Médica desbanca mitos sobre saúde feminina; veja oito:ponte preta e criciúma palpite

Jen Gunter

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, "Se você quer oprimir as mulheres, fazendo com que sempre tenham que se preocupar com seus corpos — que são normais —, a desinformação é uma ferramenta muito efetiva", diz Gunter

Gunter ficou famosa nos Estados Unidos por ter brigado publicamente com a atriz Gwyneth Paltrow, ganhadora do Oscar por Shakespeare Apaixonado que virou uma espécieponte preta e criciúma palpite"guru" com um blog sobre saúde e bem-estar e uma empresa que vale milhõesponte preta e criciúma palpitedólares.

O site da atriz já foi multado por divulgar informações sem base científica — algo que foi repetidamente apontado por Gunter, que já desmentiu que sutiãs causariam câncer (não causam!), que vaporizadores vaginais limpariam o útero (não limpam!; a ideiaponte preta e criciúma palpiteque o útero é sujo é "um mito patriarcal", escreveu), entre outros.

Em 2017, Gunter escreveu um texto dizendo que o site da atriz se alimentava da indústria do medo, gerando dúvidas e ideias erradas nas mulheres. O conselho editorial do blog da atriz respondeu chamando Gunterponte preta e criciúma palpite"estranhamente segura" para fazer as afirmações que fazia. Gunter respondeu: "Eu não sou 'estranhamente segura' sobre saúde vaginal. Eu sou adequadamente segura porque sou uma especialista. Eu fiz 4 anosponte preta e criciúma palpitemedicina, 5 anosponte preta e criciúma palpiteresidênciaponte preta e criciúma palpiteginecologia e obstetrícia, um anoponte preta e criciúma palpitepesquisaponte preta e criciúma palpitedoenças infecciosas" e seguiu citando todo seu currículo. "Uma mulher sem treinamento médico algum que diz para as mulheres andarem por aí com ovos vaginais é a que é 'estranhamente segura'."

Na entrevista abaixo, ela fala sobre as causas e interesses por trás dos mitos sobre saúde feminina espalhadosponte preta e criciúma palpitesites e redes sociais e tira dúvidas sobre a saúde da mulher ponte preta e criciúma palpite .

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite No seu livro, você afirma que as mulheres sofreram com 'centenasponte preta e criciúma palpiteanosponte preta e criciúma palpitedesinformação'. A que tipoponte preta e criciúma palpitedesinformação você se refere?

ponte preta e criciúma palpite Jen Gunter ponte preta e criciúma palpite —Em muitas culturas, não se pode nem falar o nome das partes dos corpos das mulheres. Não se pode dizer "vagina", "vulva" e "clitóris". Se não se pode falar o nome da parte, passa-se a impressãoponte preta e criciúma palpiteque isso é vergonhoso e que tem alguma coisaponte preta e criciúma palpitesujo. Se não pudermos falar sobre o corpo, como encontrar informações corretas sobre ele? O corpo das mulheres não foi estudado da mesma maneira que o corpo dos homens foi. Não estudamos a saúde feminina da mesma maneira que estudamos a saúde masculina. E as mulheres foram excluídas da medicina e da ciência. Foi só recentemente que passamos a escutar suas vozes.

Ilustraçõesponte preta e criciúma palpitevaginas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para médica americana, o fatoponte preta e criciúma palpiteque mulheresponte preta e criciúma palpitediferentes culturas não podem falar "vagina", "vulva" ou "clitóris" faz com que sintam vergonha, algo que não deveriam sentir

E agora, além disso, temos a indústriaponte preta e criciúma palpite"wellness" [bem-estar], que é um marketing enganoso. Isso sempre existiu, mas agora aparece no nosso feed no Instagram, no Facebook, Twitter. Além disso, vemos as mesmas manchetes incorretas sendo repetidas várias vezes. E todos nós confundimos repetição com precisão. Quando as pessoas leem esses mitos, se espalhando cada vez mais rapidamente, essa informação "pega" mais.

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite Como e por que você começou a desbancar mitos?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Como médica, eu me importo com a informação que meus pacientes trazem para o consultório. Foi um grande fator. Mas foi também porque eu tive filhos com condições sériasponte preta e criciúma palpitesaúde e comecei a pesquisar coisas online e achei muito lixo. Pensei: "Meu Deus, se é difícil para mim, que sou médica, como todo o resto das pessoas faz para encontrar informações?" Então, comecei a pensar sobre as informações que minhas pacientes traziam sob outra perspectiva.

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite Você também brigou publicamente com a atriz Gwyneth Paltrow. O que motivou essa desavença?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Um dia me mandaram um artigo [do siteponte preta e criciúma palpitePaltrow] sobre vaporizadores vaginais. Eu pensei: "Isso é a coisa mais estúpida do mundo". Então, eu escrevi sobre isso e viralizou. Depois teve o texto dizendo que sutiãs causam câncerponte preta e criciúma palpitemama. Não causam. E o que dizia para mulheres colocarem ovos vaginais. Não façam isso! Eu comecei a desmentir essas coisas, e a Gwyneth me achou "estranhamente segura" por fazer essas afirmações, sendo médica e tal. E no final o site foi multado. Mas disseram que estavam apenas "conversando". É muito perigoso passar informações assim e depois dizer "não estávamos transmitindo informações" ou dizendo o que as pessoas devem fazer. Não queria transmitir informações ou dizer o que as pessoas devem fazer, mas escreveu um artigo sobre ovos vaginais e está vendendo ovos vaginais. Eu acho que a maioria das pessoas diria que isso é dizer o que os outros devem fazer.

Atriz Gwyneth Paltrow no festivalponte preta e criciúma palpiteCannesponte preta e criciúma palpite2008

Crédito, Sean Gallup/Getty Images

Legenda da foto, A atriz Gwyneth Paltrow criou um império componte preta e criciúma palpiteempresaponte preta e criciúma palpitebem-estar e saúde, mas divulgou produtos e publicou textos com informações sem comprovação científica

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite A quem interessa espalhar essas informações falsas sobre a saúde da mulher?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Bom, primeiro, a quem quer vender um produto. Quando se tem suplementos não confiáveis e quer vendê-los, ou quando se quer que mulheres insiram "ovosponte preta e criciúma palpiteenergia"ponte preta e criciúma palpitesuas vaginas, é preciso querer desinformá-las. Quando se quer vender absorventes internos caros que supostamente são orgânicos, sem benefícios para a saúde, é preciso espalhar desinformação para que mulheres escolham os produtos mais caros.

Mas essa desinformação também é muito danosa quando falamos sobre escolhas contraceptivas e direitos ao aborto. Vemos mulheres com medoponte preta e criciúma palpitecertos métodos contraceptivos por causaponte preta e criciúma palpitemitos, ou vemos mulheres que não foram educadas adequadamente sobre contracepção por causaponte preta e criciúma palpitedesinformação, tomando decisões erradas porque não têm informação suficiente. E vemos governos tirando direitos reprodutivos das mulheres.

E também há muitas semelhanças entre as imprecisões científicas e as notícias falsas na política. Algumas vezes, as pessoas compartilham desinformação por faltaponte preta e criciúma palpiteconhecimento, mesmo. É preciso ter mais educação sobre saúde e ciência. A mesma coisa ocorre com ciência climática ou conteúdo antivacina. Se você examinar as pessoas que são contra vacinação, a minoria acreditaponte preta e criciúma palpiteteorias da conspiração e a maioria foi contaminada com desinformação online.

Jen Gunter

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Médica desmentiu benefíciosponte preta e criciúma palpiteovos vaginais vendidos por Gwyneth Paltrowponte preta e criciúma palpiteseu site sobre saúde feminina

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite No seu livro você menciona o patriarcado como grande motor da desinformação nesses casos. O que o patriarcado e o machismo têm a ver com os mitos que lemos por aí sobre a saúde das mulheres?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Tudo vem disso. Se o objetivo é oprimir as mulheres, fazendo com que sempre tenham que se preocupar com seus corpos — que são normais —, a desinformação é uma ferramenta muito eficaz. Se o objetivo é manter as mulheres na pobreza, sem dar a elas seus direitos e informaçõesponte preta e criciúma palpitereprodução, sem permitir que decidam sobre seus próprios corpos, essa é uma boa maneiraponte preta e criciúma palpitefazer isso.

O mito básico, a crença básica e central do patriarcado é que os corpos femininos são sujos. Quando as meninas começam a menstruar, elas são sujas, envergonhadasponte preta e criciúma palpitemuitas culturas e comunidades. É assim que as pessoas são controladas.

Quando se quer controlar metade da população, e existe um sinal claroponte preta e criciúma palpiteque são diferentes,ponte preta e criciúma palpiteque estão sangrando, esse é um instrumento eficaz. Dizer: "Ah, esse sangue é nojento e anormal, tem alguma coisa errada com você". E mulheres viraram commodities. Elas precisam ser virgens até o casamento e precisam produzir tantas crianças quanto possível e, quando ficarem velhas, devem se calar e ir embora. É assim que somos tratadas.

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite E quais são as consequências, para as mulheres,ponte preta e criciúma palpiteacreditar nesses mitos?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Elas acabam tomando decisões sobre a saúde que podem ser ruins para elas. Acabam não fazendo sexo como querem na cama porque não sabem dizer: "Ei, só 30% das mulheres chegam ao orgasmo com penetração, quero estímulo na área do meu clitóris". 100% das mulheres deveriam tomar a vacina da HPV, mas não tomam por causaponte preta e criciúma palpitedesinformação eponte preta e criciúma palpitemedo. É uma decisão médica ruim, porque expõe as mulheres a câncer do colo do útero. Há consequências sérias.

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite Você falou há pouco que ponte preta e criciúma palpite " ponte preta e criciúma palpite não estudamos a saúde feminina da mesma maneira que estudamos a saúde masculina ponte preta e criciúma palpite " ponte preta e criciúma palpite . Como isso influencia o que sabemos sobre a saúde e o corpo feminino?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Para muitos medicamentos e condições médicas, os testes são feitos normalmenteponte preta e criciúma palpitehomens saudáveis ouponte preta e criciúma palpitehomens, no geral. E há razões para tanto, que poderiam ter sido aceitáveis quando não tínhamos informações. As mulheres têm ciclos, nossos hormônios são diferentesponte preta e criciúma palpitediferentes horas do dia. E algumas dessas coisas podem afetar condições médicas.

Eu entendo biologicamente como estudos iniciais podem ser feitosponte preta e criciúma palpitehomens, mas isso não significa que seja aceitável parar aí. Pessoasponte preta e criciúma palpitediferentes contextos raciais podem reagirponte preta e criciúma palpiteforma diferente a medicações diferentes. Sabemos que a idade pode ter um impacto. Tem muita exclusãoponte preta e criciúma palpitetodos que não são homens brancos entre as idadesponte preta e criciúma palpite18 e 35, a população jovem 'ideal' para estudos.

Nós temos que pedir mais. Temos que dizer: não se pode estudar coisas que afetem só uma pequena população, porque até estudarmos todo mundo, não vamos saber, não temos como saber, que pode haver diferençasponte preta e criciúma palpiteimpacto para diferentes idades e que mulheres podem reagir a medicamentosponte preta e criciúma palpiteforma diferente,ponte preta e criciúma palpiteacordo com a idade, situaçãoponte preta e criciúma palpitemenopausa e época do mês.

ponte preta e criciúma palpite BBC News Brasil ponte preta e criciúma palpite — ponte preta e criciúma palpite Com tantas notícias falsas sobre política, mas também sobre saúde, as pessoas podem ficar ansiosas, sem saber como se informar. Afinal, como devemos navegar esse ambiente repletoponte preta e criciúma palpiteinformações nem sempre confiáveis?

ponte preta e criciúma palpite Gunter ponte preta e criciúma palpite —Primeiro, não confieponte preta e criciúma palpitecelebridades nunca. A não ser que te digam para pararponte preta e criciúma palpitefumar, o que é ótimo. Eu queria poder dizer que se pode confiarponte preta e criciúma palpitemédicos, mas isso nem sempre é possível. Com sorte, é possível achar um médicoponte preta e criciúma palpitequem confiar. Mas médicos podem ser uma fonteponte preta e criciúma palpitedesinformação, também. E a internet também. Existem bons médicos, médicos predatórios ou médicos que realmente não sabem. Existem bons sites na internet e sites predatórios, e também existem sites cujos autores estão só confusos e repassando informações incorretas sem saber.

Acho que a vacina para isso são fatos. Quanto mais soubermos sobre o nosso corpo, mais poderemos receber informações e dizer: "Isso é lixo, eu não deveria acreditar nisso". Fatos ajudam. Também temosponte preta e criciúma palpiteensinar as pessoas como pesquisar informações sobre saúde. É muito importante, temos que aumentar a educação sobre saúde. Temosponte preta e criciúma palpiteensinar as pessoas como identificar viésponte preta e criciúma palpitesites.

Toda vez que recebemos uma informação médica, devemos refletir: "Por que essa pessoa quer que eu acredite nisso? Qual é seu interesse nisso? É um jornalista, é alguém vendendo um produto, é alguém que é contra vacinas?"

Oito dúvidas sobre a saúde feminina

As cinco primeiras dúvidas foram esclarecidas por Gunter durante a entrevista; as dúvidasponte preta e criciúma palpite6 a 8 foram respondidasponte preta e criciúma palpiteseu livro.

ponte preta e criciúma palpite 1) O ponto G existe?

ponte preta e criciúma palpite Jen Gunter ponte preta e criciúma palpite —O "ponto G", no estudo originalponte preta e criciúma palpiteErnst Gräfenberg, descreviaponte preta e criciúma palpiteforma bastante precisa o que hoje sabemos ser o clitóris, uma grande estrutura com tecido erétil que é muito perto da uretra. Então, ele estava descrevendo algo que hoje sabemos: que parte do clitóris é muito próxima da uretra, e que muitas mulheres devem ter essa parte sensível dependendo do tipoponte preta e criciúma palpiteestimulação e do momento.

Em alguns dias pode ser ótimo,ponte preta e criciúma palpiteoutros, não. Diferentes coisas podem afetar o que sentimos como prazeroso. Mas,ponte preta e criciúma palpitealguma maneira, essa ideia foi transcrita pelo patriarcado como um ponto que você pode tocar e levar a mulher à loucura. Não, não é isso, não é um botão que você aperta. É parteponte preta e criciúma palpiteum todo, parte do tecido erétil, e é preciso estimular aquilo com esforço, assim como aconteceponte preta e criciúma palpiteoutras partes, e não é só um local, uma glândula específica.

Ilustraçãoponte preta e criciúma palpiteum clitóris

Crédito, José Antonio Luque Olmedo/Getty Images

Legenda da foto, Estudo original sobre o "ponto G" descrevia tecido erétil perto da uretra que hoje sabemos ser parte do clitóris

Acho que isso se tornou um "telefone sem fio". E mulheres dizem: "Não consigo ter um orgasmo com meu parceiro tocando só essa parte". Sim, porque não há um botão secreto. É mais que isso. E então nós vemos pessoas oferecendo "injeções para o ponto G", baseado na ideiaponte preta e criciúma palpiteque você pode estimular os nervos dessa área, mas não pode. Aquele estudo originalmente correto foi traduzido para o público incorretamente. Seja porque os homens querem acreditar que podem levar as mulheres à loucura só com um toque, ou por causa da crença patriarcalponte preta e criciúma palpiteque o pênis é a melhor formaponte preta e criciúma palpiteas mulheres chegarem ao orgasmo. Mulheres que mantêm relações com mulheres dizem: "Que é isso? O pênis não é nem um pouco necessário para uma ótima experiência sexual". Falando com pessoas que não têm pênis, chegamos a conclusões diferentes.

ponte preta e criciúma palpite 2) A comida que ingerimos influencia nossa saúde vaginal?

Comer é algo bom para a saúde como um todo. Com uma dieta saudável e balanceada, tem-se um corpo mais saudável no geral. Mas não deve-se pensar na comida como algo para partes específicas do corpo, não é assim que funciona. E não se pode mudar o cheiro da vagina. O maior mito é que o consumoponte preta e criciúma palpiteaçúcar pode causar infecções fúngicas. Essa é uma desinformação completa porque não se pode modificar o nívelponte preta e criciúma palpiteaçúcar da vagina com comida. Não é assim que o açúcar chega à vagina.

Eponte preta e criciúma palpitealguns períodos do mês, a vagina pode ter até mais açúcar que o nível do seu sangue. E o açúcar na vagina também alimenta as bactérias que fazem bem. É uma completa faltaponte preta e criciúma palpiteinformação sobre todo o ecossistema da vagina. Há pessoas que pensam que comer iogurte ou colocar iogurte na vagina pode curar a candidíase. Não é verdade, porque não tem o tipo certoponte preta e criciúma palpitelactobacilos. Você pode comer iogurte, é ótimo, é uma boa fonteponte preta e criciúma palpitecálcio, e mulheres precisamponte preta e criciúma palpitecálcio nas suas dietas, mas não vai ajudarponte preta e criciúma palpitevagina.

ponte preta e criciúma palpite 3) Como devemos limpar a vulva e a vagina?

Limpar a vagina e limpar a vulva são duas coisas diferentes. A vulva é a pele da parteponte preta e criciúma palpitefora, onde as roupas encostam na pele [formada pelos lábios maiores e menores e o clitóris, entre outros órgãos femininos externos], e a vagina é a parteponte preta e criciúma palpitedentro [o canal que liga a vulva ao colo do útero]. A vagina nunca precisaponte preta e criciúma palpitelimpeza. Deixe elaponte preta e criciúma palpitepaz. Não encoste nela. É como um forno que se limpa sozinho. Duchas, sprays, lenços dentro da vagina, tudo isso é danoso. Nunca os use. Você mata as bactérias e pode danificar a camadaponte preta e criciúma palpitemuco protetor que fica dentro da vagina. O corrimento existe para proteção. As células que estão lá flutuando naponte preta e criciúma palpitevagina que saem e que são parte do corrimento são parte um mecanismoponte preta e criciúma palpiteproteção, também. Elas só saem quando têm que sair. Então você está atrapalhando todos esses mecanismosponte preta e criciúma palpiteproteção naturais, as bactérias do bem, o muco, e pode até estar danificando as células e fazendo com que seja mais fácil para as bactérias entrarem.

A vulva é só pele, comoponte preta e criciúma palpitequalquer outra parte. Não é mais suja que outras partes. Quando você se limpa, seu objetivo é tirar o sebo, secreções das glândulas sebáceas, e bactérias, se houver. Não necessita produtosponte preta e criciúma palpitelimpeza agressivos. Para muitas pessoas, água é o suficiente. Mas para as pessoas que acham que precisamponte preta e criciúma palpitealgo mais, um produtoponte preta e criciúma palpitelimpeza pode ser melhor. Um produtoponte preta e criciúma palpitelimpeza usa enzimas e químicos para tirar a sujeira e os detritos da pele sem tirar o manto ácido da pele, substância que protege nossa pele. É uma camadaponte preta e criciúma palpiteproteção. E quando tiramos essa camada, a pele fica seca. É o que o sabão faz. O sabão também pode aumentar o pH daponte preta e criciúma palpitepele. O pH da vulva éponte preta e criciúma palpitemais ou menos 5.3, então deve-se usar um produto que tenha mais ou menos o mesmo pH da vulva — é a coisa mais segura a se fazer. Eu só uso um sabonete facial porque eles são mais baratos e muitos produtos femininos não foram testados e muitos têm fragrância, e não se deve usar fragrância. E eu não quero apoiar uma empresa que também vende duchas.

ponte preta e criciúma palpite 4) Os pelos protegem a vagina? Devemos removê-los?

Pelos púbicos são normais. Não é anormal tê-los. E acreditamos que o que fazem é providenciar uma barreira mecânica para a pele bloqueando sujeira e detritos, e que também provavelmente mantêm a a umidade da pele naquela área porque o teorponte preta e criciúma palpiteumidade da vulva é maior que o do resto do corpo. E também pode ter um papel no prazer sexual, porque cada folículaponte preta e criciúma palpitepelo é ligada a um nervo — é por isso que dói quando você depila. Então mexer nos pelos púbicos pode aumentar as sensações no seu corpo na atividade sexual. Os riscos diretosponte preta e criciúma palpiteremover pelos púbicos são ferimentos, o que não é incomum — vemos feridas, infecções, pelos encravados. E alguns estudos sugerem que a remoçãoponte preta e criciúma palpitepelos púbicos pode aumentar a chanceponte preta e criciúma palpitetransmitir ou adquirir doenças sexualmente transmissíveis virais, herpes e HIV. Quando você remove um pelo ou passa uma lâmina, você cria um microtrauma na pele. É por isso que não passamos mais a lâmina antesponte preta e criciúma palpitecirurgias, porque isso pode causar um microtrauma na pele e aumentar as possibilidadesponte preta e criciúma palpiteadquirir infecções na cirurgia.

Mas as pessoas são adultas e devem tomar decisões sobre seus próprios corpos. É uma decisão cosmética, não médica,ponte preta e criciúma palpiteremover pelos púbicos, e há riscos. Mas as pessoas têm seu próprio cálculoponte preta e criciúma palpiterisco e benefício. Eu pinto o meu cabelo, posso irritar meu couro cabeludo. Mas sou adulta e posso tomar uma decisão adulta.

O que é danoso é como a sociedade impõe a depilação a meninas, que começam a tirar os pelos quando têm 13 ou 14 anos, sem experimentar uma vida com pelos púbicos. Então elas não sabem se isso é melhor para elas sexualmente ou não. Elas acham que é anormal ter pelos púbicos e que devem removê-los. E há uma diferença entre remover os pelos e saber que essa é uma decisão cosmética.

Eu sou a favorponte preta e criciúma palpiteque as pessoas façam as modificações que queiram no corpo, mas elas devem ser bem informadas, saber os fatos.

ponte preta e criciúma palpite 5) A pílula faz as mulheres engordarem?

Isso já foi bastante estudado. Não há relação entre as duas coisas. E os estudos foram feitos por médicos levandoponte preta e criciúma palpiteconsideração as preocupações das mulheres. Um estudoponte preta e criciúma palpiteque comparam mulheres tomando a pílula e mulheres com o DIUponte preta e criciúma palpitecobre, ou seja, sem hormônios, mostrou que elas ganharam peso da mesma forma. Então, isso nos mostra que uma mudança no modo contraceptivo é associada a uma mudança nos padrõesponte preta e criciúma palpitealimentação, mas não há relação com a pílula, não é uma coisa hormonal.

Cartelasponte preta e criciúma palpitepílula contraceptiva

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estudos mostram que pílula não causa ganhoponte preta e criciúma palpitepeso

As dúvidas a seguir foram esclarecidas a partirponte preta e criciúma palpiteinformações do livroponte preta e criciúma palpiteGunter:

ponte preta e criciúma palpite 6) As mulheres devem tomar vacina contra a HPV?

Sim. O HPV (vírus que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões) causa câncerponte preta e criciúma palpitecoloponte preta e criciúma palpiteútero e outros tiposponte preta e criciúma palpitecâncer, então, a vacina ajuda na prevenção. Idealmente, a vacina é ministrada entre as idadesponte preta e criciúma palpite9 e 12 anos. "As vacinas são altamente eficazes", diz Gunter no livro, "e muito seguras". Maisponte preta e criciúma palpite200 milhõesponte preta e criciúma palpitedoses foram dadas no mundo inteiro. As doenças atribuídas à vacina "nunca apareceramponte preta e criciúma palpiteestudosponte preta e criciúma palpitelongo prazo". "O que não significa que as meninas não tiveram sintomas, significa queponte preta e criciúma palpitecondição médica não é resultado da vacina."

Ela desmente preocupações por causaponte preta e criciúma palpiteboatos na internet sobre a suposta presençaponte preta e criciúma palpitemercúrio na vacina (algumas vacinas contém etilmercúrio, que é comprovadamente seguro, mas a vacinaponte preta e criciúma palpiteHPV não contém o composto) e alumínio ("isso já foi extensivamente estudado há quase 100 anos, e a dose nas vacinas é sabidamente segura").

ponte preta e criciúma palpite 7) Como uma mulher sabe se está com infecção urinária?

Essas dicas valem para mulheres que têmponte preta e criciúma palpite2 a 3 infecções urinárias por ano. Mulheres com 4 ou mais episódios anuais têm as chamadas infecções urinárias recorrentes, e a situação pode ser diferente. Há uma boa probabilidadeponte preta e criciúma palpiteinfecção urinária quando existe um aumento da frequência das idas ao banheiro, ardência ao urinar e nenhuma mudança no escorrimento. Algumas mulheres sentem dor na bexiga e ficam com sangue na urina. Nem todas as mulheres têm sintomas clássicos, então o diagnóstico é difícil. O tratamento é com antibióticos.

ponte preta e criciúma palpite 8) É normal sentir dor durante o sexo?

Segundo o The Vagina Bible, 30% das mulheres sentem dor com penetração vaginal. É uma condição médica — não é normal sentir dor no sexo. Muitas das causas têm tratamento. Nem toda condição tem cura, mas aliviar a dor é quase sempre possível. Primeiro, a mulher que sente dor durante o sexo deve se consultar com um médico, que vai buscar as causas da dor. Há dez causas comuns para a dor durante o sexo, e é possível sofrerponte preta e criciúma palpitemaisponte preta e criciúma palpiteuma (estrógeno baixo, contracepção hormonal, infecção vaginal, espasmos dos músculos do assoalho pélvico, vestibulite vulvar, alterações na pele da vulva, cicatrizes, endometriose, inflamação na bexiga e problemas mecânicos ou técnicos).

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