'Minha vida mudou quando encontrei uma carta da mãe biológica':bonus 1xbet codigo

bonus 1xbet codigo O que definebonus 1xbet codigoidentidade? Seu nome? Aniversário? A cor dabonus 1xbet codigopele? Sara-Jayne King batalhou com essas questões por toda abonus 1xbet codigovida.

Criadabonus 1xbet codigouma área rural da Inglaterra, ela, batizada Karoline - a mudança para Sara-Jayne é uma cena dos próximos capítulos - cresceu na casabonus 1xbet codigouma família adotiva com condições financeiras confortáveis desde as sete semanasbonus 1xbet codigoidade.

"Eu acordava toda manhã e via os campos, galinhas, cordeiros... Eu tinha até pôneis. Eu realmente estava vivendo aquela vidabonus 1xbet codigouma classe média branca. Desde pontobonus 1xbet codigovista, era ótimo, e materialmente, meus pais tinham uma vida muito confortável", contou ao repórter Andile Masukubonus 1xbet codigoum programabonus 1xbet codigorádio da BBC, o Outlook.

Seus pais eram brancos, como todo seu entorno - negros naquela região, somente ela e o irmão, também adotivo.

"Não sabia que era negra até que uma pessoa me falasse isso. Se ninguém tivesse me dito, eu provavelmente nunca teria pensado nisso (na cor)."

Os sinais vierambonus 1xbet codigovárias formas: desde as pessoas que afirmavam que ela não poderia "ser filhabonus 1xbet codigoverdadebonus 1xbet codigoseus pais" aos comentários depreciativos sobre seu cabelo na escola.

"Na escola, na verdadebonus 1xbet codigotodo lugar, as pessoas tocavam o meu cabelo porquebonus 1xbet codigotextura era diferente. É aquilobonus 1xbet codigouma criança negra, na verdadebonus 1xbet codigouma pessoa negra, não ter agência sobre seu corpo, como se ele se tornasse uma propriedade alheia".

"Do pontobonus 1xbet codigovista da identidade, da raça, eu não tinha qualquer referência. Era uma existência isolada".

'A única África que eu conhecia'

Sobre suas origens, não sabia muitos detalhes. Ainda criança, ouviubonus 1xbet codigocasa quebonus 1xbet codigomãe adotiva tinha uma condição biológica que a impediabonus 1xbet codigoengravidar.

"Mas outra mulher podia, então, ela te deu àbonus 1xbet codigomãe", contaram. Sabia também que nasceu na África do Sul, mas não sabia muito além do nome do país.

"Minha imagem da África vinha do que eu assistia no noticiário. Na minha escola, os alunos e seus pais, muito ricos, faziam arrecadaçãobonus 1xbet codigocomida para as pobres crianças famintas da Etiópia, da África. Essa era a única África que eu conhecia."

"Além da da televisão, onde a representação (dos negros) na Inglaterra dos anos 1980 estava longebonus 1xbet codigoser realista ou ainda lisonjeira. Eu assumia que eu era do lugar exibido na TV, sujo e empoeirado,bonus 1xbet codigoque as crianças apareciam rodeadasbonus 1xbet codigoinsetos."

O cabelo continuou sendo, na infância, a raizbonus 1xbet codigoum sentimentobonus 1xbet codigoestranheza.

"Minha própria mãe, que nunca diria algo doloroso intencionalmente, não tinha qualquer ideiabonus 1xbet codigocomo lidar com o meu cabelo. Ela falava dele como algo que precisava ser domado. Eu só lembrobonus 1xbet codigosentir uma culpa enorme."

"Antesbonus 1xbet codigoirmos à igreja no domingobonus 1xbet codigomanhã, meu pai se sentaria comigo para escovar meu cabelo, um ritual horrível e doloroso. Ele passava a escovabonus 1xbet codigouma forma que uma pessoa que conhece o cabelo crespo sabe que nunca poderia ser feita. Eu chorava."

'Chave para aceitação'

Mas foi justamente o cabelo que, na adolescência, a aproximou do que tanto buscava.

"Meu cabelo se tornou cada vez mais um problema. Conforme os anos passaram, menos disposta eu fiquei a ir para cabelereiros brancos. Eles não sabiam o que estavam fazendo."

Sua mãe decidiu que elas iriam para um salão conduzido e frequentado por negros. Chegando lá, Sara ri ao lembrar da forma que a mãe se apresentou, falando com uma formalidade "não diferente da rainha da Inglaterra".

"Fiquei mortificada pela branquitude da minha mãe, pela minha branquitude interna - que me separava das pessoas que estavam ali, no salão."

"Então, um cabelereiro se voltou para mim, soando encantado: 'ah, quanto cabelo!'. Foi a primeira vez que alguém tocou o meu cabelo com expertise e, ainda, com satisfação."

"Entrei no salão como um patinho feio. Quando saí, seis horas depois, o númerobonus 1xbet codigoolhares que recebibonus 1xbet codigohomens jovens foi o que fez me despertar: é isso, esta é a minha chave para aceitação."

Cartabonus 1xbet codigomãe biológica

Também na adolescência, com 14 anos, a então Karoline viveu outro episódio transformador. Fuçando o quarto dos pais, encontrou um textobonus 1xbet codigosua mãe biológica.

"A carta detalhava, do pontobonus 1xbet codigovista dela, minha concepção, meu nascimento e, então, minha adoção com sete semanasbonus 1xbet codigovida."

"O que eu descobri naquela carta mudaria meus sentimentos sobre mim mesma, minha adoção, meus pais..."

Karoline foi concebida na África do Sul durante o apartheid (regime segregacionista que dominou o paísbonus 1xbet codigo1948 a 1994) por uma mulher branca e um homem negro. Entre as leis racistas do regime, estava a da "imoralidade", que proibia o sexo entre brancos e não-brancos.

Sua mãe apostou que a filha pudesse nascer com tombonus 1xbet codigopele claro. Isso não aconteceu, e a solução encontrada pelos pais biológicos foi drástica: disseram para família e amigos que a bebê tinha um problema grave no fígado que precisaria ser tratadobonus 1xbet codigoLondres.

Chegaram à capital inglesa, deixaram a criançabonus 1xbet codigoum centrobonus 1xbet codigoadoção e foram embora.

Como duas pessoas conseguem atravessar o planeta com um bebê e voltar com os braços vazios?

"Essa é a parte que, apesarbonus 1xbet codigoser a minha história, ainda me faz ficar arrepiada", lembra a mulher. "A explicação que eles deram quando voltaram à África do Sul foi abonus 1xbet codigoque a bebê Karoline tinha morrido."

"Fui colocada para adoção porque era negra. A cor da minha pele era tão repugnante assim - e não só para uma pessoa, mas para uma nação inteira."

"A magnitude disso chegando a você com 14 anos... Se eu tivesse nascido branca, minha vida inteira teria sido completamente diferente."

A partir desta idade, Karoline viveu anosbonus 1xbet codigodistúrbios alimentares; aos 18, passou a beber muito álcool e a tomar remédios descontroladamente.

"Eu queria um alívio, não queria sentir mais dor. Queria sentir um tipo diferentebonus 1xbet codigodor, que não aquela agonia emocional", lembra.

Redençãobonus 1xbet codigocasa

Ao programa Outlook, Sara-Jayne contou que só buscou ajuda perto dos 30 anos. Ou seja, sofreu maisbonus 1xbet codigouma décadabonus 1xbet codigoagonia.

Na busca por tratamento, resolveu ir a Joanesburgo, na África do Sul, onde nasceu. Diferente do que muitas pessoas pensam, não com a intenção, ao menos consciente,bonus 1xbet codigo"resgatar suas origens".

"Uma clínicabonus 1xbet codigoreabilitação lá era mais barato do que na Inglaterra", lembra, rindo.

"Mas no primeiro segundo que o avião tocou no solo (da África do Sul), alguma coisa tirou meu ar. Senti: estoubonus 1xbet codigocasa. Nunca me esquecerei. No caminho para a clínicabonus 1xbet codigoreabilitação, lembrobonus 1xbet codigopensar: já estive aqui. Eu sabia, porque eubonus 1xbet codigofato já tinha estado ali. Mesmo como uma bebêbonus 1xbet codigosete semanas, eu tinha estado ali."

Ela chegou também a um país que vivia o luto pela mortebonus 1xbet codigoNelson Mandela (ex-presidente do país e símbolo da luta contra o apartheid),bonus 1xbet codigo2013. Lágrimas, cantos, danças e velas se misturavam nas ruas.

"Eu vi a África do Sulbonus 1xbet codigoluto, mas tambémbonus 1xbet codigocelebração. Era a África do Sul nabonus 1xbet codigomelhor forma, e você não vê isso frequentemente, porque somos um país com muitos problemas ainda - o que é compreensível. Senti muito fortemente um pertencimento."

A jornada na África do Sul consolidoubonus 1xbet codigotransformação - simbolizada, inclusive, pela mudançabonus 1xbet codigonome.

"Sempre odiei o nome Karoline. Quando passei a ser chamadabonus 1xbet codigoSara-Jayne King, pensei: é isso, encaixa. Esta sou eu."

A transição dá título a um livrobonus 1xbet codigoque contabonus 1xbet codigojornada, publicadobonus 1xbet codigo2017 e com o contundente título Killing Karoline -bonus 1xbet codigotradução livre, Matando Karoline.

Ao repórter Andile Masuku, Sara-Jayne diz se identificar hoje como negra e sul-africana.

"Não rejeito o fatobonus 1xbet codigoque passei a maior parte da minha vida na Inglaterra. Mas, mesmo quando estava no Reino Unido, não me identificava como britânica. Nunca me senti britânica. Mas ser sul-africana cabebonus 1xbet codigomim."

'O dia mais feliz da minha vida'

Ainda assim, nabonus 1xbet codigofamília na África do Sul,bonus 1xbet codigoclassificação como negra ou não é alvobonus 1xbet codigoquestionamentos, ela conta.

"Muitas pessoas ficam perplexas comigo, não sabem o que fazer (na África do Sul). Porque somos, como um país, compreensivelmente obcecados, e ao mesmo tempo confusos, com a questão da raça."

Ao falar do pai biológico, a vozbonus 1xbet codigoSara-Jayne fica mais vibrante. Se a carta escrita pela mãe mencionava apenas o nome dele e a impossibilidadebonus 1xbet codigoencontrá-lo, a jovem foibonus 1xbet codigopistabonus 1xbet codigopista e conseguiu chegar ao homem com a ajuda nas redes sociais.

Ela contou à BBC que, quando eles se encontraram pela primeira vez,bonus 1xbet codigoJoanesburgo, ambos caírambonus 1xbet codigolágrimas.

"Foi o dia mais feliz da minha vida. Não estou dizendo que a nossa relação é perfeita, mas estou falandobonus 1xbet codigoum homem que me fez sul-africana, que me deu minha identidade. E eu encontrei este homem que acreditava nunca ser capazbonus 1xbet codigoencontrar."

"Ele é um homem maravilhoso. Eu me pareço com ele, me pareço com meus irmãos, e somos uma família orgulhosa."

bonus 1xbet codigo Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube bonus 1xbet codigo ? Inscreva-se no nosso canal!