Quedaempresa vaidebetcabelo afeta 1empresa vaidebet4 após covid-19: o que causa e como tratar:empresa vaidebet
- Cristiane Martins
- De Londres para a BBC News Brasil

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empresa vaidebet A estudante universitária Janaina Corrêa,empresa vaidebet24 anos, contraiu coronavírusempresa vaidebetMacapáempresa vaidebetabrilempresa vaidebet2020, quando a doença havia acabadoempresa vaidebetchegar ao Brasil. Passou duas semanas com febre, náusea e faltaempresa vaidebetar. Mas a doença não foi embora com esses sintomas. Além da faltaempresa vaidebetar e da fadiga persistentes, começou a notar que estava perdendo muito cabelo. A situação se agravou quando ela, que já tinha perdido dois tios para a covid, viuempresa vaidebetmãe ser internada numa UTI com a doença.
"Aquilo me matou porque a gente só tem notíciaempresa vaidebetquem estáempresa vaidebetUTI uma vez por dia. E tem que esperar 24 horas para saber comoempresa vaidebetmãe está. Dentro do hospital comecei a perceber que meu cabelo estava caindo muito porque onde eu andava, me encostava, eu via cabelo caindo. Ele não caía, ele despencava. Sempre tive muito cabelo, mas se tornou assustador porque viraram falhas no meu couro cabeludo."
A mãe dela conseguiu se recuperar da covid-19, mas também passou a enfrentar quedaempresa vaidebetcabelo acentuada depois da infecção. Vários conhecidos delas relataram o mesmo sintoma. E hoje, quase um ano depoisempresa vaidebetsua infecção, o cabeloempresa vaidebetJanaina voltou a ganhar volume.
Esses casos ilustram um sintoma associado que estima-se aparecerempresa vaidebet25% dos pacientes com a chamada covid-19 persistente (ou covid longa), que é uma condiçãoempresa vaidebetsaúde que dura semanas ou meses depois do início da infecção pelo novo coronavírus, e não se manifesta necessariamente com os mesmos sintomas que afetaram a pessoa antes.
Há dezenas deles, como cansaço extremo, problemasempresa vaidebetmemória, dores nas articulações e erupções na pele. Segundo pesquisadoresempresa vaidebetuniversidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, que analisaram dezenasempresa vaidebetestudos sobre o tema com 48 mil pacientes ao todo, os cinco sintomas mais comuns da covid prolongada são fadiga (58%), dorempresa vaidebetcabeça (44%), dificuldadeempresa vaidebetatenção (27%), perdaempresa vaidebetcabelo (25%) e faltaempresa vaidebetar (24%).
Há pelo menos sete estudos acadêmicos que abordam a ligação entre essa quedaempresa vaidebetcabelo acentuada e covid-19, mas as causas, a duração e os tratamentos ainda não estão muito claros. Estima-se que a covid longa esteja associada a duas formasempresa vaidebetquedaempresa vaidebetcabelo acentuada já conhecidas da medicina: o eflúvio telógeno e a alopecia areata.
Segundo Paulo Criado, coordenador do departamentoempresa vaidebetmedicina interna da Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia, problemas emocionais, doenças infecciosas ou autoimunes podem causar quedaempresa vaidebetcabeloempresa vaidebetdiversos tipos. O mais comum é a queda difusaempresa vaidebettodo o couro cabeludo, que é chamadaempresa vaidebeteflúvio telógeno. Há pacientes com predisposição genética ou doenças autoimunes, por exemplo, que podem apresentar quedasempresa vaidebetformaempresa vaidebetrodelas, condição conhecida como alopecia areata.
Em entrevista à BBC News Brasil, Criado explica que é comum uma quedaempresa vaidebetcabelo acentuada meses depoisempresa vaidebetdoenças infecciosas mais graves, como dengue, chikungunya, zika, alémempresa vaidebetepisódiosempresa vaidebetestresse, perdaempresa vaidebetpeso e parto.
"Esses todos são eflúvios. O que se acredita agora é que o coronavírus faça parte desse grupoempresa vaidebetdoenças que podem estar ligadas à queda capilar acentuada."
Em geral, pacientes com perdaempresa vaidebetcabelo relatam que os fios começam a cairempresa vaidebetvolume bem maior do que o normalempresa vaidebettornoempresa vaidebet2 ou 3 meses depois da infecção. E meses depois ele se recupera espontaneamente, sem tratamento.
No caso da alopecia areata, Andrew Messenger, professor honorárioempresa vaidebetdermatologia da Universidadeempresa vaidebetSheffield e presidente do Institutoempresa vaidebetTricologia do Reino Unido, explica que os cientistas ainda têm diversas dúvidas sobre as causas e os mecanismos envolvidos.
"No momento, não temos uma imagem clara do que está acontecendo. Se o coronavírus serveempresa vaidebetgatilho para quem já tem predisposição genéticaempresa vaidebetdesenvolver alopecia areata, que é uma doença capilar associada a uma reação autoimune, ou se isso está ligado a algum fator desconhecido ou ao estresseempresa vaidebettorno da covid-19 no casoempresa vaidebetpessoas sem essa predisposição genética", afirmou à BBC News Brasil.
Especialistas afirmam que a pandemia ainda está no início e não é possível neste momento precisar a duração da perdaempresa vaidebetcabelo.
Diagnósticos e eventuais medicamentos para a alopecia devem ser avaliados caso a caso por um dermatologista. Mas não há nenhum indicativo até o momentoempresa vaidebetque os eventuais tratamentos sejam diferentes dos que costumam ser prescritos por médicos contra quedaempresa vaidebetcabelo comum, a exemplo da alimentação equilibrada.
A BBC News Brasil reúne abaixo o que se sabe até o momento sobre possíveis causas, fatoresempresa vaidebetrisco, os mecanismos do corpo envolvidos, eventuais tratamentos, o que pode piorar ou não essa quedaempresa vaidebetcabelo acentuada e o que fazer nesses casos.
Como a covid-19 pode afetar o ciclo normal do cabelo
A função do cabelo vai bem além da nossa autoimagem: passa por aspectos como tato, sensibilidade e proteçãoempresa vaidebetorifícios e da pele contra a radiação ultravioleta (UV).

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Dermatologista diz que o cabelo que sai na escovaempresa vaidebetpentear é um fio que já está "morto" e solto dentro do couro cabeludo
Os pelos e fiosempresa vaidebetcabelo surgem no folículo piloso (ou raiz), uma espécieempresa vaidebet"fábrica" localizada na camada profunda da pele que se desenvolve ao longo da primeira metade da gestação do bebê. Estima-se que cada pessoa tenha uns 5 milhões dessas raízes espalhadas por quase toda a superfície do corpo, sendo quase 100 mil no couro cabeludo. Esse número não muda na vida adulta.
A grande maioria produz um fioempresa vaidebetcada vez, num complexo processoempresa vaidebet"fabricação" na raiz. Envolve divisão celular que gera células na base para o crescimento do cabelo, e depois elementos como glândulas produtorasempresa vaidebetsebo para manutenção e flexibilidade, células geradorasempresa vaidebetmelanina para a coloração dos fios e papilas que cuidam do cicloempresa vaidebetvida dos fios. Arrancar um fio "pela raiz", por exemplo, pode danificar essa "fábrica".
De modo simplificado, o que identificamos como fioempresa vaidebetcabelo é a "parteempresa vaidebetcima" da estrutura iniciada na raiz, ou seja, enxergamos uma hasteempresa vaidebetcélulas já mortas que foi se revestindo principalmenteempresa vaidebetqueratina, proteína que garante a sustentação dessa estrutura com várias camadas.
Em geral, esse cicloempresa vaidebetvida duraempresa vaidebetdois a sete anos e é divididoempresa vaidebettrês fases. Primeiro, o fioempresa vaidebetcabelo cresce quase 1 cm por mês ao longoempresa vaidebettrês anos,empresa vaidebetmédia, na chamada fase anágena. Em seguida, passaempresa vaidebetduas a três semanas na fase catágena, momentoempresa vaidebetque deixaempresa vaidebetser "alimentado" na base por novas células, paraempresa vaidebetcrescer e se prepara para ser substituído. A terceira e última é a fase telógena (ou repouso), que duraempresa vaidebettrês a quatro meses. É nela que o cabelo cai ao ser expulso pelo novo fio que está sendo formado no mesmo folículo piloso.
O problema é que esse ciclo pode sofrer distúrbios a partirempresa vaidebetproblemas emocionais, anemia, doença autoimune ou doença infecciosa, por exemplo. E daí pode surgir o chamado eflúvio telógeno, que antecipa o fim da vida do cabelo: uma proporção muito maiorempresa vaidebetfios muda da faseempresa vaidebetcrescimento para a faseempresa vaidebetqueda.
Todo mundo costuma perder diariamenteempresa vaidebet30 a 150 fios. Eempresa vaidebetcondições como o eflúvio telógeno, o volume pode chegar a 300 por dia. Essa queda mais volumosa se dá como uma diminuição geral do volumeempresa vaidebetcabelo na cabeça como um todo.
Um fator que tem sido percebido nos casosempresa vaidebetquedaempresa vaidebetcabelo acentuada ligada à covid é a distância temporal entre a infecção e a perdaempresa vaidebetfios. Isso se dá porque o eflúvio telógeno costuma ocorrer três meses depois do fator que desencadeou essa condiçãoempresa vaidebetsaúde e pode durarempresa vaidebettrês a seis meses.
"As razões não estão claras para a ligação entre a quedaempresa vaidebetcabelo acentuada e a covid-19. Doenças associadas a altas temperaturas do corpo afetam o crescimento do cabelo pelos folículos capilares, que são mantidos na faseempresa vaidebetrepouso do ciclo capilar por dois ou três meses e daí eles caem. Por isso que pessoas com essa condição vivenciam a queda dos cabelosempresa vaidebettornoempresa vaidebetdois a três meses depois do evento que causou isso. Isso pode ser bastante dramático, com toda essa quedaempresa vaidebetcabelo, mas a grande maioria dos casos ele se recupera depoisempresa vaidebetmeses", explica Messenger, da Universidadeempresa vaidebetSheffield.
A causa é desconhecidaempresa vaidebetum terço dos casos diagnosticadosempresa vaidebeteflúvio telógeno, segundo dados da Associação Britânicaempresa vaidebetDermatologia. E os gatilhos mais comuns são parto, perdaempresa vaidebetpeso acentuada, trauma, tratamentoempresa vaidebetcâncer, doenças graves ou mesmo um acontecimento bastante relevante na vidaempresa vaidebetalguém (como a perdaempresa vaidebetum parente próximo).

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Não há dados detalhados sobre o númeroempresa vaidebetpacientes que sofremempresa vaidebetcovid-19 longa
Segundo Michael Freeman, professor da Bond University e diretor do departamentoempresa vaidebetdermatologia do Gold Coast Hospital, ambos na Austrália, o surgimento do eflúvio telógeno nessas situações funciona como se o corpo abandonasse temporariamente funções desnecessáriasempresa vaidebetmomentosempresa vaidebetgrande estresse. Ele aponta que a alimentação costuma ser um fator relevante para quedas e recuperações. "Não é só a covid que gera esse efeito. Se seus níveisempresa vaidebetferro no sangue estão baixos, isso vai te afetar mais do que a outras pessoas", explicou à BBC News Brasil. Se a deficiênciaempresa vaidebetferro for sanada, "o cabelo voltará com o tempo."
De acordo com a Associação Britânicaempresa vaidebetDermatologia, a escassezempresa vaidebetcabelo só se torna visívelempresa vaidebetcasos bem gravesempresa vaidebeteflúvio telógeno e raramente essa condição demanda o usoempresa vaidebetperuca.
"Mas não duvido que possa ocorrer com algumas pessoas nessa pandemia. Como os pacientes que tiveram covid grave e ficaram internadosempresa vaidebetUTI, entubados por 60 dias. Pode até acontecer uma situação dessa, masempresa vaidebetgeral não chega a ficar com uma calvície total. Há uma diminuição da densidade do cabelo. Fica mais rarefeito", diz Paulo Criado, da Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia.
Em um estudo de pesquisadores da Wayne State University e do Hospital Henry Ford, ambosempresa vaidebetDetroit (EUA), com 552 pacientes infectados com coronavírus entre fevereiro e setembroempresa vaidebet2020, foram diagnosticados 10 pacientes com eflúvio telógeno associado à covid-19, sendo 9 mulheres e idade médiaempresa vaidebet49 anos.
No estudo, os pesquisadores levantam possíveis causas para a quedaempresa vaidebetcabelo acentuada, como fatores psicossociais e estresse psicológico. Eles aventam também outras hipóteses dos mecanismos por trás disso, como a infecção multissistêmica.
Numa delas, uma cascataempresa vaidebetcoagulação surge no corpoempresa vaidebetresposta à infecção por covid-19, o que leva a queda na concentraçãoempresa vaidebetproteínas anticoagulantes (dada a quedaempresa vaidebetprodução e o aumento do consumo). Esses fatores podem levar à formaçãoempresa vaidebetmicrotrombos (pequenos coágulos) que podem obstruir o suprimentoempresa vaidebetsangue para os folículos capilares.
Um outro estudo,empresa vaidebetdez pesquisadores do Montefiore Medical Center,empresa vaidebetNova York (EUA), investigou outros 10 pacientes que desenvolveram quedaempresa vaidebetcabelo acentuada entre 3 e 7 meses depoisempresa vaidebetserem infectadas com coronavírus. Todas eram mulheres, com idade médiaempresa vaidebet55 anos, sem históricoempresa vaidebeteflúvio telógeno antes da covid.
"Com um número crescenteempresa vaidebetpacientes recuperados, o riscoempresa vaidebetdesenvolverem essa manifestação dermatológica física e emocionalmente angustiante deve continuar."
Covid longa e alopecia
Outras condiçõesempresa vaidebetsaúdeempresa vaidebetquedaempresa vaidebetcabelo acentuada que têm sido associadas à covid prolongada são a alopecia androgenética (conhecida como calvície) e a alopecia areata, conhecida como "pelada" e associada a fatores hereditáriosempresa vaidebet20% dos casos.
A alopecia areata, por exemplo, é uma doença multifatorial que leva à quedaempresa vaidebetcabelos e pelos do couro cabeludo ouempresa vaidebetoutras partes do corpo como barba e sobrancelhas, por exemplo. Umaempresa vaidebetsuas maiores características é a quedaempresa vaidebetplacas arredondadas ou ovais, deixando aparente o couro cabeludo.
Pode afetar tanto homens quanto mulheres e independe também da etnia e idade. Não é uma doença contagiosa e não deixa cicatrizes. Essa condição pode durarempresa vaidebetdois a três anos, mesmo sem covid-19. Então, ainda é cedo para determinar quanto tempo as pessoas serão afetadas por essa condição.

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Pacientes com predisposição genética ou doenças autoimunes, por exemplo, que podem apresentar quedasempresa vaidebetformaempresa vaidebetrodelas, condição conhecida como alopecia areata
"A alopecia areata é uma agressãoempresa vaidebetlinfócitos que saem do sangue e vão para a pele, a nível do folículo piloso, e agridem as célulasempresa vaidebetproliferação do folículo piloso. É como se fosse um carro que a marcha fosse diminuindo a velocidade. Então o pelo vai afinando, até uma hora que paraempresa vaidebetproduzir. E você fica com uma clareira redonda geralmente, ou várias redondas que podem se juntar, só que esse é o menos comum. O mais comum é a queda difusa, onde diminui o volume geralempresa vaidebetcabelo", explica Criado, da Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia.
A alopecia areata é associada por parte dos especialistas a uma doença autoimune (quando as próprias células atacam o organismo). Estima-se que atinge cercaempresa vaidebet2% da população mundial.
Ao longo da pandemia, alguns estudos apontaram também uma associação entre a calvície masculina e a covid-19, como um tipoempresa vaidebetfatorempresa vaidebetrisco para o coronavírus, dada a incidênciaempresa vaidebethomens com esse problema capilar entre os mais afetados pela doença.
Paulo Criado, da Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia, no entanto, afirma que "do pontoempresa vaidebetvista imunológico e genético, a questão da calvície enquanto fator associado à covid pode ser uma coincidência porque os homens idososempresa vaidebetgeral tem mais calvície do que as mulheres".
Cientistas ainda tentam decifrar a fisiopatologia da quedaempresa vaidebetcabelo associada à covid-19, ou seja, quais são os mecanismos ligados à origem dessa condição dermatológica.
Um grupoempresa vaidebetpesquisadores italianos da Universidade Sapienzaempresa vaidebetRoma (Itália) levanta três hipóteses: 1. o coronavírus desencadeia uma reação autoimune contra os folículos capilares ao criar um ambiente inflamatório que abala o sistema imunológico; 2. o vírus gera uma reação cruzada envolvendo antígenos (que estimulam a formaçãoempresa vaidebetanticorpos) do vírus e do corpo humano; 3. o processo se origina a partir do estresse psicológico e da deterioração da saúde mental.
Os fatoresempresa vaidebetrisco ainda são pouco conhecidos porque os estudos sobre o tema envolvem um número reduzidoempresa vaidebetpacientesempresa vaidebetcovid-19 que desenvolveram alopecia.
Um grupoempresa vaidebetpesquisadores ligado ao Centroempresa vaidebetControle e Prevençãoempresa vaidebetDoenças do Japão, por exemplo, entrevistou 63 pacientes que perderam cabelo após serem infectados com coronavírus. O pequeno estudo, publicado na revista científica Open Forum Infectious Diseasesempresa vaidebetoutubroempresa vaidebet2020, envolveu pacientes com idade médiaempresa vaidebet48 anos, sendo que dois terços eram homens e 25% tinha hipertensão e/ou níveis elevadosempresa vaidebetgordura no sangue.
Em média, os pacientes entrevistados nesse estudo reportaram alopecia 76 dias depois dos sintomasempresa vaidebetcovid-19. "Alopecia é frequentemente observada depoisempresa vaidebetinfecções como ebola e dengue. A quedaempresa vaidebetcabelo depois da recuperação da covid-19 é desconhecida, mas alopecia androgenética e eflúvio telogênico são as possíveis causas", dizem os pesquisadores no artigo.
Por outro lado, um trioempresa vaidebetpesquisadores, ligados à Universidadeempresa vaidebetZurique (Suíça), ao Hospital Escola Álvaro Alvim e à Universidade Federal Fluminense, analisou dez pacientes com quedaempresa vaidebetcabelo acentuada após infecção por covid-19 e apontou que todos tinham alopecia androgenética pré-existente. As sete mulheres e os três homens recuperaram completamente o couro cabeludo num espaçoempresa vaidebettempoempresa vaidebettrês a seis meses.
Possíveis tratamentos e o mito da peruca que afeta recuperação
Até o momento, não há nenhum indicativoempresa vaidebetque a quedaempresa vaidebetcabelo associada à covid-19 demande tratamentos diferentes dos que são adotados normalmente para o eflúvio telógeno e a alopecia areata.
Primeiro, é importante deixar claro que cabe a médicos dermatologistas (especializados ou nãoempresa vaidebetcabelos, os tricologistas) diagnosticarem essa condiçãoempresa vaidebetsaúde e prescreverem eventuais tratamentos.
Isso dependerá, por exemplo, do históricoempresa vaidebetcada paciente e da dimensão da quedaempresa vaidebetcabeloempresa vaidebetcurso. Se ela for leve, transitória, a recuperação deve ser espontânea. Mas algumas pessoas podem apresentar perdas mais significativas, o que exigiria tratamento médico.

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Estudos acadêmicos abordam a ligação entre a quedaempresa vaidebetcabelo acentuada e covid-19, mas as causas, a duração e os tratamentos ainda não estão muito claros
A Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia alerta para os riscosempresa vaidebetse automedicar, algo que pode afetar a saúde e a aparência da pessoa.
Em geral, não há necessidadeempresa vaidebettratamento para eflúvio telógeno, pois o cabelo crescerá por si só se o motivo ligado aempresa vaidebetorigem deixarempresa vaidebetexistir, como a covid-19 ou o estresse severo. Nesses casos, segundo Criado, da Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia, nenhum medicamento ou intervenção aceleraria esse processoempresa vaidebetrecuperação.
Mas, a depender do comprimento do cabelo, pode levar anos para que o volume volte ao normal. E além disso, essa queda acentuada pode ser recorrente, caso o fator ligado à origem dela retorne.
"Os tratamentos seriam os mesmos que já adotamos. Não há nenhum tratamento comprovado contra o eflúvio telógeno porque é uma condição que se recupera espontaneamente. Algumas pessoas são tratados com minoxidil ou loções capilares, mas não há estudos sólidos que atestem a eficácia. Para pessoas que tiveram muita perdaempresa vaidebetpeso ou estejam com deficiênciaempresa vaidebetferro, é importante que elas mantenham uma boa alimentação. No caso da alopecia areata, o quadroempresa vaidebetcovid não levaria a nenhum tratamento diferente do que já adotamos normalmente, como terapia sistêmica com esteroidesempresa vaidebetcasos mais graves, e alguns países adotam medicamentos imunossupressores (como inibidoresempresa vaidebetcalciuneurina, mas a Sociedade Brasileiraempresa vaidebetDermatologia afirma que a eficácia dessa abordagem não foi comprovada)", afirma Messenger, da Universidadeempresa vaidebetSheffield.
Dermatologistas podem também solicitar exames para avaliar a presençaempresa vaidebetdoenças ou distúrbios, como anemia, deficiênciaempresa vaidebetferro ou alteração da tireóide. O tratamento pode passar por reposição com polivitamínicos ou proteínas para formar queratina no cabelo e nas unhas, terapia com radiação ultravioleta, injeçõesempresa vaidebetcorticóide ou medicações que estimulam o crescimento do cabelo, como minoxidil e antralina.
Criado ressalta que "cada caso é um caso", e apenas um diagnóstico médico será capazempresa vaidebetdeterminar se há tratamento possível e qual deles deve ser adotado e monitorado. E refuta alguns mitosempresa vaidebettorno da quedaempresa vaidebetcabelo.
Ele afirma que o usoempresa vaidebetperuca não tem qualquer efeito negativo contra a recuperação do couro cabeludo. "Isso não tem nada a ver. É mito.

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Dermatologista diz que lavar com água quente e escovar o cabelo não aumenta a queda, porque o fio tem uma resistência natural à tração
Segundo o dermatologista, lavar com água quente e escovar o cabelo não aumenta a queda, porque o fio tem uma resistência natural à tração. O cabelo que sai na escovaempresa vaidebetpentear, que junta no ralo do banheiro ou que cai sobre o travesseiro à noite, é um fio que já está "morto" e solto dentro do couro cabeludo.
Ele explica que mudanças ou diferenças no hábitoempresa vaidebetlavagem do cabelo podem dar uma falsa impressãoempresa vaidebetque há mais fios caindo do que o normal.
"Por dia, caemempresa vaidebettornoempresa vaidebet150 fiosempresa vaidebetcabelo. Se você lava o cabelo uma vez por semana, é lógico que quando você lavar, vão cair uns 500 fios. Então você pode achar que está caindo demais, sendo que se você lava o cabelo todo dia, vai perceber que vai cair algo mais próximo da média."

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