'Me sentia uma escrava': os chocantes casossobre a roletacasamento infantil nos EUA:sobre a roleta
Angel McGehee tinha 13 anos quandosobre a roletamãe a forçou a se casar. "Me sentia uma escrava", diz, sobre essa épocasobre a roletasua vida.
Enquanto países como o Zimbábue, Malauí e El Salvador recentemente proibiram o casamento infantil, isso ainda é permitido nos EUA. Metade dos Estados sequer tem idade mínima para o casamento.
E entre os Estados que têm idade mínima, um estabelecesobre a roleta14 anos para meninos e 13 para meninas: New Hampshire, no nordeste do país.
“Eu era só uma menina que sonhavasobre a roletater um namorado, e minha mãe transformou aquilosobre a roletaalgo muito diferente”, diz Angel.
Depois do casamento, ainda por pressão da mãe, teve seu primeiro filho aos 15 anos. “Era uma maneirasobre a roletame manter dependente dela.”
Hoje, ela tem 26 anos e cinco filhos. Dois deles sãosobre a roletaseu segundo casamento.
Angel diz que se sentia uma “escrava” da situação, do ex-marido e da ideia da mãesobre a roletaque todos estivessem juntos e que ela tivesse filhos tão nova.
“Penso o tempo todo sobre o que eu poderia ter feito e o que eu poderia ter sido.”
Entre 2000 e 2015, maissobre a roleta200 mil menores se casaram nos Estados Unidos.
“Meu ex era extremamente abusivo comigo. Eu estava muito confusa, pois era o único homem com quem tinha estado. Então, quando ele começou a me empurrar enquanto eu estava grávida, pensava: ‘Essa é minha vida. Como pode ser?’”, lembra Angel, que ésobre a roletaIdaho, no noroeste do país.
O Idaho é um dos Estados com maior númerosobre a roletacasamentos infantis: são maissobre a roleta20 a cada 10 mil habitantes.
Segundo Fraidy Reiss, da ONG Unchained at Last (por fim, soltas), que ajuda meninas e mulheres a saírem com segurançasobre a roletacasamentos arranjados ou forçados, a principal causasobre a roletauniões infantis são os pais das crianças e adolescentes.
A mãesobre a roletaSherry Johnson a obrigou a casar-se aos 11 anos para quesobre a roletagravidez, resultadosobre a roletaum estupro, “parecesse menos pior”, conta ela.
“Casei com o homem que me estuprou. Em vezsobre a roletaalgemá-lo aos vinte anossobre a roletaidade, me algemaram aos onze.”
Aos 16 anos, já tinha seis filhos. “Não tinha dinheiro, dependia financeiramente daquele homem com quem tinha casado. Aquela era minha vida. Ter filhos e ter que sobreviver por eles. Nem dizia mais respeito a mim.”
No Brasil, segundo o Censo 2010, pelo menos 88 mil meninos e meninas com idadessobre a roleta10 a 14 anos estavam casados. Na faixa etáriasobre a roleta15 a 17 anos, eram 567 mil.
