Olimpíadaeu quero jogarTóquio 2021: 7 mulheres que são atletas e cientistas:eu quero jogar

  • André Biernath - @andre_biernath
  • Da BBC News Brasileu quero jogarSão Paulo
No pódio: Medalhaeu quero jogarouro Anna Kiesenhofer (centro), prata Annemiek Van Vleuten (à esquerda) e bronze Elisa Longo Borghini.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A ciclista e matemática Anna Kiesenhofer (centro) é a primeira medalhistaeu quero jogarouro da Áustria desde os Jogoseu quero jogarAtenaseu quero jogar2004

eu quero jogar Um olho no treino, outro no laboratório: essa é a rotinaeu quero jogarum seleto grupoeu quero jogaratletas que já passou (ou ainda passará) pelos ginásios, estádios, raias e pistas dos Jogos Olímpicoseu quero jogarTóquio.

Essa turma enfrenta um desafio único: competireu quero jogaralto nível,eu quero jogarbuscaeu quero jogarrecordes e medalhas, enquanto trilha uma carreira na área acadêmica e científica.

Uma das primeiras pessoas a notar e falar sobre essa carreira duplaeu quero jogarmuitos competidores foi o microbiologista Leandro Lobo, professor da Universidade Federal do Rioeu quero jogarJaneiro.

Numa sérieeu quero jogarpostagens no Twitter, ele destacou algumas históriaseu quero jogaresportistas/cientistas que participaram da Olimpíadaeu quero jogar2021 e tambémeu quero jogaredições passadas do evento.

A lista também ganhou destaque com o grupoeu quero jogardivulgação científica brasileiro A Ciência Explica, que usou as redes sociais para mencionar o trabalhoeu quero jogardiversos pesquisadores com histórico olímpico.

Confira a seguir alguns dos nomes que chamaram a atenção nos jogoseu quero jogar2021.

1. Anna Kiesenhofer (Áustria)

Essa austríacaeu quero jogar30 anos desembarcoueu quero jogarTóquio bem longe da listaeu quero jogarfavoritas na prova do ciclismoeu quero jogarestrada. Mesmo assim, terminou aeu quero jogarparticipação no lugar mais alto do pódio.

Até 2016, ela era apenas uma ciclista amadora enquanto fazia seu doutoradoeu quero jogarmatemática aplicada na Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha.

Nos atuais Jogos Olímpicos, Kiesenhofer terminou a prova na primeira colocação, maiseu quero jogarum minuto à frente da atual campeã mundialeu quero jogar2019, a holandesa Annemiek van Vleuten.

A vantagem da austríaca era tão grande que a representante da Holanda comemorou efusivamente ao finalizar a prova, pois acreditou que havia sido a primeira a cruzar a linhaeu quero jogarchegada.

A campeã olímpicaeu quero jogar2021 se graduou pela Universidade Técnicaeu quero jogarViena, na Áustria, e também possui diploma pela Universidadeeu quero jogarCambridge, no Reino Unido.

Anna Kiesenhofer

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Anna Kiesenhofre foi campeã olímpicaeu quero jogarciclismoeu quero jogarestradaeu quero jogarTóquio

Atualmente, ela trabalha com pesquisa e ensino na Universidade Técnicaeu quero jogarLausanne, na Suíça.

Kiesenhofer, aliás, uniu suas duas especialidades ao longo dos últimos dias: anteseu quero jogaras provas olímpicas começarem, ela compartilhou pelas redes sociais como estava seu planejamentoeu quero jogarTóquio e as contas matemáticas que estava realizando para ter um bom desempenho.

E os resultados mostram que seus cálculos estavam bem corretos.

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2. Charlotte Hym (França)

Quando tinha 12 anos, a francesa Charlotte Hym ficou fascinada pelas pessoas que andavameu quero jogarskate pertoeu quero jogarsua casa,eu quero jogarParis.

"Parecia ser tão legal e eu quis fazer o mesmo. Assim que comecei a praticar, percebi o quão incrível é esse esporte e aprendi uma sérieeu quero jogarmanobras com meus amigos", lembra a atleta, hoje com 28 anos, no site oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Charlotte Hym

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A francesa Hym foi eliminada no skate park, prova que teve duas japonesas e uma brasileira no pódio

Hym se graduoueu quero jogarciências do esporte pela Universidade Descartes, tambémeu quero jogarParis, e logo partiu para o mestrado e o doutorado.

Sua especialidade acadêmica é a neurociência. A pesquisa que ela desenvolve tenta entender o efeito que a voz materna tem no desenvolvimentoeu quero jogarhabilidades motoras nos bebês recém-nascidos.

Após finalizar a tese e conseguir o doutoradoeu quero jogar2019, a francesa resolveu focar 100% no esporte e pretende voltar à pesquisa científica no futuro.

Hym competiu na modalidade skate street no dia 25eu quero jogarjunho, mas acabou eliminada na fase classificatória.

As medalhas ficaram com Momiji Nishiya (ouro), do Japão, Rayssa Leal (prata), do Brasil, e Funa Nakayama (bronze), do Japão.

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3. Gabby Thomas (Estados Unidos)

A americana Gabrielle Thomas,eu quero jogar24 anos, chegou como uma das favoritas ao pódio na prova dos 200 metros rasos do atletismo.

Chamada carinhosamenteeu quero jogarGabby, a atleta confirmou as projeções ao garantir a medalhaeu quero jogarbronze na corrida disputada no dia 3eu quero jogaragosto (o ouro ficou com Elaine Thompson, da Jamaica, e a prata com Christine Mboma, da Namíbia).

Christine Mboma, Elaine Thompson e Gabby Thomas

Crédito, EPA

Legenda da foto, Gabby Thomas (à direita) investiga a desigualdade racial no acesso aos serviçoseu quero jogarsaúde nos Estados Unidos

Entre os treinos e as competições, Thomas ainda estudou neurobiologia e saúde global na Universidade Harvard, nos EUA.

O interesse pelo cérebro surgiu por questões familiares: numa entrevista ao site The Undefeated, a americana contou que seu irmão gêmeo foi diagnosticado com Transtornoeu quero jogarDéficiteu quero jogarAtenção e Hiperatividade (TDAH). Ela ainda possui outro irmão mais novo com autismo.

Agora, seus planos envolvem voltar para casa e continuar cursando o mestradoeu quero jogarepidemiologia e gestãoeu quero jogarsaúde na Universidade do Texas, na cidadeeu quero jogarAustin.

Seu grande interesseeu quero jogarpesquisa é a desigualdade racial no acesso aos serviçoseu quero jogarsaúde nos Estados Unidos.

4. Louise Shanahan (Irlanda)

A irlandesaeu quero jogar24 anos tinha um plano claro emeu quero jogarmente: se classificar para os Jogos Olímpicoseu quero jogar2024, que serão disputadoseu quero jogarParis.

Mas o resultado veio antes do esperado e ela conseguiu alcançar um tempo suficiente para já participar da Olimpíada deste ano na prova dos 800 metros rasos feminino.

Louise Shanahan

Crédito, Inpho

Legenda da foto, Shanahan divide a rotina entre as pistas e o laboratórioeu quero jogarfísica médica
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Shanahan, infelizmente, não passou da primeira fase. Ela participou da terceira bateria e acabou eliminada ao ficar com a sétima colocação.

Essa modalidade terminou com ouro para Athing Mu (Estados Unidos), prata para Keely Hodgkinson (Reino Unido) e bronze para Raevyn Rogers (Estados Unidos).

Enquanto os planos esportivos para 2024 seguemeu quero jogarpé, a irlandesa voltaeu quero jogaratenção agora para outra área: a física quântica.

Formada pela Universidade Cork,eu quero jogarseu país natal, ela agora está fazendo doutorado na Universidadeeu quero jogarCambridge, na Inglaterra.

Seu principal interesse está na física médica: ela estuda e desenvolve aparelhos que poderão melhorar o diagnóstico e o tratamento do câncer.

"Eu gostoeu quero jogarter duas carreiras porque, caso as coisas no laboratório estejam ruins, eu posso dizer a mim mesma que sou corredora e está tudo bem. Agora, se estou mal no atletismo, sempre posso considerar que sou uma física quântica e o esporte é uma atividade extra", declarou, numa entrevista ao jornal Cambridge Independent.

5. Andrea Murez (Israel)

A natação está no sangue da família Murez: Joe, avôeu quero jogarAndrea, costumava nadar no rio Danúbio, na Áustria, nos anos 1940.

Pelo outro lado da família, o outro avô, Raymond Federman, chegou a representar a Françaeu quero jogaralgumas competições na piscina.

Seu irmão, Zachary, também é um adepto da modalidade e competiueu quero jogaralgumas provas pela Universidade Yale, nos Estados Unidos.

Nascida na Califórnia, Andrea Murez,eu quero jogar29 anos, se formoueu quero jogarbiologia pela Universidade Stanford.

A natação, porém, permitiu que ela participasseeu quero jogarprovas aquáticas nas Macabíadas, um evento esportivo que é organizado e promovido a cada quatro anoseu quero jogarIsrael pela comunidade judaica.

Ao participareu quero jogarvárias modalidades e se destacareu quero jogaralgumas delas, Murez decidiu se mudar definitivamente para Israel e representar o país no esporte.

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Sua primeira experiência olímpica aconteceueu quero jogar2016, no Rioeu quero jogarJaneiro, quando participou dos 50, dos 100 e dos 200 metros nado livre, mas não conseguiu se classificar para as finais.

Depois da passagem pelo Brasil, ela decidiu continuar os estudos e atualmente cursa medicina na Universidadeeu quero jogarTel Aviv,eu quero jogarIsrael.

Na Olimpíadaeu quero jogarTóquio, a atleta, bióloga e futura médica pulou na piscinaeu quero jogarquatro provas: estilo livre 50, 100 e 200 metros e no revezamento 4x100 medley misto (em que as equipeseu quero jogarcada país são formadas por homens e mulheres e cada competidor faz um estiloeu quero jogarnado).

Seu melhor resultado foi justamente na modalidadeeu quero jogarequipe: junto com os colegas israelenses, ela ficoueu quero jogaroitavo lugar nos 4x100 medley misto.

Essa prova terminou com o Reino Unidoeu quero jogarprimeiro, a Chinaeu quero jogarsegundo e a Austráliaeu quero jogarterceiro.

6. Nadine Apetz (Alemanha)

Sóeu quero jogarentrar no ringue, Apetz já fez história: ela se tornou a primeira representante da Alemanha no boxe olímpico feminino.

Aos 35 anos,eu quero jogarpassagem por Tóquio, porém, acabou abreviada. Ela perdeu para a indiana Lovlina Borgohain e foi eliminada logo na primeira luta do meio-médio feminino (que reúne atletaseu quero jogar64 a 69 quilos).

Nadine Aptez

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Fora dos ringues, Apetz tenta desenvolver um novo tratamento contra a doençaeu quero jogarParkinson

A final dessa categoria está marcada para sábado (7/8) e será entre a turca Busenaz Surmeneli e a chinesa Hong Gu.

Com medalhas importanteseu quero jogartorneios europeus e no Campeonato Mundialeu quero jogarBoxe, a alemã pretende agora focar emeu quero jogaroutra carreira.

Com um mestradoeu quero jogarneurociências pela Universidadeeu quero jogarBremen, emeu quero jogarterra natal, a próxima metaeu quero jogarApetz é finalizar seu doutorado no Hospital Universitárioeu quero jogarColônia, também na Alemanha.

Ela estuda uma técnica chamada estimulação cerebral profunda, que envolve a aplicaçãoeu quero jogarcorrentes elétricas ou eletromagnéticaseu quero jogarcertas áreas da massa cinzenta.

Esse tratamento tem bastante potencial e pode ajudar futuramente indivíduos com Parkinson, uma doença degenerativa que afeta os neurônios responsáveis pela locomoção e pelo controle dos músculos.

"É difícil combinar a práticaeu quero jogaresportes com a carreira profissional. Me preparar para a Olimpíadaeu quero jogarTóquio foi bastante estressante. Quando eu voltar do Japão, vou me concentrar 100% nos meus estudos", diz Apetz ao site do COI.

7. Hadia Hosny (Egito)

Ela começou a se destacar no cenário internacionaleu quero jogar2008,eu quero jogarPequim, quando se tornou a primeira jogadoraeu quero jogarbadminton do Egito a se classificar para uma Olimpíada.

Ela repetiu a doseeu quero jogar2012, ao participar dos jogoseu quero jogarLondres, e voltou a competireu quero jogarTóquio, agoraeu quero jogar2021.

Na atual edição, ela sofreu três derrotas ainda na faseeu quero jogargrupos e acabou eliminada, junto comeu quero jogarparceiraeu quero jogarequipe, Doha Hany.

Hadia Hosny e Doha Hany

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Hadia Hosny (ao fundo) foi eliminada do badmintoneu quero jogardupla feminino. Ela competiu ao ladoeu quero jogarsua colega Doha Hany

Na modalidadeeu quero jogarbadmintoneu quero jogarduplas feminino, o ouro foi para a Indonésia, a prata ficou com a China e o bronze acabou com a Coreia do Sul.

Finalizadaeu quero jogarparticipação no evento, Hosny disse que pretende se aposentar das competições profissionais.

"Há uma grande possibilidadeeu quero jogarque essas tenham sido minhas últimas Olimpíadas. É muito estressante viajar para todos os torneios e me manter numa boa posição no ranking mundial", declarou a egípcia, segundo o site oficial do COI.

"O badminton foi meu primeiro amor e não ficarei longe dele, tanto que pretendo continuar como técnica", completou.

Alémeu quero jogarnão abandonar os ginásios, Hosny vai seguir comeu quero jogarcarreira acadêmica. Ela é professora assistente da Universidade Britânica do Egito.

Com mestradoeu quero jogarbiomedicina pela Universidadeeu quero jogarBath, no Reino Unido, e doutoradoeu quero jogarfarmacologia pela Universidade do Cairo, no Egito, ela possui pesquisas e artigos publicados sobre a dexametasona, um remédio anti-inflamatório usado para várias doenças.

Mesmo sem o badminton, a agendaeu quero jogarHosny continuará bem atribulada: alémeu quero jogaratleta e cientista, ela também possui uma academiaeu quero jogarginástica e integra o Parlamento do Egito.

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