As perigosas pílulas para engordar que viraram febre entre mulheres do Sudão:sportingbetpoker

sportingbetpoker sportingbetpoker Jovens sudanesas estão tomando pílulas para engordar e ganhar curvas — e assim se encaixar no padrãosportingbetpokerbeleza do país. A jornalista africana Yousra Elbagir investigou como essas mulheres estão procurando substâncias proibidas emsportingbetpokerbusca por beleza:

Modas cosméticas que ameaçam a saúde não são novidade no Sudão. O clareamentosportingbetpokerpele, por exemplo, é um artifício usado há anos. Mas uma nova febre tem se alastrado pelo país: as pílulas que engordam.

Sem regulação, os remédios são vendidos ilegalmente pelas mesmas pequenas lojas que vendem cremes clareadoressportingbetpokerpele e outros itenssportingbetpokerbeleza.

Podem ser comprados individualmente,sportingbetpokerpequenos sacos ou embalagenssportingbetpokerdoces, e não têm nenhuma informação sobre os riscos médicos.

É difícil estimar quantas mulheres no Sudão usam esses produtos para ganhar peso porque muitas não admitem o uso.

"Pílulas são distribuídas nas vilas como se fossem balas", diz Imitithal Ahmed, uma estudante da UniversidadesportingbetpokerKhartoum. "Eu sempre tive medosportingbetpokerusá-las porque vi parentes ficarem doentes e amigos se tornarem dependentessportingbetpokerestimulantessportingbetpokerapetite".

"Minha tia está prestes a sofrer falência nos rins e está com artérias bloqueadas por tomar pílulas que engordam na tentativasportingbetpokerconseguir um bumbum maior", afirma Ahmed. "Todos na família sabem que ela está doente, mas ela não admite. Ela só parousportingbetpokertomar quando o médico mandou."

'Mamãe desconfia'

Pílulas do tipo são com frequência disfarçadas, e recebem apelidos que fazem referência aos seus efeitos.

De nomes como "Terror dos Vizinhos" e "PernassportingbetpokerFrango" a "Mamãe Desconfia", os nomes clínicos dos remédios são ignorados e substituídos por promessassportingbetpokerbumbuns maiores, coxas grossas e uma barriga que farásportingbetpokermãe suspeitar que talvez você esteja grávida.

As substâncias contidas nas pílulas variam: vãosportingbetpokerestimulantessportingbetpokerapetite comuns a remédios contra alergia que contém cortisona, um hormônio esteroide.

Os efeitos colaterais da cortisona são hoje uma galinhasportingbetpokerouro para os traficantessportingbetpokerpílulas. A substância é conhecida por diminuir o metabolismo, aumentar o apetite, causar retençãosportingbetpokerlíquidos e criar depósitos extrassportingbetpokergordura no abdômen e no rosto.

Usar hormônios não regulados sem supervisão pode causar danos ao coração, ao fígado, aos rins e à tireoide, diz Salah Ibrahim, presidente da Associação dos Farmacêuticos do Sudão.

Ele explica que a cortisona é um hormônio que existe naturalmente no corpo, ajudando a regular funções vitais. Quando uma versão concentrada e artificial é inserida no organismo, o cérebro ordena o corpo a parar a produção.

Se um usuário desses remédios abruptamente parasportingbetpokertomar a substância, os órgãos mais importantes podem ter disfunções.

'Falência abruptasportingbetpokerórgãos'

Médicos dizem que jovens mulheres do Sudão estão morrendo por falência nos rins e problemas cardíacos por causassportingbetpokerparadas súbitas na ingestãosportingbetpokeresteroides.

As mortes são mais comuns entre noivas e recém-casadas, que tradicionalmente passam por um mêssportingbetpokerintenso embelezamento antes do seu diasportingbetpokercasamento e depois param abruptamente com o usosportingbetpokerpílulassportingbetpokerengordar e cremes branqueadores.

Os óbitos são registrados como "falência abruptasportingbetpokerórgãos".

Apesarsportingbetpokertudo isso, essas tendênciassportingbetpokerbeleza continuam a crescer. O uso abusivo dessas pílulas está aumentando na sociedade conservadora do Sudão,sportingbetpokerparte porque elas não têm o mesmo estigmasportingbetpokerálcool e maconha — e seu uso é mais fácilsportingbetpokerser escondido.

Universitárias têm comprado aos montes o potente analgésico Tramadol. Cada pílula é vendida por 20 libras sudanesas (R$ 9,5).

Alguns dos vendedoressportingbetpokerchásportingbetpokerbeirasportingbetpokerestrada da cidadesportingbetpokerKhartoum são conhecidos por dissolver o analgésicosportingbetpokeruma xícarasportingbetpokerchá a pedidosportingbetpokerclientes.

Campanhassportingbetpokerconscientização têm tido pouco impacto até agora. Salah Ibrahim tem aparecidosportingbetpokerinúmeros programassportingbetpokerTV para alertar sobre os perigos do usosportingbetpokerremédiossportingbetpokertarja preta.

Nas universidades, estudantes do cursosportingbetpokerFarmácia têm sido incentivados a agir dentro da lei. Mas,sportingbetpokerum país onde profissionaissportingbetpokersaúde recebem muito pouco, a tentaçãosportingbetpokervender esses remédios para revendedores ilegais muitas vezes acaba prevalecendo.

"A última vezsportingbetpokerque fui a uma lojasportingbetpokerprodutossportingbetpokerbeleza, o dono trouxe uma caixasportingbetpokerchocolates cheiasportingbetpokerpílulas para engordar diferentes", diz Ahmed, a estudantesportingbetpokerKhartoum.

"As meninas têm muito receiosportingbetpokerperguntar sobre os produtos a seus médicos e acabam comprandosportingbetpokeroutros locais, por medosportingbetpokersofrerem humilhações públicas", afirma ela.

A polícia tem prendido vendedores ilegais e bloqueado rotassportingbetpokertráfico, mas os lucrossportingbetpokerfarmacêuticos irregulares têm crescido da mesma forma.

O Sudão não é o único país da África onde estar acima do peso é um símbolosportingbetpokerprosperidade e poder - e uma característica que aumenta as chancessportingbetpokeruma mulher se casar.

Mas, nessa sociedade, é uma espéciesportingbetpokeridealsportingbetpokermulher sudanesa perfeita — cheinha esportingbetpokerpele clara — desejada como esposa.

O statussportingbetpokeríconesportingbetpokerNada Algalaa, uma cantora sudanesa cuja aparência é amplamente elogiada e copiada, é uma prova disso. Para algumas mulheres, é um ideal a ser alcançado custe o que custar.