Escravidão: autobiografia raravirtual betanoárabe conta históriavirtual betanointelectual muçulmano capturado na África e vendido como escravo nos EUA:virtual betano

Crédito, YALE UNIVERSITY LIBRARY
"É um importante documento que atesta para o alto nívelvirtual betanoeducação e a longa tradiçãovirtual betanocultura escrita que existia na África na época. Também revela que muitos africanos trazidos aos Estados Unidos como escravos eram seguidores do Islã, uma religião abraâmica e monoteísta. Isso contradiz suposições anteriores sobre a vida e a cultura africana", destaca.
Estudo e esmolas aos pobres
O relato tem 15 páginas e o título (traduzido do inglês) A vidavirtual betanoOmar ben Saeed, chamado Morro, um Escravo Fulavirtual betanoFayetteville, NC (Carolina do Norte).

Crédito, LIBRARY OF CONGRESS
Ibn Said conta que nasceuvirtual betanoFuta Toro,virtual betanouma região ao longo da bacia do rio Senegal,virtual betanouma família da etnia fulani. Seu pai era um homem rico que tinha seis filhos e cinco filhas. Ele diz quevirtual betanomãe tinha três filhos e uma filha, o que, segundo Deeb, significa que seu pai tinha maisvirtual betanouma esposa.
O paivirtual betanoIbn Said foi mortovirtual betanouma guerra tribal quando o filho tinha cinco anos, e ele e o resto da família se mudaram para outra cidade. Ele conta que estudouvirtual betanoBundu, onde hoje é o Senegal. "Eu continuei buscando conhecimento por 25 anos", escreve.
Ibn Said diz que era seguidorvirtual betano"Maomé, o Profetavirtual betanoDeus", rezava cinco vezes por dia e fez peregrinação a Meca. "Eu costumava doar aos pobres", escreve. "Todo anovirtual betanoouro, prata, colheita, gado, ovelhas, cabras, arroz, trigo e cevada, tudo eu costumava doar."
No início do Século 19, Ibn Said voltou à região onde nasceu. Ele permaneceu lá por seis anos, até que,virtual betano1807, um "grande exército" invadiu a região e "matou muitas pessoas". Calcula-se que ele tivessevirtual betanotornovirtual betano37 anos na época.
'Grande mar' e vida como escravo
Após ser capturado, Ibn Said conta que foi vendido a um homem que o levou a "um grande navio no grande mar". A travessia da África até os Estados Unidos durou um mês e meio. Ele desembarcouvirtual betanoCharleston, na Carolina do Sul, por onde passavam grande parte dos africanos levados como escravos aos Estados Unidos.
Ibn Said revela que foi comprado por "um homem pequeno e cruel, que não temia a Deus", chamado Johnson. Ele fugiu depoisvirtual betanoum mês e conseguiu chegar até Fayetteville, na Carolina do Norte, onde foi recapturado e passou 16 dias preso. Foi então comprado por James Owen e seu irmão John Owen, futuro governador da Carolina do Norte, com quem permaneceu pelo resto da vida.

Crédito, Getty Images
Ibn Said descreve os Owen como "homens bons". "O que quer que eles comem, eu também como, e o que quer que eles vestem, eles me dão para vestir", escreve. Mas ele morreu como escravo.
Documentos da época mostram que Ibn Said ganhou dos donos uma cópia do Alcorãovirtual betanoinglês e, posteriormente, uma Bíbliavirtual betanoárabe, e que se converteu ao cristianismo.
Segundo o Departamentovirtual betanoHistória Cultural da Carolina do Norte, Ibn Said era conhecido por vários nomes, como Omar, Umar, Umaru, Omaroh, Morro, Monroe e Moreau, e ganhou notoriedade como um dos escravos com maior nívelvirtual betanoeducação no Estado, sendo temavirtual betanoartigosvirtual betanojornais e revistas da época.
Deeb observa que a erudição e o refinamentovirtual betanoIbn Said chamavam a atenção daqueles que o conheceram, evirtual betanohistória aparecevirtual betanoartigos da época sobrevirtual betanofluênciavirtual betanoárabe e a conversão ao cristianismo.

Crédito, LIBRARY OF CONGRESS
História complexa
Deeb diz que Ibn Said escreveu o texto a pedidovirtual betanoum homem a quem se refere como "Xeque Hunter". O manuscrito acabou depois nas mãos do abolicionista Theodore Dwight, um dos fundadores da Sociedade Etnológica Americana.
A coleção que está na Biblioteca do Congresso foi reunida por Dwight e incluivirtual betanocorrespondência com indivíduos que traduziram e estudaram o relatovirtual betanoIbn Said, alémvirtual betanooutros documentosvirtual betanoinglês e árabe.
Segundo Deeb, o objetivovirtual betanoDwight com a autobiografiavirtual betanoIbn Said evirtual betanotradução, ressaltando o alto nívelvirtual betanoeducação e o monoteísmo do autor, era enfraquecer os argumentos que justificavam a escravidão nos Estados Unidos. Dwight também queria aprofundar o conhecimento dos americanos sobre os povos e a cultura da África Ocidental.
Os documentos passaram por diversos donos até chegar às mãos do colecionador Derrick Beard e,virtual betano2017, serem adquiridos pela Biblioteca do Congresso, onde as páginas frágeis do manuscrito receberam um longo tratamento e foram reforçadas por especialistasvirtual betanoconservação antesvirtual betanoserem colocadasvirtual betanoexposição.
"Essa coleção é uma ferramenta formidável para pesquisa sobre a África nos séculos 18 e 19 e vai jogar luz sobre a complexa história da escravidão nos Estados Unidos", afirma a diretora da biblioteca, Carla Hayden.
- virtual betano Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube virtual betano ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvirtual betanoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavirtual betanousovirtual betanocookies e os termosvirtual betanoprivacidade do Google YouTube antesvirtual betanoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevirtual betano"aceitar e continuar".
Finalvirtual betanoYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvirtual betanoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavirtual betanousovirtual betanocookies e os termosvirtual betanoprivacidade do Google YouTube antesvirtual betanoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevirtual betano"aceitar e continuar".
Finalvirtual betanoYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvirtual betanoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavirtual betanousovirtual betanocookies e os termosvirtual betanoprivacidade do Google YouTube antesvirtual betanoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevirtual betano"aceitar e continuar".
Finalvirtual betanoYouTube post, 3








