Por que, apesar do desconforto, gostamos tantobet7k dicascomidas com pimenta?:bet7k dicas

Homem comendo pimentabet7k dicasconcurso

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Por que escolhemos desafiar nossos limites com comida?

Mas, parabet7k dicassorte, a condição era reversível — e ele se recuperou completamente.

Pimenta Carolina Reaper

Crédito, PuckerButt Pepper Company

Legenda da foto, A pimenta Carolina Reaper, cultivada na Carolina do Sul, detém o recordebet7k dicas'mais ardida' do mundo

Esse pode ser um exemplo extremo, mas milhões — ou talvez bilhões —bet7k dicaspessoas ao redor do mundo consomem regularmente comida apimentada, o que pode causar uma sensaçãobet7k dicasqueimação na língua, nos deixar morrendobet7k dicassede ou com dorbet7k dicasestômago. Mas por quê?

É um casobet7k dicasamor que existe há milharesbet7k dicasanos e se mantém forte até hoje. Não é à toa que a produção globalbet7k dicaspimenta malagueta verde saltoubet7k dicas27 milhões para 37 milhõesbet7k dicastoneladas entre 2007 e 2018.

Instinto evolutivo

Esses dados, da empresabet7k dicasanálisebet7k dicasmercado IndexBox, indicam que,bet7k dicasmédia, cada umbet7k dicasnós consumiu quase 5 kgbet7k dicaspimenta no ano passado. Como uma pimenta vermelha típica pesa cercabet7k dicas20 g, isso significa ter devorado 250 delas.

Alguns países têm mais apetite por comidas picantes do que outros.

Na Turquia, as pessoas consomembet7k dicasmédia 86,5 gramas por dia — é a média mais alta do mundo, bem à frente do segundo colocado, o México (com 51,0 gramas), famoso pela gastronomia apimentada.

Mas por que gostamos tantobet7k dicascomida picante?

É uma história complicada que envolve nossa busca psicológica por fortes emoções e uma batalha contra os instintos evolutivos.

Agricultores com pimentas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A produção globalbet7k dicaspimenta malagueta verde atingiu 37 milhõesbet7k dicastoneladasbet7k dicas2018

Segredo da natureza

Até o processo evolutivo pelo qual as pimentas desenvolveram a capsaicina, o componente responsável pela ardência, gera debate.

Os cientistas sabem que as espécies se tornaram ardidas ao longo do tempo e criaram esse sabor picante para tentar impedir que fossem devoradas por mamíferos e insetos.

Mas os pássaros parecem não ter problema com isso.

Pássaro comendo pimenta

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Legenda da foto, Diferentementebet7k dicasmamíferos e insetos, os pássaros não têm problemabet7k dicascomer pimenta

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, descobriram o por quê dessa estratégia.

Os sistemas digestivos dos mamíferos quebram suas sementes e impedem que germinem.

Mas esse não é o caso dos pássaros: as sementes passam ilesas pelo sistema digestivo deles e são evacuadas prontas para germinar novas plantas.

Mas, se as pimentas desenvolverambet7k dicasardência para impedir os mamíferosbet7k dicascomerem os frutos da planta, por que isso não funciona com os seres humanos?

Concursobet7k dicascompetiçãobet7k dicaspimentabet7k dicasHanghzou

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Legenda da foto, Competiçõesbet7k dicasingestãobet7k dicaspimenta, como esta na cidade chinesabet7k dicasHanghzou, são cada vez mais populares

É especialmente surpreendente, dado que os seres humanos também costumam associar gostos amargos a venenos — e isso faz parte do nosso mecanismo evolutivobet7k dicassobrevivência.

Mas o comportamento dos nossos ancestrais pode dar pistasbet7k dicaspor que consumimos deliberadamente comida apimentada.

Os únicos outros mamíferos alémbet7k dicasnós a fazê-lo são os musaranhos chineses.

Conservação

Uma das teorias é que os seres humanos gostambet7k dicasalimentos apimentados por causabet7k dicassuas propriedades antifúngicas e antibacterianas.

A tese é abet7k dicasque as pessoas começaram a perceber que alimentos com sabor apimentado eram menos propensos a apodrecer — a ardência era um sinalbet7k dicasque a comida não tinha estragado.

Essa hipótese foi apresentadabet7k dicas1998 pelos biólogos Jennifer Billing e Paul W. Sherman, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Eles analisaram milharesbet7k dicasreceitas tradicionaisbet7k dicas36 países com dietas à basebet7k dicascarne e descobriram que as especiarias eram usadas com mais frequênciabet7k dicasregiões com clima mais quente, onde havia um risco maiorbet7k dicasos alimentos apodrecerem.

Pratobet7k dicastacos, comida mexicana

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Legenda da foto, Será que nosso amor pela pimenta começou como uma medidabet7k dicassegurança contra a intoxicação alimentar?

"Nos países quentes, quase todas as receitas à basebet7k dicascarne exigem pelo menos um tempero, e a maioria inclui muitas especiarias, especialmente temperos fortes, enquanto nos países mais frios, quantidades substanciaisbet7k dicaspratos são preparados com pouco ou nadabet7k dicastempero", concluíram.

Países como Tailândia, Filipinas, Índia e Malásia estão no topo do rankingbet7k dicasusobet7k dicasespeciarias, enquanto Suécia, Finlândia e Noruega estão no pé da lista.

"Acredito que as receitas são um registro da história da corrida coevolutiva entre nós e nossos parasitas. Os micróbios estão competindo conosco pelo mesmo alimento", diz Sherman.

"Tudo o que fazemos com os alimentos — secar, cozinhar, defumar, salgar ou adicionar temperos — é uma tentativabet7k dicasimpedir que sejamos envenenados por nossos concorrentes microscópicos."

Um antídoto para comida sem graça?

Kaori O'Connor, antropóloga da alimentação, acrescenta outra pista.

Fábricabet7k dicasprocessamentobet7k dicaspimenta na Turquia

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Legenda da foto, A Turquia, um dos maiores produtores mundiaisbet7k dicaspimenta, também possui o maior consumo per capita

Ela explica que, assim como a cana-de-açúcar e as batatas, as pimentas permaneceram desconhecidas na Europa por séculos. Mas depois que os exploradores europeus chegaram às Américas e começaram a abrir rotas comerciais, elas se espalharam pelo mundo.

"Elas (as pimentas) se espalharam por causa dos exploradores europeus", diz O'Connor.

Seu sabor surpreendente foi rapidamente adotado na culináriabet7k dicastodo o mundo, incluindo na Índia, China e Tailândia.

"Temosbet7k dicasimaginar que a comida na Europa era muito sem graça na época. Mas as pimentas logo aprimorariam seu sabor,bet7k dicasum processo semelhante à chegada do açúcar."

Emoções e frio na barriga

No entanto, existe uma teoria concorrente para explicar nosso amor pela pimenta: o relacionamento do homem com a comida picante seria resultado do chamado "risco restrito".

Pébet7k dicaspimenta

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Legenda da foto, Os cientistas acreditam que as pimentas desenvolverambet7k dicas'ardência' para afastar mamíferos e insetos

Ela sugere que começamos a comer pimenta por causa do mesmo impulsobet7k dicasbuscar fortes emoções que atualmente nos faz andarbet7k dicasmontanha-russa ou saltarbet7k dicasparaquedas.

Testebet7k dicasardência

Esse conceito foi desenvolvido por Paul Rozin, professorbet7k dicaspsicologia da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, que se viu instigado pelo fatobet7k dicasque a grande maioria dos mamíferos não come pimenta.

Em um experimento, ele ofereceu aos participantes pimentas cada vez mais fortes até eles não conseguirem suportar mais a ardência.

As pessoas foram questionadas,bet7k dicasentrevistas, sobre o tipobet7k dicaspimenta que mais gostavam. E escolheram o grau mais alto que poderiam suportar.

"Os homens são os únicos animais que desfrutambet7k dicaseventos que são negativos por natureza", explica Rozin.

"Nossas mentes aprenderam a ter consciênciabet7k dicasque não estamosbet7k dicasperigo, mesmo que nossos corpos reajam da maneira oposta."

Tudo indica que gostamosbet7k dicascomer pimenta ardida pela mesma razão que gostamosbet7k dicasassistir a filmesbet7k dicasterror assustadores.

Mulher comendo pimenta

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Legenda da foto, Será que comemos pimentabet7k dicasbuscabet7k dicasfortes emoções?

Imagem e gênero

A ciência também está interessadabet7k dicasentender por que algumas pessoas gostam maisbet7k dicaspimenta do que outras.

Nadia Byrnes, cientistabet7k dicasalimentos, decidiu analisar a possibilidadebet7k dicaso gênero também desempenhar um papel no consumobet7k dicascomida picante.

Ela descobriu que os homens tendem a ser mais motivados por fatores externos, como mostrar a outras pessoas que são capazesbet7k dicassuportar pimentas fortes; enquanto as mulheres se interessam mais pela sensaçãobet7k dicasardênciabet7k dicassi.

"No México, por exemplo, o consumobet7k dicaspimenta está associado à força, ousadia e características da personalidade masculina", observa Byrnes.

Independentementebet7k dicasvocê comer pimenta porque gostabet7k dicasfortes emoções, detesta pratos insossos ou está seguindo algum instinto ancestral para evitar alimentos estragados, uma coisa parece certa: com variedadesbet7k dicaspimenta cada vez mais fortes sendo cultivadas, nunca vai faltar uma refeição apimentada.

Línea

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