A história completa do extraordinário resgate dos meninos da caverna na Tailândia:bet7k bug

bet7k bug Em 23bet7k bugjunho, 12 meninos foram passear pela província tailandesa bet7k bug bet7k bugChiang Rai com seu técnicobet7k bugfutebol – e terminaram presos dentrobet7k buguma cavernabet7k buguma montanha. Helier Cheung e Tessa Wong, da BBC, estavam lá enquanto uma dramática tentativabet7k bugresgate bet7k bug prendia as atenções do mundo.

O que se sucedeu naquelas duas semanas foi uma notável históriabet7k bugamizade e resistência humana – ebet7k bugaté onde algumas pessoas estão dispostas a ir para salvar os filhos dos outros.

Nossos repórteres contam aqui a história completa dos Javalis Selvagens.

A festabet7k buganiversário que deu errado

Tudo começou com um aniversário.

No sábado, 23bet7k bugjunho, Peerapat Sompiangjai fez 17 anos – algo que a maioria dos jovens pelo mundo gostariabet7k bugcelebrar com estilo.

Sua família havia preparado um bolobet7k buganiversário amarelo do Bob Esponja e muitos presentes com embrulhos coloridos embet7k bugcasa,bet7k bugum vilarejo rural do distritobet7k bugMae Sai.

Mas o jovem não correu para casa naquele dia. Ele estava com seus amigos, os outros jogadores do time juvenil Javalis Selvagens, e seu técnico-assistente, Ekkapol "Ake" Chantawong.

Quando o treino terminou, eles atravessaram camposbet7k bugarroz com suas bicicletas e subiram morros com florestas, encharcadas pela chuva dos últimos dias.

Seu destino: a caverna Tham Luang, um passeio valorizado entre os meninos, que adoravam explorar as grutas e reentrâncias da cadeia montanhosa que se projeta sobre Mae Sai.

Assim que chegaram à gargantabet7k bugTham Luang, eles largaram bicicletas e mochilas na entrada da caverna.

O time e seu jovem técnico estavam prontos para celebrar o aniversáriobet7k bugSompiangjai. Eles visitavam com frequência o local, às vezes percorrendo até 8 km ali dentro, durante ritos iniciáticosbet7k bugque escreviam os nomesbet7k bugnovos jogadores do time numa parede.

Dispostos e animados, eles entraram ali só com suas lanternas. Não precisavambet7k bugmuito além disso – afinal, planejavam passar uma hora lá.

Eles só sairiam duas semanas depois.

Na casabet7k bugSompiangjai, o bolobet7k buganiversário ficou intocado. A família começou a se preocupar.

Onde estavam os Javalis Selvagens?

De inofensiva a extremamente perigosa

Serpenteando por 10 km sob a cadeia montanhosa que separa a Tailândiabet7k bugMianmar, Tham Luang é o quarto maior sistemabet7k bugcavernas do país.

Seu nome completo é Tham Luang Khun Nam Nang Non – "a grande caverna e fontebet7k bugágua da mulher adormecida da montanha".

Ricabet7k bughistóriasbet7k bugfolclore, é um destino popular para viagens curtas – e crianças aventureiras.

Ela tem seus riscos: pessoas já sumirambet7k bugTham Luang no passado. E quando a temporadabet7k bugmonções começa,bet7k bugjulho, a caverna deixabet7k bugser inofensiva e se torna extremamente perigosa.

O local pode ficar inundado com até 5 metrosbet7k bugágua durante a temporada chuvosa, e só deve ser visitada entre novembro e abril.

"A água está se movendo, está barrenta e quase não há visibilidade", disse o guia local Joshua Morris à BBC.

E quando a caverna alaga, torna-se perigosa até para mergulhadores experientes.

Quase todosbet7k bugMae Sai sabem disso. Por isso, quando os pais dos Javalis Selvagens começaram a se preocupar com os meninos, foram direto para a caverna. Os planosbet7k bugvisita ao local dos jovens já haviam sido discutidosbet7k buggruposbet7k bugaplicativosbet7k bugmensagens.

Eles encontraram as bicicletas, as mochilas e algumas chuteiras do ladobet7k bugfora – e acionaram o alarme.

Os meninos, as rochas e a água

Nas profundezas da caverna, os Javalis Selvagens se virambet7k bugapuros. Estava chovendo fazia alguns dias, e toda a água que caía na montanha precisava ir a algum lugar.

Esse lugar era a caverna Tham Luang, que estava enchendo rápido.

Relatos iniciais vindos dos meninos indicam que eles foram surpreendidos por uma tromba d'água. Eles precisavam sair, mas não tinham alternativas a não ser entrar mais fundo na caverna.

Os Javalis Selvagens acabaram ilhados numa pequena saliência rochosa a cercabet7k bug4 km da entrada da caverna, depoisbet7k bugum ponto normalmente seco conhecido como praia Pattaya, mas que àquela altura já estava inundado.

Engolidos por uma montanha hostil e rodeados pela escuridão, os meninos e o técnico perderam a noção do tempo. O medo, e talvez até o terror, teriam certamente os dominado.

Mas eles estavam, acimabet7k bugtudo, determinados a sobreviver. O grupo usou pedras para cavar um buracobet7k bugcinco metros onde pudessem ficar juntos e aquecidos.

O técnico Ake, um ex-monge, ensinou aos meninos técnicasbet7k bugmeditação para ajudá-los a ficar calmos e usar o mínimobet7k bugar possível – e pediu que ficassem parados para poupar força.

Mas uma sériebet7k bugcircunstâncias extraordinárias também atuoubet7k bugfavor do grupo.

Eles não tinham comida – mas tinham acesso a água potável na formabet7k buggotas que caíam das paredes da caverna.

Estava escuro, mas eles tinham lanternas. Também havia oxigênio suficiente – porque as rochas porosas permitiam a entradabet7k bugar.

Eles contavam com as condições necessárias para sobreviver, pelo menos por um tempo. E, o mais importante, os Javalis Selvagens tinham uns aos outros.

Só faltava a parte mais difícil – torcer por um resgate.

Corrida contra o tempo

Fora da caverna, uma grande operaçãobet7k bugbuscas estava sendo rapidamente montada.

Autoridades convocaram a unidadebet7k bugelite da Marinha tailandesa, a polícia nacional e outras equipesbet7k bugresgate. Voluntários locais também se apresentaram.

Investigações iniciais encontraram pegadasbet7k buguma das câmaras da caverna – mas nenhum outro sinalbet7k bugque os meninos ainda estivessem vivos.

Os Javalis Selvagens estavambet7k bugalgum ponto dos túneis tortuososbet7k bugTham Luand – mas onde exatamente? E como as equipes poderiam chegar até eles?

Examinar a caverna era um desafio – a maioria dos mergulhadores da Marinha tinha pouca experiênciabet7k bugcavernas. E o tempo estava implacável – fortes chuvas continuavam a elevar o nívelbet7k bugágua, alagando câmaras e impedido o acesso a partes da caverna.

Engenheiros tentavam desesperadamente bombear água para fora da caverna – mas tiveram dificuldades, pelo menos no início.

No começo, "ninguém tinha ideia do que fazer", disse um voluntário. Os grupos trouxeram todo tipobet7k bugequipamento – pequenas bombas d'água, longos tubos, facas e pás –, mas quase tudo não tinha utilidade.

Eles tentaram até perfurar as laterais da montanha, tentando achar vãos pelos quais pudessem alcançar o interior da caverna, e usaram drones com sensores térmicos para tentar localizar os meninos.

As equipes também pediram ajuda aos moradores. Os soldados tailandeses encontraram um membro do time que tinha faltado à expedição. Ele recordou um lugar que o grupo visitara no passado, chamado praia Pattaya.

Estariam lá os 13 desaparecidos?

Correntebet7k bugesperança

Em meio à correria da operaçãobet7k bugresgate, um pequeno grupo fazia vigília na entrada da caverna.

Eram as famílias dos jovens, que rezavam por suas vidas. Entre eles estava Tum Kantawong, madrinha do técnico Ake.

Todos os dias ela subia a montanha, levando frutas, incenso e velas. "Era para mostrar respeito ao espírito que protege a caverna. Eu pedi que protegesse os 13 meninos", ela disse.

O grupo gradualmente cresceu, incorporando professores das escolas frequentadas pelos Javalis Selvagens.

"Queríamos ser os primeiros a dar as boas-vindas aos meninos quando eles saíssem", disse a administradora escolar Ampin Saenta, que disse ser tão próximabet7k bugum menino, Adul, que se chamabet7k bug"mãe-professora" dele.

Colegas dos Javalis Selvagens faziam orações coletivas, cantavam músicas motivacionais na entrada da caverna, dobravam origamis e escreviam mensagensbet7k bugesperançabet7k bugquadrosbet7k bugavisos nas escolas.

Moradores se uniram ao grupo, doando dinheiro e comida aos parentes dos meninos e seu técnico.

Esse sensobet7k bugcomunidade começou a se espalhar rapidamente, conforme a história ganhou a atenção nacional. Voluntáriosbet7k bugoutras partes da Tailândia chegaram, enquanto as mídias sociais transbordavambet7k bugmensagensbet7k bugamor e solidariedade.

Mas o caso estava prestes a ficar ainda maior.

A ajuda que veiobet7k buglonge

Os primeiros estrangeiros a se somar às operaçõesbet7k bugresgate chegarambet7k bug28bet7k bugjunho.

Eram especialistas da Aeronáutica americana e mergulhadoresbet7k bugcavernas do Reino Unido, Bélgica, Austrália, países escandinavos e muitos outros.

Alguns eram voluntários, e outros foram chamados por autoridades tailandesas.

Mais pessoas se incorporaram ao esforço quando ficou claro que o trabalhobet7k bugbuscas seria monumental.

Nos dias seguintes, eles e os mergulhadores tailandeses travaram uma batalha contra as condições. Eles tinhambet7k bugnadar contra uma forte correnteza, e eram frequentemente expelidos pelos níveis crescentesbet7k bugágua.

No domingo, 1ºbet7k bugjulho, uma semana depois do desaparecimento dos meninos, as equipes conseguiram avançar. Elas alcançaram uma grande caverna posteriormente chamadabet7k bug"câmara três", que serviu como base para os mergulhadores.

Era o aniversáriobet7k bugNote – um dos jogadores. O grupo, contudo, continuava desaparecido.

Mas não por muito tempo. No dia seguinte, dois mergulhadores britânicos fizeram uma descoberta incrível.

'Treze? Excelente!'

John Volanthen e Rick Stanton estavam explorando os túneis estreitos e lamacentos da caverna por vários dias, buscando sinaisbet7k bugvida.

Na segunda, os dois finalmente chegaram à praia Pattaya. Mas não havia nada ali.

Eles continuarambet7k bugdireção à escuridão. Então, algumas centenasbet7k bugmetros à frente, encontraram um bolsãobet7k bugar.

"Sempre que havia bolsõesbet7k bugar, nós subíamos, gritávamos, cheirávamos", John disse à BBC. É um procedimento padrão para operaçõesbet7k bugresgate como essa.

"Sentimos o cheiro das crianças antesbet7k bugvê-las ou ouvi-las."

Logo, a lanternabet7k bugJohn iluminou algo eletrizante: os meninos surgiram do escuro e se aproximaram da borda, onde estava o mergulhador.

Rick começou a contar os meninos e John perguntou quantos eles eram. "Treze!" A resposta veiobet7k buginglês. "Treze? Excelente!", respondeu um dos mergulhadores.

Rick não acreditou no que viu. Ao ladobet7k bugJohn, ele diz: "Estão todos vivos!".

Os Javali Selvagens foram, enfim, encontrados.

Os dois mergulhadores ficaram um tempo com os meninos, tentando animá-los. Eles deixaram lanternas com os garotos e prometeram voltar com comida.

Do breu para o mundo

O momentobet7k bugque os dois britânicos encontram os meninos presos na caverna foi filmado – e rapidamente postado online.

A partirbet7k bugentão, o mundo passou a acompanhar o drama para tirar o grupo da caverna.

Aflitos durante toda a semana anterior, os pais dos Javalis Selvagens ficaram extasiados ao ver que seus filhos sobreviveram milagrosamente. Eles pareciam mais magros, mas estavambet7k bugboas condições físicas.

Um médico militar e mergulhadores da Marinha tailandesa se juntaram aos meninos e ficaram com eles na caverna até o último ser resgatado.

Depoisbet7k bugpassarem nove dias no escuro, os Javalis viram a luz novamente. Também puderam se alimentar, e pediram por um pad krapao, um prato tailandês com arroz cozido, carne frita e manjericão.

Mas, por determinação médica, primeiro eles precisaram seguir uma dieta especial, com alimentos líquidos e água mineral com vitaminas.

Um dos garotos, Dom, passou o aniversário na caverna.

E, por dias, as equipesbet7k bugresgate trabalharam para encontrar uma formabet7k bugtirar os 13 – alguns dos meninos não sabiam nadar – daquele conjuntobet7k bugcavernas sinuosas e inundadasbet7k bug4 kmbet7k bugcomprimento onde até mesmo mergulhadores experientes estavam enfrentando dificuldades para se deslocar.

"O tempo não está do nosso lado porque espera-se chuva forte dentrobet7k bugtrês dias", disse o mergulhador Ben Reymenants à BBC na ocasião.

Cidade improvisada

A surpreendente descoberta das crianças nas profundezasbet7k buguma caverna fez com que a pequena cidade Mae Sai fosse sugada para o centro das atenções internacionais.

Durante a noite, jornalistasbet7k bugtodo o mundo foram para a área onde fica a caverna, enquanto voluntáriosbet7k bugresgatebet7k bugtodo o mundo começaram a chegar.

No Twitter, Thanyarat Doksone, da BBC, escreveu que haviabet7k bug200 a 300 jornalistas no local.

Uma pequena cidade improvisada surgiu na área rural ao lado da entrada da caverna. Barracas foram erguidas, algumas delas por integrantes da cozinha real tailandesa, e passaram a servir,bet7k buggraça, bebidas, macarrão, arroz com frango e até picolés.

Não havia nenhuma tarefa considerada inferior.

Os banheiros do estacionamento estavam sujos e sobrecarregados. Então, as pessoas começaram a limpá-los. Para os que precisavam subir e descer a montanha, motoristas ofereciam caronas grátis. As equipesbet7k bugresgate ficavam imundasbet7k buglama, então uma lavanderia local passou a lavar a roupa deles todas as noites.

Tudo parecia ir bem, até que um acidente fatal deixou todo mundo arrasado.

A mortebet7k bugum herói

Mergulhador aposentado da Marinha tailandesa, Saman Gunan era um dos voluntários que correram até o local para ajudar no resgate.

No dia 6bet7k bugjulho, ele fazia um mergulhobet7k bugrotina para levar tanquesbet7k bugar ao grupo na caverna quando ficou inconsciente após ficar sem ar.

O parceirobet7k bugtravessia tirou o homem da água e tentou reanimá-lo. Mas Saman não pôde ser salvo, morrendo aos 38 anosbet7k bugidade. O funeral foi no dia seguinte. Monges budistas rezaram por ele enquanto queimavam incensos.

"Saman uma vez falou que nunca saberemos quando vamos morrer... então precisamos valorizar cada dia", lembroubet7k bugmulher, Waleeporn Gun.

A mortebet7k bugSaman reforçou o perigo e os riscos da missãobet7k bugresgatar os meninos e seu treinador. O mergulhador era treinado, saudável e tinha até mesmo representado a Tailândiabet7k bugcompetiçõesbet7k bugtriathlon.

Ratdao Chantapoon, mãebet7k bugNote, um dos 12 meninos, disse então a um amigo: "A Marinha o treinou por tanto tempo, e ele era tão forte... mas morreu. E um menino que nunca mergulhou na vida?".

Havia outra coisa com que se preocupar também: apesar dos esforços para reabastecer a caverna com ar, os níveisbet7k bugoxigênio no local caíram para 15%, abaixo dos habituais 21%.

Eles estavam correndo contra o tempo.

As equipesbet7k bugresgate identificaram três possíveis opções:

- Treinar os meninos para mergulhar pelos canais inundados – solução com tamanho potencial para terminarbet7k bugdesastre que foi considerada um último recurso;

- Bombear água para fora da caverna e esperar as cheias retrocederem naturalmente, mas isso poderia demorar até quatro meses;

- Procurar ou furar um caminho alternativo até a caverna.

Mergulhadores começaram a fazer simulações com garotos da comunidadebet7k buguma piscina na tentativabet7k bugdescobrir a melhor formabet7k bugtransportar o grupo debaixo d'águabet7k bugsegurança.

Enquanto isso, outras possíveis soluções, como a ofertabet7k bugum submarino infantil projetado pelos engenheiros do bilionário empreendedor sul-africano Elon Musk, foram rejeitadas ou consideradas inadequadas.

A equipebet7k bugresgate enfrentou dificuldades até mesmo com tarefas aparentemente simples, como garantir oxigênio e linhasbet7k bugtelefone na caverna, mas que pareciam impossíveis por causa do traçado do caminho, similar a um labirinto.

No dia 6bet7k bugjulho, conseguiu-se estabelecer suprimentobet7k bugoxigênio. Os garotos se comunicavam com as famílias por cartas.

Os textos foram divulgados pela Marinha tailandesa e são emocionantes. Com orações e rostos sorridentes desenhados, os garotos diziam aos pais repetidas vezes que os amavam e pediam que não se preocupassem.

Eles listaram as comidas que queriam: frango frito e torresmo. Um deles até fez uma piadinha: pediu à professora que não lhes dessem muito deverbet7k bugcasa.

Em uma das cartas, o treinador pediu desculpas aos pais. Em vezbet7k bugreclamações, recebeu como resposta apenas amor. "Treinador Ake, eu realmente lhe agradeço por cuidarbet7k bugtodas as crianças e mantê-lasbet7k bugsegurança", escreveu um parentebet7k bugum menino.

Dia 'D'

No domingo, dia 7bet7k bugjulho, já haviam se passado duas semanas desde o diabet7k bugque os Javalis Selvagens entraram na caverna.

Do nada, as autoridades tailandesas anunciaram que iriam começar o resgate – e naquele momento.

"Não haverá outro diabet7k bugque estaremos mais preparados do que hoje", disse Narongsak Osotthanakorn, chefe das operações.

Jornalistas e voluntários foram retirados dos arredores da caverna – ebet7k bugrepente, um estadobet7k bugânimo ultrapassou os limites do acampamento, contagiando muita gente no mundo inteiro.

Por que a decisão súbita? A chuva que caía sobre Mae Sai incessantemente nos últimos dias parou, dando à equipebet7k bugresgate uma rara oportunidade.

Moradores locais também haviam dito à Marinha que todos os anos, perto do dia 10bet7k bugjulho, o complexobet7k bugcavernas Tham Luang ficava completamente inundado.

Era, portanto, horabet7k bugdar início ao que depois foi descrito como um esforço sobre-humano, que envolveu cercabet7k bugcem mergulhadores tailandeses e estrangeiros.

Percurso aterrorizante

Os especialistas dividiram a "jornada"bet7k bugduas etapas.

O percurso mais difícil ia da elevação rochosa onde os garotos estavam à câmara três. Os socorristas seguiam por horas pelas águas escuras e geladas, sentindo o caminho com cordas-guia. Às vezes, tinham que percorrer seções tão estreitas que só conseguiam comportar um corpo por vez.

Cada garoto foi preso a um mergulhador e ganhou uma máscarabet7k bugar que cobria todo o rosto, para garantir que pudessem respirar. Um segundo mergulhador acompanhava a dupla.

Um cilindro com oxigênio foi amarrado na frentebet7k bugcada criança. John, o britânico que encontrou os meninos, usou uma espéciebet7k bugsacolabet7k bugsupermercado para levar o equipamento e permitir manobras diantebet7k bugobstáculos.

Nas passagens mais estreitas, os socorristas tinhambet7k bugsoltar os tanquesbet7k bugoxigênio para conseguir passar e puxar os meninos.

Se era um percurso aterrorizante para mergulhadores experientes, imagine para crianças que não sabiam nadar.

O governo tailandês informou que os meninos e o técnico receberam apenas medicamentos ansiolíticos para relaxar – mas várias fontes disseram à BBC que os 13 estavam bastante sedados e apenas semiconscientes durante a viagem, para garantir que não entrassembet7k bugpânico.

Quando chegaram à chamada câmara três, era hora da segunda etapa do percurso, que durava algumas horas.

Cada menino foi presobet7k buguma maca e carregado por uma equipebet7k bugpelo menos cinco homens. Em um determinado momento, os socorristas tiveram que colocar a macabet7k buguma jangada e puxá-la por uma poçabet7k bugágua.

Eles tiveram que içar os meninos para transportá-los morro acima. Em alguns trechos rochosos, formaram uma corrente humana, passando-osbet7k bugmãosbet7k bugmãos. Em outros pontos, deslizaram os jovens sobre canos jorrando água.

Para o mergulhador Ivan Karadzic, tratou-sebet7k buguma experiência extremamente estressante.

Posicionado na metade do caminho dentro da caverna, ele era responsável por trocar os tanquesbet7k bugar e guiar os mergulhadores pelos túneis.

Ele lembra claramente da tensão que sentiu quando o primeiro menino surgiu na escuridão. "Não sabia se era um morto ou ferido ou uma criança", ele disse à BBC.

"Mas quando vi que ele estava vivo e respirando... a sensação foi muito boa."

A luta contra as águas

Um por vez, os Javalis Selvagens foram trazidos da escuridãobet7k bugTham Luang. Eles receberam oxigênio antesbet7k bugserem levadosbet7k bugambulância a um hospital na cidadebet7k bugChiang Rai.

Os socorristas os retirarambet7k bugtrês operações ao longobet7k bugtrês dias, pois precisavambet7k bugtempo para reabastecer os tanquesbet7k bugar.

Estavam sob pressão. No momentobet7k bugque o último grupobet7k bugmeninos e o treinador deixaram a caverna, os níveisbet7k bugágua estavam subindo outra vez, atingindo 30 cmbet7k buguma hora, segundo o soldado Supachai Tanasansakorn.

Era terça-feira, 10bet7k bugjulho – o diabet7k bugque, segundo os moradores, a caverna ficaria completamente alagada.

Mas enquanto os meninos saíam, ainda havia pessoas dentrobet7k bugTham Luand – os mergulhadores e médicos que haviam cuidado dos Javalis Selvagens, assim como Richard Harris, um famoso médico e especialistabet7k bugmergulhobet7k bugcavernas.

Eles surgiram pouco depois da retirada do último menino. De repente, o bombeamento deixoubet7k bugfuncionar – alguns dizem que falhou; outros, que foi desligado.

As águas então invadiram a caverna, provocando a fugabet7k bugtrabalhadores que limpavam o terreno.

Foi um feito e tanto: depoisbet7k bugduas agonizantes semanas na caverna tailandesa, os meninos e o técnico estavam finalmente sãos e salvos.

A Marinha tailandesa postou no Facebook: "Não temos certeza se isso é um milagre, ciência ou o sei lá o quê."

Em Chiang Rai, multidões exaltadas tomaram as ruasbet7k bugvolta do hospital, festejando as ambulâncias. Carros buzinavam sem pararbet7k bugcelebração.

As mídias sociais na Tailândia se encherambet7k bugpostagens com agradecimentos aos socorristas e o termo #Hooyah, o gritobet7k bugguerra da Marinha.

Por todo o mundo, milhõesbet7k bugpessoas que que acompanhavam a história com apreensão também celebraram o retorno dos Javalis Selvagens.

Mas foi uma noitebet7k bugsentimentos contrastantes para uma pessoa – Richard Harris. O abnegado médico, que encurtou suas férias na Tailândia para ajudar a salvar as vidas dos meninos, recebeu então a terrível notíciabet7k bugque seu pai havia acabadobet7k bugmorrer.

Juntosbet7k bugnovo (na quarentena)

Com roupas hospitalares e máscaras faciais, os meninos tailandeses se sentaram nas camas e acenaram para o mundo.

Na quarta, dia 11bet7k bugjulho, a imprensa viu pela primeira vez os Javalis Selvagensbet7k bugum vídeo da Marinha. Alguns faziam sinaisbet7k bugvitória para a câmera.

Seus pais, que haviam esperado tanto tempo para revê-los, não estavam ao lado deles. Os familiares ficaram atrásbet7k buguma janela, alguns soluçandobet7k bugalegria com a presença dos meninos.

O governo disse que seria necessário submeter os jovens a uma quarentena para proteger o grupo e outras pessoasbet7k buginfecções – embora isso não tenha impedido o primeiro-ministro Prayuth Chan-ochabet7k bugvisitá-los. Os pais não reclamaram publicamente contra as regras rígidas.

No hospital, os meninos e o técnico fizeram uma sériebet7k bugexames. Tapa-olhos foram essenciais no início – seus olhos, acostumados a duas semanasbet7k bugescuridão, não conseguiam suportar a luz.

Funcionários do hospital disseram que alguns tinham pequenas infecções nos pulmões e nos olhos, e precisavambet7k bugantibióticos. Fora isso, pareciam estar se recuperando.

Até que os pais foram finalmente autorizados a visitar rapidamente os meninos – embora tivessembet7k bugmanter dois metrosbet7k bugdistância e vestir máscaras e roupas hospitalares.

Alguns dos meninos conseguiram voltar a se alimentar normalmente, depoisbet7k bugpassar dias comendo chocolate e outras guloseimas favoritas.

Quanto aos socorristas, ainda estão digerindo o feito sem precedentes.

"Não achamos que essa missão seria bem-sucedida assim", disse o líder da equipe da Marinha tailandesa, Arpakorn Yuukongkaew.

No início das operações, o grupo tinha apenas "um poucobet7k bugesperançabet7k bugque eles pudessem ainda estar vivos".

"No fim, aquela pequena esperança se tornou realidade."

Uma história incrível que não termina aqui

Muitos achavam que a história dos desaparecidos Javalis Selvagens terminariabet7k bugtragédia.

Em vez disso, porém, tornou-se uma históriabet7k bugesperança e sobrevivência – ebet7k bugpais e filhos reunidos.

É uma história sobre pessoas comuns do mundo todo se unindobet7k buguma cidade distante no norte da Tailândia com uma missão: salvar 12 meninos e seu técnico.

"Se você pudesse fazer o mesmo pelo filhobet7k bugoutra pessoa, você faria", John disse a repórteres após voltar para o Reino Unido.

O que agora espera Mae Sai? O distrito, e a caverna Tham Luang, ganharam destaque no mapa global – provavelmente para sempre.

O governo local já planeja transformar o complexobet7k bugcavernasbet7k bugum museu e destino turístico – e, como erabet7k bugse esperar, ao menos duas produtoras cogitam lançar um filme sobre a missão.

Quanto aos Javalis Selvagens e ao técnico Ake, o plano inclui raspar a cabeça e passar alguns diasbet7k bugum monastério.

Suas famílias acreditam que essa tradição tailandesa abençoará suas vidas – e os purificará após uma experiência infeliz.

"É para a proteção deles", diz o avôbet7k bugum dos jovens. "É como se eles tivessem morrido (após entrar na caverna) – e agora tenham renascido."

Para os meninos e o técnico, a prioridade após deixar o hospital deverá ser ficar com as famílias.

Afinal, o jovem Sompiangjai ainda precisa celebrar seu aniversáriobet7k bug17 anos – e seus pais prometeram organizar uma festa.

bet7k bug Com a colaboraçãobet7k bugesforçosbet7k bugreportagem da BBC News, da equipe da BBC Thaibet7k bugChiang Rai e da BBC Bristol. As ilustrações sãobet7k bugDavies Surya. Com agradecimentos aos moradoresbet7k bugChiang Rai ebet7k bugoutras partes da Tailândia que tornaram esta reportagem possível.