Coronavírus não deve tirar focoaposta ganha cadastrodoenças que já circulam no Brasil, alertam especialistas:aposta ganha cadastro

  • Luis Barrucho - @luisbarrucho
  • Da BBC News Brasilaposta ganha cadastroLondres
Legenda do vídeo, As outras doenças que 'merecem mais atenção' que o coronavírus no Brasil

aposta ganha cadastro O surto do coronavírus oriundo da China vem causando preocupação entre os brasileiros, mas não deve tirar o focoaposta ganha cadastrooutras doenças infecciosas, às vezes até mais contagiosas e letais, que circulam no Brasil, alertaram infectologistas ouvidos pela BBC News Brasil.

Entre essas doenças, dizem eles, estão dengue, febre amarela e sarampo, por exemplo. As duas primeiras são transmitidas por mosquitos, enquanto a transmissão da terceira é entre humanos.

"Estamos preocupados com o coronavírus porque é um vírus novo. Ninguém tem imunidade, então, a chanceaposta ganha cadastroele infectar um número muito grandeaposta ganha cadastropessoas é muito alta se ele se alastrar. Agora, temos outras doenças no Brasil com as quais temos que nos preocupar — e até mais. A cada ano, temos uma epidemiaaposta ganha cadastrodengue. Parece que nos acostumamos que várias pessoas vão ficar doentes e algumas delas, morrer e entrar nas estatísticas. E essas mortes são teoricamente evitáveis", diz à BBC News Brasil Alberto Chebabo, infectologista do Serviçoaposta ganha cadastroDoenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rioaposta ganha cadastroJaneiro (UFRJ).

Pessoas com máscaraaposta ganha cadastroTaiwan

Crédito, EPA

Legenda da foto, Surtoaposta ganha cadastrocoronavírus oriundo na China já se espalhou pelo mundo

Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas,aposta ganha cadastroSão Paulo, concorda. Ela ainda alerta sobre a crescente circulaçãoaposta ganha cadastroinformações falsas sobre a nova doença.

"Todo mundo só se interessa por coronavírus, porque é um vírus novo e gera insegurança. Já temos dúvidas suficientes sobre essa doença. Não estou tirando a importância do coronavírus. Mas o pior que pode acontecer agora é que circulem informações falsas que só atrapalham a população e desviam atençãoaposta ganha cadastrodoenças muito mais importantes e cientificamente comprovadas, como o sarampo ou a febre amarela", diz Richtmann.

O novo coronavírus que surgiu na província chinesaaposta ganha cadastroWuhan já infectou maisaposta ganha cadastro20 mil pessoas na China e se espalhou para outros países. Ao todo, 425 dos infectados morreram.

Até a conclusão dessa reportagem, não haviam sido confirmados casos da doença no Brasil.

Apesar disso, o governo federal anunciou, na segunda-feira (03/02), ter decidido decretar uma situaçãoaposta ganha cadastroemergência.

A decisão ocorre uma semana depois que a Organização Mundialaposta ganha cadastroSaúde (OMS) decretou uma situaçãoaposta ganha cadastroemergênciaaposta ganha cadastrosaúde pública internacional.

O novo coronavírus tem sinais e sintomas clínicos principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Ele é da mesma "família" dos vírus que provocaram epidemias anteriores como asaposta ganha cadastroSíndrome Respiratória Aguda Grave (Sars),aposta ganha cadastro2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers),aposta ganha cadastro2012.

Por outro lado, a taxaaposta ganha cadastroletalidade do coronavírusaposta ganha cadastroWuhan é menor, por enquanto:aposta ganha cadastrotornoaposta ganha cadastro2%, comparada com 10% da Sars e 37% da Mers, considerando apenas os casos confirmadosaposta ganha cadastrolaboratório, segundo as autoridades.

Também é inferior, por exemplo, à da versão mais grave da dengue ou da febre amarela silvestre.

Aedes Aegypti

Crédito, EPA

Legenda da foto, Mosquito Aedes aegypti transmite dengue

Dengue

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Fim do WhatsApp

No ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, foram notificados 1.544.987 casos prováveisaposta ganha cadastrodengue no país, aumentoaposta ganha cadastro525%aposta ganha cadastrorelação a 2018.

Desse total, foram confirmados 1.419 casosaposta ganha cadastrodengue grave (DG) e 18.740 casosaposta ganha cadastrodengue com sinaisaposta ganha cadastroalarme (DSA). As mortes totalizaram 782. Ou seja, a taxaaposta ganha cadastroletalidade da versão mais grave da doença, 3,8%, supera a do coronavírus.

Segundo o Ministério da Saúde, "os casosaposta ganha cadastrodengue grave, dengue com sinaisaposta ganha cadastroalarme e óbitos por dengue" são confirmados "por critério laboratorial ou clínico-epidemiológico".

Além disso, cresce o temoraposta ganha cadastroque o Estadoaposta ganha cadastroSão Paulo enfrente neste ano uma epidemia retardadaaposta ganha cadastrodengue. Os casos da doença, que estavam caindoaposta ganha cadastrojaneiro, frente ao mesmo período do ano passado, começaram a subir. Já são 24.888 registros, com uma morte.

O transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisaaposta ganha cadastroágua parada para proliferar. A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depoisaposta ganha cadastro10 dias.

Seus principais sintomas são febre alta, dores musculares intensas, mal estar, faltaaposta ganha cadastroapetite, doraposta ganha cadastrocabeça e manchas vermelhas no corpo.

Febre Amarela

Já a febre amarela, cujo último grande surto aconteceu na temporada 2017/2018, mata maisaposta ganha cadastrotrêsaposta ganha cadastrocada dez pessoas infectadas.

O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão diretaaposta ganha cadastropessoa a pessoa.

Entre 1ºaposta ganha cadastrojulhoaposta ganha cadastro2017 a 30aposta ganha cadastrojunhoaposta ganha cadastro2018, foram confirmados 1.376 casos no país e 483 óbitos. Ou seja, uma taxaaposta ganha cadastroletalidadeaposta ganha cadastro35%.

Desde aquele ano, houve redução significativa do númeroaposta ganha cadastrocasosaposta ganha cadastrofebre amarela. Durante o monitoramento 2019/2020, apenas um caso humano, que veio a óbito, foi confirmado, no Pará.

Mas, no inícioaposta ganha cadastrojaneiro, o Ministério da Saúde fez um alerta à população, especialmente do Sul e do Sudeste, que não eram áreasaposta ganha cadastrorisco para a doença, para tomar a vacina, uma vez que o verão costuma ser o períodoaposta ganha cadastromaior ocorrênciaaposta ganha cadastrodoenças transmitidas por mosquitos.

O governo também decidiu ampliar a cobertura da vacina contra a febre amarela. Neste ano, 1.101 municípios localizados na região Nordeste vão passar a ser considerados ACRV (áreas com recomendaçãoaposta ganha cadastrovacinação), incluindo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, parte do Estado do Piauí, Alagoas (municípioaposta ganha cadastroDelmiro Gouveia) e Sergipe (municípioaposta ganha cadastroCanindéaposta ganha cadastroSão Francisco).

A isso se deve o fatoaposta ganha cadastroque,aposta ganha cadastro2016, o vírus da febre amarela surgiu no extremo leste brasileiro, causando o maior surtoaposta ganha cadastrofebre amarela silvestre observado nas últimas décadas, envolvendo principalmente os estadosaposta ganha cadastroMinas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rioaposta ganha cadastroJaneiro e Bahia.

Atualmente, o Brasil tem registros apenasaposta ganha cadastrofebre amarela silvestre, ou seja, transmitida por mosquitos que vivem no campo e florestas. Os últimos casosaposta ganha cadastrofebre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti) foram registradosaposta ganha cadastro1942, no Acre.

Seus sintomas iniciais são febre com calafrios, doraposta ganha cadastrocabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza.

"Não quero comparar a febre amarela com o coronavírus, mas a febre amarela está no nosso país, temos como nos proteger, efetivamente atravésaposta ganha cadastrouma vacina, e às vezes temos que suar a camisa para termos cobertura vacinal adequada", diz Richtmann, do Instituto Emílio Ribas.

Vírus do sarampo

Crédito, SPL

Legenda da foto, Especialistas acreditam que surtoaposta ganha cadastrosarampo no Brasil, que começouaposta ganha cadastro2018, está ligado,aposta ganha cadastrogrande parte, à desinformação sobre vacinação

Sarampo

Apesaraposta ganha cadastroser menos letal que o coronavírus, o sarampo é muito mais contagioso.

Seu "número reprodutivo" variaaposta ganha cadastro12 a 18, dependendo da metodologia usada. No jargão científico, isso significa para quantas pessoas uma pessoa infectada pode transmitir o vírus.

No caso do novo coronavírus, esse número foi recém-calculado entre 2,2 e 3,3, também muito contagioso, mas bem inferior ao do sarampo.

No Brasil, foram 16 mil casos no ano passado, 10,3 milaposta ganha cadastro2018 e nenhumaposta ganha cadastro2016 e 2017. Do totalaposta ganha cadastroinfectadosaposta ganha cadastro2019, apenas 15 morreram, 14aposta ganha cadastroSão Paulo e umaposta ganha cadastroPernambuco.

Especialistas acreditam que o surto, que começouaposta ganha cadastro2018, está ligado,aposta ganha cadastrogrande parte, à desinformação sobre vacinação.

Em 2016, o Brasil havia recebido o certificadoaposta ganha cadastroeliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, e a região das Américas, declarada livre do sarampo.

Doença viral aguda que se parece a uma infecção do trato respiratório superior, o sarampo é uma doença potencialmente grave, principalmenteaposta ganha cadastrocrianças menoresaposta ganha cadastrocinco anosaposta ganha cadastroidade, indivíduos desnutridos ou imunodeprimidos.

A transmissão do vírus ocorre a partiraposta ganha cadastrogotículasaposta ganha cadastropessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximoaposta ganha cadastropessoas sem imunidade contra o vírus.

"Temos muitos outros problemasaposta ganha cadastrosaúde pública,aposta ganha cadastrodoenças infecciosas que são imunopreveníveis, diferente do coronavírus. Mas não necessariamente a população adere à precaução", conclui Richtmann.

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