Casamento gay: onde ocorreram as primeiras cerimônias, há exatos 20 anos:vaidebet de quem é

Movimento gay

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O casamento entre pessoas do mesmo sexo começou a ser reconhecido no início do novo milênio

vaidebet de quem é A primeira lei nacional

Os séculos 20 e 21 poderiam ser divididos com base no casamento gay. No século 20, ele não existia, e o século 21 começou quando a primeira lei estabelecendo o matrimôniovaidebet de quem éhomossexuais foi promulgada. A mudança começou no fimvaidebet de quem édezembrovaidebet de quem é2000, quando a rainha Beatrix, da Holanda, assinou a lei aprovada dias antes pelo Parlamento estabelecendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O novo milênio começou oficialmente dias depois, quando o mundo tinha o primeiro país com a medida oficializada. A legislação holandesa entrariavaidebet de quem évigor no dia 1ºvaidebet de quem éabril do ano seguinte - e noivos e noivas não esperaram o amanhecer.

Logo após a meia-noite do dia 1º, quatro casais - três masculinos e um feminino - foram unidosvaidebet de quem ématrimôniovaidebet de quem éAmsterdã, numa cerimônia civil conduzida pelo prefeito da cidade e transmitida pela televisão. Anne-Marie Thus, uma das noivas, disse que não haveria mudanças práticas relevantes na convivência comvaidebet de quem émulher, Helene Faasen. "A única coisa que será um pouco difícilvaidebet de quem éme acostumar será chamá-lavaidebet de quem éminha esposa." Entre os mesmos direitos concedidos a heterossexuais casados pela lei holandesa, estava ovaidebet de quem éadotar filhos.

Casamento gay na Holandavaidebet de quem é2001

Crédito, MARCEL ANTONISSE/Getty Images

Legenda da foto, Casais gays, incluindo Helene Faasen e Anne-Marie Thus, foram unidos na primeira cerimônia da Holanda

A novidade vinda da Holanda, elogiada por entidadesvaidebet de quem édefesavaidebet de quem édireitos humanos mundo afora, era resultadovaidebet de quem éavanços da década anterior. Se o marcovaidebet de quem éinício do movimento pelos direitos dos homossexuais foram os confrontosvaidebet de quem éStonewall,vaidebet de quem éNova York (EUA),vaidebet de quem é1969, as primeiras conquistasvaidebet de quem étorno da união legal ocorreram na Europa. Mais precisamente, no norte europeu.

Em 1ºvaidebet de quem éoutubrovaidebet de quem é1989, a Dinamarca tornou-se o primeiro país a adotar a união civil - ou parceria civil - para casais do mesmo sexo. Seus vizinhos Noruega, Suécia e Islândia acompanharam, adotando a união civilvaidebet de quem é1993, 1995 e 1996, respectivamente.

A Holanda seguiu as nações escandinavasvaidebet de quem é1998, mas acelerou suas mudanças e, dois anos depois, autorizava o casamento gay antesvaidebet de quem équalquer outro país. Não que a medida tivesse sido um objetivo histórico e permanente da comunidade homossexual.

Segundo David J. Bos, professorvaidebet de quem ésociologia da Universidadevaidebet de quem éAmsterdã, nos anos 1960 e 1970 a maior parte da comunidade gay no país considerava o casamento uma instituição antiquada, assim como o próprio conceito vaidebet de quem émonogamia. "Em vezvaidebet de quem étornar o casamento mais inclusivo, muitos progressistas achavam que ele deveria se tornar menos importante, perdendo privilégios sociais."

A cultura da comunidade mudou nos anos 1980, e o desejovaidebet de quem éter alcance às mesmas possibilidadesvaidebet de quem éunião que os heterossexuais da Holanda se espalhou. Rituais informaisvaidebet de quem éunião começaram a ser realizados por autoridades municipais, até que o país adotou a união civilvaidebet de quem é1998. A medida,vaidebet de quem évezvaidebet de quem éacalmar as demandas por direitos iguais, levou a um aumento da pressão pelo casamento, pois realçava as limitações ainda enfrentadas pelos gays, como na possibilidadevaidebet de quem éadoçãovaidebet de quem écrianças. A Holanda tornou-se assim,vaidebet de quem éabrilvaidebet de quem é2001, o motorvaidebet de quem étransformação social na Europa.

vaidebet de quem é Avanço sobre o mundo católico

Pesquisasvaidebet de quem éopinião indicam que, desde o início do século, cercavaidebet de quem émetade dos holandeses diziam não ter religião. A população católica, historicamente uma minoria no paísvaidebet de quem émaioria protestante, representava pouco maisvaidebet de quem é20%. O próximo país europeu a aprovar o casamento civil gay, entretanto, foi uma nação católica.

Em janeirovaidebet de quem é2013, o Parlamento belga repetiu seu vizinho e votou a favor da medida. A Bélgica, onde mais da metade da população era católica, inicialmente não permitiu a adoçãovaidebet de quem écrianças por casais gays, decisão que seria tomada três anos depois,vaidebet de quem éabrilvaidebet de quem é2006.

Preocupação ainda maior para a Igreja Católica veiovaidebet de quem é2005. O ano era marcante e difícil para o Vaticano, devido à morte e fim do papadovaidebet de quem éJoão Paulo II,vaidebet de quem éabril. Escolhido para o seu lugar, o alemão Joseph Ratzinger - Bento XVI - era um conhecido conservador, até então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por manter a disciplinavaidebet de quem éassuntos eclesiásticos.

Em maio, apenas um mês depois da escolha do novo papa, a Espanha, com maisvaidebet de quem é70% da população católica, se aproximava da aprovação do casamento civil gay. Na época sob o governo do primeiro-ministro socialista José Luis Rodríguez Zapatero, o país assistia atento à disputa no Parlamentovaidebet de quem étorno do tema.

Protesto contra casamento gayvaidebet de quem éMadrivaidebet de quem é2005

Crédito, Antonello NUSCA/Getty Images

Legenda da foto, A rejeição ao casamento gay na Espanha chegou às ruasvaidebet de quem éMadri, mas a medida foi aprovada pelo Parlamento

No final do mês, a Conferência Episcopal Espanhola - conferência dos bispos da Espanha - divulgou uma dura nota dizendo que parlamentares católicos não poderiam votar a favor da proposta. Segundo a entidade, ela representava "uma autêntica subversão dos princípios morais mais básicosvaidebet de quem éordem social".

Em 30vaidebet de quem éjunhovaidebet de quem é2005, apesar da pressão da Igreja, da rejeiçãovaidebet de quem épolíticos conservadores evaidebet de quem éprotestosvaidebet de quem érua contrários à medida, o Congresso espanhol aprovou o casamento gay, incluindo o direito à adoção. A católica Espanha, 40 anos depois do fim do regime fascistavaidebet de quem éFrancisco Franco, tornava-se o terceiro país do mundo a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O maior golpe para a Igreja Católica na Europa ainda estava para vir. Ocorreria dez anos depois, na extremamente católica República da Irlanda, onde na época 78% da população dizia-se seguidora da Igrejavaidebet de quem éRoma. Mas um assuntovaidebet de quem étamanha importância para uma nação católica não poderia ser resolvido por um grupo pequenovaidebet de quem éautoridades. Diferentemente dos países que até então haviam permitido o casamento civil homossexual, aprovando a medida no Parlamento ou por meiovaidebet de quem éum tribunal superior, a Irlanda entregou a decisão avaidebet de quem épopulação.

Na sexta-feira, 22vaidebet de quem émaiovaidebet de quem é2015, os irlandeses foram às urnas num referendo para dizer "sim" ou "não" ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Com uma participaçãovaidebet de quem é60,52% dos eleitores, a vitória do "sim" foi histórica e significativa: 62% contra 38%. Em meio às celebrações nas ruas da capital, Dublin, uma moça dizia à BBC News: "Este é o dia mais importante da minha vida até hoje. Estou sem palavras. Estou tão orgulhosa da nossa nação e do nosso povo, especialmente as pessoas jovens, da minha idade". Outra disse: "Você não sabe o peso da opressão até que ela é retirada. E eu nunca havia me sentido assim". No colovaidebet de quem éuma mulher, um bebê exibia uma camisa com os dizeres "O amor nunca está errado".

Celebraçãovaidebet de quem éDublin

Crédito, Clodagh Kilcoyne/Getty Images

Legenda da foto, Irlandeses comemoram o resultado do referendo nacional que aprovou o casamento gay no país católico

O arcebispovaidebet de quem éDublin, Diarmuid Martin, lamentou o resultado mas disse entender como se sentiam os homossexuais naquele dia. Ele disse também compreender o significado da transformação que ocorria na sociedade irlandesa. "Acho que é uma revolução social, que não começou hoje." Segundo ele, "está bastante claro que, se este referendo é uma afirmação da visão dos jovens, a Igreja tem uma tarefa enorme àvaidebet de quem éfrente, para encontrar a linguagem para poder conversar e passarvaidebet de quem émensagem para os jovens."

Longe dali,vaidebet de quem éRoma, o cardeal Pietro Parolin, secretário-geral do Vaticano, foi menos diplomático. Segundo ele, o resultado da votação foi um revés não apenas para os católicos ou para os cristãos. "Eu acho que você não pode falar apenasvaidebet de quem éderrota dos princípios cristãos, masvaidebet de quem éderrota da humanidade."

vaidebet de quem é A luta nos Estados Unidos

Do outro lado do Atlântico, a movimentaçãovaidebet de quem éentidadesvaidebet de quem éhomossexuais e legisladores locais começava a ganhar forçavaidebet de quem évárias partes dos Estados Unidos. Antes dos americanos, porém, os canadenses tomaram a histórica decisão. Um dia antes do Parlamento espanhol, a Câmara dos Comuns do Canadá aprovou a medida, enviadavaidebet de quem éseguida ao Senado. Aprovado também pela Câmara alta, o casamento gay tornou-se leivaidebet de quem é20vaidebet de quem éjulho, fazendo do Canadá o primeiro país das Américas a dar esse passo.

Ao sul do Canadá, a luta da comunidade homossexual americana por direitos iguaisvaidebet de quem éunião levaria mais tempo - uma década, para ser preciso. Os avanços começaram no final do século 20. Em 1997, o Estado do Hawaii introduziu alguns benefícios a casais do mesmo sexo que viviam juntos. Dois anos depois, a Califórnia, conhecida pela forçavaidebet de quem ésua comunidade gay, especialmente na cidadevaidebet de quem éSan Francisco, foi o primeiro Estado americano a estabelecer um reconhecimento legalvaidebet de quem érelações entre pessoas do mesmo sexo. O Estado estabeleceuvaidebet de quem élei a "parceria doméstica", que trouxe os primeiros direitos a parceiros homossexuais, como visitas a hospitais.

Grupo pelo casamento gayvaidebet de quem éBoston

Crédito, MediaNews Group/Boston Herald via Getty Images

Legenda da foto, Em 2000, gruposvaidebet de quem éapoio ao casamento gay mobilizavam-sevaidebet de quem éfavor da ideia nos EUA, comovaidebet de quem éBoston

Um passo ainda mais significativo foi dado no ano seguinte pelo Estadovaidebet de quem éVermont - com uma populaçãovaidebet de quem éapenas 600 mil habitantes, no nordeste dos Estados Unidos, fronteira com o Canadá. Em dezembrovaidebet de quem é1999, ao finalvaidebet de quem éum caso conhecido como "Baker v. Vermont", a Suprema Corte do Estado decidiu que negar a homossexuais a possiblidadevaidebet de quem écasamento violava as leis estaduais. Com base nessa decisão,vaidebet de quem éjulho do ano seguinte Vermont estabeleceu, pela primeira vez no país, a parceria - ou união - civil para casais do mesmo sexo, que lhes conferia os mesmos direitos dados a heterossexuais casados.

A reação dos opositores a tais medidas veio rapidamente. No iníciovaidebet de quem é2000, eleitores da Califórnia aprovaram uma lei chamada Proposição 22, que definia o casamento como uma união "entre um homem e uma mulher". Meses depois, eleitores do Estadovaidebet de quem éNebraska aprovam medida semelhante, que também foi adotada pelo votovaidebet de quem é2002,vaidebet de quem éNevada.

Estava lançada a batalha a ser travada nos anos seguintes: enquanto cidades e Estados mais progressistas adotavam novos direitosvaidebet de quem éunião entre homossexuais, conservadores tentavam proteger a exclusividade do casamento para casais heterossexuais.

Em fevereirovaidebet de quem é2004, o presidente republicano George W. Bush fezvaidebet de quem émaior cartada nesse sentido: declarou apoio a uma emenda constitucional que definiria o casamento como união entre duas pessoasvaidebet de quem ésexos opostos. "A união entre um homem e uma mulher é a mais duradoura instituição humana, honrada e encorajadavaidebet de quem étodas as culturas e por toda fé religiosa", disse o presidente.

Presidente Bushvaidebet de quem é2004

Crédito, TIM SLOAN/Getty Images

Legenda da foto, Em 2004, o presidente Bush anunciou seu apoio a emenda constitucional que limitaria o casamento a uniões heterossexuais

Chamada oficialmentevaidebet de quem éEmenda Federal sobre o Casamento, a proposta era uma arma eleitoral importante num anovaidebet de quem éque Bush buscava a reeleição. Entretanto, ela também criou uma rara divisão na então conservadora Casa Branca.

Seu parceirovaidebet de quem écampanha, o vice-presidente Dick Cheney, cuja filha Mary era lésbica, distanciou-se do colegavaidebet de quem échapa no assunto, defendendo que os direitosvaidebet de quem étodos os cidadãos fossem estendidos aos homossexuais. Em agosto, ele disse: "Minha visão geral évaidebet de quem éque liberdade significa liberdade para todos. As pessoas deveriam ser livres para entrarvaidebet de quem équalquer tipovaidebet de quem érelação que elas quiserem." Em relação à propostavaidebet de quem ési, Cheney defendia que os Estados tomassem suas próprias decisões sobre o tema.

Do outro lado da batalha, casais homossexuais recebiam o apoiovaidebet de quem élideranças progressistas, como o então prefeitovaidebet de quem éSan Francisco, Gavin Newsom. Em fevereirovaidebet de quem é2004, Newsom ordenou que o cartório da cidade passasse a conceder licençasvaidebet de quem écasamento para companheiros do mesmo sexo, dizendo acreditar quevaidebet de quem éposição tinha tanto base moral como amparo legal. "Eu acredito que estamosvaidebet de quem éterreno legal firme, e certamente eu acredito com todas as forças que temos a correta base moral", afirmou o prefeito na época à rede CNN. Entre fevereiro e março, um totalvaidebet de quem é4.906 casais registraram seu matrimônio civil na cidade californiana.

Os tribunais não concordaram. A Suprema Corte da Califórnia determinou o fim da práticavaidebet de quem émeadosvaidebet de quem émarço e,vaidebet de quem éabril, tornou inválidos todos os casamentos realizados com a autorização da prefeituravaidebet de quem éSan Francisco. Em vezvaidebet de quem éuma derrota definitiva, porém, a decisão da Justiça foi apenas um capítulovaidebet de quem éuma batalha vencida no Estado quatro anos depois. Em 15vaidebet de quem émaiovaidebet de quem é2008, por 4 votos a 3, a Suprema Corte estadual decidiu que o acessovaidebet de quem écasais do mesmo sexo ao casamento é um direito fundamental.

Protesto pelo casamento gayvaidebet de quem éSan Franciscovaidebet de quem é2005

Crédito, Justin Sullivan/Getty Images

Legenda da foto, A pressão pelo casamento gay cresceuvaidebet de quem épartes dos EUA na primeira década do século 21, como na Califórnia

O que parecia uma decisão definitiva, porém, voltou a ser contestado quando eleitores no Estado votaram a favorvaidebet de quem éuma nova emenda constitucional, dessa vez chamada Proposição 8, que estabelecia o casamento como união entre homem e mulher. Não apenas a Califórnia: eleitores do Arizona e da Flórida também aprovaram emendas no mesmo sentido, o que já havia ocorrido nos anos anterioresvaidebet de quem éEstados como Alabama, Idaho, Virginia, Tennessee e Carolina do Sul, entre outros. Do outro lado,vaidebet de quem éoutubrovaidebet de quem é2008 a Suprema Corte estadualvaidebet de quem éConnecticut decidiu que a proibiçãovaidebet de quem écasamentos gays violava a Constituição do Estado, e as uniõesvaidebet de quem épessoas do mesmo sexo começaram a ser realizadasvaidebet de quem énovembro.

As disputas judiciais continuaram por anos. Em 2010, a Justiça californiana considerou que a Proposição 8 violava a Constituição americana, mas houve recurso, julgado pela Suprema Corte dos Estados Unidos três anos depois. Em junhovaidebet de quem é2013, a maior autoridade da Justiça dos EUA reafirmou a decisão californiana.

Estava aprovado, agoravaidebet de quem émaneira definitiva, o casamento gay na Califórnia. As vitórias legais do movimentovaidebet de quem éfavor da medida tornaram-se mais frequentes, refletindo a mudançavaidebet de quem épensamento da opinião pública. Segundo o instituto Gallup,vaidebet de quem é2009 os americanos ainda eram contrários ao casamento gay, numa proporçãovaidebet de quem é57% contra 40%. Em 2011, o jogo virou, com a parcela da população favorável atingindo 53% contra 45%. A nova tendência manteve-se, evaidebet de quem émeadosvaidebet de quem é2015 60% dos americanos eram a favor do casamento gay, e 37% contra.

Foi nesse novo contexto,vaidebet de quem éinquestionável aprovação entre os americanos do direito ao casamento para homossexuais, que a Suprema Corte tomouvaidebet de quem éhistórica decisão no dia 26vaidebet de quem éjunhovaidebet de quem é2015, ao analisar o caso conhecido como "Obergefell v. Hodges". Referindo-se à 14ª emenda à Constituição americana - quevaidebet de quem é1868 garantiu direitos iguais e proteção da lei a todos os cidadãos do país, - a mais alta corte americana decidiu, por 5 votos a 4, que todos os Estados e territórios dos Estados Unidos deveriam realizar e respeitar casamentos entre pessoas do mesmo sexo com os mesmos direitos aplicados aos casaisvaidebet de quem ésexos opostos.

Casal gay celebra decisão da Suprema Corte

Crédito, David McNew

Legenda da foto, A decisão da Suprema Corte americana, quevaidebet de quem é2015 garantiu o direito ao casamento gay, foi muito comemorada

O presidente Barack Obama celebrou o resultado. "Este julgamento fortalecerá todas as nossas comunidades, ao oferecer a todos os casais do mesmo sexo a dignidade do casamento por toda esta grande terra", disse Obamavaidebet de quem épronunciamento nos jardins da Casa Branca. "Este julgamento é uma vitória para a América. Esta decisão afirma aquilovaidebet de quem éque milhõesvaidebet de quem éamericanos já acreditamvaidebet de quem éseus corações: quando todos os americanos são tratados como iguais, nós todos somos mais livres." Naquela noite,vaidebet de quem éhomenagem à histórica decisão, a Casa Branca foi iluminada com as cores do arco-íris, símbolo do movimento gay.

vaidebet de quem é Um mundo dividido

Um mapa do casamento gay na Europa mostra uma clara linha divisória no centro do Velho Continente. Uma faixa do lado ocidental, começandovaidebet de quem éPortugal, passando por Espanha, França, Reino Unido, Áustria, Alemanha, Suíça, os Países Baixos e chegando até os escandinavos e a Finlândia, já aprovou o casamentovaidebet de quem épessoas do mesmo sexo. Ao mesmo tempo, o Leste Europeu continua avesso à ideia. No meio, países como Itália, Grécia e outros adotaram leisvaidebet de quem éunião civil, sem oferecer a igualdade completa.

No Leste, o destaque tem sido para o avançovaidebet de quem éposturas mais conservadoresvaidebet de quem érelação ao tema. Na Rússia, as duas primeiras décadas do milênio, sob a liderançavaidebet de quem éVladimir Putin, viram uma crescente intolerância à homossexualidade. Em 1ºvaidebet de quem éjulhovaidebet de quem é2020, os russos aprovaram nas urnas várias mudanças na Constituição. Entre elas, uma que define o casamento exclusivamente como a união entre um homem e uma mulher. Em 7vaidebet de quem éoutubro, aniversáriovaidebet de quem éPutin, integrantes do grupovaidebet de quem émúsica Pussy Riot foram detidos depoisvaidebet de quem écolocarem bandeiras do arco-írisvaidebet de quem éprédios administrativosvaidebet de quem éMoscou.

Na Polônia, o crescimento da influência do partido do presidente Andrzej Duda, Partido da Lei e da Justiça (PiS), levou ao aumentovaidebet de quem émedidas e atitudes discriminatórias. O próprio Duda disse considerar o movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) "mais destrutivo" que o comunismo. Com o aumento do númerovaidebet de quem épolíticos com discursos hostis a homossexuais, várias cidades polonesas declararam-se "livres da ideologia LGBT". Em setembrovaidebet de quem é2020, embaixadoresvaidebet de quem écercavaidebet de quem é50 países escreveram uma carta ao governo polonês exigindo o fim à discriminação contra a comunidade gay.

Ativista gay presovaidebet de quem éMoscouvaidebet de quem é2013

Crédito, ALEXANDER NEMENOV/Getty Images

Legenda da foto, A intolerância à homossexualidade cresceu na Rússia, onde protestosvaidebet de quem égays costumam ser reprimidos pela polícia

No Brasil, o casamento gay foi resultado do movimento crescentevaidebet de quem édefesa dos direitosvaidebet de quem éhomossexuais. Com o fim do regime militar e a promulgaçãovaidebet de quem éuma nova Constituição,vaidebet de quem é1988, os direitos civis dos cidadãos brasileiros estavam garantidos por lei - e qualquer discriminação com base na sexualidade contrariava tais direitos. Foi preciso, no entanto, que o movimento LGBT avançassevaidebet de quem évisibilidade e reconhecimento. Um dos marcos nessa gradual conquistavaidebet de quem éreconhecimento social foi a realização da primeira Parada Gay,vaidebet de quem é1997, na cidadevaidebet de quem éSão Paulo. A festa contou com cercavaidebet de quem é2 mil pessoas e, com o passar dos anos, passou a reunir centenasvaidebet de quem émilhares e deu destaque à luta por igualdade para casais do mesmo sexo.

Nos anos 2000, alguns Estados começaram a aceitar o estabelecimentovaidebet de quem éunião civil homoafetiva. Entretanto, com a constante recusavaidebet de quem écartórios pelo paísvaidebet de quem éaceitar a realizaçãovaidebet de quem écasamentos gays, incluindo direito a herança e partilhavaidebet de quem ébens, a questão chegou ao Supremo Tribunal Federal. Em 2011, a corte suprema brasileira decidiu ser ilegal qualquer discriminação contra casais homoafetivos no que se refere à união civilvaidebet de quem éduas pessoas. Dois anos depois, o Conselho Nacionalvaidebet de quem éJustiça publicou uma resolução estabelecendo que casais do mesmo sexo tinham o direitovaidebet de quem ése casar com um registro civil, da mesma maneira como casais heterossexuais. Estava criado o casamento gay no Brasil - não com uma nova lei, mas como resultadovaidebet de quem édecisões da Justiça.

Grande casamento gay no Riovaidebet de quem éJaneiro,vaidebet de quem é2013

Crédito, YASUYOSHI CHIBA

Legenda da foto, Logo após a aprovação do casamento gay,vaidebet de quem é2013, muitos casais brasileiros oficializaramvaidebet de quem éunião

Os vizinhos sul-americanos Argentina, Uruguai e Colômbia também aprovaram a medida, mas nem toda a América Latina seguiu o mesmo caminho. Na América Central, o único país a aprovar o casamento gay até 2020 foi a Costa Rica. O resto do mundo também é marcado por uma misturavaidebet de quem éavanços e resistência a mudanças. Na Nova Zelândia e na Austrália, o casamento gay é legalizado desde 2013 e 2017, respectivamente. Em 2006, a África do Sul tornou-se o quinto país do mundo a adotar o casamento homoafetivo, mas não foi seguida por nenhuma outra nação do continente.

No Oriente Médio, homossexuais correm o riscovaidebet de quem épunições severas, como prisãovaidebet de quem énações do Mundo Árabe e até a penavaidebet de quem émorte, adotada no Irã. Na região, o país mais tolerante à homossexualidade é Israel, cuja cidadevaidebet de quem éTel Avi é conhecida porvaidebet de quem édiversidade e porvaidebet de quem éanual Parada Gay, considerada uma das maiores do mundo. Até o finalvaidebet de quem é2020, no entanto, os gays israelenses ainda não tinham obtido o direito ao casamento, medida defendida pelos políticos mais progressistas do país.

Mudanças lentas, mas importantes, começaram a ocorrervaidebet de quem égrandes nações asiáticas historicamente avessas a relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo. Em 2018, numa medida extremamente significativa para o país, a Índia descriminalizou a homossexualidade. Desde então, homossexuais no país passaram a acreditar na possibilidade da adoção do casamento no futuro. Na China, o Partido Comunista deu sinaisvaidebet de quem éque passou a considerar propostasvaidebet de quem éaprovação do casamento gay, mesmo sem medidas concretas. No Japão, aumentou a pressão para que as autoridades no país adotem a mudança.

Casalvaidebet de quem émoças na Parada Gayvaidebet de quem éTel Avivi

Crédito, JONATHAN NACKSTRAND/Getty Images

Legenda da foto, A Parada Gayvaidebet de quem éTel Aviv já era uma das maiores do mundo, mas os israelenses gays não podiam se casar

Nos Estados Unidos, o apoio ao casamento gay não parouvaidebet de quem écrescer. Em 2020, o Gallup registrou que 67% dos americanos defenderam o direito ao casamentovaidebet de quem éhomossexuais, contra 31% contrários. Ainda assim,vaidebet de quem écomentários feitosvaidebet de quem éoutubrovaidebet de quem é2020, dois juízes da Suprema Corte, Clarence Thomas e Samuel Alito, criticaram a decisão do tribunalvaidebet de quem é2015.

Segundo eles, a adoção do casamento gay continuava provocando o que chamaramvaidebet de quem é"consequências devastadoras" à liberdade religiosa nos Estados Unidos, por impedir que funcionários recusem-se a realizar casamentos devido avaidebet de quem éfé. Os comentários são uma lembrançavaidebet de quem éque conquistas obtidasvaidebet de quem étribunais ou mesmo nas urnas podem sempre ser revistas.

As duas primeiras décadas do século 21 foram marcadas por vitórias dos homossexuaisvaidebet de quem égrande parte do mundo, mas a discriminação segue existindovaidebet de quem évárias formas, na maioria dos países. A comunidade gay precisará continuar lutando por seus direitos, ao mesmo tempovaidebet de quem éque protege os avanços obtidos.

Este artigo é parte da série especial "21 Histórias que Marcaram o Século 21", da BBC News Brasil.

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