Coronavírus: o que deu errado no Reino Unido, 1º país europeu a passar dos 100 mil mortos por covid-19:casa de apostas por pix

Na comparação do númerocasa de apostas por pixmortescasa de apostas por pixrelação ao tamanho da população, no entanto, o Reino Unido aparececasa de apostas por pixprimeiro lugar, com 150 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Em seguida, aparecem a República Tcheca (146), a Itália (143) e os Estados Unidos (129). O Brasil aparece na 12ª posição, com maiscasa de apostas por pix104 mortes por 100 mil habitantes.

A comparação do númerocasa de apostas por pixmortes é útil para ter uma dimensão da quantidadecasa de apostas por pixvítimascasa de apostas por pixcada país, mas é preciso tercasa de apostas por pixmente que os métodoscasa de apostas por pixcontabilizar as mortes variam entre os países. É por isso que muitas vezes é preferível analisar as "mortescasa de apostas por pixexcesso", que são as mortes acima da média histórica.

Uma análise feita pelo Financial Times mostra que o Reino Unido teve 18%casa de apostas por pixmortescasa de apostas por pixexcesso ao longocasa de apostas por pix2020 e o Brasil, 22%.

Os fatores

Para explicar o que se passa no Reino Unido, alguns apontarão o dedo para o governo ecasa de apostas por pixdemoracasa de apostas por pixpromover medidascasa de apostas por pixconfinamentocasa de apostas por pixrelação a grande parte da Europa Ocidental, a pouca eficiênciacasa de apostas por pixtestes e rastreamento, e a faltacasa de apostas por pixproteção oferecida aos residentescasa de apostas por pixcasascasa de apostas por pixrepouso.

Outros destacarão problemas mais enraizados na sociedade britânica, como o mau estado da saúde da população, com altos níveiscasa de apostas por pixobesidade, por exemplo.

Outros, ainda, apontarão que alguns dos grandes pontos fortes do Reino Unido — como o fatocasa de apostas por pixser um centro importante para viagens aéreas internacionais, por exemplo; e suas populações urbanas etnicamente diversificadas e densamente povoadas — expuseramcasa de apostas por pixvulnerabilidade a um vírus que se espalha facilmentecasa de apostas por pixambientes fechados.

Aos olhoscasa de apostas por pixalgumas pessoas, o statuscasa de apostas por pixilha do Reino Unido poderia ter ajudado. Outras nações insulares como a Nova Zelândia, Austrália e Taiwan conseguiram impedir o víruscasa de apostas por pixse estabelecer e as mortes foram reduzidas ao mínimo — a Austrália viu menos mortes durante a pandemia do que o Reino Unido registra todos os dias,casa de apostas por pixmédia.

Todos introduziram restrições estritascasa de apostas por pixfronteira imediatamente e bloqueios para conter o vírus antes que ele se propagasse. O Reino Unido, não.

Foi sócasa de apostas por pixjunho que as regrascasa de apostas por pixquarentena para passageiros chegando ao Reino foram introduzidas, mas corredorescasa de apostas por pixviagem foram logo instalados, relaxando as normas para viajantescasa de apostas por pixalguns países. Apenas neste mês isso mudou.

No início da pandemia, ministros e seus principais conselheiros foram acusados ​​de tentar promover uma estratégiacasa de apostas por piximunidade coletiva.

Isso mudou no finalcasa de apostas por pixmarço, quando o lockdown total finalmente ocorreu. Mas houve um atraso crucialcasa de apostas por pixuma semana que, estima-se, custou maiscasa de apostas por pix20 mil vidas,casa de apostas por pixacordo com o então conselheiro do governo do Reino Unido, Neil Ferguson, por causa da rapidez com que as taxascasa de apostas por pixinfecção estavam dobrando naquele momento.

Isso, é claro, é dito com o benefíciocasa de apostas por pixuma retrospectiva. Os próprios conselheiros do governo reconhecem que os dados eram "realmente muito ruins", o que tornava difícil tomar uma decisão que teria repercussões significativas. É um ponto defendido pelo professor Chris Whitty, o principal conselheiro médico do Reino Unido. No meio do ano, ele disse que havia "informações muito limitadas" no iníciocasa de apostas por pixmarço.

Naquela época, o vírus estava se espalhando por casascasa de apostas por pixrepouso. Cercacasa de apostas por pix30% das mortes na primeira onda aconteceramcasa de apostas por pixlarescasa de apostas por pixidosos (ou 40% se você incluir residentescasa de apostas por pixlares que morreram no hospital).

Em maio, as restrições começaram a ser amenizadas. Mas foi cedo demais?

O governo aproveitou a relativa calmaria para se concentrar na construção do que o primeiro-ministro prometeu ser um sistemacasa de apostas por pixteste e rastreamento "revolucionário". A ideia era que novos surtos pudessem ser eliminados pela raiz, com rastreamento abrangente por uma equipe centralizadacasa de apostas por pixrastreamento.

O simples fatocasa de apostas por pixque isso teve que ser desenvolvido alguns meses após o vírus chegar ilustra outro fator por trás do alto númerocasa de apostas por pixmortes: o Reino Unido não estava preparado para uma pandemia dessa natureza como algumas nações asiáticas estavam. Países como Coreia do Sul e Taiwan estabeleceram sistemascasa de apostas por pixteste e rastreamento que já tinham prontos para serem ativados.

No Reino Unido, houve problemas iniciais, com os rastreadores lutando para alcançar muitos contatos e a capacidadecasa de apostas por pixteste diminuindo conforme a demanda aumentava.

E os baixos níveiscasa de apostas por pixinfecção durante o verão (meados do ano no hemisfério Norte) criaram uma falsa sensaçãocasa de apostas por pixsegurança.

Segunda onda

No fimcasa de apostas por pixagosto, cercacasa de apostas por pixmil pessoas por dia testavam positivo ao coronavírus. Em meadoscasa de apostas por pixsetembro, esse valor havia triplicado e, a partir daí, aumentou cinco vezes para 15.000casa de apostas por pixmeadoscasa de apostas por pixoutubro. Os números com teste positivo nunca voltaram a ficar abaixocasa de apostas por pixuma médiacasa de apostas por pix10.000 por dia desde então.

Quando um lockdown foi decretado na Inglaterracasa de apostas por pixnovembro, a previsão eracasa de apostas por pixque duraria quatro semanas.

No entanto, antes do fim desse segundo lockdown, novos casos começaram a surgir no sudeste da Inglaterra. Em poucas semanas, ficou claro o que estava acontecendo: o vírus havia sofrido mutação e uma nova variantecasa de apostas por pixdisseminação mais rápida estavacasa de apostas por pixascensão.

Em meadoscasa de apostas por pixdezembro, a pressão por lockdown estava crescendo novamente, mas o plano para um relaxamento das restrições no Natal já havia sido anunciado. Em todas as nações do Reino Unido, os ministros esperaram.

No iníciocasa de apostas por pix2021, com as internações hospitalares crescendo rapidamente, os quatro diretores médicos do Reino Unido emitiram uma declaração conjunta alertando que o NHS estavacasa de apostas por pix"risco material"casa de apostas por pixser sobrecarregado. Em poucas horas, o Reino Unido estava novamentecasa de apostas por pixlockdown.

Causas mais profundas

Mas também é preciso reconhecer que existem fatores fora do controle do governo que contribuíram para o alto númerocasa de apostas por pixmortes.

Uma das razões pelas quais o vírus conseguiu se estabelecer e se espalhar tão rapidamente foi devido à geografia e o fatocasa de apostas por pixo Reino Unido (e Londrescasa de apostas por pixparticular) ser um centro global. A análise genética mostrou que o vírus foi levado para o Reino Unidocasa de apostas por pixpelo menos 1.300 ocasiões diferentes, principalmente da França, Espanha e Itália, até o fimcasa de apostas por pixmarço.

A densidade da população também é um fator. O Reino Unido está entre as 10 grandes nações mais densamente povoadas (aquelas com populaçãocasa de apostas por pixmaiscasa de apostas por pix20 milhões). Além disso, as cidades britânicas estão mais interconectadas do quecasa de apostas por pixmuitos lugares.

O envelhecimento da população também deve ser levadocasa de apostas por pixconsideração. Depoiscasa de apostas por pixfazer isso, e ajustar o tamanho da população (a chamada mortalidade padronizada para a idade), as mortes aumentaram, mas não tanto quanto alguns sugerem.

A saúde da população também foi um fator. O Reino Unido tem uma das maiores taxascasa de apostas por pixobesidade do mundo.

A obesidade aumenta o riscocasa de apostas por pixhospitalização e morte,casa de apostas por pixacordo com a Public Health England. Um estudo apontou que o riscocasa de apostas por pixmorte era quase o dobro para aqueles que são gravemente obesos.

Condições como diabetes, doença renal e problemas respiratórios também aumentam o risco - um quinto das mortes por covid-19 listava diabetes no atestadocasa de apostas por pixóbito. E o Reino Unido tem taxas relativamente altas dessas doenças.

Muitos argumentaram que esses altos níveiscasa de apostas por pixproblemascasa de apostas por pixsaúde foram agravados pelos níveiscasa de apostas por pixdesigualdade no Reino Unido. Os níveiscasa de apostas por pixproblemascasa de apostas por pixsaúde e expectativacasa de apostas por pixvida sempre foram piores nas áreas mais pobres, mas a pandemia exacerbou isso.

Como o Reino Unido se compara globalmente?

O Reino Unido foi um dos países mais atingidos no mundo na última primavera. Mas é mais difícil comparar as experiências ou o desempenho dos países na segunda onda, uma vez que a epidemia segue padrões tão diferentescasa de apostas por pixtodo o mundo.

Países como a Austrália, sem dúvida, tiveram mais sucesso com primeira e segunda ondas.

Mas esse não é o casocasa de apostas por pixalguns países que se saíram melhor do que o Reino Unido no primeiro semestre do ano passado.

Os EUA não reduziram a taxacasa de apostas por pixmortalidade durante o verão da maneira que o Reino Unido fez e seu númerocasa de apostas por pixmortos está aumentando.

E países como Alemanha ou Polônia, que tiveram muito poucas mortes na primeira onda, agora estão vendo picos com as taxascasa de apostas por pixmortalidade geral correndo muito acima dos níveis normais.

E com o númerocasa de apostas por pixmortes ainda aumentando e as vacinações aindacasa de apostas por pixandamento, é muito cedo para começar a compilar a tabela definitiva dos países mais atingidos na segunda onda.

Mas o professor Devi Sridhar, especialistacasa de apostas por pixsaúde pública da Universidadecasa de apostas por pixEdimburgo, é um dos que criticou a abordagem adotada pelo Reino Unido desde o início.

Ela diz que o Reino Unido, como grande parte da Europa, foi "complacente" com a ameaçacasa de apostas por pixdoenças infecciosas, escolhendo tratar o novo coronavírus "como uma gripe" e permitindo o espalhamento.

O que impressiona alguns é o quão semelhantes são os erroscasa de apostas por pixtermoscasa de apostas por pixlockdown tardio. "Levará anos para descobrir por que (o combate à) covid-19 está indo tão mal no Reino Unido", disse o especialistacasa de apostas por pixdoenças infecciosas da University College London, Neil Stone. "Mas se destaca o fracassocasa de apostas por pixaprender com a primeira onda."

Muitos outros compartilham desse sentimento.

Algumas lições, no entanto, foram aprendidas.

Na comparação da primeira e segunda onda, há um impacto da redução nas mortescasa de apostas por pixcasascasa de apostas por pixrepouso. Mais testes e melhor disponibilidadecasa de apostas por pixequipamentocasa de apostas por pixproteção individual reduziram a proporçãocasa de apostas por pixmortes relacionadas a larescasa de apostas por pixidosos.

Claro, tudo isso é mais fácilcasa de apostas por pixse avaliar posteriormente. Em uma entrevista recente, o principal conselheiro científico, Patrick Vallance, disse: "A lição é (agir) mais cedo do que você deseja, ir mais longe do que você pensa que deseja e ir um pouco além do que você pensa que desejacasa de apostas por pixtermoscasa de apostas por pixaplicaçãocasa de apostas por pixrestrições."

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