiba e ceara palpiteMarte, mas entender suas condiçõescoritiba e ceara palpite"habitabilidade" - conhecimento que soma ao entendimento da formação da vida na Terra e quem sabe,coritiba e ceara palpiteoutras partes do universo.
Também não se trata, segundo o cientista,coritiba e ceara palpitepreparar terreno para colonizar Martecoritiba e ceara palpiteum futuro próximo. Ainda há obstáculos,coritiba e ceara palpitesuas palavras "gigantescos", para que seja minimamente possível para um humano viver lá: é preciso encontrar soluções para sobreviver quase sem oxigênio e com muito gás carbônico (maiscoritiba e ceara palpite95% do ar), vento solar e uma atmosfera rarefeita.
"O lugar mais inóspito, mais terrível no planeta Terra, ainda é um paraíso comparado com qualquer lugarcoritiba e ceara palpiteMarte", diz.
"Mas toda essa exploração contribui para o acúmulocoritiba e ceara palpiteconhecimento para o futuro. Imagina se Santos Dumont tinha ideiacoritiba e ceara palpitepara que suas invenções serviriam? Ou, há milharescoritiba e ceara palpiteanos, se aqueles malucos que começaram a brincar com aquela coisa perigosa, o fogo, tinham ideiacoritiba e ceara palpiteque nos tornaríamos uma criatura tecnológica?", provoca Gontijo.
Thais Russomano: 'O interesse no espaço é partecoritiba e ceara palpitemim como é um braço, uma perna'

A "habitabilidade"coritiba e ceara palpiteMarte apontada por Gontijo entra na área que há anos é estudada por uma conterrânea sua: a especialistacoritiba e ceara palpitemedicina espacial, a gaúcha Thais Russomano,coritiba e ceara palpite55 anos.
"O que nos impedecoritiba e ceara palpiteir a Marte é exatamente a minha área: o desconhecimento na área da fisiologia espacial, ou seja, como manter uma pessoa saudável e segura na viagem até o Planeta Vermelho, e depois, ficar lá", diz Russomano, que hoje vivecoritiba e ceara palpiteLondres e é professora na universidade King's College.
"O ser humano é terrestre: não somos aquáticos ou aéreos. A Terra nos molda e, à medida que a gente sai desse ambiente, o organismo começa a sofrer. Por isso, estamos sempre tentando simular a Terra nesse lugares. Estamos buscando comprimir a nossa evolução no espaçocoritiba e ceara palpitedécadas."
Exemploscoritiba e ceara palpitedificuldades são abundantes, e já começam na viagemcoritiba e ceara palpitemeses para o Planeta Vermelho: exposição a radiação cósmica, efeitos da microgravidade nos sistemas circulatório e imunológico, nos músculos e nos ossos e possíveis emergências à bordo.
Em solo marciano, os contratempos iriam da respiração à alimentação, passando pela variaçãocoritiba e ceara palpitetemperatura e tempestadescoritiba e ceara palpiteareia.
"Também tem todo o aspecto psicológico: o que vai acontecer com uma pessoa vendo a Terra como apenas um pontinhocoritiba e ceara palpiteluz?", questiona.
"Acredito que vamos chegar lá, mas temos que construir esse chegar lá. Nós já chegamos a Marte, temos robôs na superfície, isso não é um mistério. O mistério é como manter o ser humano viável", diz.
Russomano dedicou boa partecoritiba e ceara palpitesua vida a viagens pela Terra na busca por respostas a essas perguntas. Formadacoritiba e ceara palpitemedicina na UFPel (Universidade Federalcoritiba e ceara palpitePelotas), a gaúcha se tornou mestrecoritiba e ceara palpitemedicina aeroespacial nos Estados Unidos e PhD na Inglaterra. No Brasil, também fundoucoritiba e ceara palpite1999 o Centrocoritiba e ceara palpiteMicrogravidade na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Nessa trajetória, tentou conciliar uma carreira que representava para ela e a família um chão mais seguro - a medicina - com o grande interesse pelo espaço.
"Quando Neil Armstrong pousou na Lua, minha mãe conta que fui a única pessoa a ficar acordada na casa até tarde para ver (pela televisão). Eu era muito pequena, ela achou estranho", conta. "Criança, eu queria ser astronauta. Era uma coisa que nem minha família entendia direito. O interesse no espaço é partecoritiba e ceara palpitemim como é um braço, uma perna."

Crédito, USGS HANDOUT VIA EPA
Russomano estudoucoritiba e ceara palpiteuma escola particular no curso primário ecoritiba e ceara palpiteuma pública no segundo grau. Conta sempre ter sido muito estudiosa e que figurou entre os primeiros da turma.
"Minha mãe costumava dizer: estudar é um prêmio, pois nem todas as crianças têm essa chance", lembra.
Russomano, como Gontijo, diz esperar que mais crianças brasileiras possam ter no espaço uma oportunidadecoritiba e ceara palpiteconhecimento e carreira.
"Sei muito bem o que é vircoritiba e ceara palpiteum país não tão estabelecido. Não podemos nos comparar com uma Rússia, Estados Unidos, ou Alemanha. São países com uma tradiçãocoritiba e ceara palpitedécadas, que acumulam grandes feitos."
A nomeação do astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia representou para os cientistas uma esperançacoritiba e ceara palpiteque este tipocoritiba e ceara palpiteinvestimento no país possa finalmente decolar.
O sonho da colonização
Se estudos acadêmicos ajudaram a abrir as portas do espaço para Gontijo e Russomano, há brasileiroscoritiba e ceara palpiteolhocoritiba e ceara palpiteMarte apostandocoritiba e ceara palpitecaminhos diferentes.
É o caso da advogada e professora Sandra Feliciano,coritiba e ceara palpite55 anos. Todo dia, ela dedica três horascoritiba e ceara palpiteseu tempo para estudar inglês e diversos assuntos ligados ao Planeta Vermelho.
Sua dedicação é voltada para um objetivo distante - literalmente. Ela quer se mudar para Marte. Ela foi a única brasileira entre 100 candidatos a passar na mais recente etapa do Mars One, um projetocoritiba e ceara palpitecolonização humana do Planeta Vermelho liderado pelo engenheiro holandês Bas Lansdorp. Pelo cronograma, apenas 24 serão selecionados para a viagem - sem volta.
No entanto, os planos do Mars One, alémcoritiba e ceara palpiteserem vistos com desdém e ceticismo por cientistas que acompanham a ideia desde seu anúncio, sofreram,coritiba e ceara palpitefevereiro, um duro baque: a empresa declarou falência.
Mas Sandra acredita que a dificuldade será superada com a chegadacoritiba e ceara palpitenovos investidores, o que, segundo um comunicado no site do Mars One, estácoritiba e ceara palpitenegociação.
"São muitos fatores, muito dinheiro é necessário", diz a paulista nascidacoritiba e ceara palpiteBauru e que há décadas vivecoritiba e ceara palpitePorto Velho (RO). "O tempocoritiba e ceara palpiteespera faz parte do processo seletivo. O perfil (de colono) exigido inclui a resiliência."
Se a missão for concretizada, os 12 homens e 12 mulheres selecionados seriam enviados ao espaçocoritiba e ceara palpitepequenas cápsulas a cada dois anos.
O projeto prevê ainda o enviocoritiba e ceara palpiteveículos espaciais a Marte para estabelecer a estrutura da colônia: satélites para garantir a comunicação, módulos habitacionais e unidades que produzirão água e oxigênio, alémcoritiba e ceara palpiteuma estufa para plantas terrestres.
Críticos apontam para a dificuldade do projetocoritiba e ceara palpiteconseguir grandes financiadores e o fatocoritiba e ceara palpiteque os módulos necessários à sobrevivência dos colonos ainda não estãocoritiba e ceara palpiteprodução. Engenheiros do prestigioso MIT, nos EUA, afirmaram que, sem um equipamento para equilibrar os níveiscoritiba e ceara palpiteoxigênio e gás carbônico produzidos por plantas na estufa, os colonos podem sufocarcoritiba e ceara palpite68 dias.
Apesar do ceticismo e críticas ao projeto, a brasileira continua tocandocoritiba e ceara palpiterotina que inclui a pesquisacoritiba e ceara palpiteformascoritiba e ceara palpiteproduzir proteínacoritiba e ceara palpiteambiente marciano. Sandra faz atualmente testes com branchonetas, um crustáceo minúsculocoritiba e ceara palpiteágua doce que existe no Brasil. A candidata a colona diz que é promissora a produção delescoritiba e ceara palpiteambientes internos a serem eventualmente instaladoscoritiba e ceara palpitesolo marciano.
"Muitos projetos científicos serão realizadoscoritiba e ceara palpiteMarte. Quero ajudar a levar projetos do Brasil", conta.
Sandra é fascinada por ciência desde criança e ela também ficou encantada com os passoscoritiba e ceara palpiteNeil Armstrong e conta ter escrito maiscoritiba e ceara palpite10 livroscoritiba e ceara palpiteficção científica.
Para Sandra, o consumo intensocoritiba e ceara palpiterecursos na Terra e riscos externos, comocoritiba e ceara palpiteum meteoro, devem forçar os homens a se tornarem uma "espécie multiplanetária".
"Faz parte da natureza humana enfrentar, desbravar. Nossa espécie é curiosa."

coritiba e ceara palpite Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube coritiba e ceara palpite ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscoritiba e ceara palpiteautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacoritiba e ceara palpiteusocoritiba e ceara palpitecookies e os termoscoritiba e ceara palpiteprivacidade do Google YouTube antescoritiba e ceara palpiteconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecoritiba e ceara palpite"aceitar e continuar".
Finalcoritiba e ceara palpiteYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscoritiba e ceara palpiteautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacoritiba e ceara palpiteusocoritiba e ceara palpitecookies e os termoscoritiba e ceara palpiteprivacidade do Google YouTube antescoritiba e ceara palpiteconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecoritiba e ceara palpite"aceitar e continuar".
Finalcoritiba e ceara palpiteYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscoritiba e ceara palpiteautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacoritiba e ceara palpiteusocoritiba e ceara palpitecookies e os termoscoritiba e ceara palpiteprivacidade do Google YouTube antescoritiba e ceara palpiteconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecoritiba e ceara palpite"aceitar e continuar".
Finalcoritiba e ceara palpiteYouTube post, 3









