Covid-19 deixou sequelas? Os cuidados que o paciente deve ter mesmo após se 'curar':vip freebet

Ilustraçãovip freebettórax com pulmões destacados

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Covid-19 pode deixar problemas crônicos nos pulmões e outros órgãos, como a fibrose pulmonar

Então, depoisvip freebetlidar com a fase aguda, como uma pessoa pode monitorar as consequências da doença? A BBC News consultou médicos, pesquisas científicas e recomendaçõesvip freebetautoridades para responder, a partir do que se sabe sobre a doença hoje.

Exames quando houver sinais

Os entrevistados afirmaram que,vip freebetlinhas gerais, ter tido covid-19 por si só não deve motivar uma corrida por exames e consultas médicas posteriores, ainda mais considerando-se a necessidade do isolamento social — a não ser que existam sintomas incômodos e persistentes.

"A maioria dos casosvip freebetcovid-19 afeta apenas as vias aéreas (como no nariz e na garganta), há muitos casos assintomáticos ou apenas ambulatoriais (onde acontecem atendimentos menos graves). Não tem necessidadevip freebetfazer examesvip freebettodas as pessoas que tiveram covid-19, não tem necessidadevip freebetelas serem rotineiramente acompanhadas (por médicos)", diz o infectologista Moacyr Silva Junior, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Silva Junior conta que a prática no seu hospital é fazer examesvip freebetretorno presenciais, cercavip freebetsete a dez dias após a alta, apenasvip freebetpessoas que ficaram internadas.

"Os casos que precisamvip freebetmais atenção são os internados. Dias depois, fazemos examesvip freebetrotina, comovip freebetsangue", explica, detalhando que a equipe busca nos examesvip freebetsangue indicadores sobre o rim, o fígado, a coagulação e a normalizaçãovip freebetcélulas do sistemavip freebetdefesa, entre outros.

Em janeiro,vip freebetuma nova ediçãovip freebetsuas recomendações para a prática médica envolvendo a covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu um capítulo dedicado apenas ao cuidadovip freebetpacientes posterior à doença aguda, defendendo que "pesquisas sobre sequelasvip freebetmédio e longo prazo da covid-19 são prioritárias".

Na publicação, a OMS ratificou que "pacientes internadosvip freebetUTIs têm maior prevalênciavip freebetsintomasvip freebetquase todos os domínios" da covid-19 persistente. Uma exceção para a relação entre gravidade na doença aguda e efeitos posteriores são os sintomas neurológicos e psíquicos, como será detalhado abaixo.

Homemvip freebetmaca repletovip freebetaparelhosvip freebetvolta

Crédito, NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images

Legenda da foto, 'Pacientes internadosvip freebetUTIs têm maior prevalênciavip freebetsintomasvip freebetquase todos os domínios' da pós-covid, diz publicação da OMS

Mas a organização reconhece na publicação que, independentemente da gravidade na doença aguda, qualquer pessoa que teve covid-19 pode apresentar sintomas posteriores que necessitamvip freebetacompanhamento — e alguns podem não ser tão aparentes, como alterações cognitivas, o que exige atenção tambémvip freebetparentes e cuidadores.

Por outro lado, há consequênciasvip freebetcovid-19 que colocam a vidavip freebetrisco e exigem atendimento emergencial, como embolia pulmonar, infarto do miocárdio, arritmias, miopericardite, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), convulsões e encefalite, completa a OMS.

Consequências nos pulmões e no coração

Um artigo que fez uma revisãovip freebetpesquisas científicas já feitas sobre o tema, publicadovip freebetmarço na revista Nature, mostrou que,vip freebetvárias partes do mundo, a faltavip freebetar foi relatadavip freebetmédia por 30% dos pacientes acompanhados nos meses seguintes à fase aguda.

Mas, quando essas técnicas não resolvem o problema e há sinais como faltavip freebetar insuportável e desmaios, é horavip freebetprocurar ajuda médica.

"Quando a pessoa está se recuperandovip freebetcasa, mas sente desconforto durante atividades diárias, sejam elas cotidianas ou práticas esportivas, quando percebe um cansaço desproporcional, é importante ser avaliada", explica Gustavo Prado, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Prado explica que o paciente com sintomas respiratórios prolongados costuma passar por examesvip freebetimagem, como uma radiografia ou tomografiavip freebettórax, por provas da função pulmonar, como a espirometria, e por uma avaliação do desempenho físico, como testevip freebetesforço com caminhada.

Estes exames podem ajudar também a detectar a fibrose pulmonar, uma das duas complicações crônicas no órgão mais graves da covid-19,vip freebetacordo com o pneumologista — a outra é a hipoxemia, a baixa oxigenação decorrentevip freebetproblemas nas trocas gasosas nos alvéolos pulmonares,vip freebetque o oxigênio do ar é captado pelo sangue e o CO2 é liberado.

"Nos pacientes que tiveram comprometimento pulmonar mais extenso, a troca gasosa é diminuída, e a possibilidadevip freebetevolução para fibrose é maior. A fibrose é aquela alteração crônica do pulmão que se preenchevip freebetcicatrizes, onde antes tinha inflamação. Em qualquer lugar onde a cicatriz se instala, a funcionalidade do tecido diminui. Ele fica mais rígido e não executa normalmente suas funções", explica Prado.

"É incomum a gente observar fibrosevip freebetquem teve quadros leves. Ela vai ser mais perceptível nos pacientes que apresentaram formas graves, internações prolongadas, normalmente necessidadevip freebetusovip freebetoxigênio e até intubação e ventilação mecânica durante a internação. É improvável a fibrose aparecer tardiamente como uma surpresa, ela normalmente é um quadro progressivo que instala a partir dessa primeira agressão pulmonar pela infecção."

O coração também é um dos alvos do coronavírus, ainda maisvip freebetcasos graves na fase aguda, e como consequência persistente pode levar à faltavip freebetar, assim como ocorrevip freebetproblemas envolvendo o pulmão — coincidências que mostram a importância da consulta médica.

"É muito difícil para o próprio paciente identificar se uma dificuldadevip freebetrealizar um determinado esforço, ou uma atividade que eles antes fazia sem nenhum comprometimento, é por uma limitação respiratória, por uma fraqueza muscular ou por um problema cardiovascular", exemplifica Prado.

Segundo o artigo publicado na Nature, outros sintomas persistentes da covid-19 no coração são a palpitação e a dor no peito, que podem indicar sequelasvip freebetlongo prazo, como a fibrose miocárdica, arritmias, e miocardite, problemas constatados, além da consulta médica, por exames como ecocardiograma e eletrocardiograma.

Efeitos no cérebro

Mulher doente usando máscara

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Cansaço, dorvip freebetcabeça e depressão estão entre problemas frequentemente relatados por que teve covid-19, mesmo semanas ou meses depois da infecção

"Praticamente todo campo da neurologia parece ter efeitos, a gamavip freebetsintomas é muito grande", diz Clarissa Yasuda, médica e professora do Departamentovip freebetNeurologia da Universidade Estadualvip freebetCampinas (Unicamp).

Ela e uma equipevip freebetpesquisadores da universidade estão acompanhando as consequências no cérebrovip freebetpessoas que tiveram covid-19 no levantamento Neuro-Covid. Há um questionário online aberto para pessoas contribuirem com a pesquisa.

Em outubrovip freebet2020, a equipe publicou um estudo do tipo pré-print (sem a chamada revisão dos pares, etapa padrãovip freebetque outros especialistas analisam um estudo e decidem se ele será publicado ou nãovip freebetuma revista científica) com dados sobre 81 pessoas que tiveram covid-19 leve e se recuperaram.

Elas passaram por examesvip freebetressonância magnética, questionários e testes cognitivos, que mostraram que,vip freebetmédia 60 dias após o diagnóstico da covid-19, os pacientes ainda apresentavam dorvip freebetcabeça (40%), fadiga (40%), alteraçãovip freebetmemória (30%), ansiedade (28%), depressão (20%), perdavip freebetolfato (28%) e paladar (16%), entre outros.

"Existem muitas manifestações. A pessoa deve ficar atenta se as coisas não estão iguais a antes da infecção — no sono, nas lembranças, no desempenhovip freebetatividades diárias, se há dorvip freebetcabeça, redução da sensibilidade, alteração dos sentidos… Com a persistência dos sintomas, sugiro buscar um neurologista", recomenda Yasuda.

A médica explica que exames como ovip freebetressonância magnética, que estão sendo aplicadosvip freebetvoluntários, podem ajudar no diagnóstico. Mas nem sempre.

"A maioria das disfunções neurológicas mais sutis, que afetam a vida diária — memória, alteração no sono… —, não levam a alterações na ressonância. Colher sangue, fazer examevip freebetressonância vai resolver? Muitas vezes não. Na suspeitavip freebetpersistênciavip freebetproblema neurológico, a pessoa tem que ser examinada e entrevistada por um neurologista."

Em suas recomendações sobre efeitos neurológicos e psíquicosvip freebetmédio e longo prazo da covid-19, a OMS sugere a aplicaçãovip freebetquestionários referendados por cientistas, como a Avaliação Cognitivavip freebetMontreal e a Escala Hospitalarvip freebetAnsiedade e Depressão.

Segundo Yasuda, alguns questionários são por padrão aplicados pelo médico, enquanto outros podem ser feitos pelo próprio paciente sozinho. De todo modo, ela lembra que tais avalições são mais um instrumento e não o diagnóstico final — esse um papel do médico, que chega a tal resultado combinando informações dos questionários, exames, consultas presenciais e histórico do paciente.

Diferente dos efeitos persistentes no coração e no pulmão, a professora da Unicamp diz que as consequências no cérebro chamam a atenção por afetar muitas pessoas que tiveram uma covid-19 leve.

"Desde janeiro, milharesvip freebetpessoas responderam nosso formulário. E, agora, a cada dia aparece mais gente com queixas neurológicas. É muito angustiante. A maior implicação disso será a volta dessas pessoas ao trabalho. A consequência será imensa", diz, referindo-se às dificuldadesvip freebetconcentração, bem-estar, memória, entre outras, com que milharesvip freebetpessoas já estão vivendo, e muitas mais viverão, no pós-covid.

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