O que significa para a Rússia que seus diplomatas já tenham sido expulsosfezbet login27 países?:fezbet login

Putin e Trumpfezbet login2017

Crédito, Reuters

Legenda da foto, EUA também participaram da retaliação à Rússia; ainda é incerto como isso afetará as relações bilaterais dos países

fezbet login Na mais séria crise diplomática entre Rússia e Ocidente desde a anexação da Crimeia,fezbet login2014, um totalfezbet login27 países anunciaram a expulsãofezbet loginmaisfezbet login140 diplomatas russos nos últimos dois dias.

A expulsão é uma retaliação ao ataque, com o gás nervoso novichok,fezbet loginum ex-espião russofezbet loginsolo britânico efezbet loginfilha - o Reino Unido alega que o envenenamento na cidadefezbet loginSalisbury foi obra do governo russo, que nega ter participação no episódio.

Em solidariedade ao governo britânico, EUA, Canadá, Austrália, 23 países europeus e a Otan (aliança militar ocidental) também determinaram a saídafezbet logindiplomatas russosfezbet loginsuas dependências.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que haverá uma reação oficial ao episódio e que "sobraram poucos países independentes no mundo moderno, na Europa moderna". Ele fez crítica específica aos EUA:

"Quando um ou dois diplomatas estão sendo expulsos desse ou daquele país, enquanto sussurram desculpasfezbet loginnosso ouvido, sabemos com certezafezbet loginque se tratafezbet loginuma pressão colossal,fezbet loginuma chantagem colossal, que infelizmente é a principal ferramentafezbet loginWashington atualmente na área internacional."

E o que essa crise vai significar para a Rússia e suas relações internacionais?

Putin

Crédito, AFP

Legenda da foto, Vladimir Putin ainda não deixou claro como vai responder à expulsãofezbet login140 diplomatas russosfezbet loginpaíses ocidentais

Antesfezbet loginmais nada, trata-sefezbet loginuma significativa vitória diplomática para a primeira-ministra britânica Theresa May,fezbet loginum momentofezbet logintensas negociações entre Reino Unido e União Europeia por conta do Brexit.

A estratégia britânica foi bem-sucedida até agorafezbet loginacusar Moscou desde o início, mas evitar entraves bilaterais ao lançar o assunto aos fóruns internacionais disponíveis - União Europeia, Otan, ONU e a Organização para a Proibiçãofezbet loginArmas Químicas.

Além disso, o episódio parece evidenciar um endurecimento da posição do governo americano no que diz respeito à Rússia - apesar de, na semana passada, Trump ter pessoalmente ligado para Putin para parabenizá-lo pela vitória na questionável eleição presidencial russa.

Diplomatas 'agentesfezbet logininteligência'

Vassily Nebenzia, embaixador russo na ONU

Crédito, Getty

Legenda da foto, Vassily Nebenzia, embaixador russo na ONU; corpo diplomático nas Nações Unidas também foi expulso

Segundo Jonathan Marcus, especialista da BBCfezbet loginassuntos diplomáticos, é possível presumir que parte ou a maioria dos russos expulsos são agentesfezbet logininteligência. Por isso, é possível que o impacto das expulsões nas atividadesfezbet loginespionagem russa no exterior seja considerável.

É possível, também, que a Rússia tenha se surpreendido com o graufezbet loginsolidariedade recebido pelos britânicos no episódio.

"Sob os olhosfezbet loginMoscou, o Reino Unido encontrava-se fraco e cada vez mais isolado internacionalmente; a UE estava distraída com seus próprios problemas; e o governo Trump continuava comprometido com a curiosa faltafezbet loginvontadefezbet loginTrumpfezbet loginpunir (os russos)", prossegue Marcus.

"Isso pode ter sido um erro sériofezbet loginPutin. Em muitos sentidos, estamos assistindo a uma surpreendente mostrafezbet loginação conjunta europeia, ainda que o presidente russo possa preferir destacar o fatofezbet loginnem todos os membros do bloco europeu terem participado (da expulsão)."

Mas talvez a mudançafezbet logintom dos EUA é que seja a mais significativa: alémfezbet loginexpulsarem 48 diplomatas e fechar o Consulado russofezbet loginSeattle, os EUA determinaram a saídafezbet loginoutros 12 diplomatas russos na ONU, que foram descritos pelo Departamentofezbet loginEstado americano como "agentesfezbet logininteligência" que "abusaramfezbet loginseu privilégiofezbet loginresidência nos Estados Unidos".

Até pouco tempo atrás, Trump parecia estar deixandofezbet loginlado o envenenamento ocorridofezbet loginsolo britânico e planejava um novo encontro com Putin. Agora, a dúvida é se esse encontro vai se concretizar, e quando.

Consulado russofezbet loginWashington

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Legenda da foto, Ministro russo afirmou que os EUA agem na diplomacia internacional com 'pressões' e 'chantagem'

A crise diplomática internacional ocorre no momentofezbet loginque a equipe que supervisiona a política externa americana está mudando significativamente - o ex-chefe da CIA Mike Pompeo vai assumir o Departamentofezbet loginEstado e o diplomata John Bolton passará a chefiar o Conselhofezbet loginSegurança Nacional.

Pompeo possivelmente tem conhecimento amplo da atividadefezbet logininteligência russa, e Bolton advoga há tempos pelo endurecimentofezbet loginpostura com relação a Moscou.

A Rússia agora está mais isolada diplomaticamente, e um período mais tenso entre Moscou e o Ocidente deve vir pela frente.

Mas, segundo Marcus, é também o momentofezbet loginos governos ocidentais definirem exatamente qual é o "problema" russo - e como se comportarfezbet loginrelação a ele.

Sergei Skripalfezbet loginfotofezbet login2006

Crédito, Moscow District Military Court/TASS

Legenda da foto, Sergei Skripalfezbet loginfotofezbet login2006; ex-espião russo foi alvofezbet loginataque com gás nervoso no Reino Unido, que culpou o governo russo pelo episódio

"Comparar a crise atual com a Guerra Fria é um exagero: a Rússia não é a União Soviética, um ator global com uma ideologia que mobiliza pessoas ao redor do mundo. O país tem fortalezas mas também fraquezas, incluindofezbet logineconomia. Nos anos recentes, Putin conseguiu focar nos temas onde o país tem fortes laços históricos ou diplomáticos", diz o analista.

"Essencialmente, Moscou é uma potência com alcance no que os russos chamamfezbet login'exterior próximo', o que significa ameaças, sobretudo, a países vizinhos (onde há focosfezbet loginrejeição à Rússia) como Geórgia e Ucrânia. A Síria (onde Putin tem forte influência) também pode ser incluída nessa definição."

É possível, segundo Marcus, que o poder russo esteja chegando a seu auge. "O país continua a ter uma habilidade extraordináriafezbet logincausar perturbações internacionalmente por meiofezbet loginhackers, guerrafezbet logininformações e pelo apoio a partidos políticos extremistas. Para contrapor isso, governos ocidentais talvez precisem gastar maisfezbet logindefesa, mas acimafezbet logintudo precisam tornar suas sociedades mais resilientes. O primeiro passo é chegar a um consenso sobre o problema. E o usofezbet logingás nervoso na cidadefezbet loginSalisbury parece ter colocado esse processofezbet loginprática."