Por dentroregulamentação de apostas esportivasuma clínicaregulamentação de apostas esportivasaborto nos EUA:regulamentação de apostas esportivas

  • Valeria Perasso
  • Do Serviço Mundial da BBC
Ativista pró-diretos reprodutivos

Crédito, S. Olson / Getty Images

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Ativismo a favor dos direitos reprodutivos também tem crescido

regulamentação de apostas esportivas Dez mulheres regulamentação de apostas esportivas andam por um corredor lotado e iluminado com uma luz fluorescente. Nuas da cintura para baixo, elas usam enormes lençóis brancos amarrados sobre os quadris, enquanto se dirigem à "salaregulamentação de apostas esportivasrelaxamento", um quarto sem janela equipado com grandes sofás e uma TV. Elas aguardarão ali aregulamentação de apostas esportivasvezregulamentação de apostas esportivasrealizar um aborto.

Estamos no Hope Medical Group, uma pequena clínicaregulamentação de apostas esportivasabortoregulamentação de apostas esportivasShreveport, Louisiana (sul dos EUA), que atende uma ampla região rural do Estado e dos vizinhos Texas, Arkansas e Mississippi. Trinta mulheres haviam agendado abortos no dia da visita da reportagem da BBC, e apenas uma delas faltou.

"Achou lotado? Espere para ver como são os sábados", diz Kathaleen Pittman, 60 anos, administradora da clínica.

Pittman conta que tem dificuldadesregulamentação de apostas esportivasdormir à noite, mas não por culpa. "De jeito nenhum. É porque fico preocupadaregulamentação de apostas esportivascomo podemos cuidarregulamentação de apostas esportivasnossas pacientes com todas essas novas regras que estão tentando impor", diz.

Clínicas como a Hope enfrentam forte oposição do governo conservadorregulamentação de apostas esportivasDonald Trump. Meses atrás, a Casa Branca anunciou uma propostaregulamentação de apostas esportivascortar o financiamento federalregulamentação de apostas esportivasorganizações que ofereçam ou discutam o aborto com suas pacientes.

Kathaleen Pittman, da clínica Hope
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Kathaleen Pittman diz que tem sofrido pressão crescente na clínica que administra

A Planned Parenthood, uma das organizações alvejadas, afirmou que a proposta é "perigosa, ultrajante eregulamentação de apostas esportivasconsequências devastadoras". Já ativistas antiaborto agradeceram Trump por "cumprir uma promessa crucial"regulamentação de apostas esportivascampanha.

Quando Pittman começou a trabalhar no Hope Medical Group, nos anos 1980, o cenário era diferente da polarização atual.

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Fim do Podcast

Haviaregulamentação de apostas esportivasLouisiana 11 organizações que ajudavam mulheres que decidiam interromper a gestação; hoje, há apenas três, às quais recorrem 10 mil mulheres, estima Pittman.

Pelo país inteiro, o númeroregulamentação de apostas esportivasclínicas caiu na última década. Sete Estados têm apenas um estabelecimento cada.

E, ante regrasregulamentação de apostas esportivasfuncionamento cada vez mais rígidas e financiamento escasso, esses locais vivem pressão crescente. Em 2017, 19 Estados aprovaram 63 restrições à prática do aborto. Vinte e nove Estados atualmente têm restrições o bastante para serem considerados hostis a diretos reprodutivos femininos, segundo o centroregulamentação de apostas esportivaspesquisas Guttmacher Institute.

No âmbito federal, Trump também mudou o equilíbrio da Suprema Corte – até então com quatro juízes conservadores e quatro liberais – com a nomeação, para um lugar vago desde o governo Obama, do juiz conservador Neil Gorsuch, alémregulamentação de apostas esportivascortar verbas a grupos que orientam mulheres que querem abortar.

E ativistas antiaborto também passaram a se mobilizar mais desde as eleições presidenciaisregulamentação de apostas esportivas2016.

"Vou te dizer, as coisas não estão melhorando", desabafa Pittman.

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Lucy na clínicaregulamentação de apostas esportivasaborto
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"Quero voltar a estudar, e não vai dar com duas crianças", diz Lucy

Lucy

Lucy viajou três horas para chegar à clínica Hope. Grávidaregulamentação de apostas esportivasoito semanas, ela tirou uma diaregulamentação de apostas esportivaslicença do trabalho como caixaregulamentação de apostas esportivaslojaregulamentação de apostas esportivasuma cidade que ela prefere não citar. Pediu a uma amiga que a levasse ali.

Ela se senta com a filharegulamentação de apostas esportivasdez mesesregulamentação de apostas esportivasidade. Lucy, 21 anos, não deseja mais um bebê.

"Quero voltar a estudar, e não vai dar com duas crianças", diz.

Ela pretende realizar o aborto, a despeito dos desejos do pai das crianças.

"É o mesmo cara do meu primeiro bebê, e ele nem cuida dela, então não posso esperar que ele cuideregulamentação de apostas esportivasum segundo filho."

Funcionáriaregulamentação de apostas esportivasclínicaregulamentação de apostas esportivasaborto
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Por lei, pacientes passam por ultrassom e sessãoregulamentação de apostas esportivasaconselhamento antes do procedimento

Lucy é levada para uma sessãoregulamentação de apostas esportivasaconselhamento obrigatória, segundo a lei estadual. É uma conversa com uma das conselheiras da clínica, e ambas discutem o preenchimentoregulamentação de apostas esportivasum longo formulárioregulamentação de apostas esportivasconsentimento.

Delia, a conselheira, explicaregulamentação de apostas esportivasdetalhes os potenciais riscos do procedimento – como infecções, coágulos, hemorragia ou perfuração da parede do útero.

Lucy escuta, mas sem demonstrar hesitação. Explica que talvez preciseregulamentação de apostas esportivasajuda financeira, uma vez que o procedimento custa US$ 550 (R$ 1,7 mil), mais do que seu salárioregulamentação de apostas esportivasUS$ 525 (R$ 1,6 mil). Em Louisiana, o Estado só cobre os custosregulamentação de apostas esportivasabortosregulamentação de apostas esportivascasosregulamentação de apostas esportivasestupro, incesto ou riscoregulamentação de apostas esportivasvida.

Uma contribuição da própria clínica reduzirá os custos para US$ 400. Lucy agenda uma consulta para cinco dias depois.

"Terça? Tudo bem", ela diz. "Quarta-feira é meu diaregulamentação de apostas esportivasfolga, então poderei descansar."

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Uma divisãoregulamentação de apostas esportivas45 anos

O aborto é legalizado nos EUA desde um julgamento histórico da Suprema Corteregulamentação de apostas esportivas1973, conhecido como Roe X Wade.

O tema gera intensos debates desde então, com divisões ideológicas e religiosas.

Marcha antiabortoregulamentação de apostas esportivas2018

Crédito, E. Hambach / Getty Images

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Marcha antiabortoregulamentação de apostas esportivas2018; conservadorismo na Casa Branca deu novo impulso a ativistas

Um estudoregulamentação de apostas esportivas2017 do Centroregulamentação de apostas esportivasPesquisas Pew apontou que "a divisão partidária quanto ao aborto está muito mais polarizada" do que duas décadas atrás.

E isso ficou evidente na mais recente eleição presidencial.

Durante a campanha, Trump prometeu agir para fazer "avançar os direitosregulamentação de apostas esportivascrianças não nascidas e suas mães", masregulamentação de apostas esportivasescolha para vice – Mike Pence, um dos mais ativos políticos antiaborto do país – agradou simpatizantes conservadores.

Vice-presidente Mike Pence

Crédito, C. Somodevilla / Getty Images

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Mike Pence tinha forte ativismo antiaborto antes mesmoregulamentação de apostas esportivasser escolhido como viceregulamentação de apostas esportivasTrump

Os resultados para o governo Trump foram ambíguos. Uma lei destinada a impedir o financiamento da Planned Parenthood, maior rederegulamentação de apostas esportivasclínicas para mulheres dos EUA, não passou no Congresso.

Mas,regulamentação de apostas esportivasjaneiro, Trump emitiu uma medida que, na prática, favorece os Estados que excluam clínicas do tipo do financimento estadual. Outra medida permite que agentesregulamentação de apostas esportivassaúde se recusem a realizar abortos com baseregulamentação de apostas esportivasobjeções "religiosas ou morais".

Gráfico sobre opiniões a respeito do aborto nos EUA
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Segurança e vigilância

Na entrada da Hope, uma recepcionista abre a passagem para as pacientes atravésregulamentação de apostas esportivasuma porta com segurança reforçada, que ela monitora com 15 câmeras.

Casosregulamentação de apostas esportivasinvasão, roubos e vandalismo cresceramregulamentação de apostas esportivasmodo acentuadoregulamentação de apostas esportivasclínicas pelo país desde a campanha das eleições presidenciaisregulamentação de apostas esportivas2016.

Segurança na recepção da Hope
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Segurança na recepção da Hope; cresceram também os episódiosregulamentação de apostas esportivasinvasão e agressões

Relatosregulamentação de apostas esportivasameaças e intimidações a funcionários dessas clínicas também aumentaram, segundo a Federação Nacional do Aborto (NAF, na siglaregulamentação de apostas esportivasinglês), associaçãoregulamentação de apostas esportivasmédicos que compila estatísticas desde 1977.

Ameaçasregulamentação de apostas esportivasviolência ou morte quase dobraram nas clínicas no ano passado; casosregulamentação de apostas esportivasinvasões mais do que triplicaramregulamentação de apostas esportivasrelação a 2016.

Por conta disso, os médicos da Hope pedem anonimato à reportagem.

Gráfico sobre opiniões a respeito do aborto nos EUA

"Os inimigos do aborto têm destruído nossa capacidaderegulamentação de apostas esportivassobreviver", diz um ginecologista que trabalha ali há 36 anos.

Ele realiza abortos duas vezes por semana e mantém uma clínica privada na cidade. Ativistas antiaborto deixaram panfletosregulamentação de apostas esportivasseu consultório, dizendo aos vizinhos que ele "mata bebês" e ameaçando "levá-lo a Jesus". Ele precisou pedir proteção policial emregulamentação de apostas esportivascasa.

"A pressão é tamanha que outros médicos decidiram pararregulamentação de apostas esportivasfazer abortos", conta.

Mas ele não planeja seguir o mesmo caminho. "É um serviço necessário, especialmenteregulamentação de apostas esportivasum Estado pobre e historicamente contrário ao direitoregulamentação de apostas esportivasescolha (como Louisiana)."

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Ativistas

"O debate sobre o aborto está mais proeminente porque não há questões mais importantes na vida do que a vidaregulamentação de apostas esportivassi", diz Chris Davis, porta-voz da comunidade antiabortoregulamentação de apostas esportivasShreveport.

Ele conversa com a reportagem da BBC na entrada da Bossier Medical Suite, que fechou as portasregulamentação de apostas esportivasabrilregulamentação de apostas esportivas2017. O estacionamento da casa agora está vazio.

"Antes, aqui ficava lotadoregulamentação de apostas esportivascarros", conta Davis. "Rezávamos diariamente aqui fora e achamos que Deus atendeu nossas precesregulamentação de apostas esportivasforma grandiosa."

Chris Davis, porta-vozregulamentação de apostas esportivasgrupo antiaborto
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Chris Davis é porta-vozregulamentação de apostas esportivasgrupo antiaborto que faz passeatas dianteregulamentação de apostas esportivasclínicas

Davis, pairegulamentação de apostas esportivastrês filhos que se define como um "forte cristão", participaregulamentação de apostas esportivasvigílias constantes nas calçadas das clínicas.

Seu grupo se chama Praying Warriors (guerreiros das orações,regulamentação de apostas esportivastradução livre). Eles acampam fora do perímetro das clínicas e tentam chamar a atenção das pacientes a caminho do local. Leisregulamentação de apostas esportivaspropriedade os impedemregulamentação de apostas esportivasentrar no terreno das clínicas.

"Nosso foco não é necessariamente reverter (o resultado do julgamento) Roe X Wade da noite para o dia", diz Davis.

"A cada mulher que mudaregulamentação de apostas esportivasideia depoisregulamentação de apostas esportivasfalar conosco ou rezar, o Roe X Wade é derrubado pelos esforçosregulamentação de apostas esportivasraiz. Uma mulher, um bebê por vez."

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Catalya

Catalya evita qualquer contato com os manifestantes enquanto apressa o passoregulamentação de apostas esportivasdireção à clínica.

Vestida com uma calçaregulamentação de apostas esportivasmoletom, chinelos e uma camiseta vermelha gasta, a jovemregulamentação de apostas esportivas22 anos dirigiu durante duas horas desde o Texas para realizar um aborto. É o seu segundo.

"Eu e meu namorado concordamos que não temos como sustentar uma criança no momento. Era ou aborto, ou (entregar para) adoção... E simplesmente não consigo me imaginar entregando meu filho."

O casal já tem uma criançaregulamentação de apostas esportivasum ano.

Salaregulamentação de apostas esportivasespera na Hope
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Salaregulamentação de apostas esportivasespera na Hope tem cartaz que diz que "o acesso ao aborto é mais popular do que Donald Trump"

Pacientes esperam atendimento na Hope
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Pacientes esperam atendimento na Hope; há cada vez menos clínicas e médicos fazendo aborto

"Trabalho à noite, e o pai trabalharegulamentação de apostas esportivasmanhã", ela diz. "Mas temos tido menos ofertaregulamentação de apostas esportivastrabalho recentemente, está sendo difícil seguirregulamentação de apostas esportivasfrente."

Juntos, eles ganham cercaregulamentação de apostas esportivasUS$ 800 (R$ 2,4 mil)regulamentação de apostas esportivasturnosregulamentação de apostas esportivasdez horasregulamentação de apostas esportivasuma empresaregulamentação de apostas esportivasprocessamento alimentar.

"E nunca estamos juntos com o Andre (filho do casal). Isso já é ruim, então como podemos fazer mais uma criança passar por isso?"

Se ganhasse mais dinheiro, diz Catalya, "com certeza" prosseguiria com a gravidez.

Casos como o dela são comuns na clínica. Dificuldades financeiras, dizem os administradores, são a principal razão dada pelas mulheres – emregulamentação de apostas esportivasmaioria afroamericanas, com poucas oportunidades educacionais e baixo acesso a contraceptivos – para pôr fim a suas gestações.

Ultra-som
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Diversos Estados aprovaram leis que restrigem acesso ao aborto nos EUA

Catalya diz que está hesitante quanto a seguir adiante com o aborto, mas não compartilha essa preocupação comregulamentação de apostas esportivasconselheira.

Ela acha que a questão é pessoal e temregulamentação de apostas esportivasser resolvida dentroregulamentação de apostas esportivascasa – seu namorado ainda não está convencido do aborto.

O ultrassom confirma que Catalya está grávidaregulamentação de apostas esportivascinco semanas. Ela se recusa a olhar o monitor durante o exame.

No fim da consulta, ela cairegulamentação de apostas esportivasprantos. "Não é culpa do bebê... Não é culparegulamentação de apostas esportivasninguém. Simplesmente não temos como sustentá-lo, me desculpe."

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Gráfico sobre Estados com leis mais rígidas ao aborto

Batalhas estaduais

Voltar a tornar o aborto ilegal nos EUA seria algo complexo: apenas a Suprema Corte ou uma emenda constitucional teria poderregulamentação de apostas esportivasreverter Roe X Wade.

Então,regulamentação de apostas esportivasanos recentes, conservadores tentaram mudar as leisregulamentação de apostas esportivasâmbito estadual,regulamentação de apostas esportivasvezregulamentação de apostas esportivasbuscar um veto total.

Nos primeiros seis meses do governo Trump, houve 431 medidas restringindo o acesso ao abortoregulamentação de apostas esportivasEstados americanos, segundo o Guttmacher Institute.

Louisiana tem uma das leis mais controversasregulamentação de apostas esportivastodas: veta o aborto após 15 semanasregulamentação de apostas esportivasgestação,regulamentação de apostas esportivasvez do limiteregulamentação de apostas esportivas20 semanas determinado pelo Senadoregulamentação de apostas esportivasabril.

Se a lei for promulgada, será o segundo mais rígido limiteregulamentação de apostas esportivasâmbito nacional, ao ladoregulamentação de apostas esportivasMississippi e atrás apenasregulamentação de apostas esportivasIowa.

Críticos consideram essas leis inconstitucionais.

Campanha pró-direitos reprodutivos
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Campanha pró-direitos reprodutivos na frente da clínica; tema gera cada vez mais polarização

"Restrições, restrições", diz Kathaleen Pittman. "Provavelmente a primeira que nos afetou dramaticamente foi o períodoregulamentação de apostas esportivasesperaregulamentação de apostas esportivas24 horas."

Desde 1995, todas as mulheres têmregulamentação de apostas esportivasse consultar com o médico ao menos 24 horas antesregulamentação de apostas esportivasrealizar um aborto,regulamentação de apostas esportivasduas consultas separadas. Louisiana quer ampliar esse período para 72 horas, mas a lei foi contestada na Justiça pelo Centroregulamentação de apostas esportivasDireitos Reprodutivos.

"O sistemaregulamentação de apostas esportivasduas consultas já é difícil o bastante", diz Stephannie Chaffee, que trabalha com Pittman há dez anos.

"Muitas mulheres perdem diasregulamentação de apostas esportivastrabalho e salário, muitas têmregulamentação de apostas esportivasarrumar alguém para cuidarregulamentação de apostas esportivasseus filhos. E têmregulamentação de apostas esportivasfazer isso duas vezes. Elas vêmregulamentação de apostas esportivaslonge, às vezes têmregulamentação de apostas esportivaspagar acomodação. Impor um períodoregulamentação de apostas esportivas72 horas tornaria esse processo ainda mais custoso."

Ela acha que isso tampouco vai dissuadir as mulheresregulamentação de apostas esportivasrealizar o aborto.

"95% das que nos procuram já pensaram longamente antesregulamentação de apostas esportivasligar para cá", afirma Chafee. "Então a espera obrigatóriaregulamentação de apostas esportivas24 horas raramente as faz mudarregulamentação de apostas esportivasideia."

Stephannie Chaffee, assistente administrativa na clínica
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"95% das mulheres que nos procuram já pensaram longamente antesregulamentação de apostas esportivasligar para cá", afirma a assistente administrativa Chafee

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Divisões

Enquanto uma tempestade tropical avança com força sobre Shreveport no sábado, a clínica tem umregulamentação de apostas esportivasseus dias mais concorridos.

Há 50 abortos agendados, o dobro do registradoregulamentação de apostas esportivasdiasregulamentação de apostas esportivassemana. As fortes chuvas não impedem as pacientesregulamentação de apostas esportivasaparecer.

Lá fora, a atividade também é incessante. Um gruporegulamentação de apostas esportivasativistas antiaborto se reúne na calçada, munidoregulamentação de apostas esportivasenormes guarda-chuvas.

São 32 deles,regulamentação de apostas esportivasidades variadas, peregrinando a passos lentos ao redor da clínica, rezando e segurando cruzes, bíblias e rosários.

Ativistas antiaborto diante da clínica
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Ativistas antiaborto fazem vigílias ao redor da clínica, rezando e segurando cruzes, bíblias e rosários

Uma van com um trailer roda por ali com um enorme cartaz colado na parede, com uma imagemregulamentação de apostas esportivasum feto e as palavras: "Você vai me proteger?"

"Não estamos aqui para atacar médicos, mas sim para promover a vida bem onde ela está sendo destruída", diz Richard Sonnier, que se ajoelha e joga as mãos ao céu.

Ele conta que, 40 anos atrás, pagou pararegulamentação de apostas esportivasnamorada abortar e se arrepende disso desde então.

"Agora é a nossa hora. Mudanças na lei vão levar ao fechamentoregulamentação de apostas esportivasvárias clínicas", agrega o ativista Charles, segurando um crucifixoregulamentação de apostas esportivasmadeira. "Já é horaregulamentação de apostas esportivasesta cidade se livrar do aborto."

Ativista antiaborto
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"Não estamos aqui para atacar médicos, mas sim para promover a vida bem onde ela está sendo destruída", diz Richard Sonnier

Embora o conservadorismo do atual governo tenha dado forças ao movimento antiaborto, também encorajou vários defensores dos diretos reprodutivos, elevando o númeroregulamentação de apostas esportivasvoluntários nas clínicas.

Vestidosregulamentação de apostas esportivascoletes fluorescentes, eles acompanham as mulheres que saem dos carros estacionados. "Elas já têm muito na cabeça; ver um rosto amigável as ajuda", diz Ron Thurston, 69 anos, que frequentemente ajuda na Hope.

"Os manifestantes estão se dirigindo às pessoas erradas", agrega Christian, 23 anos. "Essa batalha diz respeito a leis. Então não entendo por que eles acham que vão conseguir o que querem gritando com mulheres já angustiadas."

Dentro da clínica, todos ficamregulamentação de apostas esportivasolho nas câmerasregulamentação de apostas esportivassegurança.

"Se nos sentimos intimidados? De jeito nenhum", diz Pittman, que se diz "ocupada demais para ter raiva". Há uma multidãoregulamentação de apostas esportivaspacientes a serem atendidas.

Voluntários da clínica
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"Não entendo por que eles (ativistas antiaborto) acham que vão conseguir o que querem gritando com mulheres já angustiadas", diz voluntário da clínica Hope

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Após o aborto

A reportagem da BBC telefonou para Lucy uma semana após ela ter realizado o aborto na Hope. Ela estava recuperada eregulamentação de apostas esportivasvolta ao seu emprego como caixa.

Mas nem tudo saiu conforme o planejado.

"Foi muito ruim, muito dolorido, mesmo elas tendo dito que não seria", conta. Ela não voltaria a se submeter ao procedimento, e não só por causa da dor física.

"Eu sinto... meio que arrependimento", diz. "Falei com o pai, eregulamentação de apostas esportivasretrospecto eu teria ficado com o bebê. Não achei que fosse me arrepender, mas a verdade é que me arrependo."

Catalya também seguiu adiante com o aborto, mas não mudouregulamentação de apostas esportivasopinião.

Seu parceiro a levou à clínica e esperou por ela.

"Claro que é uma decisão difícil, que não tomamosregulamentação de apostas esportivasmodo casual", diz.

"Mas foi melhor para nossa família. Estou aliviadaregulamentação de apostas esportivaster tido a oportunidade, com meus direitos como mulher,regulamentação de apostas esportivaster tido um aborto."

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regulamentação de apostas esportivas *Alguns nomes foram alterados para proteger a identidade dos entrevistados