Coronavírus: Brasil ainda avalia o que fazer com brasileirossite betâniaquarentena enquanto países começam evacuação:site betânia

site betânia Centenassite betâniacidadãos estrangeiros foram retirados da cidadesite betâniaWuhan, epicentro do surtosite betâniacoronavírus na China que está há uma semana sob quarentena. Enquanto isso, brasileiros cobram medidas do governo Bolsonaro.

A doença já matou ao menos 132 pessoas desde dezembro, e infectou quase 6 milsite betânia17 países.

A evacuação que começou nesta quarta-feira (29) não significa, porém, que os estrangeiros voltarão para suas casas. A Austrália, por exemplo, deixará quase 600 cidadãos do paíssite betâniauma nova quarentenasite betâniaduas semanas, desta vez na ilhasite betâniaChristmas, a quase 1.700 km da costa australiana.

A decisãosite betânianão transportar seus cidadãos diretamente ao país gerou uma sériesite betâniacríticas, já que a ilha é conhecida por seu centrosite betâniadetenção para imigrantes.

Por outro lado, brasileiros sob quarentenasite betâniaWuhan reclamam da faltasite betâniaapoio do governo do Brasil esite betâniaperspectivasite betâniaquando conseguirão deixar a região.

Segundo a embaixada brasileirasite betâniaPequim, o governo chinês sinalizou na segunda-feira (27) que haveria uma janela para saídasite betâniaestrangeirossite betâniauma semana, mas outros países começaram a retirar seus cidadãos antes disso.

Procurada novamente após o início da saídasite betâniaestrangeiros, a representação diplomática brasileira na China afirmou que "os órgãos envolvidos no Brasil com a questão estão neste momento avaliando o caso".

Na terça-feira, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chegou a dizer que tem dúvidas sesite betâniafato os cidadãos brasileiros deveriam ser resgatadossite betâniaáreas onde há casos da doença.

"Pelo que parece, tem uma família na região onde o vírus está atuando. Não seria oportuno retirarsite betânialá, com todo o respeito. É o contrário. Não vamos colocarsite betâniarisco nós aqui por uma família apenas", afirmou,site betâniareferência a três brasileiros que estãosite betâniaisolamento nas Filipinas após passarem por Wuhan — uma criançasite betânia10 anos está com suspeitasite betâniater contraído a doença.

Não se sabe ainda exatamente quão contagioso é o novo vírus. Mas autoridades e cientistas afirmam que ele pode ser transmitidosite betâniauma pessoa para outra, mesmo durante o períodosite betâniaincubação (de 1 a 14 dias) e antessite betâniaaparecerem sintomas (como febre, tosse e faltasite betâniaar).

Quem deixou a quarentena até agora?

Nesta quarta-feira (29), foi confirmada a saídasite betâniacidadãos dos Estados Unidos, do Japão e da Austrália da quarentena imposta à cidadesite betâniaWuhan, onde vivem cercasite betânia11 milhõessite betâniapessoas.

Cercasite betânia200 japoneses desembarcaram no aeroportosite betâniaHaneda,site betâniaTóquio, parte apresentando sintomas parecidos aos do novo coronavírus, como febre e tosse.

Todos foram levados a hospitais locais, onde serão observados por equipes médicas dentrosite betâniauma nova quarentena.

Os EUA anunciaram ter retirado 240 cidadãos americanos, incluindo funcionários do consuladosite betâniaWuhan.

Há voos organizados também pelos governossite betâniaFrança, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Filipinas e Malásia.

Como estão os brasileirossite betâniaWuhan?

Há seis dias, Wuhan vivesite betâniauma espéciesite betâniaquarentena. Não se pode entrar ou sair da cidade, o transporte público parousite betâniacircular, as aulas nas escolas e na universidade foram suspensas. Apenas algumas farmácias e supermercados continuam abertos.

A BBC News Brasil conversou com dois brasileiros que estão na cidade, onde vivem cercasite betânia70 brasileiros, mas apenas metade continua lá.

"É como se fosse uma prisão domiciliar", resumiu a paraense Reisi Liao, que está acompanhada do marido e do filhosite betâniadois anos. Ela praticamente não saiusite betâniacasa e não desce nem para as áreas comuns do condomínio para evitar uma exposição desnecessária da criança ao riscosite betâniacontrair a doença.

Outra brasileirasite betâniaWuhan, a maranhense Indira Mara Santos, tentou sair imediatamente da cidade quando soube que ela seria fechada para conter a expansão da doença, mas "quando cheguei ao metrô, já estava fechado".

Desde então, ela está confinadasite betâniaseu quarto no campus da universidade, que assim como a cidade, está deserta.

"A gente tenta ocupar a cabeça para não focar no fatosite betâniaque estamos trancados dentrosite betâniacasa e que tem um vírus lá fora", afirma. "Tento fazer com que meu dia seja produtivosite betâniaalguma forma, lendo e estudando, mas é difícil".

O surto já chegou ao Brasil?

O Ministério da Saúde brasileiro afirmou nesta terça-feira (28) que investiga os três primeiros casossite betâniasuspeitasite betâniacoronavírus no Brasil.

Um deles envolve uma estudantesite betânia22 anossite betâniaMinas Gerais que estevesite betâniaWuhan e apresenta sintomas compatíveis com os provocados pelo novo vírus.

Os outros dois casos suspeitos,site betâniaPorto Alegre esite betâniaCuritiba, também se enquadram nos critérios epidemiológicos (os pacientes estiveram na região onde o vírus é transmitidosite betâniapessoa para pessoa ou tiveram contato com pessoas suspeitas ou confirmadassite betâniaterem o vírus nos últimos 14 dias) e clínicos (apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório), estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificaçãosite betâniapossíveis infecções.

Segundo o ministério, desde o início do surto houve "maissite betânia7 mil rumores" no Brasilsite betâniapacientes que teriam o vírus, informou a pasta.

Se houver alguma confirmação, será o primeiro caso do novo coronavírus tanto no Brasil quanto na América do Sul.

O governo federal também anunciou ter elevado a classificaçãosite betâniarisco do país do nível 1,site betâniaalerta, para o nível 2,site betâniaperigo iminente. A escala vai até o nível 3,site betâniaemergênciasite betâniasaúde pública, quando são confirmados casossite betâniatransmissão no Brasil.

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