Por que eleição para senador na Geórgia pode definir futurobwin usagoverno Biden:bwin usa

Segundo resultados parciais, os democratas conquistaram até agora duas cadeiras anteriormente pertencentes a republicanos, no Arizona e no Colorado. Os republicanos, porbwin usavez, venceram uma vaga ocupada anteriormente por um democrata no Alabama.

Outras quatro disputas, no Alasca, na Carolina do Norte e as duas vagas na Geórgia, ainda permanecem sem resultado final.

Assim, até o momento, cada partido tem 48 vagas. A expectativa ébwin usaque os candidatos republicanos vençam no Alasca e na Carolina do Norte. No entanto, nas duas cadeiras da Geórgia, a eleição deverá ir para segundo turno.

Como nos Estados Unidos o vice-presidente dá o votobwin usadesempate no Senado, se os democratas conquistarem as duas vagas na Geórgia, terão o controlebwin usa50 das cem cadeiras do Senado. O voto da vice, Kamala Harris, garantiria, assim, o comando da Casa.

Doadores

As disputas na Geórgia são entre o senador republicano David Perdue, que concorre à reeleição, contra o democrata Jon Ossoff, e entre a senadora republicana Kelly Loeffler e o adversário democrata, o pastor Raphael Warnock. Ambos os republicanos são aliados fiéis do presidente Donald Trump.

A disputa entre Loeffler e Warnock é uma eleição especial. Loeffler foi indicada para o cargo pelo governador Brian Kemp,bwin usadezembro do ano passado, depois que o ocupante da cadeira, o senador republicano Johnny Isakson, se aposentou por problemasbwin usasaúde.

Nos Estados Unidos, senadores são eleitos por seis anos. Mas o vencedor da eleição especial irá ocupar a vaga somente por dois anos, até o fim do mandato originalbwin usaIsakson.

Segundo resultados parciais, Perdue tem até agora 49,8% dos votos, contra 47,9%bwin usaOssoff. Conforme a lei da Geórgia, um candidato a senador precisabwin usamaisbwin usa50% dos votos para uma vitória no primeiro turno.

Na eleição especial, Warnock tem até agora 32,9% dos votos, contra 25,9%bwin usaLoeffler. Um terceiro candidato, o republicano Doug Collins, tem 20% dos votos.

Diante da importância dessas duas disputas, tanto democratas quanto republicanos estão mobilizando suas forças e buscando estimular doadores.

"O destino da maioria no Senado estábwin usajogo na Geórgia. Se você não agir agora, (o líder da minoria no Senado, democrata Chuck) Schumer e os democratas assumirão o controle", diz uma mensagembwin usatexto enviada a doadores republicanos pelo Comitê Nacional Republicano para o Senado.

Batalha difícil

As disputas na Geórgia serão definidas poucos dias antesbwin usaBiden e Harris tomarem posse,bwin usa20bwin usajaneiro.

Analistas preveem uma batalha difícil, salientando que os partidos terão o desafiobwin usamobilizar seus eleitores para irem às urnas mais uma vez.

Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, e o comparecimentobwin usaeleiçõesbwin usasegundo turno para cargos como obwin usasenador é historicamente baixo, tendência que pode ser agravada no momento atual,bwin usameio à pandemiabwin usacoronavírus.

Além disso, o segundo turno será realizado poucos dias após as festasbwin usafimbwin usaano, o que também pode afetar negativamente o comparecimento.

O Estado permitirá votação antecipada para o segundo turno, que será iniciada três semanas antes da data da eleição, e também votação pelo correio.

Muitos democratas apostam na mobilizaçãobwin usaseus eleitores no Estado, que já havia chamado a atenção nas eleiçõesbwin usameiobwin usamandatobwin usa2018, quando a candidata Stacey Abrams perdeu a disputa pelo cargobwin usagovernadora para Kemp por pouco.

Além disso, os democratas estão otimistas com o fatobwin usaresultados parciais indicarem que, na corrida presidencial, Biden obteve leve vantagem sobre Trump na Geórgia, apesarbwin usao Estado ser tradicionalmente republicano.

Com 98% dos votos contados, estima-se que Biden tenha recebido 49,48% dos votos, e Trump 49,27%. A pequena diferença entre os candidatos deverá levar a uma recontagembwin usavotos no Estado.

Poder do Senado

Com o controle do Senado, um presidente tem mais facilidade para aprovar as medidasbwin usaseu governo e fazer com que nomeações para a Suprema Corte e outros tribunais sejam levadas adiante.

O poder do Senado americano ficou claro durante as brigas recentes para nomear juízes para a Suprema Corte, que é a mais alta instância da Justiça dos Estados Unidos e cujas decisões afetam diversos aspectos na vida dos americanos, como acesso a saúde pública, aborto, liberdade religiosa, direitos LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e queer) e regulações ambientais.

Em fevereirobwin usa2016, a morte do juiz conservador Antonin Scalia deixou aberta uma vaga na Suprema Corte. Na época, o então presidente democrata Barack Obama ainda tinha 11 meses até o fimbwin usaseu mandato.

No entanto, o Senado, controlado pelos republicanos e liderado pelo senador Mitch McConnell, se recusou a considerar o nome indicado por Obama para a vaga, alegando que o povo americano deveria ter o direitobwin usaopinar nas urnas, nas eleiçõesbwin usanovembrobwin usa2016.

A vagabwin usaScalia só foi ocupadabwin usaabril do ano seguinte, depois que Trump assumiu o poder e nomeou o juiz Neil Gorsuch.

Neste ano, porém, uma nova vaga surgiu na Suprema Corte, com a mortebwin usasetembro da juíza Ruth Bader Ginsburg, uma das principais vozes progressistas do tribunal.

Apesarbwin usaesta vaga ter sido aberta menosbwin usadois meses antes da eleição, na qual o presidente Trump já apareciabwin usadesvantagem segundo pesquisasbwin usaintençãobwin usavoto, desta vez os republicanos ignorarambwin usadisposição anteriorbwin usadeixar que o povo americano decidisse o futuro da Suprema Corte nas urnas.

O Senado, ainda controlado pelos republicanos e sob a liderança do senador McConnell, apressou a nomeação da indicada por Trump, a juíza Amy Coney Barrett, que assumiu a vaga apenas uma semana antes da eleição.