O magnata que doou fortuna1 win foguetinhoUS$ 8 bilhões1 win foguetinhosegredo e ficou com 'quase nada':1 win foguetinho

Entre as instituições agraciadas estão algumas na área1 win foguetinhosaúde pública e outras que fazem campanha pela paz.

Além disso, cerca1 win foguetinhoU$S1 milhão foi usado1 win foguetinhocustos operacionais da empresa Atlantic Philantropies, um grupo1 win foguetinhoentidades criado pelo próprio Feeney,1 win foguetinho1982, para canalizar as doações.

O valor mais recente foi uma doação1 win foguetinhoU$ 7 milhões (R$ 22 milhões), no fim do ano passado, para ajudar estudantes da Universidade1 win foguetinhoCornell (EUA) envolvidos1 win foguetinhotrabalhos comunitários.

Apartamento alugado

Dessa forma, Feeney, hoje com 85 anos, terminou1 win foguetinhodistribuir a riqueza que acumulou como fundador1 win foguetinhouma empresa pioneira1 win foguetinhoduty-free (ou free shop) - lojas especializadas1 win foguetinhovender, sem encargos fiscais tradicionais, desde perfumes até bebidas alcoólicas e cigarros1 win foguetinhoaeroportos.

Segundo Oechsli, depois das doações, o agora ex-magnata ficou com apenas uma pequena parcela do que ganhou: aluga um apartamento modesto1 win foguetinhoSão Francisco, na Califórnia. Não tem mais imóveis ou bens luxuosos.

Tudo o que guardou seriam "alguns poucos milhões" - menos1 win foguetinhoU$ 10 milhões (R$ 33 milhões) - para cobrir os custos1 win foguetinhovida e cuidados médicos que ele e1 win foguetinhomulher, Helga, terão até a morte.

E, apesar da mudança no padrão1 win foguetinhovida e1 win foguetinhoconsumo, Feeney, apontado como uma espécie1 win foguetinhoantítese do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está longe1 win foguetinhodemonstrar arrependimentos.

"Viver e desfrutar da vida da maneira que eu fiz até agora já está bom. Estou feliz com isso, e minha esposa também", afirmou.

'James Bond da filantropia'

Feeney é o filantropo americano que doou mais dinheiro ainda vivo.

Segundo a revista Forbes, ele encabeçou uma lista1 win foguetinhopercentual1 win foguetinhodoações1 win foguetinhorelação à fortuna, que inclui o megainvestidor George Soros - Soros que teria doado1 win foguetinhovida cerca1 win foguetinho49%1 win foguetinhosua riqueza atual - e o casal Bill e Melinda Gates (40%).

A mesma publicação o chamou1 win foguetinho"James Bond da filantropia" pela forma como ele viajou o mundo por mais1 win foguetinhotrês décadas com a missão1 win foguetinhodestribuir clandestinamente1 win foguetinhofortuna.

Feeney confessa que a decisão1 win foguetinhose desfazer da riqueza acumulada não foi consequência1 win foguetinhoum episódio1 win foguetinhoparticular, mas1 win foguetinhoum processo pessoal, que incluiu leituras sobre filantropia e algumas reflexões.

"Considerei as alternativas que tinha na minha vida e pensei que o melhor que poderia fazer era estender a mão e buscar as pessoas menos afortunadas", disse.

Trajetória

Feeney não herdou1 win foguetinhoriqueza, mas a ganhou ao longo da vida. Ele nasceu e cresceu1 win foguetinhouma região humilde1 win foguetinhoNova Jersey, filho1 win foguetinhomãe enfermeira e pai corretor1 win foguetinhoseguros.

Aos 10 anos, vendia cartões1 win foguetinhoNatal1 win foguetinhoporta1 win foguetinhoporta e ainda adolescente se alistou na Força Aérea dos Estados Unidos - serviu no setor1 win foguetinhointeligência1 win foguetinhosinais na Guerra da Coreia (1950-53).

Ele foi o primeiro membro da família a cursar o ensino superior, através1 win foguetinhoum programa governamental para veteranos1 win foguetinhoguerra - estudou justamente1 win foguetinhoCornell.

A ideia1 win foguetinhofundar a gigante Duty Free Shoppers (DFS) ao lado1 win foguetinhoRobert Miller,1 win foguetinho1960, foi baseada na experiência1 win foguetinhonegócios que Feeney tinha recebido vendendo mercadorias a tropas dos Estados Unidos1 win foguetinhooutros países.

A fortuna começou a se multiplicar até ele chegar à conclusão1 win foguetinhoque ele e os filhos tinham mais do que precisavam.

Vida simples

Muito antes1 win foguetinhodoar todo o dinheiro, Feeney era conhecido pelo estilo1 win foguetinhovida mais simples, diferente da aura luxuosa que a empresa dele transmitia.

Preferia comer1 win foguetinhobares populares do que1 win foguetinhorestaurantes caros1 win foguetinhoNova York e não viajava1 win foguetinhoavião na primeira classe. Usava um relógio que custava cerca1 win foguetinhoUS$ 15 e carregava uma sacola plástica com os jornais que lia frequentemente.

Por isso, nega que sinta falta dos tempos1 win foguetinhoque tinha uma imensa fortuna.

"Não sinto falta, porque nunca fui apegado à riqueza material", disse.

Questionado sobre o que lhe dá prazer depois1 win foguetinhocumprir o grande objetivo1 win foguetinhose livrar do dinheiro, ele responde.

"Viver exatamente do modo que eu vivo, sabendo que através do trabalho da fundação fiz o bem a quem não esperava".

"Isso foi uma espécie1 win foguetinhorecompensa", disse.

O destino das recompensas

As doações1 win foguetinhoFeeney ajudaram pacientes com Aids a terem acesso a tratamento retroviral na África do Sul, a reformar o sistema1 win foguetinhosaúde pública no Vietnã e a buscar a paz na Irlanda do Norte, onde ele se reuniu com paramilitares nos anos 90 para pedir que abandonassem as armas -1 win foguetinhofamília é1 win foguetinhoorigem irlandesa.

Apesar1 win foguetinhoa Atlantic não ter negócios na América Latina, ele investiu na melhoria da saúde pública1 win foguetinhoCuba e1 win foguetinhoações que contribuíram para normalizar as relações entre a ilha e os EUA recentemente.

No mês passado, um artigo no jornal americano The New York Times comparou Feeney com Trump, mas como modelos opostos.

"Durante anos, Trump fez muita pressão para entrar na lista dos mais ricos da Forbes, por exemplo; Feeney articulou para estar1 win foguetinhofora dela. A doação da Atlantic vinha inteiramente do dinheiro1 win foguetinhoFeeney, enquanto grande parte do dinheiro que entrou na Fundação Trump recentemente era1 win foguetinhooutras pessoas", afirmou o jornal,.

Questionado pela BBC Mundo sobre o contraste, ele evitou comentar.

"Nunca tive a intenção1 win foguetinhocomparar a minha vida com a1 win foguetinhoninguém."

Apesar disso, assessores afirmam que o ex-magnata está muito preocupado com a situação atual dos Estados Unidos e com a polarização política no país.

Agora que1 win foguetinhofortuna já foi inteiramente repartida, a Atlantic está com os dias contados: vai se dissolver1 win foguetinho2020, depois1 win foguetinhofinalizar a entrega das doações prometidas e1 win foguetinhodesenvolver os programas previstos.