Em país com poligamia legal, mulher luta por direito a poliandria:betfair pl

Ativista sul-africana Muvumbi Ndzalama é vista com uma ilustração com uma bandeira LGBT e símbolo da poliandria no fundo
Legenda da foto, Muvumbi Ndzalama defende que mulheres também tenham direito a ter maisbetfair plum parceiro dentro do casamento

"Ele não quer se casar... mas, no futuro, imagino um casamento com maisbetfair pluma pessoa. Como pansexual, sinto atração por pessoas, independentementebetfair plseu gênero."

Uma mulher com maisbetfair plum marido?

A África do Sul tem uma das constituições mais liberais do mundo: permite casamentos do mesmo sexo para ambos os gêneros e poligamia para os homens.

A poliandria, que permite à mulher ter maisbetfair plum marido ao mesmo tempo, não é regulamentada — e hoje está no centrobetfair pluma discussão sobre a atualização da legislação do país.

A possibilidadebetfair plque tanto mulheres quanto homens possam legalmente ter maisbetfair plum parceiro dentro do casamento gerou forte reação entre setores conservadores.

"Isso vai destruir a cultura africana. E os filhos dessas pessoas? Como eles vão saberbetfair plidentidade?", questionou o empresário e personalidade da TV Musa Mseleku, que tem quatro esposas.

"A mulher não pode agora assumir o papel do homem. Não existe isso. Será que a mulher agora também vai pagar 'lobola' [valor que o futuro marido dá ao chefe da família da noiva] pelo homem? Espera-se que o homem use seu sobrenome?"

Membros da comunidade LGBTQIA+ da África do Sul durante a parada gaybetfair plDurbanbetfair pl2017

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, África do Sul já legalizou casamento entre pessoas do mesmo sexo e poligamia para os homens

Outros, como o líder do opositor Partido Democrata Cristão Africano (ACDP), reverendo Kenneth Meshoe, disseram que a medida "destruiria a sociedade".

"Chegará um momentobetfair plque um dos homens dirá: 'Você passa a maior parte do tempo com aquele homem e não comigo'. E haverá conflito entre os dois homens", completou.

'Crenças abaladas'

A reação fez Muvumbi perceber que este é um momento crucial para mulheresbetfair plrelacionamentos poliamorosos.

"A situação atual é tensa — muitas crenças estão sendo abaladas", pontua.

"Os homens têm sido abertamente polígamos ou poliamorosos há gerações, mas as mulheres são tratadas como se devessem sentir vergonha quando estão na mesma situação. Há muito ainda que 'desaprender' nesse sentido."

Ela é abertamente adepta do poliamor há maisbetfair pldez anos. Ser "poli" significa poder estarbetfair plmaisbetfair plum relacionamento, com total apoio e confiançabetfair pltodos os parceiros envolvidos.

Atualmente, tem dois parceiros homens — um "parceiro-âncora",betfair plquem está noiva e com quem compartilha também a vida financeira, e um "parceiro da alegria",betfair plquem recebe prazer sexual ou romântico, mas se encontra com menos frequência.

"Nós praticamos [um estilo chamado] poliamorbetfair plmesa, que consistebetfair plconhecer os parceiros uns dos outros", diz ela. "Não precisamos necessariamente nos dar bem, mas quero que essa abertura seja muito comunitária."

Muvumbi e seu parceiro-âncora, Mzu Nyamekela
Legenda da foto, Muvumbi e seu parceiro-âncora, Mzu Nyamekela, que também é 'poli'

No início, ela tinha dúvidas se deveria contar àbetfair plfamília, mas decidiu dividir com eles cercabetfair plcinco anos atrás, quando o vínculo com seu parceiro-âncora, Mzu Nyamekela Nhlabatsi, se estreitou.

"Meu parceiro-âncora também é poli, e eu não queria que minha família pudesse esbarrar com elebetfair plum local público com outra pessoa e ficar confusa."

"Foi também a épocabetfair plque nossa filha estava fazendo cinco anos e eu estava começando meu ativismo. Eu aparecia na televisão local fazendo campanha pela poliandria e não queria que eles descobrissembetfair ploutra fonte que não eu", completa.

Ela diz ter encontrado alguma aceitação entre os familiares, mas ressalta que o caminho pela frente é longo. E cita o exemplo recentebetfair plseu noivado, quando o parceiro-âncora resolveu seguir a tradição do lobola,betfair plque o homem paga uma quantiabetfair pldinheiro oubetfair plbens à famíliabetfair plsua futura esposa.

"Eles me perguntaram se outro homembetfair plalgum momento poderia aparecer e pagar o 'preço da noiva', e eu lhes disse que isso poderia acontecer sim."

"Preciso viver minha verdade, quer eles concordem com ela ou não."

Carro com os dizeres 'recém-casados'betfair plinglês

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, África do Sul discute legalização da poliandria

'Enraizado no patriarcado'

Ativistas fazem campanha pela legalização da poliandria na África do Sul argumentando a igualdade entre os gêneros, já que a lei já permite que um homem tenha maisbetfair pluma esposa.

A proposta foi incluídabetfair plum documento que o governo divulgou e abriu para comentários no contexto da maior revisão da legislação sobre casamento desde o fim do governo da minoria brancabetfair pl1994.

O documento também propõe dar reconhecimento legal aos casamentosbetfair plmuçulmanos, hindus, judeus e rastafáris, atualmente considerados inválidos.

Muvumbi diz que a proposta é "como uma prece atendida". Para ela, as preocupações que emergirambetfair pltorno da poliandria têm raízes no patriarcado.

O professor Collis Machoko, renomado acadêmico no tema da poliandria, vê da mesma forma. "Com a chegada do cristianismo e da colonização, o papel da mulher foi reduzido. Elas passam a não ser mais iguais. O casamento passou a ser uma das ferramentas utilizadas para estabelecer uma hierarquia."

Ele afirma que a poliandria já foi praticada no Quênia, na República Democrática do Congo e na Nigéria, e ainda é praticada no Gabão, onde a lei permite.

"A questão dos filhos é fácil. Os filhos dessa união são filhos da família", acrescenta.

'É uma luta diferente'

Muvumbi percebeu que os valores patriarcais estavam permeando algunsbetfair plseus relacionamentos anteriores e, desde então, achou mais fácil estar com parceiros que são adeptos do poliamor também.

"Muitos homens diziam que não viam problema no fatobetfair pleu ser 'poli', mas uma hora ou outra acabavam não aceitando", recorda.

"Meu tipobetfair plpoliamor não é aquelebetfair plque tento ter o máximobetfair plamantes possível. Trata-sebetfair plexplorar uma conexão com alguém, caso você sinta isso."

Ela conheceu seus dois parceiros por meiobetfair plum grupo na internet que visa reunir pessoas "poli" na África do Sul. Enquanto o país debate o reconhecimento legal da poliandria, ela está construindo uma plataforma online chamada Open Love Africabetfair plcolaboração com seu parceiro-âncora. Umbetfair plseus objetivos é pregar a "não monogamia ética".

"A comunidade é pró-negros, mas não deixabetfair plser inclusiva. Esperamos expandi-la conforme avançamos."

"É um presente para pessoas que são felizes sendo não monogâmicas — espero que eles encontrembetfair pltribo e não sintam a necessidadebetfair plviver uma mentira."

E comobetfair plqualquer outra luta, acrescenta, sempre haverá pessoas do lado oposto.

"Quando minha mãe estava grávidabetfair plmim, ela protestou para que as mulheres pudessem ter acesso a anticoncepcionais sem o consentimentobetfair plum homem. Foi uma luta diferente naquela época, e é uma luta diferente para mim agora."

Colaborou Pumza Fihlani

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