Com casos confirmadosbr4bet app13 países, coronavírus é transmissível antes dos sintomas aparecerem:br4bet app

Médicos que foram paraacidadebr4bet appWuhan, onde o surto começou, tiveram que deixar a família para trás

Crédito, EPA

Legenda da foto, Médicos que foram paraacidadebr4bet appWuhan, onde o surto começou, tiveram que deixar a família para trás

O texto foi atualizado às 23h46br4bet app27br4bet appjaneirobr4bet app2020.

br4bet app O novo coronavírus, que já infectou maisbr4bet app4 mil pessoasbr4bet appsurto na China e atingiu outros 12 países, é transmissívelbr4bet appseu períodobr4bet appincubação, ou seja, antes dos sintomas aparecerem, segundo autoridades chinesas.

Até esta segunda-feira (27), 106 mortes por causa do vírus foram confirmadas no país. O ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, disse que a capacidade do vírusbr4bet appse espalhar parece estar aumentando.

Diversas cidades chinesas adotaram restrições significativasbr4bet appviagens. A cidadebr4bet appWuhan, onde o surto começou, estábr4bet apptotal quarentena.

As infecções estavambr4bet appum "estado crucialbr4bet appcontenção", segundo Ma Xiaowei. Autoridades anunciaram que a vendabr4bet appanimais selvagens está proibida no país todo. Acredita-se que o vírus surgiubr4bet appanimais, mas nenhuma causa foi oficialmente identificada.

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Em humanos, o períodobr4bet appincubação — no qual a pessoa tem a doença, mas nenhum sintoma — varia entre um e 14 dias, segundo as autoridades.

Sem os sintomas, a pessoa pode não saber que tem a infecção, mas já estar espalhando a doença.

Dificuldade na contenção

A descoberta é um avanço significativo no entendimento sobre o vírus e fará com que a China tenha que ir mais longe para impedirbr4bet appdisseminação.

Conhecido como Sars, o último surto mortalbr4bet appcoronavírus a atingir a China,br4bet app2002, era contagioso apenas a partir do momentobr4bet appque os sintomas apareciam. O mortal vírus do Ebola também só transmissível por quem está com os sintomas.

Isso facilita a contenção da doença, pois basta identificar e isolar pessoas que estão doentes e monitar qualquer um com que elas tenham entradobr4bet appcontato.

Doenças que se espalham antesbr4bet appvocê saber que está doença são mais difíceisbr4bet appconter — um bom exemplo é o vírus da gripe, que alémbr4bet apptudo também sofre muitas mutações (dificultando a vacina).

O estágio atualbr4bet appperigo não é o mesmobr4bet appalgumas doenças que se tornaram pandemias mundiais, como a gripe suína. Mas parar uma doença que pode ser transmitida antes dos sintomas aparecerem será um trabalho muito mais difícil para as autoridades chinesas.

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Como está a situaçãobr4bet appWuhan?

O prefeito da cidade, Zhou Xianwang, disse que a estimativa ébr4bet appmil novos pacientes nos próximos dias.

Acidade tem tido filas nos hospitaisbr4bet apppacientes buscando tratamento.

Zhou afirmou que um aumentobr4bet appdoaçõesbr4bet appparticulares ajudou a reduzir a faltabr4bet appalguns equipamentos médicos.

Hospital da Cruz Vermelhabr4bet appWuhanbr4bet appjaneirobr4bet app2020

Crédito, AFP

Legenda da foto, Hospitais da cidade onde o surto começou estão com cada vez mais pacientes

A britânica Sophia, que está na cidadebr4bet appquarentena, disse à BBC que as pessoas estão trancadasbr4bet appsuas casashádias.

"Descobrimos sobre o vírusbr4bet app31 dezembro", afirma ela. "Só ficou pior e pior. Agora a situação está realmente ruim."

Sem táxis nas ruas, motoristas voluntários têm levado as pessoas aos hospitais lotados.

"Não há carros, então ficamos responsáveis por trazer as pessoas ao hospital e levá-lasbr4bet appvolta para casa. Depois fazemos um desinfecção. Tudobr4bet appgraça", disse o voluntário Yin Yu à agência AFP.

O que é o vírus?

Nomeado oficialmentebr4bet app2019-nCoV, o novo coronavírus é similar a outros dois identificados nas últimas décadas.

Um deles foi responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na siglabr4bet appinglês), e matou 774 das 8.098 infectadasbr4bet appuma epidemia que começou na Chinabr4bet app2002.

Outro esteve por trás da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na siglabr4bet appinglês), que matou 858 dos 2.494 pacientes identificados com a infecção desde 2012 nesta região do mundo.

Até o momento, entre os quase 4 mil casos notificados do 2019-nCoV, houve 106 mortes — todas na China.

O novo vírus causa infecção respiratória aguda.

Sintomas começam com uma febere, seguidabr4bet apptosse seca e, depoisbr4bet appuma semana, leva a faltabr4bet appar. Ainda não há cura nem vacina.

Casosbr4bet appcoronavírus confirmados na China

Como o vírus se espalhou?

A disseminação rápida da doença coincide com o festival do Ano Novo Chinês, um dos períodosbr4bet appque mais há viagens internas na China.

Da cidadebr4bet appWuhan, onde vivem 11 milhõesbr4bet apppessoas, a doença se espalhou para cidades vizinhas e outras províncias.

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Crédito, AFP

Legenda da foto, A disseminação rápida do coronavírus coincide com o festival do Ano Novo Chinês, um dos períodosbr4bet appque mais há viagens internas no país

Fora da China, um pequeno númerobr4bet appinfecções foi confirmadobr4bet apppaíses vizinhos, como Japão, Taiwan, Nepal, Tailândia, Vietnã, Coreia do Sul e Singapura.

Também foram confirmados casos na Austrália, nos EUA e na França.

Qual o risco do surto chegar ao Brasil?

No momento, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no Brasil — e, segundo o governo federal e epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que isso ocorra, o risco é baixobr4bet appque haja um surto por aqui.

O infectologista Benedito Antonio Lopes da Fonseca, professor da Faculdadebr4bet appMedicinabr4bet appRibeirão Preto da Universidadebr4bet appSão Paulo, avalia que não há motivos para a população brasileira ter receios no momento sobre o surto do 2019-nCoV ao Brasil.

"Com o Sars, houve uma grande epidemia na China e pequenos surtosbr4bet appoutros países, mas acabou ali. Uma grande vantagem da globalização é que as medidasbr4bet appcontençãobr4bet appepidemias são colocadasbr4bet appprática muito mais rápido do que no passado", afirma Fonseca.

"É preciso avaliar a movimentaçãobr4bet apppessoas entre esta região da China e o Brasil. Se for baixo, acredito que o risco é mínimo, quase inexistente,br4bet appo vírus chegar ao país."

O infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdadebr4bet appMedicina da Universidadebr4bet appSão Paulo, explica que o novo coronavírus é preocupante por ser desconhecido, mas quebr4bet appdisseminação, na China e internacionalmente, é aparentemente mais "suave" do que as do Sars e do Mers.

Casosbr4bet appcoronavírus fora da China

"Pelo tempo desde que a doença começou até agora, o númerobr4bet appcasos notificados,br4bet appcasos graves ebr4bet appmortes ainda é baixo, especialmente levandobr4bet appconta o tamanho da população chinesa", afirma Boulos.

O médico afirma que a possibilidade do novo coronavírus chegar ao Brasil existe, mas é "baixa, pouco provável". "Isso não descarta a necessidadebr4bet appficarmos alerta. Mas o Brasil tem outras doenças mais alarmantes com que devemos nos preocupar."

Ambos os infectologistas concordam que, diante desta situação, não é necessário fazer a triagembr4bet apppassageirosbr4bet appportos e aeroportos do país.

Mas recomendam que sejam tomadas algumas medidas nestes locais para orientar os passageiros, por meiobr4bet appcartazes nos terminais e avisos sonoros nos aviões, para que busquem um postobr4bet appsaúde caso tenham sintomas como febre e problemas respiratórios.

"Se virar uma emergência global, vai ser necessário ter um controle muito mais rígido das fronteiras", alerta Fonseca.

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