A estratégia defendida por pesquisadores para não fechar comércioautobet bet365segunda ondaautobet bet365covid-19:autobet bet365

restaurante

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Limitar ocupação máximaautobet bet365estabelecimentos e levarautobet bet365conta necessidadesautobet bet365mobilidade da população podem reduzir a contaminação sem obrigar fechamento totalautobet bet365estabelecimentos, aponta estudo americano

Em seguida, foi feito um cruzamento entre esses dados e o númeroautobet bet365casos da covid-19autobet bet365cada cidade, os pesquisadores calcularam os níveis médioautobet bet365infecçãoautobet bet365alguns estabelecimentos fechados e concluíram que alguns lugares têm maior potencialautobet bet365disseminar o coronavírus. Esse é o caso sobretudoautobet bet365restaurantes, mas tambémautobet bet365cafés, bares, hotéis, academias e templos religiosos.

Ocupação máxima e timing

Os pesquisadores utilizaram um modelo matemático para simular cenários com diferentes taxasautobet bet365ocupação máxima desses estabelecimentos - como seria a taxaautobet bet365contaminação se um restaurante estiver 100% lotado e com 50% das mesas livres, por exemplo.

A conclusão foi que limitar a ocupação a 20% pode reduzirautobet bet36580% novas infecções pelo coronavírus nesses lugares. Alémautobet bet365diminuir os riscosautobet bet365novas infecções, essa limitação não reduz a clientelaautobet bet365forma linear durante todo o períodoautobet bet365funcionamento do estabelecimento. De acordo com o estudo, uma taxaautobet bet365ocupação máximaautobet bet36520% provocaria a perdaautobet bet36542% do totalautobet bet365visitas (e nãoautobet bet36580%).

Pessoasautobet bet365academia

Crédito, Alessandra Goes Alves

Legenda da foto, Alémautobet bet365diminuir os riscosautobet bet365novas infecções, estudo aponta que limitação não reduz a clientelaautobet bet365forma linear durante o períodoautobet bet365funcionamento

"Limitar a ocupação só diminui realmente a clientela nos horáriosautobet bet365pico. É mais estratégico reduzir as ocupações nesses horários do que fechar os estabelecimentosautobet bet365modo indiscriminado", afirma Emma Pierson, PhDautobet bet365ciências da computação pela Universidadeautobet bet365Stanford e uma das autoras do estudo.

A pesquisadora diz que a principal contribuição dele é mostrar como a mobilidade é um fator decisivo para a disseminação do novo coronavírus. "Medidas preventivas como usar máscaras, lavar as mãos e manter o distanciamento continuam essenciais. Mas é importante pensar essas medidas conjuntamente com a mobilidade, já que ela pode ter impactos dramáticos. O objetivo é fornecer análises mais detalhadas para sustentar decisões políticas mais equânimes e efetivas."

Os pesquisadores também analisaram a eficácia dessa medida quando ela é aplicadaautobet bet365cada semana do período estudado. E concluíram que o timing (avaliação do momento) é elemento primordial para a eficácia das medidasautobet bet365limitação da ocupação. "Há dois fatores que realmente importam: quando você começa a fazer essa limitação e com que intensidade", complementa Pierson.

Desigualdades socioeconômicas

Os dadosautobet bet365mobilidade também mostraram como desigualdades raciais e socioeconômicas intensificam a disseminação da covid-19 entre populaçõesautobet bet365cor e mais pobres. Nas cidades estudadas, os bairros com menos brancos apresentaram riscos maioresautobet bet365infecção.

Outro dado aponta que mercados e merceariasautobet bet365bairros mais pobres receberam, por hora, um númeroautobet bet365visitantes 59% maior do que daqueles situadosautobet bet365regiões mais ricas. E os mais pobres também permaneceram uma médiaautobet bet365tempo 17% superior. Tudo isso dobra o risco dessa população ser contaminada pelo coronavírus nesses estabelecimentos,autobet bet365comparação aos mais ricos.

Os autores do estudo afirmam que essas diferenças são explicadas por alguns fatores. Um deles é que minorias raciais e populações mais pobres têm menos possibilidadesautobet bet365reduzir os seus deslocamentos (por não terem empregos que permitam home office) e menos flexibilidadeautobet bet365horário para ir a esses comércios. Outro é que aqueles situadosautobet bet365bairros mais pobres tendem a ter uma área menor e serem mais lotados.

Pessoas reunidasautobet bet365frente a igreja

Crédito, Alessandra Goes Alves

Legenda da foto, Para o médico Márcio Sommer, a limitação máxima não deve ser dada por uma porcentagem, mas sim pela relação entre númeroautobet bet365pessoas e a metragem quadrada do estabelecimento

Os pesquisadores concluem o estudo apontando algumas medidas para reduzir a disseminação da covid-19autobet bet365bairros mais vulneráveis. Alémautobet bet365limitar a ocupação máxima, eles sugerem a criaçãoautobet bet365centros emergenciaisautobet bet365distribuiçãoautobet bet365alimentos (para reduzir a lotaçãoautobet bet365mercados e mercearias), a ampliaçãoautobet bet365testagens gratuitas, suportes governamentaisautobet bet365renda e locaisautobet bet365trabalho adequados (com boa ventilação e distanciamento quando possível). "Este estudo pode oferecer uma visão otimista, já que essas intensidadesautobet bet365deslocamentos podem ser mudadas", afirma Pierson.

Questionada sobre por que o estudo focou somenteautobet bet365áreas nos arredores das estaçõesautobet bet365metrô das metrópoles pesquisadas, a pesquisadora afirma que essas áreas abrangem uma população que equivale a quase um terço da população total dos Estados Unidos, o que pode oferecer um bom parâmetroautobet bet365análise. "Um bom próximo passo seria pesquisar dadosautobet bet365mobilidadeautobet bet365populações das áreas rurais", conclui.

Avaliações

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil consideram que o estudo publicado na Nature traz um quadro amplo sobre as dinâmicasautobet bet365disseminação do coronavírus. "Os modelos adotados permitem avaliar os impactos das medidasautobet bet365restrição, acompanhar a dinâmica da pandemia e planejarautobet bet365forma adequada as medidas restritivas. Ele combina uma base grandeautobet bet365dadosautobet bet365mobilidade e um modelo epidemiológico robusto", diz Bernardo Lanza, docente do Departamentoautobet bet365Demografia da Universidade Federalautobet bet365Minas Gerais (UFMG).

Para a economista Monicaautobet bet365Bolle, o estudo inova ao trazer análises com mais nuances (fora da lógica "tudo ou nada"): "Ele oferece um meio termo que permite preservar os sistemasautobet bet365saúde e a saúde das pessoas, sem ter impactos econômicos tão fortes ou restritivos como ocorreu com o lockdown."

Na avaliação dela, o estudo evidencia que limitar a ocupação máxima é a melhor formaautobet bet365calibrar as medidas sanitárias que funcionaram até agora.

"É fundamental ver quantas pessoas compartilham um único espaço ao mesmo tempo. Para evitar aglomerações é melhor receber 100 visitasautobet bet365cinco dias do queautobet bet365um só. Enquanto não houver vacinas, nenhum país vai poder reabrir os comércios com 100% da lotação", afirma Bolle, que também é pesquisadora-sênior do Peterson Institute for International Economics (PIIE).

Na opiniãoautobet bet365Paulo Lotufo, docenteautobet bet365epidemiologia na Faculdadeautobet bet365Medicina da Universidadeautobet bet365São Paulo (USP), o estudo trabalha com um volume muito grandeautobet bet365dados, o que deixa algumas informações sem detalhamento.

"Não fica claro se os restaurantes analisados estavam funcionandoautobet bet365locais abertos ou fechados e como era esse funcionamento. Mas isso é fruto da opção dos pesquisadores por um estudo com uma grande amplitude, que permite uma generalização sobre o processo. Para ter um conhecimento mais detalhado, é preciso analisar um volume menorautobet bet365dados, cidade por cidade."

Homens reunidosautobet bet365bar

Crédito, Alessandra Goes Alves

Legenda da foto, Possibilidadeautobet bet365intensificar medidas restritivas e fechar estabelecimentos comerciais novamente preocupa epidemiologistas, economistas e a população

Para o médico Márcio Sommer, a limitação máxima não deve ser dada por uma porcentagem, mas, sim, pela relação entre númeroautobet bet365pessoas e a metragem quadrada do estabelecimento. Ele também frisa que as chancesautobet bet365contaminação não dependem apenas do tipoautobet bet365estabelecimento, mas tambémautobet bet365como ele se adapta para reduzir os riscos.

"A discussão deixaautobet bet365ser abrir ou não abrir e passa a ser: como reabrir oferecendo poucos riscos? Não se trata apenasautobet bet365uma decisão individual, masautobet bet365adaptação do projeto dos comércios eautobet bet365fiscalização pelas autoridades. É uma discussão social. A única formaautobet bet365controlar essa cadeiaautobet bet365transmissão é fazer intervenções sempre no coletivo: na comunidade, com a comunidade e pela comunidade", pondera o integrante do Centroautobet bet365Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP.

Além do grande bancoautobet bet365dados, todos os especialistas entrevistados pela BBC News Brasil consideraram a inserçãoautobet bet365fatores socioeconômicos e raciais outro ponto forte do estudo.

"As pessoas não são homogêneas e têm diferentes capacidadesautobet bet365isolamento e distanciamento. Alguns grupos podem precisar circular mais do que outros e frequentar locaisautobet bet365maior risco", lembra Bernardo Lanza.

"Quando a covid-19 atinge uma pessoa, ela interage não só com as comorbidades, mas também com o contexto socioeconômicoautobet bet365que ela vive. É uma somaautobet bet365fatores que não dá para separar;autobet bet365termosautobet bet365pesquisa eautobet bet365intervençãoautobet bet365política pública, é fundamental ter esse olhar mais completo", complementa Monicaautobet bet365Bolle.

Realidade brasileira

Como as autoridades brasileiras podem utilizar esse estudo para traçar estratégias mais direcionadas contra a covid-19 no país?

Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, o primeiro passo é considerar algumas diferenças entre as realidades dos Estados Unidos e do Brasil. "Existem contextos sociais diferentes entre os mais pobres dos dois países. Nas favelas brasileiras, mais pessoas costumam dividir uma casa, o que reduz o potencialautobet bet365distanciamento delas", pondera Sommer.

Lanza lembra que o Brasil tem o InfoGripe, uma baseautobet bet365dados importante organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Ela permite acompanharautobet bet365forma adequada a dinâmica da pandemia no nível local e, sendo combinada com informaçõesautobet bet365outros estudos, nos ajuda a ter um planejamento mais adequadoautobet bet365medidas. O custo da pandemia descontrolada é muito maior do que oautobet bet365restrições e limitações", afirma o demógrafo.

Os especialistas também consideram que o país precisa repensar a reaberturaautobet bet365comércios. "Nós nunca saímos da primeira onda. Temos hoje um recrudescimento com transmissão comunitária persistente e estamos perdendo o timing. A boa hora para agir é agora, quando o crescimentoautobet bet365internações hospitalares por covid ainda não está muito grande. Depois que a doença chega, só podemos fazer controleautobet bet365danos", avalia Sommer, que também é mestreautobet bet365saúde pública pela USP.

Para ele, o estudo incentiva a busca por várias estratégias que podem ser aplicadas simultaneamente. "Pequenas e médias empresas não sobrevivem funcionando só com 20% daautobet bet365capacidade máxima. É preciso pensar soluções individualizadas e combinadas para cada tipoautobet bet365estabelecimento: investirautobet bet365entrega, limitar o fluxoautobet bet365clientes, ampliar o horárioautobet bet365funcionamento, ocupar mais espaços públicos."

Pessoasautobet bet365loja

Crédito, Alessandra Goes Alves

Legenda da foto, Outro aspecto importante é que o Brasil apresenta maiores desigualdades sociais, o que torna o cenário mais complexo, segundo especialistas

Os médicos defendem um maior usoautobet bet365áreas públicas ao ar livre, já que espaços abertos são mais seguros do que os fechados. Nesse contexto, algumas medidas possíveis envolvem uma utilizaçãoautobet bet365ruas, parque e praças.

"A pandemia é uma oportunidadeautobet bet365voltar a fazer,autobet bet365forma controlada e com um fluxo menorautobet bet365pessoas, atividades que nos acostumamos a fazerautobet bet365lugares fechados. A gente pode fechar ruas que tenham muitos restaurantes e bares e colocar alguns mesas desses estabelecimentosautobet bet365forma espaçada nas vias públicas. Isso oferece menos riscos e não diminui tanto o númeroautobet bet365clientes", aponta Sommer.

Essa também é a opiniãoautobet bet365Paulo Lotufo: "No Brasil, precisamos melhorar as praças e os parques públicos e torná-los mais atrativos. Muitas vezes, a quantidadeautobet bet365mesas para as pessoas utilizarem é mínima, o que impede um uso maior desses espaços. Não faz sentido reabrir parques depoisautobet bet365shoppings e academias. A gente acabou reabrindo lugares com pouca ventilação e sem muito controle."

Outro aspecto importante é que o Brasil apresenta maiores desigualdades sociais, o que torna o cenário mais complexo. Para Monicaautobet bet365Bolle, a limitação da capacidade máxima tem uma repercussão considerável no país, onde é grande o contingenteautobet bet365pessoas empregadas nos setoresautobet bet365serviços e comércio.

A economista não acredita que haverá o mesmo nívelautobet bet365aumento do desemprego visto no começo da pandemia no país, mas considera muito provável parte das pessoas que foram readmitidas no terceiro setor devem perder a renda novamente, qualquer que seja a porcentagemautobet bet365limitação.

"A abertura ilimitada também foi feita na Europa. Ela acreditou que podia reabrir tudo sem maiores restrições, e nisso surgiu o espaço para o coronavírus se reinstalar. Mas no Brasil há muito mais gente vulnerável e pobre, o que faz tudo mais exacerbado. Daí a importânciaautobet bet365medidas como o auxílio emergencial."

Para ela, este quadro torna o planejamentoautobet bet365estratégias ainda mais necessário. "O estudo mostra que existe uma sintonia fina que pode ser feita. Mas isso tem um timing, e as autoridades precisam ajustar essa sintonia às circunstânciasautobet bet365cada região. Vai haver segunda onda no Brasil, e é preciso agir antes do vírus", diz a pesquisadora, que também é diretora do Programaautobet bet365Estudos Latino Americanos da Universidade Johns Hopkins.

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