Por que a América Latina é a única região do mundo onde o islã não cresce:bull fiesta slot

Crédito, Getty Images
Intitulado O Futuro das Religiões do Mundo, o estudo prevê que,bull fiesta slot2050, o númerobull fiesta slotmuçulmanos no mundo será "quase igual" aobull fiesta slotcristãos, e que, "mantidas as tendências demográficas atuais, o númerobull fiesta slotmuçulmanos deverá ultrapassar obull fiesta slotcristãos até o final do século".
No que concerne América Latina e Caribe, o estudo usa dadosbull fiesta slot19 países. Ele estimabull fiesta slot940 mil a populaçãobull fiesta slotmuçulmanos na região para 2050, número inferior à quantidadebull fiesta slotseguidores do islã registradabull fiesta slot2010bull fiesta slotpaíses como Espanha ou Itália.
O que explica o fatobull fiesta sloto islamismo ser menos popular entre os latino-americanos? Veja abaixo, três aspectos que explicam tendência:
1. Poucos fiéis e pouco apelo a imigrantes
A América Latina é considerada uma região única porque abriga uma fração mínima dos cercabull fiesta slot1,6 bilhãobull fiesta slotmuçulmanos no mundo e não registra um intenso fluxo migratóriobull fiesta slotpessoas procedentesbull fiesta slotpaíses onde o islã é a principal religião.
"Estimamos quebull fiesta slot2010 eram 840 mil vivendobull fiesta slottodos os países da região, incluindo o Caribe", disse à BBC Conrad Hackett, demógrafo e diretor associado do Centrobull fiesta slotPesquisas Pew.
Segundo Hackett, não há nenhuma evidênciabull fiesta slotque o mesmo fenômeno observado nos EUA e no Canadá, onde a imigração impulsiona o crescimento do islã, esteja se repetindobull fiesta slotpaíses latino-americanos.
"Na América do Norte, a população muçulmana não é muito numerosa, mas vemos uma tendência migratóriabull fiesta slotcurso com grandes quantidadesbull fiesta slotpessoas chegandobull fiesta slotpaíses onde a maioria segue o islã. Nem todos os imigrantes são muçulmanos, mas eles são maioria", explica o demógrafo.
Hackett diz que os EUA e o Canadá atraem imigrantes não apenas por oferecer melhores oportunidades econômicas, mas também porque têm programas para acolher refugiados e, no caso dos EUA, loteriabull fiesta slotvistos. Em 2018 serão distribuídos, por seleção aleatória, 55 mil vistosbull fiesta slotimigrantes a pessoas que nascerambull fiesta slotpaíses com baixas taxasbull fiesta slotimigração para os EUA.
O demógrafo admite que, por motivos econômicos, o fluxo migratório pode mudar e transformar a América Latinabull fiesta slotdestinobull fiesta slotmuçulmanos. Contudo, ele afirma que, até o momento, não há nenhuma evidênciabull fiesta slotque isso acontecerá no mesmo volume já registrado na América do Norte.
2. Conversões
O aumentobull fiesta slotmuçulmanos pode ser impactado pelo númerobull fiesta slotpessoas que se convertem ao islã.
Mas, segundo o levantamento, não há evidência robustabull fiesta slotque muitas pessoas estejam trocando suas religiões pelo islã na América Latina e no Caribe.
"Poderia fazer diferença se muita gente na região estivesse mudandobull fiesta slotreligião. Por exemplo, pessoas que cresceram católicas, mas se sentiram atraídas pelo islã e se convertem. Mas não há evidenciabull fiesta slotque seja um fenômeno importante", argumenta Hackett.

Crédito, Getty Images
O especialista observa que trocasbull fiesta slotreligião na região ocorrem com mais vigor dentro do próprio cristianismo, com católicos passando a ser evangélicos.
"O pentecostalismo está crescendo mais rápido que o conjunto da população [na América Latina]", afirma Hackett.
3. Númerobull fiesta slotfilhos
O crescimento do islã é impulsionado também pelo alto númerobull fiesta slotfilhosbull fiesta slotmuçulmanos,bull fiesta slotalta taxabull fiesta slotfecundidade.
"Na África, onde islã é muito forte, cada mulher tem 4, 5 ou 6 filhos, o que acelera o ritmobull fiesta slotcrescimento da população tanto no caso dos muçulmanos quanto dos cristãos. Mas, na América Latina, ainda que a região já tivesse mostrado taxas elevadas no passado,bull fiesta slotmuitos países, as mulheres estão tendo 1, 2, 3 filhos", aponta Hackett.
Para ele, é uma taxa relativamente modesta e não há evidências que indiquem que muçulmanas latino-americanas tenham mais filhos. Ele pondera, contudo, que suas estimativas são conservadoras, e que talvez a taxabull fiesta slotfecundidade entre as muçulmanas na região seja um pouco mais alta que a média.
"A Argentina, por exemplo, é o país da América Latina com maior númerobull fiesta slotseguidores do islã, mas não temos dados específicos sobre a taxabull fiesta slotfecundidade dos muçulmanos. Muitas vezes, quando um grupobull fiesta slotreligiosos é muito pequeno, o censo não tem dados e fica difícil saber quais são suas características", observa o demógrafo.
No Brasil, por exemplo, o Instituto Brasileirobull fiesta slotGeografia e Estatística (IBGE) contabilizou 35 mil seguidores do islãbull fiesta slottodo país, mediante uma população totalbull fiesta slot190,7 milhões, no censobull fiesta slot2010. Um terço dos muçulmanos no censo estaria na região metropolitanabull fiesta slotSão Paulo - e muitos deles são convertidos.
Os números do IBGE para o Brasil, aliás, não seguem necessariamente as tendências para a região apontadas pelo Pew. Enquanto o centro americano prevê um crescimentobull fiesta slot13% na população muçulmana na América Latina entre 2010 e 2050, o IBGE diz que o númerobull fiesta slotmuçulmanos no Brasil cresceu 29,1%bull fiesta slot2000 a 2010.
Mas, para Hackett, a América Latina com um todo tem uma população muçulmana tão pequena que, mesmo se houve uma grande ondabull fiesta slotimigraçãobull fiesta slotseguidores do islã na região, levaria um tempo para que ela passasse a crescer num ritmo maior que o do aumento da população total, como acontecebull fiesta slotoutros países, especialmente na Europa e na Ásia.








