Por que a América Latina é a região onde mais cresce o consumosport bet vipcocaína no mundo:sport bet vip

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Os dados aparecemsport bet viprelatório divulgado nesta semana pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).

O mesmo relatório aponta que o consumosport bet vipcocaína no Cone Sul disparou sport bet vip mais do quesport bet vipqualquer outra parte do mundo entre 2009 e 2015, e quesport bet vipporcentagemsport bet vipusuários se aproxima cada vez mais do índice dos Estados Unidos.
A América do Sul não é mais a região que apenas abastece os mercadossport bet vipcocaínasport bet vipAmérica do Norte, Europa e Ásia. Tem seu próprio mercado e o númerosport bet vipconsumidores avança rapidamente.
sport bet vip Esport bet vipmodo mais veloz do que o resto do mundo, aponta o informe do UNODC.

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Dimensão do crescimento
Enquanto 1,6% da população da América do Norte experimentou ou usou cocaína no último ano, o índice chegou a 1,5% na América do Sul.
A média mundial é 0,4%.
Segundo Angela Me, chefesport bet vipinvestigações e análisesport bet viptendências do UNODC e principal autora do estudo, diferentes fatores explicam a alta no usosport bet vipcocaína na América do Sul.
"Além do aumento na rendasport bet viptoda a região, a cocaína agora tem um mercado maior. sport bet vip A cocaína costumava ser uma droga para gente rica, mas agora temos países como o Brasil onde a droga se usasport bet vipoutras camadas da sociedade", disse a pesquisadora à BBC Mundo, o serviçosport bet vipespanhol da BBC.
Outro elemento, diz Angela Me, é o aumento no númerosport bet vipconsumidores esporádicos, que não usam a droga regularmente.
"Por isso há um incremento na quantidadesport bet vipconsumidores, mas não tanto no volumesport bet vipcocaína usada", diz.
Na avaliação do pesquisador Ricardo Soberón, ex-chefe antidrogas do Peru, o relatório mostra como a produção da folhasport bet vipcoca e da cocaína cresceram na esteira do aparecimento de sport bet vip novos mercados.
"Isso está levando a um problema complexosport bet vipordem global", afirmou Soberón.
Por que tantos novos consumidores?
O sport bet vip Uruguai encabeça a listasport bet vippaíses sul-americanos com maior númerosport bet vipconsumidores.
Sua porcentagem (1,8%) supera a da América do Norte (México, Canadá e EUA, 1,6%), embora ainda esteja abaixo da dos EUA (2,1%).

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O jornalista Guillermo Garat, autor do livro "Maconha e outras ervas: proibição, regulação e usosport bet vipdrogas no Uruguai", ressalta, sobre o lídersport bet vipconsumo na região, que o Uruguai tem renda per capita altasport bet vipcomparação com outros países do continente.
" sport bet vip A cocaína é muito barata (de sport bet vip US$ sport bet vip 11 a US$ 15 o grama) e praticamente não mudousport bet vippreço desde o ano 2000", diz Garat.
O jornalista lembra ainda que na região a cocaína costuma estar "disponível 24 horas, mediante apenas uma chamada telefônica".
"A cocaína também está territorializada. Há baressport bet viptodas as camadas da sociedade onde sempre há traficantes. É muito provável que um usuáriosport bet vipdrogas ou um amigo tenha o telefonesport bet vipum traficante".
Segundo Angela Me, o relatório mostra que o sport bet vip consumosport bet vipdrogas cresceusport bet vipgeral no Uruguai, e não se trata apenassport bet vipcocaína.
Sobre o Brasil, a pesquisadora diz que é preciso considerar o índice altosport bet vipconsumosport bet vipderivados da cocaínasport bet vipbaixa qualidade, como o crack e outras substâncias feitas a partirsport bet vipresíduos da pasta-base.
Situação semelhante ocorre na sport bet vip Argentina e no Chile.
Com a disponibilidadesport bet vipsubstânciassport bet vipbaixa qualidade e preço, o númerosport bet vipconsumidores esport bet vipviciados sobe.

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Nos últimos dois anos, países como Bolívia e Peru redobraram esforços para conter o corredor aéreosport bet viptráficosport bet vipcocaína que conecta seus países ao Brasil, maior mercado da região.
Autoridades bolivianas e peruanas chegaram a apontar que até 20 aviõessport bet vippequeno porte por dia realizavam os chamados "narcovoos" ao Brasil.
Alternativas
O UNODC defende a necessidadesport bet vipnovas políticas públicas para enfrentar esse aumento no númerosport bet vipusuáriossport bet vipcocaína na região.
"O primeiro a se fazer é prevenção. sport bet vip Trabalhar com famílias e nas escolas. Criar programas específicos focados na população jovem para prevenir o consumosport bet vipdrogas", diz Angela Me.
A integrante do UNODC diz ainda que os países precisam pensar políticas para sport bet vip os consumidoressport bet vipdrogas, com açõessport bet viptratamento para conter consequências pessoais e sociais do uso.

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Contudo, os próprios países sul-americanos questionam a baixa efetividade da comunidade internacional para mudar as políticas públicas nessa área.
Governossport bet vippaíses como sport bet vip Bolívia, México, Uruguai e Guatemala apresentaram posicionamentos críticos na última sessão especial da ONU sobre drogas,sport bet vipabril.
Disseram considerar, por exemplo, que declarações da ONU não avançamsport bet vipfato rumo a uma mudança realsport bet vipparadigma na luta contra as drogas, e propuseram novas medidassport bet viprelação á regulação e legalizaçãosport bet vipsubstâncias controladas.