Coronavírus: o preocupante aumento da violência contra profissionaisroleta bônussaúde no México:roleta bônus

Crédito, AFP
"Infectados!", disse o homem pela janela do carro, antesroleta bônusacelerarroleta bônusretirada, sem permitir a ela identificá-lo.
"Pensei que tivesse sido queimada. Então vi que nada havia acontecido comigo, mas poderia ter sido uma pedra ou um pedaçoroleta bônuspau. Então fiquei triste, triste ao ver como as pessoas estão nos atacando. Isso foi o que doeu mais", diz ela à BBC News Mundo, o serviçoroleta bônusnotíciasroleta bônusespanhol da BBC,roleta bônusMérida, no Estadoroleta bônusYucatán.

Crédito, Facebook
Aumento
Embora a maioria da sociedade reconheça o trabalhoroleta bônusprofissionais como Kantun, até dedicando-lhes aplausos diários, o ataque sofrido por ela não é único.
Em vários países, incluindo o Brasil, ataques e insultos se tornaram frequentes na vida dos profissionaisroleta bônussaúde: multiplicam-se os casosroleta bônusque eles são impedidosroleta bônusacessar o transporte público para voltar pararoleta bônuscasa ou cidade.
Outros receberam mensagens anônimas nas quais seus vizinhos lhes pedem que se mudem enquanto a pandemia dura por medoroleta bônusserem infectados.
E os alvos não são apenas os profissionaisroleta bônussaúde: também os trabalhadoresroleta bônussupermercados e outros serviços essenciais são vítimasroleta bônusdiscriminação.
Mas no México o aumento no número desses casos vem causando preocupação nas autoridades, a julgar pelas medidas adotadas para proteger esses grupos.
"Nada poderia ser alcançado sem os profissionaisroleta bônussaúde (...). Temos que respeitá-los, reconhecê-los, apoiá-los", disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, na segunda-feira, 13roleta bônusabril,roleta bônusuma entrevista coletiva à imprensa.
Depoisroleta bônusser informadoroleta bônus"alguns casosroleta bônusagressão", como oroleta bônusum médico espancado por pessoas depoisroleta bônusele tê-las impedidoroleta bônusacessar uma árearoleta bônusisolamento onde um membro da família havia morridoroleta bônuscovid-19, o Instituto Mexicanoroleta bônusSeguridade Social anunciou na semana passada medidasroleta bônusproteção para os hospitais junto com as secretariasroleta bônusSegurança e Defesa.
Assim, desde então, policiais foram destacados para vigiar os arredores dos centros médicos.
Até soldados do Exército se juntaram às tarefasroleta bônusvigilânciaroleta bônusalguns pontos.

Crédito, Facebook
Alguns hospitais tiveram que fornecer transporte privado para seus funcionários para garantirroleta bônusintegridade, e o governo da Cidade do México disponibilizou quartosroleta bônushotel para os profissionaisroleta bônussaúde que desejam descansar longeroleta bônussuas casas ou se refugiar dos ataques.
Segundo dados do Conselho Nacionalroleta bônusPrevenção da Discriminação no México (Conapred), desde 19roleta bônusmarço até a última segunda-feira, foram recebidas 97 reclamações relacionadas a coronavírus, das quais 18% foram relatadas por profissionais médicos.
E, embora,roleta bônusparticular, os ataques contra esse setor representem um número muito pequeno nos registros da instituição, que os classificam como "casos isolados", as autoridades estão cientes da existênciaroleta bônusmuitos outros casos que não são formalmente registrados. Ou seja, segundo elas, há subnotificação.
"Até agora, não tivemos nenhuma experiência com essas denúnciasroleta bônusdiscriminação, agressão ou ameaça ou assédioroleta bônusprofissionais médicos. É algo completamente novo", diz o vice-diretor geralroleta bônusdenúncias do Conapred, César Flores Mancilla.
Em entrevista à BBC News Mundo, Mancilla garante que, na primeira segunda-feiraroleta bônusabril, o Conapred recebeu "cercaroleta bônus140 ligaçõesroleta bônusapenas uma hora" por atosroleta bônusdiscriminação relacionados à covid-19 e outras condutas - o número é equivalente ao que o Conapred normalmente receberoleta bônusuma semana inteira.

Crédito, AFP
Símbolosroleta bônusdoença e cura
A enfermeira Ligia Kantun confirma essa tendência e reconhece que percebe olhares suspeitos quando caminha pela rua.
"As pessoas nos enxergam com alguma discriminação, ou com... nojo. Quando você entra no hospital ou quando você atravessa o caminho delas, as pessoas se afastam, como se quisessem se distanciar-se".
Segundo especialistas, essa reação incomum pode ser explicada por dois motivos: crenças, queroleta bônusalguns casos partemroleta bônusum princípioroleta bônusrealidade, mas acimaroleta bônustudo uma irracionalidade para enfrentá-las.
"Eles (equipe médica) representam simbolicamenteroleta bônusprópria doença e cura. Portanto, o terror que esse mal e estigma implicam é incontrolável e gera as crenças mais interessantes como um processo social", diz María del Carmen Montenegro, professora da Faculdaderoleta bônusPsicologia da Universidade Nacional do México (Unam).
Montenegro ressalta que no México, um país com um alto e histórico nívelroleta bônusviolência, alguns poderiam optar por ir a outro lugar para escapar dessa situaçãoroleta bônusinsegurança.

Crédito, Facebook
"Mas agora estamos dianteroleta bônusum fenômenoroleta bônusque não há como fugir para evitar seus efeitos, e isso gera mais medos", diz ela à BBC News Mundo.
E esse medo pelo desconhecido é o que faz nosso "eu individual" prevalecer sobre o "eu social", explica Montenegro. Este último é o escolhido, por exemplo, por profissionais da saúde que colocam a própria vidaroleta bônusrisco para enfrentar essa pandemia.
'Não estou aqui para ficarroleta bônuscasa'
Ligia Kantun recorre ao otimismo e garante que, após a agressão sofrida, também foi capazroleta bônusver "o outro lado da moeda" da sociedade na formaroleta bônussinaisroleta bônussolidariedade.
Ela diz que recebeu apoio das autoridades e do centro médico onde trabalha. E que no dia seguinte ao relatar o ocorrido nas redes sociais, alguém lhe enviou uma cestaroleta bônuscafé da manhã e outras pessoas foram àroleta bônuscasa para lhe dar uma máscara.
E, embora aprecie o policiamentoroleta bônustorno dos hospitais e o fatoroleta bônuso efetivo médico poder agora trabalhar sem uniforme para não se expor a novos ataques, ele deixa bem claro que não pretende deixar seu emprego.
"Embora estejaroleta bônusum gruporoleta bônusrisco (devido ao tratamento da artrite reumatóide, uma doença autoimune) e, por causa disso, devesse ficarroleta bônuscasa, não fiz isso porque pensei: 'não estou aqui para ficarroleta bônuscasa. Minha terra e meu povo precisamroleta bônusmim e darei tudoroleta bônusmim por eles", afirma ela, orgulhosaroleta bônusseu trabalho.

Crédito, Cortesía Ligia Kantun
Kantun pede à população que não saiaroleta bônuscasa e não ataque profissionaisroleta bônussaúde.
"Não vamos prejudicá-los. Tenha certezaroleta bônusque, se algum membro da equipe médica estiver infectado, vão se autoisolar, porque, antesroleta bônusproteger as pessoas, devem proteger a si mesmos e suas famílias", diz ela.
E, apesar da agressão sofrida, à qual se refere como "uma pedrinha" que ela própria já chutou, Kantun continua a olhar para o horizonte com energia e com o desejoroleta bônustrabalhar para que essa pandemia termine o mais rápido possível.
"Todas as enfermeiras na frente do desfiladeiro se reúnem e continuam trabalhando. Não há alternativa."


- COMO SE PROTEGER: O que realmente funciona
- COMO LAVAR AS MÃOS: Vídeo com o passo a passo
- SINTOMAS E RISCOS: Características da doença
- 25 PERGUNTAS E RESPOSTAS: Tudo que importa sobre o vírus
- MAPA DA DOENÇA: O alcance global do novo coronavírus


roleta bônus Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube roleta bônus ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosroleta bônusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaroleta bônususoroleta bônuscookies e os termosroleta bônusprivacidade do Google YouTube antesroleta bônusconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueroleta bônus"aceitar e continuar".
Finalroleta bônusYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosroleta bônusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaroleta bônususoroleta bônuscookies e os termosroleta bônusprivacidade do Google YouTube antesroleta bônusconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueroleta bônus"aceitar e continuar".
Finalroleta bônusYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosroleta bônusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaroleta bônususoroleta bônuscookies e os termosroleta bônusprivacidade do Google YouTube antesroleta bônusconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueroleta bônus"aceitar e continuar".
Finalroleta bônusYouTube post, 3








