Brasil se unirá a China e Índia para criticar protecionismorobo analise esportivaTrump?:robo analise esportiva

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O ministrorobo analise esportivaComércio e Indústria da África do Sul, Rob Davies, disse que nesta quinta-feira que já estárobo analise esportivacurso uma "guerra comercial".
"Mesmo quem não está diretamente envolvido está sofrendo os efeitos colaterais dessa guerra", afirmou.
Segundo ele, uma das estratégias dos Brics para contrapor a queda do multilateralismo no comércio é ter uma posição conjuntarobo analise esportivadiscussões da Organização Mundial do Comércio (OMC) e tentar propor políticas mais inclusivas nas regrasrobo analise esportivacomércio internacional.
Por enquanto, as indicações sãorobo analise esportivaque o presidente brasileiro, Michel Temer, deve apoiar uma declaraçãorobo analise esportivaviés antiprotecionista - mas é pouco provável que esta venha a citar, diretamente, os EUA.
Brics se unem contra o protecionismo
Este será a décimo encontro dos Brics - termo cunhado há 17 anos para reunir os países emergentes mais promissores na época: Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul foi incluida ao gruporobo analise esportiva2010.
Juntos, os Brics respondem por 22,53% do PIB do planeta e reúnem 42,58% da população mundial.
A primeira reunião do bloco foirobo analise esportiva2009, na Rússia, quando o mundo ainda lidava com a grave crise econômica iniciadarobo analise esportiva2008.
A relevância do grupo tem sido questionada pelas diferenças ideológicas entre seus regimes – a China, por exemplo, é comunista –, e os desempenhos diferenciadosrobo analise esportivasuas economias, o que poderia dificultarrobo analise esportivacooperação e dar menos relevância a decisões do grupo.
Brasil e África do Sul estão estagnados e enfrentando crises políticas e a Rússia tem estadorobo analise esportivacampos opostos aos Estados Unidos e à União Europeiarobo analise esportivatemas como Crimeia e guerra da Síria - alémrobo analise esportivaser acusadarobo analise esportivater interferido nas eleições americanas erobo analise esportivaestar por trás do envenenamentorobo analise esportivaum ex-espião duplo no Reino Unido.

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Mesmo assim, nos últimos dez anos, os Brics consolidaram a sigla com a defesarobo analise esportivainteresses comuns, a institucionalizaçãorobo analise esportivaum Conselho Empresarial e a criaçãorobo analise esportivaum bancorobo analise esportivadesenvolvimento próprio.
"Essa coalizão permite que os países ampliem o alcancerobo analise esportivasua política externa, principalmente através do arcabouço institucional, se tornando mais do que a somarobo analise esportivasuas partes", afirma Adriana Erthal Abdenur, pesquisadora do Instituto Igarapé e consultora do Departamentorobo analise esportivaAssuntos Sociais e Econômico da ONU.
Além disso, diz a especialista, o foco pragmático no desenvolvimento econômico - que interessa a todos - facilita o diálogo.
Hoje, os países mais poderosos do bloco são a Índia, que não pararobo analise esportivacrescer, e a China, a segunda maior economia do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mas apesarrobo analise esportivaenorme peso econômico e político da China, especialistas avaliam que o país não tem interesserobo analise esportivadominar totalmente o grupo.
"A China está ciente que, se fizer isso, perde totalmente o caráterrobo analise esportivacoalização e não é interesse deles que os Brics sejam vistos como um gruporobo analise esportivainfluência da China", diz Abdenur.
O que Temer fará nos Brics

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O presidente Michel Temer chega à África do Sul nesta quarta. O Brasil também é afetado pela imposiçãorobo analise esportivataxasrobo analise esportivaimportação pelos EUA e deve engrossar o coro contra o protecionismo.
Os EUA são atualmente o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrásrobo analise esportivaChina e União Europeia, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Um dos setores mais atingidos pelas taxas americanas é a indústria siderúrgica: cercarobo analise esportiva40% do aço brasileiro é exportado para o país.
Temer afirmou nesta semana que tantorobo analise esportivaviagem para a África do Sul quanto ao México - onde esteve antesrobo analise esportivaviajar a Johanesburgo - têm o objetivorobo analise esportiva"empunhar a bandeira do livre comércio e do entendimento".
Uma reuniãorobo analise esportivarepresentantes do comércio exterior dos Brics na África do Sul, no início do mês, e o encontrorobo analise esportivaMinistros da Fazenda durante o G20,robo analise esportivaBuenos Aires, já pavimentaram o caminho.
Segundo uma fonte do governo, a declaração final da cúpula deve defender o livre mercado e condenar o aumento do protecionismo. É improvável, no entanto, que os EUA sejam citados diretamente.
"Isso poderia gerar uma reação negativa e até desproporcional dos EUA", explica a pesquisadora Adriana Erthal Abdenur.
"Embora as declarações conjuntas sempre façam referência a contextos específicos, faz parte do histórico do grupo não citar países ou políticas individuais no texto", afirma.

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Outro objetivo do encontro é aprofundar a integração econômica entre os países do bloco, consolidar as instituições criadas, como o Novo Banco e Desenvolvimento, e aprofundar suas iniciativas na África do Sul e nos países do entorno - Angola e Moçambique estão entre as nações observadoras neste ano.
O encontro deve começar com um jantarrobo analise esportivahomenagem aos chefesrobo analise esportivaEstado nesta quarta. A principal reunião, no dia 26, deve tratar também do papel do bloco "no fortalecimento da paz e segurança mundiais" e do "multilateralismo e governaça globais".
Nesse dia, devem começar também as reuniões bilaterais entre os países - Temer deve anunciar nesta quarta com quais presidentes se encontrará individualmente.
Putin e o protecionismo americano
Apesar da aparente boa relação com Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, este deve apoiar os outros países dos Brics nas críticas ao protecionismo.
Putin já tem feito críticas à "escalada do protecionismo" e seu país já deixou claro que, se for prejudicado, pretende retaliar.
Falando sobre a guerra comercial entre China e EUA, o porta-voz da presidência, Dimitri Peskov, disse que espera "consequênciasrobo analise esportivasetores específicos da economia global" e que "a Rússia está e vai continuar tomando as medidas necessárias para proteger seus próprios interesses".
Ainda não está claro se Temer se encontrará com Putin ou se serão anunciadas novidadesrobo analise esportivarelação aos acordos do Brasil assinados com a Rússia no ano passado.
O encontrorobo analise esportivaPutin com Temer na Rússiarobo analise esportiva2017 tratourobo analise esportivaassuntos como cooperação tecnológica na área nuclear e resolveu um mal-estar causado pela cúpula dos Bricsrobo analise esportiva2016: pouco depoisrobo analise esportivatomar posse, Temer foi o único presidente não recebido por Putinrobo analise esportivaum encontro individual.








