'Me desespera ver o que está acontecendo com meu país': o desabafofreebet bet365idosa que confrontou neonazistasfreebet bet365Charlottesville:freebet bet365
freebet bet365 Em meio a manifestaçõesfreebet bet365grupos neonazistas e defensores da supremacia brancafreebet bet365Charlottesville, nos EUA, a cientista aposentada Donna Carty,freebet bet36566 anos, disse sentir "desespero".
"Quanto mais cedo essas pessoas saírem daqui, melhor. Elas são, até onde eu sei, cúmplicesfreebet bet365um assassinato", disse a americana à BBC Brasil após a morte da ativista Heather Heyer, única vítima fatal da violência que tomou conta dos protestos.
A reportagem encontrou Clerty na linhafreebet bet365frentefreebet bet365um paredão formado por moradoresfreebet bet365Charlottesville durante a tentativafreebet bet365discursofreebet bet365Jason Kessler, um dos líderes dos protestos supremacistas do último fimfreebet bet365semana.
"Diga o nome dela, diga o nome dela!", gritava a aposentada, seguidafreebet bet365coro pela multidão, que abafava,freebet bet365proposito, a primeira falafreebet bet365Kessler a jornalistas desde os protestos, que resultaramfreebet bet365pelo menos 19 feridos e três mortes.
O nome que Carty queria ouvir no último domingo era ofreebet bet365Heyer, a advogadafreebet bet36532 anos que morreu atropelada por um dos nacionalistas presentes nas manifestações.
A fala do líder das manifestações acabou interrompida pelos moradores da cidade, e ele foi escoltado pela polícia.
Carty então foi novamente para a linhafreebet bet365frente, dessa vez se dirigindo aos policiais e pedindo explicações sobrefreebet bet365atuação na proteção dos moradores da pequena Charlottesville durante as manifestações, violentas desde o início.
Minutos depois, sentada num banco do centro histórico da cidade, contou à BBC Brasil que já viu episódios similares há décadas, quando a Ku Klux Klan desfilava pelas ruas pregando a inferioridadefreebet bet365negros e defendendo a escravidão.
Seu discurso mostra como moradores da cidade querem fugir do estigma deixado pelas palavrasfreebet bet365ordem contra homossexuais, judeus, imigrantes e negros - e que estamparam jornais no mundo inteiro.
'Tentei avisar'
Charlottesville é uma das únicas cidades do Estado da Virgínia onde Donald Trump perdeu nas últimas eleições e é conhecida por tendências mais liberais e progressistas.
"Eu tentei avisar o governo, mas não fui ouvida", disse Carty a reportagem. "Agora esta geração pode dizer que tevefreebet bet365primeira mortefreebet bet365decorrência desse tipofreebet bet365extremismo."
"Nós fomos para a prefeitura e mostramos o que os nazistas estavam dizendo no site deles, os planosfreebet bet365violência. E eles nos ignoraram! Eles deixaram acontecer."
Carty, que foi às ruas protestar contra a manifestação "Unir a direita", ressaltou que a maior parte dos manifestantes veiofreebet bet365outras cidades.
"Eles sãofreebet bet365forafreebet bet365Charlottesville e querem ficar conhecidos. Alguns dizem que é bom para eles sair e protestarfreebet bet365público, mas acho que se você permite que algo assim amadureça, se você não confronta, se você deixa seu próximo ser vítimafreebet bet365abuso, parte da culpa por esse abuso é sua."
Nesta segunda-feira, 48 horas após o início das manifestações, o presidente Donald Trump afirmou que neonazistas, defensores da supremacia branca e membros do grupo Ku Klux Klan eram "repugnantes" e que os responsáveis pela "violência racista" seriam punidos.
Trump vinha sendo criticado por senadores republicanos e democratas porque, emfreebet bet365primeira declaração sobre os conflitos, faloufreebet bet365"violênciafreebet bet365ambos os lados" e não se referiu especificamente aos gruposfreebet bet365extrema-direita.
Carty fez um desabafo: "Me desespera ver o que está acontecendo com meu país. Odeio, odeio o que está acontecendo".
Imagens e reportagem: Ricardo Senra