De onde vem o mitocoritiba e santosque a Índia é um país vegetariano:coritiba e santos

Os dados do governo mostram que residências consideradas vegetarianas têm uma renda e consumo maior - são mais ricas do que as residênciascoritiba e santosque se come carne. As castas mais baixas, dalits (antes conhecidos também como "intocáveis") e tribos consomem principalmente carne.

As cidades mais vegetarianas da Índia

* Indore: 49%

* Meerut: 36%

* Nova Déli: 30%

* Nagpur: 22%

* Mumbai: 18%

* Hyderabad: 11%

* Chennai: 6%

* Kolkata: 4%

(Percentual da população que se identifica como vegetariano. Fonte: Pesquisa Nacionalcoritiba e santosSaúde da Família)

Os pequisadores Natrajan e Jacob apontam que o consumocoritiba e santoscarne bovina no país, onde a maioria hindu da população considera a vaca um animal sagrado, é mais alto do que muitos imaginam.

Ao menos 7% dos indianos consomem esse tipocoritiba e santoscarne,coritiba e santosacordo com pesquisas do governo. Mas há evidênciascoritiba e santosque os dados oficiais sofremcoritiba e santosum problema sériocoritiba e santossubnotificação, porque a carne bovina foi "envolvidacoritiba e santosconflitoscoritiba e santosidentidade étnica, cultural e política" na Índia.

O partido do presidente Narendra Modi, o nacionalista BJP, promove o vegetarianismo e acredita que bois e vacas devem ser protegidos. Maiscoritiba e santosuma dezenacoritiba e santosEstados já vetaram seu abate. E, durante o mandatocoritiba e santosModi, gruposcoritiba e santosdefesa destes animais já mataram pessoas que transportavam gado e saíram impunes.

A verdade é que milhõescoritiba e santosindianos, inclusive dalits, muçulmanos e cristãos, consomem carne bovina, Cercacoritiba e santos70 comunidades do Estadocoritiba e santosKerala, por exemplo, preferem a carnecoritiba e santosvaca àcoritiba e santosbode, que é mais cara.

Natrajan e Jacob concluíram que, na realidade, ao redorcoritiba e santos15% dos indianos, ou cercacoritiba e santos180 milhõescoritiba e santospessoas, comem carne bovina. Isso é 96% mais do que as estimativas oficiais.

E há os estereótipos da comida indiana. A capital, Nova Déli, onde se estima que um terço da população seja vegetariana, tem merecidamente a famacoritiba e santosser a capital do frango murgh makhani, um prato feito com um molho curry levemente apimentado.

Mas o estereótipo da cidadecoritiba e santosChennai como o eixo centralcoritiba e santospratos vegetarianos do sul da Índia é um equívoco. Apenas 6% dos moradores são vegetarianos, aponta uma pesquisa. Por outro lado, muitos continuam a acreditar que o Estadocoritiba e santosPunjab, no norte, reúne muitos "fãscoritiba e santosfrango", mas a verdade é que 75% dos seus residentes são vegetarianos.

Então, como o mitocoritiba e santosque a Índia é um país vegetariano se popularizou tanto?

Natrajan e Jacob dizem que a sociedade indiana é "muito diversa, com hábitos alimentares e tiposcoritiba e santosculinária mudando a cada poucos quilômetros e dentrocoritiba e santosum mesmo grupo social". Nesse contexto, as generalizações e estereótipos são um fruto das estruturascoritiba e santospoder. "A comida consumida pelos poderosos acaba sendo representada como a comida consumida pelo povo."

"O termo 'não vegetariano' é um bom exemplo. Isso sinaliza o poder das classes vegetarianas, inclusive seu podercoritiba e santosclassificar comidas, criar uma 'hierarquia alimentar'coritiba e santosque a comida vegetariana é o padrão, e isso confere um status maior do que comer carne. O mesmo ocorre com o termo 'não branco' cunhado por brancos para retratar a enorme diversidade das populações que colonizaram."

Migração

Em segundo lugar, explicam os pesquisadores, alguns estereótipos derivamcoritiba e santosmovimentos migratórios. Quando indianos do sul vão para o norte e o centro da Índia,coritiba e santoscomida passa a representar toda a culinária sulista. Isso também é verdade para indianos do norte que migram para outras partes do país.

Finalmente, alguns estereótipos são perpetuados por forasteiros - indianos do norte criam uma ideia sobre os indianos do sul ao conhecerem apenas alguns deles, sem pensar na diversidade desta região, e vice-versa. A mídia estrangeira, dizem os pesquisadores, também é cúmplice disso "ao buscar identificar grupos sociais por meiocoritiba e santosalgumas poucas características essenciais".

O estudocoritiba e santosNatrajan e Jacob também destaca a diferençacoritiba e santoshábitos alimentares entre homens e mulheres. Mais mulheres, por exemplo, se declaram vegetarianas.

Os pesquisadores dizem que isso pode ser explicadocoritiba e santosparte pelo fatocoritiba e santosmais homens comerem foracoritiba e santoscasa e "com uma maior impunidade moral do que as mulheres", mesmo que comer fora não seja por si só algo que leve alguém a consumir carne.

O patriarcado e a política podem ter alguma coisa a ver com isso. "O pesocoritiba e santosmanter a transição do vegetarianismo recai desproporcionalmente sobre as mulheres", dizem Natrajan e Jacob.

Casais declaram consumir carnecoritiba e santos65% das residências pesquisadas - vegetarianos são 20%. Mas,coritiba e santos12% dos casos, quem consumia carne era o marido, a mulher era vegetariana. Sócoritiba e santos3% ocorreu o inverso.

Claramente, a maioria dos indianos consome carnecoritiba e santosalguma forma - principalmentecoritiba e santosfrango ecoritiba e santoscarneiro -, regularmente ou ocasionalmente, e consumir comida vegetariana não é algo praticado pela maioria.

Então, por que o vegetarianismo tem uma influência tão grande sobre as representações da Índia ecoritiba e santosindianos ao redor do mundo? Teria isso a ver com um "policiamento" das escolhas alimentares e a perpetuaçãocoritiba e santosestereótiposcoritiba e santosuma sociedade tão complexa e multicultural?