'365 DNI': 'Fui refém no assalto a banco que deu origem ao termo Síndromebanca de apostas que dao bonus gratisEstocolmo’:banca de apostas que dao bonus gratis

banca de apostas que dao bonus gratis No dia 23banca de apostas que dao bonus gratisagostobanca de apostas que dao bonus gratis1973, as atenções do mundo se voltaram à Suécia, para acompanhar os desdobramentosbanca de apostas que dao bonus gratisum assalto a um bancobanca de apostas que dao bonus gratisEstocolmo.

O incidente ocorrido na Praça Norrmalmstorg, zona nobre da cidade, entrou para a históriabanca de apostas que dao bonus gratisvirtude dos fortes laços que se formaram entre os reféns e seus captores. Esse tipobanca de apostas que dao bonus gratisfenômeno psicológico passou a ser conhecido como Síndromebanca de apostas que dao bonus gratisEstocolmo, uma expressão que voltou a ser discutida com o lançamento do filme 365 Dias, da Netflix,banca de apostas que dao bonus gratisjunho.

"Confio plenamente nele, viajaria por todo o mundo com ele", disse Kristin Enmarkbanca de apostas que dao bonus gratisreferência ao homem que manteve ela e três colegas reféns durante seis dias.

Naquela manhãbanca de apostas que dao bonus gratisagosto, as portas do Sveriges Kreditbanken, no centro da capital sueca, tinham acabadobanca de apostas que dao bonus gratisser abertas quando um homem entrou com uma maleta, sacou uma metralhadora e disparou para o teto.

"Fiquei com medo, claro", relembra Enmarkbanca de apostas que dao bonus gratisentrevista à BBC. "Me joguei no chão. O ladrão veiobanca de apostas que dao bonus gratisminha direção e fez sinais para que eu e uns colegas nos levantássemos. Acho que meu cérebro deixoubanca de apostas que dao bonus gratisfuncionar. Era um terror sem nome. Nembanca de apostas que dao bonus gratismeus piores pesadelos eu imaginara que algo assim poderia acontecer comigo."

À época, Enmark tinha 23 anos. Foi escolhida como refém por um dos assaltantes.

O nome dele era Jan Olsson. Estava armado até os dentes e já havia ferido dois policiais que tinham respondido ao alarme.

Olsson amarrou os reféns e começou a fazer suas exigências. Pediu uma grande quantiabanca de apostas que dao bonus gratisdinheiro, um carro e que lhe trouxessem Clark Olofsson, criminoso que cumpria penabanca de apostas que dao bonus gratisuma prisão do país.

"Quando pediu que trouxessem o outro criminoso, pensei: 'Isso vai ser um inferno'. Olofsson era muito famoso na Suécia, considerado uma pessoa extremamente perigosa", contou Enmark.

Para diminuir a tensão, a polícia tirou Olofsson da cadeia e permitiu que ele entrasse no banco.

Primeiro, mandou Olsson desamarrar as três mulheres. Logo depois, encontrou um jovem escondido no depósito e o levou para junto das reféns.

Em questãobanca de apostas que dao bonus gratishoras, o statusbanca de apostas que dao bonus gratisde Olofsson como líder do grupo foi confirmado pela polícia.

"Havia um acordo entre a polícia e ele para que fosse o negociador. Quando você está nessa posição, faz o que pode. No início, não havia confiança. Mas aos poucos comecei a sentir que talvez eu devesse respeitar esse homem. Quem sabe ele poderia fazer algo por nós?"

'Ele me acolheu'

O primeiro criminoso, Olsson, aterrorizava Enmark. Mas, gradualmente, ela começou a ver no outro, Olofsson, um amigo.

"Ele me acolheu sob seu manto protetor e me disse: 'Nada vai acontecer com você'. É difícil explicar a pessoas que não passaram por essa situação o quanto isso foi importante para mim. Sentia que alguém se importava comigo. Talvez fosse um tipobanca de apostas que dao bonus gratisdependência."

"Em todo caso, foi bom, porque se Olofsson fosse fazer mal a alguém, não seria a mim. "Não me sinto mal por isso, fiz o que pude para sobreviver."

Quando indagada sobre a possibilidadebanca de apostas que dao bonus gratisque Olofsson estivesse atraído sexualmente por ela, Enmark respondeu que ele nunca demostrou nada dessa natureza.

"Nunca me tocoubanca de apostas que dao bonus gratislugares impróprios", disse. "Tratava-se apenasbanca de apostas que dao bonus gratisduas pessoas se tranquilizando mutuamente."

No segundo dia do assalto, a refém sentia tanto respeito por Olofsson que, quando ele deu a ela o telefone do então primeiro-ministro da Suécia, Olof Palme, ela não hesitoubanca de apostas que dao bonus gratispedir ao premiê que deixasse os criminososbanca de apostas que dao bonus gratisliberdade.

A polícia gravou a ligação telefônica:

Palme: "Mas eles não podem ficar livres. Considere a situação, estavam roubando um banco e disparando contra a polícia."

Enmark: "Não, foi a polícia quem disparou primeiro."

Palme: "Você pode fazer com que esse homem entreguebanca de apostas que dao bonus gratisarma? Pode explicar a ele que é uma situação sem saída?"

Enmark: "Não, não vai funcionar."

Palme: "Por que não? Não é um ser humano?"

Enmark: "O que ele está dizendo é que não tem nada a perder."

Nesse mesmo dia, desiludida e desgostosa com o mundo exterior, Enmark fez declarações pela rádio sueca que foram tão ousadas - incluindo o usobanca de apostas que dao bonus gratispalavrões para se referir à polícia sueca - quebanca de apostas que dao bonus gratismãe telefonou para chamarbanca de apostas que dao bonus gratisatenção.

"Minha mãe era professora escolar e, para ela, falar direito era muito importante. Ela me disse que não gostava do tipobanca de apostas que dao bonus gratislinguagem que eu tinha usado. Fiquei brava. Eu tinha sido presa como refém e ela se preocupando com aquilo!"

Sua estratégiabanca de apostas que dao bonus gratissobrevivência, a identificação com umbanca de apostas que dao bonus gratisseus captores, produziu alteraçõesbanca de apostas que dao bonus gratisseu comportamento que naquele momento ela não percebeu.

Ela lembra, por exemplo, que no segundo dia o ladrão, Olsson, ameaçou disparar contra Sven (o refém que tinha sido encontrado escondido no banco).

"Ele queria mostrar à polícia que estava falando sério, que era perigoso, e disse a Sven que lhe daria um tiro na perna. Sven, claro, se assustou. Então o ladrão disse a ele que não atingiria nenhum osso e que não causaria muito estrago. Mas Sven não se acalmou", contou.

"Eu disse: 'Mas Sven, é só a perna!' "Me envergonho disso. Tento ser uma boa pessoa e nunca ferir ninguém, mas naquele momento achei Sven um covarde. Levou dez anos para eu ter coragembanca de apostas que dao bonus gratiscontar a alguém o que havia dito a Sven naquele momento."

Por sorte, Olsson não levou adiante seu plano. Mas o próprio Sven admitiu que sente gratidão por seus captores e tembanca de apostas que dao bonus gratisse esforçar para lembrar que eram dois criminosos violentos - não seus amigos.

Os reféns ficaram presos durante seis dias no cofre do banco. Nesse período, a polícia fornecia comida e cerveja.

Finalmente, no sexto dia, a polícia decidiu furar o teto do cofre e desarmar os sequestradores com gás lacrimogêneo - apesarbanca de apostas que dao bonus gratisOlsson ter ameaçado matar todos os reféns caso os policiais fizessem isso.

Enmark não gostou da forma como a polícia resgatou os prisioneiros.

"Fiquei realmente furiosa. Para mim, pareceu uma tentativabanca de apostas que dao bonus gratisassassinato, jogar gás lacrimogêneo quando havia seis pessoas presasbanca de apostas que dao bonus gratisum cofre, sem saber se conseguiriam resgatá-las", disse.

No final, os criminosos se entregaram e ninguém ficou ferido.

O primeiro ladrão, Jan Olsson, foi condenado a dez anosbanca de apostas que dao bonus gratisprisão e Clark Olofsson, seu cúmplice, a seis anos.

Em entrevistas subsequentes, Olsson disse que não conseguiu matar os reféns porque ficou muito próximo deles.

Hoje, passados 40 anos, Kristin Enmark ainda se refere a Clark Oloffson como seu amigo e os dois ainda se correspondem. Ela nunca criticou seus atos.

"Não sei se tentou convencer Olsson a nos soltar. Vou perguntar a ele na próxima carta."

Questionada pela BBC se não deveria criticar Oloffson por seus atos naquele dia, Enmark responde, rindo: "Pois é… vou falar com ele sobre isso".

Os reféns foram examinados por psiquiatras e a resposta emocional que tiveram,banca de apostas que dao bonus gratisidentificação com seus captores, passou a ser chamadabanca de apostas que dao bonus gratisSíndromebanca de apostas que dao bonus gratisEstocolmo. O termo foi cunhado pelo criminologista e psiquiatra Nils Bejerot.

Kristin Enmark, porbanca de apostas que dao bonus gratisvez, escreveu um livro sobrebanca de apostas que dao bonus gratisexperiência. Nele, ela argumenta que a Síndromebanca de apostas que dao bonus gratisEstocolmo não existe.

A síndrome, também conhecida como Vinculação Afetivabanca de apostas que dao bonus gratisTerror ou Traumática, não é reconhecida pelos dois manuais importantes da psiquiatria - o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM, ou Manual Diagnóstico e Estatísticobanca de apostas que dao bonus gratisTranstornos Mentais) e o International Classification of Diseases (ICD, ou Classificação Internacionalbanca de apostas que dao bonus gratisDoenças).