'Crueldade não teve limites', diz Presidência da Bolívia após acusar ex-mandatáriabaixar o aplicativo da blazergenocídio:baixar o aplicativo da blazer

baixar o aplicativo da blazer Após oito mesesbaixar o aplicativo da blazerinvestigações ebaixar o aplicativo da blazerreunir depoimentosbaixar o aplicativo da blazervítimas da violência no último trimestrebaixar o aplicativo da blazer2019, na Bolívia, os especialistas independentes convocados pela Organizaçãobaixar o aplicativo da blazerEstados Americanos (OEA) detalharam num longo relatório casosbaixar o aplicativo da blazertortura, violência sexual e assassinatos, naquele período, no país.

O documento aponta que foram constatadas,baixar o aplicativo da blazerdiferentes circunstâncias, "pelo menos 37 mortes"baixar o aplicativo da blazerdiversos lugares do território boliviano e centenasbaixar o aplicativo da blazervítimas com "ferimentos tanto físicos como psicológicos".

No relatório, o Grupo Interdisciplinarbaixar o aplicativo da blazerEspecialistas Independentes (GIEI-Bolívia), da Comissão Interamericanabaixar o aplicativo da blazerDireitos Humanos da OEA, detalhou o que ficou conhecido como "Massacrebaixar o aplicativo da blazerSacaba", perto da cidadebaixar o aplicativo da blazerCochabamba, quando uma operação envolvendo policiais e militares, com tanques, helicópteros e um avião, deixou nove mortos e cem feridos identificados, no dia 15baixar o aplicativo da blazernovembro daquele ano.

Os especialistas afirmam ter confirmado ainda "pelo menos nove casosbaixar o aplicativo da blazertortura" e que "muitos" outros dos 223 detidos naquele episódio que reunia apoiadores do ex-presidente Evo Morales, teriam sofrido "maus tratos", após serem detidos e levados para as instalações da Força Especialbaixar o aplicativo da blazerLuta contra o Narcotráfico (FELCC).

"Observa-se nos registrosbaixar o aplicativo da blazerautópsia das vítimas fatais que elas foram feridas (a bala) na parte superior do tórax ou da cabeça", diz o texto do documento divulgado na semana passada.

No documento, o GIEI enfatiza a importânciabaixar o aplicativo da blazerque esses casos sejam "exaustivamente investigados" para que as circunstâncias das mortes sejam esclarecidas.

"A Polícia e as Forças Armadas, separadamente oubaixar o aplicativo da blazeroperações conjuntas, usaram forçabaixar o aplicativo da blazermodo excessivo e desproporcional", afirma o documento que não tem função penal, masbaixar o aplicativo da blazerrecomendações para a melhor convivência entre opositores, divisão dos poderes, o fortalecimento das instituições na Bolívia e ressarcimento às vítimas daqueles episódios.

Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, o porta-voz da Presidência da Bolívia, Jorge Richter Ramírez, disse que a "crueldade" não teve limites na gestãobaixar o aplicativo da blazerÁñez.

"As execuções sumárias no país angustiaram o presidente (Luis Arce, aliadobaixar o aplicativo da blazerEvo Morales). Elas representam o maior graubaixar o aplicativo da blazerdesprezo pela vida das pessoas e indicam que o objetivo era eliminar o adversário", disse Ramírez.

"A polícia fez uso desproporcional da força, utilizou arma letal, estabeleceu um plano com a intençãobaixar o aplicativo da blazermatar nas manifestações e realizou execuções sumárias. Isto significa disparos pelas costas contra pessoas que estavam tentando escapar do conflito. E foram maisbaixar o aplicativo da blazermil prisões e, como diz o relatório, sem os processos, sem as devidas acusações", disse.

Ele afirmou que o governo acatará as recomendações feitas pelos especialistas e que, nabaixar o aplicativo da blazervisão, a Bolívia tem "a obrigaçãobaixar o aplicativo da blazerrefletir sobre a crueldade a que as lutas políticas chegaram no país e que expõem também a debilidade institucional" boliviana.

Ouvido pela BBC News Brasil, o advogadobaixar o aplicativo da blazerJeanine disse que o relatório foi "imparcial" e "incompleto".

'Massacres'

O "Massacrebaixar o aplicativo da blazerSacaba" mencionado no relatório ocorreu três dias após a instauração do governo interino da ex-presidente Jeanine Áñez e cinco dias depois da renúnciabaixar o aplicativo da blazerEvo Moralesbaixar o aplicativo da blazermeio ao caos social e questionamentos sobre a eleição para seu quarto mandato, realizadabaixar o aplicativo da blazeroutubro.

Segundo o documento da OEA, os casosbaixar o aplicativo da blazerviolência, incluindo mortes,baixar o aplicativo da blazerSacaba tinham começado antes mesmo do momentobaixar o aplicativo da blazerque se chamoubaixar o aplicativo da blazer"massacre".

O texto observa que os protestosbaixar o aplicativo da blazerLa Paz cresceram após a chegadabaixar o aplicativo da blazerÁñez ao palácio presidencial Quemado e que a repressão policial foi intensificada.

Alémbaixar o aplicativo da blazerSacaba, o documento também faz referências ao casobaixar o aplicativo da blazerSenkata, ocorrido no dia 19baixar o aplicativo da blazernovembro, no governobaixar o aplicativo da blazerÁñez.

As Forças Armadas reprimiram manifestações sob argumentobaixar o aplicativo da blazerque uma refirnaria da estatal YPFB corria riscobaixar o aplicativo da blazerexplosão, o GIEI "não identificou evidências concretasbaixar o aplicativo da blazerque a refinaria estivesse exposta a riscobaixar o aplicativo da blazerexplosão".

"Nos casos mais graves, foi identificada uma atuação abusiva, ilegal e arbitrária, com o usobaixar o aplicativo da blazerarmasbaixar o aplicativo da blazerfogo que provocaram a mortebaixar o aplicativo da blazertranseuntes e manifestantes, no 'massacrebaixar o aplicativo da blazerSenkata', além da ação violenta para impedir o protesto pacifico, como claramente ocorre no 'massacrebaixar o aplicativo da blazerSacaba'", dizem os especialistas no documento.

No relatório, estão os nomes das dez vítimas que morreram no "enfrentamento"baixar o aplicativo da blazerSenkata.

O "Relatório sobre os casosbaixar o aplicativo da blazerviolência e vulnerabilidade dos direitos humanos ocorridos entre 1baixar o aplicativo da blazersetembro e 31baixar o aplicativo da blazerdezembrobaixar o aplicativo da blazer2019", com quase 500 páginas, aponta que no dia onzebaixar o aplicativo da blazernovembro, quando o país vivia uma espéciebaixar o aplicativo da blazerlimbo político, 28 pessoas, incluindo uma mulher e três adolescentes, "foram detidas e brutalmente torturadas"baixar o aplicativo da blazeruma dependência policialbaixar o aplicativo da blazerLa Paz.

"Elas foram apresentadas à imprensa como terroristas responsáveis por ataques e saques ocorridos na regiãobaixar o aplicativo da blazerEl Alto (em La Paz), sem que antes tenha sido confirmada a participação delas nos incidentes".

Segundo o relatório, os detidos sofreram novas sessõesbaixar o aplicativo da blazertorturasbaixar o aplicativo da blazeruma segunda dependência policial e além disso, adolescentes, também torturados, teriam sido mantidos com os adultos, e entre eles "havia um jovem com deficiência intelectual".

Na ampla relaçãobaixar o aplicativo da blazercasos contra os direitos humanos, o relatório menciona a prisãobaixar o aplicativo da blazeruma ex-assessora diretabaixar o aplicativo da blazerEvo Morales,baixar o aplicativo da blazerquando ele era presidente.

Ela teria sido detida na rua, por pessoal à paisana, e que, grávida e sem assistência médica, ela teria perdido o bebê na cadeia.

E cita ainda o caso ocorrido com uma suposta namoradabaixar o aplicativo da blazerum dos ex-ministrosbaixar o aplicativo da blazerEvo Morales que teria sido amarrada à uma cama, além das prisões dos que integravam o Tribunal Eleitoral do país à época da eleição presidencial,baixar o aplicativo da blazeroutubrobaixar o aplicativo da blazer2019.

Violência sexual

Os especialistas do GIEI disseram ter registrado dois casosbaixar o aplicativo da blazerviolência sexual por partebaixar o aplicativo da blazeragentes policiais contra mulheres detidas.

"Estas ocorrências não foram investigadas. E apesar desses dois casos poderem ser comprovados pelo GIEI, não significa que outros similares não tenham ocorrido mesmo que ainda não tenham sido denunciados", relata o documento.

"Em certos casos documentados os atosbaixar o aplicativo da blazerviolência sexual podem ser considerados como torturas, devido ao enorme sofrimento imputado às vítimas", complementa o relatório.

Para a equipe convocada pela OEA para investigar aquele fimbaixar o aplicativo da blazerano turbulento na Bolívia, o Ministério Público tem "a obrigação"baixar o aplicativo da blazerlevar adiante a apuraçãobaixar o aplicativo da blazer"tortura e violênciabaixar o aplicativo da blazergênero diante da gravidade dos casos".

Após concluídas as investigações, a equipe da OEA ressaltou que "a maioria das violações contra os direitos humanos documentadas no relatório continua impune", apesar do tempo decorrido desde o finalbaixar o aplicativo da blazer2019.

O relatório ressalta também a polarização extrema vivida entre opositores na Bolívia. O documento indica que isso se manifesta na formabaixar o aplicativo da blazer "violência racista contra povos indígenas, incluindo mulheres indígenas, que foram especialmente atacadas naquela época", e o texto pede ainda "punição aos responsáveis".

No documento, os especialistas enfatizam fatos que contribuíram para a divisão dos bolivianos e cita a substituiçãobaixar o aplicativo da blazersímbolos indígenas - como a bandeira indígena wiphala - por símbolos do cristianismo evangélico.

O relatório acrescenta que "a promoção do cristianismo evangélico foi uma normabaixar o aplicativo da blazerorientação do Estado e os discursos racistas serviram para rejeitar a identidade, a cultura e a história indígenas".

'Genocídio'

Na sexta-feira passada, o Ministério Público acusou Jeanine Áñezbaixar o aplicativo da blazer"genocídio" pela mortebaixar o aplicativo da blazercercabaixar o aplicativo da blazervinte manifestantes durante repressão policial nas localidadesbaixar o aplicativo da blazerSacaba ebaixar o aplicativo da blazeruma refinariabaixar o aplicativo da blazergásbaixar o aplicativo da blazerSenkata, na cidadebaixar o aplicativo da blazerEl Alto.

Ela está presa desde março sob acusaçãobaixar o aplicativo da blazer"terrorismo, sedição e conspiração" pelos acontecimentosbaixar o aplicativo da blazernovembrobaixar o aplicativo da blazer2019.

Na entrevista à BBC News Brasil, o advogado da ex-presidente, Jorge Valda Daza, disse que ela é uma "presa política", sugeriu que o Poder Judiciário está "comprometido" e que no governo Arce "farão tudo para que ela não seja solta".

Jeanine Áñez está presa numa prisãobaixar o aplicativo da blazermulheres desde março passado e, no fimbaixar o aplicativo da blazersemana, seus aliados informaram que ela teria tentado o suicídio na cadeia.

OEA

O governo do presidente Arce informou, porbaixar o aplicativo da blazervez, que "ela tem pequenos arranhõesbaixar o aplicativo da blazerum dos braços".

Valda Daza criticou o relatório da OEA. "Tínhamos a maior expectativabaixar o aplicativo da blazerrelação ao relatório. Mas ele é incompleto e questionamosbaixar o aplicativo da blazerimparcialidade", disse.

Ele citou, por exemplo, a mortebaixar o aplicativo da blazerduas pessoas contrárias ao Movimento ao Socialismo (MAS),baixar o aplicativo da blazerEvo e Arce, que foram baleadas e mortas,baixar o aplicativo da blazeroutubro, na localidadebaixar o aplicativo da blazerMontero, regiãobaixar o aplicativo da blazerSanta Cruzbaixar o aplicativo da blazerla Sierra, fronteira com o Brasil. O caso também é abordado no relatório.

Nesta semana,baixar o aplicativo da blazeruma carta pública, ex-presidentes da região, entre eles Álvaro Uribe, da Colômbia, e Mauricio Macri, da Argentina, pediram "tratamento humanitário" para Áñez e disseram que o governo Arce é "responsável pela vida e integridade da ex-presidente" que exerceu governobaixar o aplicativo da blazertransição, aceito pela OEA, afirma o documento.

baixar o aplicativo da blazer Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube baixar o aplicativo da blazer ? Inscreva-se no nosso canal!