Metade dos pacientes podem sobreviver a câncerbônus de cadastropele considerado "intratável", apontam testes:bônus de cadastro

Melanoma

Crédito, Huw Evans picture agency

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), embora o câncerbônus de cadastropele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cercabônus de cadastro30%bônus de cadastrotodos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% dos tumoresbônus de cadastropele. O Inca registrou 6.260 casos novos no Brasilbônus de cadastro2018.

No Reino Unido, é o quinto tipobônus de cadastrocâncer mais comum, e mata cercabônus de cadastro2,3 mil pessoas a cada ano.

Se for detectadobônus de cadastroestágios iniciais, no entanto, as chancesbônus de cadastrosobrevivência são boas. Mas à medida que o câncer se torna mais agressivo e se espalha pelo corpo, o chamado câncer metastático, as taxasbônus de cadastrosobrevivência despencam.

No passado, o melanoma metastático era considerado intratável, explica o professor James Larkin, consultor na Royal Marsden NHS Foundation Trust.

"Oncologistas consideravam o melanoma diferente dos outros cânceres, não podia ser tratado depois que espalhava", ele disse.

As pessoas tendiam a viver entre seis e nove meses depoisbônus de cadastroserem diagnosticadas.

O que os novos testes indicam?

O teste investigou duas drogas imunoterápicas que foram criadas para melhorar o sistema imunológico e deixá-lo atacar o câncer. Havia 945 pacientes no teste; um terço foi tratado com nivolumab, um terço com ipilimumab, e um terço com os dois medicamentos.

Os médicos, então, analisaram a taxabônus de cadastrosobrevivênciabônus de cadastrocinco anos - a proporçãobônus de cadastropacientes que continuavam vivos após cinco anos.

Os resultados mostraram:

  • 26% ainda estavam vivos só com o ipilimumab
  • 44% ainda estavam vivos só com o nivolumab
  • e 52% ainda estavam vivos com os dois.

"Foi uma surpresa maravilhosa ver tanto progressobônus de cadastroum período tão curtobônus de cadastrotempo", afirmou o professor Larkin à BBC News.

Ele disse: "Foi a transformação mais extraordinária sobre uma doença que era considerada entre todos os cânceres a mais difícilbônus de cadastrotratar, o prognóstico mais sério".

Ele disse que agora a possibilidade é que "50% das pessoas com melanomabônus de cadastroestágio 4 estejam vivas após cinco anos com o tratamento por imunoterapia", diz.

As descobertas foram apresentadasbônus de cadastrouma reunião da Sociedade Europeiabônus de cadastroMedicina Oncológica e publicadas no New England Journal of Medicine.

O que os pacientes dizem?

Pam Smith

Crédito, Pam Smith

Legenda da foto, Pam Smith: "Eu poderia não ter conhecido meus netos".

Pam Smith, 67,bônus de cadastroRoyal Tunbridge Wells, começou o testebônus de cadastrojaneirobônus de cadastro2014. Ela estava "devastada" quando disseram a ela que o câncer era intratável, e ela diz que "não teria tido chance alguma sem a imunoterapia". Ela recebeu o tratamento duas vezes por semana por quatro meses, mas os medicamentos lhe deram diarreia severa como efeito colateral, e ela não pôde continuar.

O tumor dela diminuiu pela metade depois do tratamento e não cresceu mais. Pam agora se sente "ótima". "Eu poderia não ter conhecido meus netos", disse à BBC. "Passaram-se cinco anos agora e meu neto mais novo completou seis anos este fimbônus de cadastrosemana. Eu não teria o visco crescer, nem meus outros netos."

Estes pacientes estão curados?

Dizer que se está curado é sempre difícil no câncer, mas a taxabônus de cadastrocinco anosbônus de cadastrosobrevivência é um passo importante. Alguns pacientesbônus de cadastrotratamento com as drogas estãobônus de cadastroremissão total, sem sinalbônus de cadastroanormalidade nos scans.

Outros, como Pam, ainda têm um tumor dentro do corpo, mas eles não estão mais crescendo. Dos pacientes que sobreviveram, três quartos não precisam maisbônus de cadastronenhum tipobônus de cadastrotratamento contra o câncer.

Como funciona a imunoterapia?

A imunoterapia é uma ciência vencedora do Nobel que está tornando o intratável tratável.

A áreabônus de cadastropesquisa é uma das mais animadoras no tratamento contra o câncer.

O sistema imunológico constantemente vigia nosso corpo, lutando contra invasores hostis, como vírus.

Deveria atacar câncer também - mas os cânceres são uma versão corrompidabônus de cadastrotecido saudável que pode evoluir para meiosbônus de cadastroburlar o sistema imunológico.

Cancerous cell

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Uma célula corrompida que saibônus de cadastrocontrole, diferentebônus de cadastrosuas "vizinhas" saudáveis

Ipilimumab e nivolumab impedem alguns tiposbônus de cadastrocâncerbônus de cadastrose esconder e permitem que o sistema imunológico ataque.

Eles interrompem os sinais químicos que os cânceres usam para frear o sistema imunológico.

Nivolumab bloqueia o "botão desliga" das células brancas do sangue, chamado PD-1; Ipilimumab bloqueia um similar, chamado CTLA-4.

Esse processo é descrito como tirar o freio do sistema imunológico.

"A combinação dessas duas drogas você está efetivamente tirando os dois freios do sistema imunológicobônus de cadastrovezbônus de cadastroum, e o sistema reconhece tumores que não reconhecia antes, reage a isso e os destrói, disse o professor Larkin.

Quais os efeitos colaterais?

Sim, as drogas estão mudando a maneira que o sistema imunológico funciona e isso pode ter consequências, como fatiga, alergias na pele e diarreia.

Algumas são severas o suficiente para que pacientes como Pam não possam completar o tratamento.

No entanto, mesmo um poucobônus de cadastroimunoterapia teve um benefício duradouro no sistema imunológico e nos pacientes. É uma grande diferençabônus de cadastrorelação a tratamentos como quimioterapia, que parambônus de cadastrofuncionar no momento que o tratamento para.

Estas drogas já estão disponíveis?

Sim, resultados prévios deste teste levou essas drogas a estarem disponíveis ao redor do mundo , incluindo o serviço nacionalbônus de cadastrosaúde do Reino Unido. Também estão sendo usadas para tratar câncer no pulmão e no rim.

A imunoterapia não é oferecida pelo SUS (Sistema Únicobônus de cadastroSaúde), exceto pelo Hospitalbônus de cadastroAmor,bônus de cadastroBarretos, que anuncioubônus de cadastrosetembro do ano passado o tratamento com a terapia anti-PD-1, conhecida como pembrolizumabe (Keytruda), por meio do SUS ebônus de cadastroparceria com uma farmacêutica.

Também há instituições privadas no Brasil que oferecem o tratamento.

O que os experts acham?

O professor Charles Swanton, clínico chefe no Cancer Research UK, diz que progresso no tratamento do melanoma foi incrivelmente rápido.

"Estou inspiradobônus de cadastrover esses avanços no desenvolvimento das imunoterapias e o seu potencial para transformar o cenário para alguns pacientes, dando a eles tempo com amigos e família que eles nunca achavam que teriam", afirma. "E agora continua o trabalho para garantir que mais pessoas com diferentes tiposbônus de cadastrocâncer também se beneficiem desses tratamentos inovadores."