O que a mortepixbet goldum poeta aos 32 anos ensina sobre a piora da saúde mental pós Primavera Árabe:pixbet gold

Foto enquadradapixbet goldNidhal Gharibi

Crédito, Matthew Cassel

Legenda da foto, Os amigos do poeta Nidhal Gharibi dizem quepixbet golddepressão foi exacerbada pela situação política da Tunísia

Os números da pesquisa não se referem a casospixbet golddepressão comprovados clinicamente, mas simpixbet goldpessoas que dizem se sentir deprimidas. Mas a pergunta que foi feita aos entrevistados tratapixbet goldum desespero duradouro, não apenaspixbet golduma sensação passageira.

Um jovem atira uma pedrapixbet golduma rua cheiapixbet goldfumaça

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Uma sériepixbet goldmanifestaçõespixbet gold2011 levou à derrubada do presidente da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali

"A vida, às vezes, é exaustiva. Nos últimos seis meses, com que frequência você se sentiu tão deprimido que nada era capazpixbet goldfazer você se sentir melhor?", foi a pergunta. Aqueles que responderam "frequentemente" ou "na maior parte do tempo" foram classificados como "deprimidos" pelo instituto Arab Barometer, responsável pela pesquisa.

Não se fala muito sobre bem-estar mental no mundo árabe, uma região frequentemente analisada sob o ângulo geopolítico: o conflito Israel-Palestina, o petróleo, a religião, o terrorismo e a guerra. Raramente, fala-se do indivíduo e como ele enxerga seu lugar no mundo.

Mas foi a colisão das esferas política e pessoal que deram início à Primavera Árabe, justamente, com um suicídio na Tunísia,pixbet gold2011.

O efeito Bouazizi

Mohamed Bouazizi, um vendedorpixbet goldfrutas, ateou fogo ao próprio corpo após um confronto com autoridades que confiscaram apixbet goldcarrocinha. Ele morreupixbet goldjaneiropixbet gold2011, dando início a protestos pela Tunísia e diversos outros países do mundo árabe.

Desde então, o númeropixbet goldsuicídios – muitos deles com fogo – aumentaram na Tunísia.

"Bouazizi ateou fogo a si mesmo e, depois desse caso, muitas pessoas o copiaram", afirma o psicólogo clínico Aymen Daboussi. "Isso significa que tirar a própria vidapixbet goldprotesto se tornou algo integrado coletivamente nas mentes das pessoas".

Uma mão segura um telefone com uma fotopixbet goldNidhal Gharibi

Crédito, Matthew Cassel

Legenda da foto, Amigos do poeta Nidhal Gharibi dizem que suas ideias continuam vivas

O númeropixbet goldsuicídios consumados ou tentados alcançaram o picopixbet gold857pixbet gold2016,pixbet goldacordo com Najla Arfa, do Fórum pela Economia e pelos Direitos Sociais da Tunísia.

"Após a revolução, os problemas entre os jovens aumentaram. Quando (a revolução) começou, ficamos felizes, pensávamos que o mundo iria mudar", diz ela. Porém, essa expectativa positiva desapareceu.

"Entre 2013 e 2014, os jovens começaram a entender o que estava acontecendo, quando políticos antigos voltaram ao poder", explica Najla Arfa. "Eles não sabem mais onde se posicionam na sociedade e na economia. Eles se sentem sem espaço."

Gharibi estava preocupado com a situaçãopixbet goldseu país e tentou ajudar pessoas mais jovens napixbet goldcidade natal, segundo a ex-namorada Olfa. Sua frustração era evidente no Facebook. "A vida é mais do que apenas sobreviver", comentou Gharibipixbet goldum post.

"Ele era único, uma pessoa rara. Alguns podem achar que 32 anos é ainda muito jovem", diz Olfa. "Mas acho que ele veiopixbet goldum tempo diferente".

Na poesiapixbet goldGharibi, há uma misturapixbet goldafastamento e rebeldia. "Sou livre e vivo dentropixbet goldvocê e sem você", escreveu. "Mesmo se a paixão do seu amor me matar, mesmo na morte ainda apreciaria você. Sou livre e vivo dentropixbet goldvocê e sem você. Enquanto o meu nome flertar com as lágrimas nos seus olhos".

Olfa, ex-namoradapixbet goldNidhal Gharibi

Crédito, Matthew Cassel

Legenda da foto, Olfa, ex-namoradapixbet goldNidhal Gharibi, diz que o poeta era "incrível, verdadeiramente incrível"

O estigma dos problemaspixbet goldsaúde mental

Maispixbet gold25 mil pessoas foram entrevistadas pelo Arab Barometer para a pesquisa da BBC News Arabic. De um modo geral, um terço dos entrevistados na região disse estar deprimido.

Parece muito. Mas chega a ser maior quepixbet goldoutras partes do mundo? É difícilpixbet golddizer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o Mediterrâneo Oriental – uma região muito próxima do mundo árabe, onde foi feita a pesquisa – tem a menor taxapixbet golddepressão do mundo e poucos suicídios.

Na Holanda, uma a cada três pessoas irá enfrentar depressão ou ansiedadepixbet goldalgum momento da vida,pixbet goldacordo com um estudo nacional conhecido como NESDA. Já a pesquisa da BBC News Arabic lida com outra dimensãopixbet goldtempo: a saúde mental dos últimos seis meses.

"A pesquisa mostra que uma grande parte da população do Oriente Médio enfrenta altos níveispixbet goldsofrimento", diz Swaran Sing, diretorpixbet goldsaúde mental e bem-estar da Universidadepixbet goldWarwick. "Em geral, são números maiores do que as médias ocidentais".

Por que guerra e depressão não são a mesma coisa

Cercapixbet goldmetade (43%) das pessoas entrevistadas no Iraque dizem que estão deprimidas. Já no Sudão, são 15%.

Por que o Sudão – que, durante a pesquisa vivia sob um regime político brutal – tem níveispixbet golddepressão tão inferiores aos iraquianos? E por que o Iêmen, que estápixbet goldguerra há quatro anos, é menos deprimido do que Jordânia e Tunísia, que são países relativamente mais estáveis?

Guerra e colapso econômico não causam, necessariamente, depressão. É o que diz Rasjid Skinner, palestrante no Cambridge Muslim College, na Inglaterra, e professor visitante na Universidade Internacional Islâmicapixbet goldIslamabad, no Paquistão.

Na verdade, explica Skinner, a existênciapixbet goldum conflito pode reduzir a sensaçãopixbet goldalienação, ao dar às pessoas o sentimentopixbet goldterem um propósito compartilhado. Na Irlanda do Norte, por exemplo, as taxaspixbet goldsuicídio eram menores nas épocaspixbet goldconflito do que após os acordos que visaram acabar com as hostilidades.

"O que gera bem estar é a sensaçãopixbet goldpertencimento", fala Skinner. E o Sudão é uma das sociedades mais tribais do mundo árabe, gerando fortes laços sociais, continua o especialista.

A famíliapixbet goldNidhal Gharibi, fotografada apóspixbet goldmorte - sete adultos e duas crianças.

Crédito, Matthew Cassel

Legenda da foto, A famíliapixbet goldNidhal Gharibi, fotografada apóspixbet goldmorte

"Já o que gera sentimentos ruins é não se sentir conectado,pixbet golduma forma que não vê saída para as dificuldades. É aí que a pessoa entrapixbet golddesespero". No Sudão, também existe uma tradiçãopixbet goldestudar psicologia, o que pode ter produzido mais conhecimento a respeitopixbet goldtemas ligados à saúde mental, opina Skinner.

Na Tunísia, a esperança desapareceu. E, no Iraque, a remoçãopixbet goldSaddam Hussein, apesarpixbet goldter gerado uma euforia inicial, parece ter aberto uma caixapixbet goldPandorapixbet goldinstabilidade e violência sectária.

"As pessoas podem aguentar as circunstâncias desde que exista esperança. Quando você não consegue enxergar esperança, você fica desesperado e esse desespero leva ao suicídio", fala Skinner.

Já faz maispixbet goldum ano que o poeta Gharibi tirou a própria vida. Para os seus amigos, foi preciso tempo para entender o que se passou.

"Eu não posso dizer que aceitei, mas entendi o que aconteceu", diz Olfa. "Felizmente, ele não morreu como muitas pessoas, porque ele deixou muito. As ideias não morrem, elas continuam aqui. Ele era incrível, verdadeiramente incrível".

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