'Nunca vimos nada parecido': o estudante que descobriu objeto enigmático na Via Láctea:aviator estrelabet

Objetos transitórios

O'Doherty, que moraaviator estrelabetPerth (Austrália), explica que estava disposto a desenvolver uma técnica que detectasse o que astrônomos chamamaviator estrelabet"transitórios", objetos no espaço que parecem "ligar e desligar".

Ele tinha uma listaaviator estrelabetobjetos possíveis, mas não havia encontrado nenhum até então.

Mas acabou, inadvertidamente, identificando algo que a equipe do ICRAR diz ser "diferenteaviator estrelabetqualquer outra coisa que já vimos antes", e uma descoberta "assustadora" para um astrônomo.

O'Doherty conta à BBC o que se sabe até agora sobre esse enigmático objeto.

O que é?

Segundo o jovem cientista, que tinha apenas 20 anos à épocaaviator estrelabetsua descoberta, há duas teorias sobre o que esse objeto pode ser.

A primeira é que seja uma estrela anã branca - termo usado para descrever os resíduosaviator estrelabetuma estrela que colapsa. A segunda é que seja uma magnetar, um tipoaviator estrelabetestrelaaviator estrelabetnêutrons que acredita-se que tenha um campo magnético extremamente poderoso.

Mas a forma como o objeto se comporta, diz O'Doherty, deixa os astrônomos intrigados.

O objeto libera uma enorme cargaaviator estrelabetenergia por um minuto completo, a cada 18 minutos.

Objetos que pulsam energia são relativamente comuns no Universo, mas é altamente incomum o fatoaviator estrelabetque ele permaneça pulsando durante um minuto inteiro.

"O tempo entre cada pulsada também é muito estranho", agrega O'Doherty.

Sendo assim, pode se trataraviator estrelabetum corpo celestial completamente novo.

O objeto pode trazer perigo à Terra?

O'Doherty admite que as circunstâncias da descoberta podem trazer à tona comparações com o filme satírico Não Olhe para Cima, recém-lançado na plataforma Netflix, no qual uma jovem astrônoma descobre um cometaaviator estrelabetrotaaviator estrelabetcolisão com a Terra.

Mas os paralelos param aí, diz o cientista.

"Não há nenhum perigoaviator estrelabetesse objeto nos atingir e não há motivo para preocupação", explica.

O'Doherty afirma também que o misterioso objeto está localizado a cercaaviator estrelabet4 mil anos-luzaviator estrelabetdistância.

"Um ano-luz é a distância que a luz consegue viajaraviator estrelabetum ano, e a velocidade da luz é a mais rápidaaviator estrelabetque é possível viajar no Universo", detalha O'Doherty.

"Esse objeto não vai viajar a uma velocidade que não chega nem perto à velocidade da luz."

Pode ser um alienígena?

"Inicialmente, é muito válido se perguntar se ele pode ser um alienígena", afirma o cientista.

O astrônomo diz que um sinalaviator estrelabetrádio que se repita após a mesma quantidadeaviator estrelabettempo na mesma frequência é "muito reminiscente do que esperamos veraviator estrelabetaliens".

Tanto que, ressalta ele, o famoso projeto Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na siglaaviator estrelabetinglês) está rastreando o Universoaviator estrelabetbuscaaviator estrelabetexatamente esse tipoaviator estrelabetsinal.

Infelizmente, porém, para os interessadosaviator estrelabetvida extraterrestre, O'Doherty afirma que uma análise mais detalhada do objeto misterioso na Via Láctea "deixou claro" que não se trataaviator estrelabetum alien.

Primeiro, o sinal detectado "ao longoaviator estrelabetuma ampla variaçãoaviator estrelabetfrequências" não indica se trataraviator estrelabetuma inteligência extraterrestre;aviator estrelabetsegundo lugar, a energia exigida para produzir um sinal como o detectado pelo objeto misterioso é algo que "apenas uma fonte natural poderia produzir".

Além disso, não havia nenhum conteúdo no sinal recebido.

"Então posso confirmar que o sinal não veioaviator estrelabetaliens."

Por que a descoberta animou tanto os astrônomos?

O'Doherty diz que qualquer coisa inesperada costuma causar rebuliço no meio astronômico.

E esse objeto sem dúvida é inesperado.

"Ele parece girar muito mais lentamente do que uma típica estrelaaviator estrelabetnêutron", explica.

"Ninguém sabe exatamente o que é, então se torna algo empolgante."

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