'A queda do dólar está só começando': o impacto da pandemia sobre a moeda americana:bet tennis
- Cecilia Barría
- BBC News Mundo

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bet tennis Um dos efeitos da recessão econômica causada pela pandemia covid-19 é que o mundo foi inundadobet tennisdólares.
O Federal Reserve (Fed), o Banco Central (BC) dos Estados Unidos, reduziu drasticamente a taxabet tennisjuros para quase 0%.
Quando isso acontece, o país tende a ficar 'menos atraente' aos olhos dos investidores estrangeiros, que tendem a buscar outros mercados com retornos maiores sobre seu capital.
Paralelamente, o Fed deu sinal verde para a impressãobet tennisdinheiro, com o objetivobet tennismitigar os efeitos da crise.
De fato, 2020 foi o anobet tennisque mais dólares foram emitidos do que nunca. Essa injeçãobet tennisdinheiro permitiu financiar o aumento dos gastos fiscais e deu oxigênio aos mercados.
Mas, ao mesmo tempo, ajudou a empurrar o valor do dólar para baixobet tennisrelação às principais moedas do mundo nos últimos 10 meses - com algumas exceções, como o real brasileiro.
Isso pode ser verificadobet tennisum dos índices que acompanham a evolução da moeda, o Bloomberg Dollar Index (BBDXY), que atingiu a máximabet tennisquase 1.300 pontosbet tennis23bet tennismarço - e, depois disso, começou uma queda que não deu trégua até agora.
Atualizado anualmente, o índice mede o desempenho do dólar ante uma cestabet tennismoedas globais, incluindobet tennispaíses emergentes, que têm a maior liquidez nos mercadosbet tenniscâmbio e os maiores fluxos comerciais com os EUA. O real brasileiro não faz parte dessa cesta.
Trata-sebet tennisuma queda superior a 12% nos últimos 10 meses (percentual que pode variar um pouco dependendo do índice que acompanha a evolução da moeda).
Atualmente, estábet tennisseu nível mais baixo desde o iníciobet tennis2018 e muitos especialistas concordam que a moeda continuará a se desvalorizar.
'Dólar vai continuar caindo'
"O colapso do dólar apenas começou", diz Stephen Roach, professor da Universidadebet tennisYale, nos Estados Unidos, e ex-presidente do bancobet tennisinvestimentos Morgan Stanley na Ásia, à BBC News Mundo, o serviçobet tennisespanhol da BBC.
Roach prevê que a moeda poderá cair maisbet tennis35% até o final deste ano com basebet tennistrês grandes motivos.
O primeiro é que há um aumento acentuado do déficitbet tennisconta corrente dos Estados Unidos, ou seja, o país paga mais no exterior pela trocabet tennisbens, serviços e transferências do que recebe.
Sua projeção ébet tennisque esse déficit continue a impulsionar a queda da moeda.

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A segunda é a valorização do euro, depois que os governos da Alemanha e da França concordaram com um pacotebet tennisestímulo fiscal, além da emissãobet tennistítulos.
E a terceira é que Roach prevê que o Federal Reserve pouco faria para impedir a queda do dólar.
Com os Estados Unidos cada vez mais dependentesbet tenniscapital estrangeiro para compensar seu crescente déficitbet tennispoupança interna, explica ele, e com as políticas adotadas pelo Fed que criam um grande excessobet tennisliquidez, "o argumento para um forte enfraquecimento do dólar parece mais convincente do que nunca", argumenta.
Em relação aos efeitos que uma desvalorização do dólar tem sobre os mercados emergentes (como Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru ou Chile na América Latina), o especialista sugere que podem ocorrer aumentosbet tennisalgumas bolsas desses países.
Enquanto o Federal Reserve não aumentar as taxasbet tennisjuros, que é o que Roach presume que acontecerá, "a fraqueza do dólar deve causar aumentos nos mercados acionários estrangeirosbet tennisgeral e nas ações dos mercados emergentesbet tennisparticular."
"Sem exageros"
No entanto, outros economistas argumentam que, embora a moeda esteja um pouco fraca este ano,bet tennisnenhum caso um "crash" deve ser esperado.
"A queda do dólar não deve ser exagerada", escreveu Mark Sobel, presidente para os EUA do Fórum Oficialbet tennisInstituições Monetárias e Financeiras (OMFIF), no iníciobet tennisjaneiro no site do centrobet tennisestudos.
Sua posição é que há uma perspectiva "desalentadora" para o dólar.
"O dólar pode cair neste ano, mas uma perspectiva muito negativa não se justifica", disse Sobel.
Um dos argumentos é que o dólar já caiu bastante (13%bet tennis2020bet tennisrelação ao picobet tennismarço).
Outra é quebet tennismeio às incertezas globais, não é tão certo que os investidores prefiram arriscar e apostarbet tennisoutras moedas que não o dólar.
Paralelamente, o economista também diz acreditar que pode haver condições monetárias relativamente mais favoráveis nos EUA e que o atual ciclobet tennisdólar forte está simplesmente chegando ao fim.

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Efeitos na América Latina
Na América Latina, a queda do dólar veio com defasagembet tennisrelação a outras partes do mundo.
Um dos motivos que explicam esse atraso na quedabet tennisrelação às moedas das economias latino-americanas é que são mais arriscadas, como explica Diego Mora, executivo sênior da consultoria XTB Latam, sediada no Chile.
"A desvalorização do dólar na América Latina começou há apenas quatro ou cinco meses", diz Morabet tennisentrevista à BBC News Mundo.
Ao analisar as maiores economias da região, o analista afirma que o México é o país onde o dólar mais se desvalorizou, seguido pelo Chile, Colômbia e Brasil.
As consequências do colapso variam substancialmente, dependendo dos diferentes atores econômicos.
Por um lado, os consumidores latino-americanos se beneficiam - aponta o especialista - porque muitos dos bens que consomem são importados, como automóveis e produtos tecnológicos.
Porém, a história não é tão simples, pois ao mesmo tempo os preçosbet tennisalguns alimentos subiram, alerta.
Milho, trigo, cacau e outros produtos básicos aumentaram maisbet tennis30% devido à desvalorização do dólar.
Hakan Aksoy, gerente sêniorbet tennisportfólio da empresa francesabet tennisgestãobet tennisativos Amundi, diz esperar que, com o dólar mais fraco, os preços das commodities subam no mercado internacional, o que beneficia os países latino-americanos, produtores dessas matérias-primas.
A isso se deve a relação inversa entre o preço das commodities e o comportamento da moeda americana. Historicamente, quando o dólar se desvaloriza, o preço das commodities sobe - e vice-versa.
Isso porque a maioria das commodities é cotadabet tennisdólares,bet tennisforma que os consumidores e empresas fora dos EUA veem seu poderbet tenniscompra aumentar quando suas moedas se fortalecem. A maior demanda global por esses produtos acaba elevando seu preço.
Por outro lado, um dólar mais fraco significa que haverá uma política fiscal e monetária mais flexível nos EUA, diz ele à BBC News Mundo.
Assim, "os países emergentes podem tomar empréstimos com mais facilidade, o que ajuda suas demandasbet tennisfinanciamento externo", assinala Aksoy.
Tudo isso seria positivo para o crescimento e a percepçãobet tennisrisco dos investidores.

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O consenso entre os analistas é que, apesar das diferenças entre os países, a desvalorização do dólar traz mais benefícios do que desvantagens para a região.
"Um dólar desvalorizado é definitivamente positivo para as economias latino-americanas", diz Joseph Mouawad, administradorbet tennisfundos da Carmignac, especializadabet tennismercados emergentes. "Um dólar fraco vem com preços mais altos das matérias-primas".
Em relação à dívidabet tennisdólares dos países latino-americanos, Diego Mora explica que, como há mais moeda no mundo e as taxasbet tennisjuros são baixas, os Estados Unidos têm menos poderbet tennisnegociação.
Assim, "a dívidabet tennisdólares dos países latino-americanos pode ser renegociada com juros menores".
No entanto, a queda do dólar frente ao real brasileiro não deve ser tão expressiva, acredita André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.
Ele diz acreditar que a moeda deve chegar ao fim deste ano cotada a R$ 5,30, acima da previsão do mercado,bet tennisR$ 5,01. O dólar terminou o pregão da última sexta-feira (5/2) cotado a R$ 5,42.
Sua perspectiva menos otimista, diz ele, deve-se ao nível historicamente baixo da taxa básicabet tennisjuros, a Selic, e ao risco país.
"Os juros baixos não equilibram os riscos que temos. O Brasil tem sido mal vistobet tennisrelação a outros países emergentes. Uma das percepçõesbet tennisrisco tem a ver com a situação fiscal extremamente difícil para o governo", conclui.
De qualquer forma, o câmbio é uma das variantes econômicas mais difíceisbet tennisprever, alertam os economistas.
Em 2020, por exemplo, o dólar fechou o ano cotado a R$ 5,19. Mas a expectativa do mercadobet tennisjaneiro, ou seja, pré-pandemiabet tenniscovid-19, era que a moeda americana terminaria negociada a R$ 4,09.

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