Como os astros influenciam nossa vida? Veja o que é ciência ou não:sportingbet login

Céu estrelado e Via Láctea,sportingbet loginfoto feita na Inglaterrasportingbet login2020

Crédito, PA Media

Legenda da foto, A observação dos céus foi determinante para as civilizações humanas, argumenta físico Marcelo Girardi Schappo

Somos 'poeira das estrelas'

A maioria dos elementos que compõem o corpo humano foi formadasportingbet loginestrelas, ao longosportingbet loginbilhõessportingbet loginanos.

Estamos falandosportingbet loginelementos como carbono, oxigênio, enxofre, magnésio e a maior parte dos nomes que vemos na tabela periódica, existentessportingbet loginestrelas que viveram bilhõessportingbet loginanos atrás e foram continuamente explodindo e se reconstituindo.

Nesse processo, explica Schappo, as estrelas formaram uma "nuvem inicial", que deu origem ao Sol - a principal estrela do nosso Sistema Solar -, aos planetas como a Terra e à combinaçãosportingbet loginelementos que permitiu que gases, minerais, água e a vida surgissem e evoluíssem por aqui.

Formaçãosportingbet loginestrela,sportingbet loginfotosportingbet login2017 da Agência Espacial Europeia

Crédito, Agência Espacial Europeia

Legenda da foto, Formaçãosportingbet loginestrela,sportingbet loginfotosportingbet login2017 da Agência Espacial Europeia; ésportingbet loginuma 'nuvem inicial'sportingbet loginestrelas que vieram alguns dos principais elementos que compõem a vida na Terra

É um processo que se estende por cercasportingbet login13 bilhõessportingbet loginanos e que permitiu a riquezasportingbet loginelementos químicos da Terra.

Por isso, estudiosossportingbet loginastronomia costumam dizer que nós, seres vivos, somos feitossportingbet login"poeira das estrelas".

As estrelas, explica Schappo, "fazem um processosportingbet loginfusão nuclear e vão juntando esses elementos pequenos, que viram elementos mais pesados. Esses tijolinhos (elementos) fundamentais à nossa vida aqui vieram do interiorsportingbet loginestrelas, que explodiram ou expandiram as suas camadas externas e enriqueceram quimicamente o ambiente interestelar. É esse material que vai acabar se aglomerando e dar origem a novas estrelas, planetas e novos sistemas onde eventualmente a vida pode florescer."

Construção das civilizações

Para além da base fundamental da vida, foi graças aos céus - mais especificamente, à capacidadesportingbet loginnossos antepassadossportingbet loginobservar os céus - que pudemos construir as civilizações humanas, afirma Schappo.

Ele se refere especificamente às estações do ano.

As diferentes estações existem - e se opõem nos hemisférios Norte e Sul - por causa da inclinação da Terrasportingbet loginrelação ao Sol, enquanto dá a voltasportingbet logintorno do Sol.

Como a Terra é inclinadasportingbet loginseu eixo, os raios solares incidemsportingbet loginforma diferentesportingbet logindiferentes partes do mundo, a depender do momento do ano - assim, a energia do Sol incide com mais intensidade nos mesessportingbet loginverão e menos intensidade nossportingbet logininverno.

Muito antessportingbet loginadquirirem esse conhecimento científico, nossos antepassados aprenderam sobre os padrões climáticos observando o céu. Há constelaçõessportingbet loginestrelas que só aparecem no céu noturno nos mesessportingbet loginverão, enquanto outras são visíveis no inverno, detalha Schappo. Várias civilizações também identificaram as datassportingbet loginsolstícios e equinócios (dias com mais ou menos luz diurna no ano), o que lhes permitiu identificar a trocasportingbet loginestações.

Com esses padrões astronômicos, foi possível se antecipar a períodossportingbet loginsecas ou chuvas, e perceber os melhores momentossportingbet loginplantar e colher.

"Se antever a isso ajudou na transiçãosportingbet loginum sistema nômade para um sedentário",sportingbet loginque sociedades puderam se desenvolver e prosperar, argumenta o físico. "É obrigatório conhecer esse ambiente e esses padrões da Terra."

Agricultura no período neolítico

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Agricultura no período neolítico; foi pela identificaçãosportingbet loginpadrões astronômicos e as estações do ano que os seres humanos começaram a estabelecer suas civilizações

Por isso, ele argumenta que entender astronomia foi uma "questãosportingbet loginsobrevivência".

Esse conhecimento evoluiu para o calendário - o Gregoriano, que vigora atualmente, foi criado há 440 anos para acompanhar os pouco maissportingbet login365 dias que a Terra demora para darsportingbet loginvoltasportingbet logintorno do Sol.

Agora que a humanidade está diantesportingbet loginmudanças nos padrões climáticos da Terra por conta do aquecimento global, Marcelo Schappo argumenta que o conhecimento astronômico também será fundamental - por contasportingbet loginsua capacidadesportingbet loginanalisar os padrões do Sol e a forma como a nossa atmosfera absorvesportingbet loginenergia.

Das navegações ao GPS

Alémsportingbet loginensinar nossos antepassados a entender os ciclos climáticos, a observação dos céus foi crucialsportingbet loginoutro ponto importante na história humana: as navegações.

"Muitas navegações e métodossportingbet loginnavegação importantes na história foram guiados pelas estrelas", afirma Schappo.

Uma das estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul, por exemplo, "aponta quase no polo Sul celeste - é um bom indicativosportingbet loginonde está o sul, e a partir daí sabe onde estão os outros pontos cardeais", explica o físico.

No hemisfério Norte, a Estrela Polar, na constelação da Ursa Menor, é usada como indicativo do norte.

Hoje, a nossa navegação via satélite também se apoia no conhecimento astronômico - tanto no enviosportingbet loginsatélites ao espaço quanto na utilização desses satélites para você definir, no GPS do celular, o trajeto que vai fazersportingbet logincasa para o trabalho.

"O sistema do GPS funciona com vários satélites, colocadossportingbet loginórbita da Terra", explica Schappo.

"Quando quero usar meu celular para saber minha posição no planeta, o que ele (aparelho) faz é trocar informações com esses satélites - e o sinal leva um tempo para sair do celular, chegar no satélite e retornar. É com essa diferençasportingbet logintemposportingbet loginsinal que ele troca com pelo menos dois ou três satélites que ele calcula exatamente a posiçãosportingbet loginque você está no planetasportingbet loginlatitude, longitude e altitude. Portanto, é uma superferramenta para navegação aérea, marítima e exploração terrestre."

Satélite no espaço

Crédito, Agência Espacial Europeia

Legenda da foto, GPS, que usamos para navegação pessoal, também se apoia no conhecimento astronômico

Ciclos biológicos

Nossos ciclos biológicos também são obviamente ligados ao Sol: temos mais sono nos períodossportingbet loginque não estamos expostos à luz do Sol, e mais disposição durante o período diurno, por exemplo.

As plantas também dependem da exposição ao Sol para fazer fotossíntese.

"Existem ciclos nos seres vivos, e a biologia estuda como o indivíduo muda conforme a época do ano ou do mês, o que pode ter a ver com a mudança na iluminação, com a variação entre o dia e a noite", afirma Schappo.

No entanto, essa influência biológica ligada a variações na exposição à luz do Sol não pode ser confundida com a influência comportamental geralmente atribuída aos astros, afirma Schappo. "Isso não tem nada a ver com (a suposiçãosportingbet loginque) 'a Lua influencia o meu estado emocional'. Aí a gente começa a transitar por uma zona pseudocientífica", diz ele.

É desses mitos que falaremos agora.

Não é ciência: Astrologia

'Quando você vai fazer um mapa astral, ler um horóscopo, ou acha que está agitado por causa da lua cheia, que tem que cortar o cabelosportingbet logintal lua, ou que bebê vai nascer na virada da lua, isso não é baseadosportingbet loginevidências", explica o físico.

"Ou seja, que não pode ser corroborado. A gente acredita nas afirmaçõessportingbet login(Albert) Einstein sobre a relatividade porque é (uma teoria) muito corroborada. Já quanto a mapa astral, cabelo, nascimento dos bebês - isso já foi testado por experimentos científicos que mostram que essas afirmações não têm fundamento. Por isso, chamamossportingbet loginpseudociência - é algo que falasportingbet loginplanetas, usa dados astronômicos reais, mas leva a conclusões que não têm fundamento. Parece ciência mas não é."

Ilustração mostra símbolos do Sistema Solar e dos signos do zodíaco

Crédito, SPL

Legenda da foto, Embora tenha grande apelo, astrologia não tem embasamento científico

Um dos experimentos que testaram cientificamente a astrologia foi descrito pela astrofísica Sabrina Stierwalt no podcast Everyday Einstein.

No experimento, publicado no periódico Nature, foi conduzido um teste duplo-cego para averiguar se mapas astrais poderiam descrever nossa personalidade com precisão. O físico Shawn Carlson pediu a 30 astrólogos que revisassem o mapa astralsportingbet login116 pessoas que não conheciam pessoalmente.

Carlson deu aos astrólogos três descrições para cada uma das 116 pessoas: uma descrição correta e duas descrições erradas (ou melhor, que descreviam outras pessoas que não aquelas). E pediu aos astrólogos que identificassem qual das três era a descrição correta, segundo o mapa astral.

O resultado é que os astrólogos do experimento fizeram a identificação corretasportingbet loginum terço dos casos. "Se você recebesse três descriçõessportingbet loginpersonalidade, (também) teria uma entre três chancessportingbet loginselecionar a correta", diz Stierwalt. Portanto, conclui ela, os astrólogos do estudo não se saíram melhor do que se tivessem escolhido os perfis ao acaso.

"A astrologia também não é capazsportingbet loginoferecer um mecanismo que explique como ela poderia funcionar. Qual é exatamente a conexão entre as estrelas sobre asportingbet logincabeça quando você nasceu e se você deve ou não tomar grandes decisões durante o verão?", questiona a cientista.

Muitos entusiastas da astrologia, porsportingbet loginvez, argumentam que as descriçõessportingbet loginpersonalidade ligadas ao zodíaco fazem sentido para si e acham reconfortante acompanhar seu horóscopo. O importante aqui é destacar que não há nenhum embasamento científico nele.

Não é ciência: influência da Lua

E quanto à influência da Lua na nossa vida - desde nosso comportamento até cortesportingbet logincabelo e nascimentosportingbet loginbebês? Mais um mito, argumenta Marcelo Schappo.

A princípio, argumentar que a Lua nos influencia diretamente pode até soar factível. Afinal, a Lua influencia diretamente as marés dos oceanos da Terra. Se nosso corpo é composto majoritariamentesportingbet loginágua, por que não seria igualmente influenciado pela Lua?

Lua vista sobre o mar
Legenda da foto, Força gravitacional da Lua afeta marés porque oceanos formam um enorme corposportingbet loginágua; não é caso do corpo humano

Para rebater, isso é preciso entender como funciona a gravidade.

Estamos falandosportingbet loginuma força que interage entre dois corpos com massa. Quaisquer corpos. Mas a força da gravidade é mais forte quanto maior for a massa dos corpos, e quanto menor for a distância entre eles.

"Seguindo esse raciocínio, uma pessoa atrai uma cadeirasportingbet loginuma sala vazia? Sim! Mas a forçasportingbet loginatração desse par é muito pequena, pois as massas da pessoa e da cadeira são pequenas,sportingbet loginmodo que elas não geram efeitos práticos significativos", escreve Schappo.

No caso da Lua e das marés, a influência gravitacional é grande porque os oceanos formam uma massa gigantescasportingbet loginnosso planeta.

Já nossos corpos são muito pequeninossportingbet logincomparação, e a Lua está muito distantesportingbet loginnós para exercer um efeito gravitacional significativo, diz o físico.

"Tanto que uma piscina olímpica, que tem muito mais água que o nosso corpo, não tem maré", detalha. "Então, na vida cotidiana, o que vai influenciar o comportamento do meu corpo é a gravidade da Terra."

Línea

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