A 'arriscada' aposta da Suécia3 bet365combater o coronavírus protegendo economia e liberdades individuais:3 bet365

Ao mesmo tempo, o número3 bet365pessoas infectadas com coronavírus na Suécia continua a aumentar.

Segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins, a Suécia confirmou 3 mil casos e 100 mortes na tarde3 bet365sexta-feira.

"A estratégia do governo sueco é inibir a propagação do vírus, proteger grupos vulneráveis ​​e não sobrecarregar o sistema3 bet365saúde, mas ao mesmo tempo o governo quer reduzir as consequências econômicas e (proteger) nossas indústrias com diferentes pacotes3 bet365estímulos do Ministério das Finanças ", disse à BBC Maja Fjaestad, vice-ministra da Saúde da Suécia.

Na Espanha e na Itália há poucas pessoas que se arrependem3 bet365não ter agido mais severamente antes. Mas Fjaestad explica que o país europeu está comprometido3 bet365implementar "as ações certas no momento certo" e que suas políticas para enfrentar a epidemia são baseadas na ciência.

"Mantemos uma estreita cooperação com a comunidade científica e com especialistas da Agência3 bet365Saúde Pública", acrescenta ela, antes3 bet365enfatizar a importância para o país3 bet365que o comércio e a sociedade continuem funcionando.

Uma aposta 'arriscada'

Para o dinamarquês Lars Christensen, especialista3 bet365economia internacional, é sem dúvida uma aposta "arriscada".

Christensen ressalta que os suecos estão colocando mais3 bet365risco a saúde3 bet365sua população do que outros governos que impuseram restrições mais severas à liberdade3 bet365movimentação.

"Mas, por outro lado, eles estão arriscando menos financeiramente", diz ele à BBC Mundo (o serviço hispânico da BBC). "Quanto3 bet365termos3 bet365desemprego e produção você está disposto a arriscar para proteger alguns cidadãos?", pergunta ele.

Christensen acrescenta que, se um governo não quiser correr riscos, pode simplesmente confinar toda a3 bet365população e implementar restrições3 bet365viagem para conter o surto, como fizeram países como Itália e Espanha, mas alerta que essas medidas têm "enormes custos econômicos".

"Podemos ver taxas3 bet365desemprego, empresas falidas (...) que são,3 bet365grande parte, o resultado3 bet365políticas3 bet365confinamento (...). Se isso permitir que o vírus pare e que o país se abra mais cedo, o custo pode valer a pena. No entanto, acho importante resolvermos tanto os problemas econômicos, quanto os3 bet365saúde. Caso contrário, iremos à falência."

A economia sueca sofrerá um forte golpe, "aconteça o que acontecer", segundo Christensen.

"O coronavírus causou um grande transtorno na economia global e, mesmo que não houvesse casos3 bet365covid-19 na Suécia,3 bet365economia seria afetada por ser altamente exposta ao comércio internacional."

Abordagem da Coreia do Sul

Christensen destaca o caso da Coreia do Sul, onde as restrições são menos rigorosas do que na Europa e isso não a impediu3 bet365achatar a curva3 bet365avanço do coronavírus.

Desde 83 bet365março, quando o número3 bet365pessoas infectadas atingiu 7.134 no país asiático, o número3 bet365novos casos começou a diminuir radicalmente.

Isso apesar3 bet365o fato3 bet365a doença ter se espalhado muito rapidamente no país.

Especialistas indicam que o sucesso da Coreia do Sul se deve principalmente ao fato3 bet365suas autoridades se concentrarem na detecção3 bet365casos e no isolamento3 bet365pessoas afetadas: a Coreia do Sul é um dos países com a maior taxa3 bet365testes do mundo.

"É importante garantir que as pessoas sejam examinadas, bem como limitar o contato pessoal", diz Christensen.

A taxa3 bet365mortalidade por vírus na Coreia do Sul também é uma das mais baixas do mundo.

'É apenas uma questão3 bet365tempo'

Joacim Rocklöv, professor3 bet365epidemiologia e saúde pública na Universidade3 bet365Umea, no nordeste da Suécia, diz acreditar que a estratégia do governo "não é prudente".

"Acho que devemos aprender com a experiência3 bet365outros países, mas não aprendemos lições do que está acontecendo na Itália e na Espanha. Devemos aprender com eles, ser mais rigorosos na implementação (de medidas) e garantir que isso não se transforme3 bet365uma catástrofe3 bet365saúde pública."

Em entrevista à BBC Mundo (o serviço hispânico da BBC), o epidemiologista garante que é apenas uma questão3 bet365tempo até que as autoridades suecas percebam que3 bet365estratégia "não vai funcionar".

"Mas eu gostaria que se dessem conta mais cedo porque as medidas tomadas levarão várias semanas para ter algum efeito."

Rocklöv diz que a vida3 bet365Umea continua quase sem interrupção. Na quarta-feira, reabriram3 bet365academia, que estava fechada por vários dias. Ele também observa como as pessoas ainda vão a restaurantes e fazem viagens às estações3 bet365esqui do país.

"Penso que apenas uma pequena parte da população se dá conta do problema e se preocupa com a falta3 bet365ação (do governo)", diz o professor, explicando que isso ocorre porque a sociedade sueca tende a ter um alto grau3 bet365confiança3 bet365seus governantes.

Turismo na Suécia

Enquanto a indústria do turismo está completamente paralisada há semanas3 bet365toda a Europa Ocidental, a Suécia e suas movimentadas estações3 bet365esqui permanecem totalmente operacionais e abertas ao público.

O complexo3 bet365Sälen, um dos maiores do país, permanece "aberto como sempre",3 bet365acordo com uma funcionária que não quis ser identificada.

"Tivemos vários cancelamentos, mas também tivemos mais reservas quando a Noruega decidiu fechar seus resorts3 bet365esqui."

Sälen está localizado muito perto da fronteira entre a Suécia e a Noruega. De fato, geograficamente, está mais perto3 bet365Oslo do que da capital sueca.

A funcionária da estação movimentada diz que, até 263 bet365março, o governo não havia pedido que planejassem um fechamento.

"Na terça-feira, os diretores tiveram uma reunião com o governo e tomaram a decisão3 bet365manter a estação aberta."

O debate na Suécia e3 bet365outros países nórdicos sobre qual é a abordagem apropriada para enfrentar a crise do coronavírus continua intenso.

Os suecos têm uma visão mais liberal do que seus vizinhos dinamarqueses e noruegueses. Mas, no momento, não está claro qual modelo é mais eficaz.

No entanto, Christensen assegura que nas próximas semanas haverá uma grande discussão entre os países escandinavos sobre a maneira como diferentes países lidaram com a crise da saúde.

"Os dinamarqueses olharão para os números suecos, os suecos olharão para os dinamarqueses e cada sociedade determinará quem tomou as medidas corretas. E, sem dúvida, quem não o fez será julgado", conclui.

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