Sarampo: tire suas dúvidas sobre o surto e a vacinação com 16 perguntas e respostas:smart roleta

Vacina contra o sarampo

Crédito, Marcelo Camargo/Agência Brasil

Legenda da foto, Vacina continuará disponívelsmart roletapostossmart roletasaúde, mesmo com o fim da campanha nacional, diz Ministério da Saúde

smart roleta O sarampo volta a preocupar no país: no Estadosmart roletaSão Paulo, principal foco do surto atual, já tem 1.319 casos confirmados da doença, segundo dados da secretaria estadual da Saúde smart roleta . A maioria dos pacientes (997) se concentra na capital.

O Ministério da Saúde, que deve atualizar seu boletim nesta sexta-feira (16/08), tem até o momento contabilizados casos também no Rio (4), um na Bahia e um no Paraná.

O Brasil chegou a receber,smart roleta2016, o certificado da Organização PanAmericanasmart roletaSaúdesmart roletapaís livre do sarampo, mas o surto atual – bem como o ocorrido no ano passado,smart roletaRondônia e Amazonas – trouxeram a doençasmart roletavolta ao centro das discussõessmart roletasaúde pública.

É também na sexta-feira que acaba a campanha nacionalsmart roletavacinação contra a doença, mas, segundo o Ministério da Saúde, a vacina continuará disponível nos postossmart roletasaúde e na rede particular.

A seguir, veja respostas a 16 dúvidas comuns sobre a doença, o surto e como se proteger:

1. Por que São Paulo é o foco do surto atual?

Rosana Richtmann, médica infectologista do Instituto Emilio Ribas (SP), explica que o vírussmart roletacirculação atualmente é geneticamente semelhante ao que tem circulado na Europa esmart roletaIsrael. "E São Paulo é a portasmart roletaentrada do país (pela quantidadesmart roletavoos), alémsmart roletaa capital ser uma cidade com alta densidade populacional. É muito fácil que seja transmitido no metrô, por exemplo. Uma pessoa infectada transmite para outras 18, com rapidez", diz à BBC News Brasil.

2. Quem ainda deve tomar a vacina contra sarampo?

Todo mundo que nunca tomou a vacina e todos aqueles que não têm certeza se já tomaram ainda podem procurar os postossmart roletasaúde mesmo após o fim da campanhasmart roletavacinação, explica à BBC News Brasil o secretáriosmart roletaVigilânciasmart roletaSaúde do Ministério da Saúde, Wanderson Klebersmart roletaOliveira.

Criança com sarampo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Crianças pequenas são o maior focosmart roletapreocupação, por serem mais vulneráveis e mais suscetíveis a casos graves

O ideal, diz ele, é que todos entre 1 a 29 anos tenham tomado as duas doses da vacina, e que pessoassmart roleta30 a 49 anos tenham a certezasmart roletaque tomaram ao menos uma dose.

"Na dúvida, é melhor tomar a vacina", afirma Oliveira.

Além disso,smart roletaáreassmart roletasurto ativo, como São Paulo, bebês entre seis e 11 meses continuarão a ser vacinados.

E fica mantido o calendáriosmart roletavacinação tradicional: mesmo os bebês que tiverem sido vacinados contra o sarampo na campanha atual devem tomar a vacina tríplice viral aos 12 mesessmart roletaidade (1ª dose) e a tetra viral aos 15 meses (2ª dose). Ao mesmo tempo, crianças pequenas que já tenham tomado a tríplice e a tetra não precisam ser vacinadas novamente contra o sarampo.

Por fim, também continuará o chamado "bloqueio vacinal", que é a vacinaçãosmart roletapessoassmart roletaqualquer idade que tenham tido contato com pessoas infectadas pelo sarampo. O ideal é que essas pessoas sejam vacinadassmart roletaaté 72 horas depois desse contato.

3. Quem são os mais vulneráveis à doença?

Uma das maiores incidências no surto atual é entre crianças menoressmart roletaquatro anos, explica Oliveira, o que causa preocupação no Ministério da Saúde.

"É o grupo mais vulnerável e também osmart roletaque a doença pode ter mais gravidade e até mesmo causar a morte", diz ele.

4. Quais os sintomas e os riscos do sarampo?

Os principais sintomas são febre (acimasmart roleta38,5º) e manchas avermelhadas na pele – começam no rosto e atrás das orelhas, e depois, se espalham pelo corpo. Podem vir acompanhadossmart roletatosse persistente, irritação nos olhos, coriza e congestão nasal. Pequenas manchas brancas dentro das bochechas também são comuns dno estágio inicial da doença.

Vírus do sarampo

Crédito, SPL

Legenda da foto, Pessoas infectadas pelo vírus do sarampo transmitem a doença mesmo antessmart roletamanifestarem sintomas

Richtmann explica que um grande perigo do sarampo é o fatosmart roletaele baixar muito a imunidade do paciente, deixando-o suscetível a outras infecções. "Ele fica mais vulnerável a pneumonias e otite. Outros riscos são vírus do sarampo causar inflamação no pulmão ou encefalite (inflamação do cérebro)."

A maior vulnerabilidade ésmart roletacriançassmart roletaaté dois anossmart roletaidade, sobretudo nas desnutridas, adultos jovens e indivíduos com imunodepressão ousmart roletacondiçõessmart roletavulnerabilidade, e podem deixar sequelas, tais como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença ainda pode levar à morte.

Por isso, a preocupação principal é com crianças pequenas e com pessoas cujo sistema imunológico já estava debilitado.

5. A vacina contra o sarampo é segura? Tem riscos?

A vacina, tanto na rede pública quanto na privada, é segura, diz Oliveira, agregando que uma dose protegesmart roleta93% dos casos e duas doses têm uma eficáciasmart roleta97%.

Não adianta tomar doses adicionais, porque a proteção não chegará a 100%.

A vacina é feitasmart roletavírus vivo atenuado (enfraquecido) e atuasmart roletaforma a estimular o sistema imunológico a desenvolver anticorpos para combater os "invasores". Ela é administrada por injeção subcutânea. Algumas pessoas podem ter reações, mas, no geral, elas são leves, benignas,smart roletacurta duração e autolimitadas. As mais comuns são dor e vermelhidão no local da aplicação e febre.

6. Há gente que se vacinou e mesmo assim ficou doente. Por quê?

Segundo Oliveira, do Ministério da Saúde, isso se deve justamente a esse gruposmart roleta7% a 3% que não fica totalmente protegido pela vacina.

"Mas, nos vacinados que apresentarem sintomas, a doença será mais branda e menos transmissível", afirma.

7. Depois da vacina, quanto tempo leva para eu criar anticorpos?

Segundo Richtmann, o temposmart roletaincubação ésmart roletaduas semanas. O que significa que podem passar duas semanas entre se vacinar e criar anticorpos. O mesmo tempo pode levar entre entre o contato com o sarampo e os primeiros sinais da doença.

Antessmart roletaviajar para locais com incidência da doença, deve-se procurar um postosmart roletasaúde, com pelo menos, 15 diassmart roletaantecedência, se ainda não tiver sido imunizado.

Professora recebendo vacina contra sarampo

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Profissionaissmart roleta15 a 29 anos foram o foco da campanha contra sarampo deste ano

8. Posso estar transmitindo o vírus do sarampo mesmo sem ter sintomas?

Sim, explica Oliveira. "O vírus, ao entrar no organismo, já se reproduz. Pode levar,smart roletamédia, quatro a seis dias para que (uma pessoa infectada) tenha manchas na pele e febre, mas mesmo antes disso ela já está disseminando a doença. Por isso ela é altamente contagiosa."

9. O vírussmart roletacirculação atualmente é diferente dosmart roletaoutras épocas?

Richtmann explica que eventuais mutações genéticas do vírus ainda estão sendo estudadas, mas agrega que isso não põesmart roletaxeque, até o momento, a eficácia da vacina disponível.

Oliveira destaca que há diferentes subtipos da doença, mas "as característicassmart roletatodos são reconhecidas pelo nosso sistema imunológico". O que significa que a vacina protege contra todos os subtipos, e que quem já teve sarampo também está protegido contra todos.

10. Se eu acho que estou com sarampo, o que devo fazer?

"A primeira coisa a fazer é não ir ao trabalho, à escola ou ao shopping", adverte Rosana Richtmann. Ou seja, evitar qualquer tiposmart roletaaglomeração, para não espalhar ainda mais o vírus.

Pessoas que estejam se sentindo bem apesar dos sintomas podem ficarsmart roletarepousosmart roletacasa até o ciclo da doença passar, lembrandosmart roletase hidratar, comer bem, descansar e tomar medicamentos para baixar a febre.

Crianças pequenas, pessoas com o sistema imunológico comprometido ou que estejam inseguras a respeito da doença devem procurar atendimento médico, e examessmart roletasangue podem confirmar se se trata mesmosmart roletasarampo.

11. Como prevenir o sarampo?

A vacina é a principal medidasmart roletaprevenção. É bom também lavar sempre as mãos, proteger o espirro e evitar aglomerações.

12. Por que o sarampo voltou?

Pessoa recebendo vacina contra

Crédito, Erasmo Salomão/MS

Legenda da foto, Neste ano, casos notificadossmart roletasarampo no mundo triplicaram nos primeiros sete mesessmart roletacomparação com o mesmo períodosmart roleta2018

A epidemiasmart roletasarampo é um fenômeno global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização PanAmericana da Saúde (Opas) mostram que,smart roleta2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes, a maioria entre crianças menoressmart roletacinco anos.

Neste ano, ainda segundo as entidades, casos notificados no mundo triplicaram nos sete primeiros mesessmart roletacomparação com o mesmo períodosmart roleta2018.

Só nas Américas, entre 1ºsmart roletajaneiro e 18smart roletajunhosmart roleta2019, a doença foi confirmadasmart roleta13 países: Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Estados Unidos, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

O Brasil, diz o Ministério da Saúde, vinhasmart roletaum históricosmart roletanão registrar casos autóctones (adquiridos dentro do país) desde o ano 2000 - entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos, um no Ceará e outrosmart roletaPernambuco, a partirsmart roletacasos importados.

Em 2018, no entanto, a doença reapareceu na região Norte, nos Estados do Amazonas, Roraima e Pará, acompanhando venezuelanos que fugiam da crise no país. Já os vírus que atingiram São Paulo, neste ano, vieram com pessoas que foram infectadas na Noruega,smart roletaMalta esmart roletaIsrael.

O problema é que a cobertura vacinal da patologia no país está abaixo do patamar ideal, que é acimasmart roleta95%. Pelas informações do Ministério da Saúde,smart roleta2018, esse índice, relacionado à vacina tríplice viralsmart roletacriançassmart roletaum anosmart roletaidade, foismart roleta90,80%. Em 2015, chegou a 96,7%.

E as razões para isso são várias, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem: medosmart roletater reação à imunização; desconhecimentosmart roletaque existe um calendáriosmart roletavacinação específico para adultos e idosos; falsa sensaçãosmart roletasegurança por partesmart roletapessoas que não vivenciaram surtossmart roletadoenças; dificuldadesmart roletaacesso aos postossmart roletasaúde no horário comercial; notícias falsas relacionadas a vacinas; e grupos antivacina.

Crisan;a recebendo vacina contra sarampo

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Primeiros sintomas do sarampo são febre alta, acimasmart roleta38,5°, com duraçãosmart roletaquatro a sete dias, e manchas avermelhadas na pele

13. O que é o sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa aguda,smart roletanatureza viral, altamente contagiosa e que pode ser contraída por pessoassmart roletaqualquer idade. Sua transmissão se dásmart roletaforma direta,smart roletapessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, respirar e falar.

14. Por que os jovenssmart roleta15 a 29 anos foram o foco da campanha recente?

Pessoassmart roletatodas as faixas etárias precisam ter as duas doses da vacina, mas os jovens dessa faixa etária nasceramsmart roletauma épocasmart roletaque a segunda dose não fazia parte do Calendário Nacionalsmart roletaVacinação. Assim, muitos não a tomaram e, por isso, não estão totalmente protegidos.

15. Para quem a vacina contra o sarampo não é indicada?

Pessoas com alergia grave ao ovo, pacientessmart roletatratamento com quimioterapia, gestantes, portadoressmart roletaimunodeficiências congênitas ou adquiridas, quem faz usosmart roletacorticoidesmart roletadoses altas, transplantadossmart roletamedula óssea e bebês com menossmart roletaseis mesessmart roletaidade.

16. Quem já teve a doença precisa se vacinar?

Não. Quem já foi infectado com o vírus desenvolveu anticorpos contra ele. Dessa forma, não precisa se vacinar, nem pegará a doençasmart roletanovo.

*Com reportagemsmart roletaRenata Turbiani e Paula Adamo Idoeta,smart roletaSão Paulo

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