Por que é possível pegar covid mesmo vacinado, como o ministro Queiroga:bet7k giros gratis

bet7k giros gratis O diagnóstico positivo para covid do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante viagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comitiva aos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU vem dominando o noticiário e reacendeu o debate sobre a eficácia das vacinas.

Pelo Twitter, Queiroga anunciou que está com coronavírus — diferentementebet7k giros gratisBolsonaro, no entanto, ele diz ter sido vacinado com as duas doses. A informação foi confirmadabet7k giros gratisnota divulgada pela Secretaria Especialbet7k giros gratisComunicação Social.

De acordo com o comunicado, o ministro passa bem. Os demais integrantes da comitiva foram testados e receberam diagnóstico negativo para a doença.

O ministro terá que cumprir quarentena na cidade por 14 dias antesbet7k giros gratisretornar ao Brasil. Ele foi o segundo integrante da equipe presidencial a contrair o vírus nos Estados Unidos. Antes dele, um diplomata que foi enviado para preparar a viagembet7k giros gratisBolsonaro à ONU também recebeu resultado positivo para a covid-19.

"Comunico a todos que hoje testei positivo para Covid19. Ficareibet7k giros gratisquarentena nos EUA, seguindo todos os protocolosbet7k giros gratissegurança sanitária. Enquanto isso, o Ministério da Saúde seguirá firme nas açõesbet7k giros gratisenfrentamento à pandemia no Brasil. Vamos vencer esse vírus", escreveu ele, embet7k giros gratisconta pessoal no Twitter.

Queiroga não é o primeiro casobet7k giros gratisinfecção após duas doses. Em julho, a apresentadora Ana Maria Braga, por exemplo, diz ter tido covid mesmo depoisbet7k giros gratister sido duplamente vacinada.

Outras personalidades, também duplamente vacinadas, morreram mesmo depoisbet7k giros gratisimunizadas — como o ator Tarcísio Meira,bet7k giros gratisagosto.

Mas o que explica a infecção por covid mesmo depoisbet7k giros gratisa vacinação com as duas doses?

Em primeiro lugar, nenhuma vacina para covid é 100% eficaz — como, aliás, nenhum imunizante é, mesmo aqueles que estão disponíveis há décadas para outras enfermidades, como sarampo, gripe e catapora.

Mas estudos científicos apontam há meses que elas têm uma boa eficácia para barrar os casos mais graves das doenças que combatem.

Por isso, especialistas advertem que, no caso da covid, todos devem continuar se cuidando com o distanciamento físico e o usobet7k giros gratismáscaras, até que uma grande porcentagem da população esteja vacinada e a pandemia fique controlada, com númerosbet7k giros gratiscasos e mortes bem baixos.

Nos EUA, por exemplo, onde Queiroga provavelmente contraiu o vírus, os númerosbet7k giros gratiscasos confirmados estão subindo, assim como obet7k giros gratismortes — a imensa maioria entre não vacinados.

Há algumas hipóteses para isso, entre as quais o ceticismobet7k giros gratismuitos americanos quanto ao imunizante — para se ter uma ideia, hoje o Brasil tem uma proporçãobet7k giros gratisvacinados com a primeira dose (68,57%) maior do que a dos Estados Unidos (63,11%), segundo dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidadebet7k giros gratisOxford.

Outras suposições estão relacionadas a tipobet7k giros gratisimunizante, tempo desde a vacinação, variantes e ao sistema imunológico (leia mais abaixo).

Também é preciso lembrar que os efeitos protetores da vacina só chegam ao auge somente 14 dias depois da imunização.

Infecção 'breakthrough'

Portanto, se você ainda tiver covid-19 depoisbet7k giros gratisduas semanas da segunda dose, como foi o casobet7k giros gratisQueiroga, você sofreu uma infecção "breakthrough" (invasiva), ou seja, quando uma pessoa é infectada mesmo tendo recebido vacina contra uma doença.

Em termos gerais, as infecções breakthrough são semelhantes às infecções comunsbet7k giros gratiscovid-19bet7k giros gratispessoas não-vacinadas — mas existem algumas diferenças.

De acordo com o estudo Covid Symptom Study, os cinco sintomas mais comunsbet7k giros gratisuma infecção breakthrough são dorbet7k giros gratiscabeça, coriza, espirros, dorbet7k giros gratisgarganta e perda do olfato. Alguns desses sintomas são os mesmos sentidos por pessoas que não se vacinaram.

Se você não foi vacinado, três dos sintomas mais comuns também são dorbet7k giros gratiscabeça, dorbet7k giros gratisgarganta e coriza.

No entanto, os outros dois sintomas mais comunsbet7k giros gratispessoas não-vacinadas são febre e tosse persistente. Esses dois sintomas "clássicos" da covid-19 se tornam muito menos comuns depois que você recebe as vacinas. Um estudo descobriu que pessoas com infecções breakthrough têm 58% menos probabilidadebet7k giros gratister febrebet7k giros gratiscomparação com pessoas não-vacinadas. Em vez disso, a covid-19 após a vacinação tem sido descrita como sensaçãobet7k giros gratisresfriado por muitos.

Pessoas vacinadas também têm menos probabilidade do que pessoas não-vacinadasbet7k giros gratisserem hospitalizadas caso tenham covid-19. Elas também são propensas a ter menos sintomas durante os estágios iniciais da doença e são menos propensas a desenvolver covid longa.

O motivo para a doença ser mais brandabet7k giros gratispessoas vacinadas pode ser porque as vacinas, quando não bloqueiam a infecção, parecem fazer com que as pessoas infectadas tenham menos partículasbet7k giros gratisvírusbet7k giros gratisseu corpo. No entanto, isso ainda não foi comprovado.

O que aumenta o risco?

No Reino Unido, pesquisas descobriram que 0,2% da população — ou uma pessoabet7k giros gratiscada 500 — sofre uma infecção breakthrough depoisbet7k giros gratistotalmente vacinada. Mas nem todos correm o mesmo risco. Quatro fatores parecem contribuir para seu nívelbet7k giros gratisproteção com a vacina.

bet7k giros gratis 1. Tipobet7k giros gratisvacina

O primeiro é o tipo específicobet7k giros gratisvacina que você recebeu e a redução do risco relativo que cada tipo oferece. A redução do risco relativo é uma medidabet7k giros gratisquanto uma vacina reduz o riscobet7k giros gratisalguém desenvolver covid-19bet7k giros gratiscomparação com alguém que não foi vacinado.

Ensaios clínicos descobriram que a vacina Moderna reduz o riscobet7k giros gratisuma pessoa desenvolver covid-19 sintomáticobet7k giros gratis94%, enquanto a vacina Pfizer reduz esse riscobet7k giros gratis95%. As vacinas Johnson & Johnson e AstraZeneca tiveram pior desempenho, reduzindo esse riscobet7k giros gratiscercabet7k giros gratis66% e 70%, respectivamente (embora a proteção oferecida pela vacina AstraZeneca parecesse aumentar para 81% se um intervalo maior fosse deixado entre as doses).

bet7k giros gratis 2. Tempo desde a vacinação

Mas esses números não dão o quadro completo. Está se tornando cada vez mais evidente que o tempo decorrido desde a vacinação também é importante e é uma das razões pelas quais o debate sobre as imunizaçõesbet7k giros gratisreforço está crescendobet7k giros gratisintensidade.

Pesquisas iniciais, aindabet7k giros gratispré-publicação (ainda não revisadas por outros cientistas), sugerem que a proteção da vacina Pfizer diminui ao longo dos seis meses após a vacinação. Outro artigo pré-publicaçãobet7k giros gratisIsrael também sugere a mesma coisa. É muito cedo para saber o que acontece com a eficácia da vacina depoisbet7k giros gratisseis meses da segunda dose, mas é provável que ela caia ainda mais.

bet7k giros gratis 3. Variantes

Outro fator importante é a variante do vírus que você está enfrentando. As reduções no risco acima foram calculadas testando vacinas contra a forma original do coronavírus.

Mas, ao enfrentar a variante alfa, os dados da Public Health England sugerem que duas doses da vacina Pfizer são ligeiramente menos protetoras, reduzindo o riscobet7k giros gratissintomasbet7k giros gratiscovid-19bet7k giros gratis93%. Contra a delta, o nívelbet7k giros gratisproteção cai ainda mais, para 88%. A vacina AstraZeneca também é afetada.

O estudo Covid Symptom Study confirma tudo isso. Seus dados sugerem quebet7k giros gratisduas a quatro semanas após receber a segunda dose da Pfizer, você tem cercabet7k giros gratis87% menos probabilidadebet7k giros gratister sintomasbet7k giros gratiscovid-19 ao enfrentar a variante delta. Depoisbet7k giros gratisquatro a cinco meses, esse número cai para 77%.

bet7k giros gratis 4. Seu sistema imunológico

É importante lembrar que os números acima se referem à redução média do riscobet7k giros gratisuma população. O seu próprio risco dependerábet7k giros gratisseus próprios níveisbet7k giros gratisimunidade ebet7k giros gratisoutros fatores específicos da pessoa (como o graubet7k giros gratisexposição ao vírus, que pode ser determinado pelo tipobet7k giros gratistrabalho que você faz).

A aptidão imunológica geralmente diminui com a idade. Condições médicasbet7k giros gratislongo prazo também podem prejudicar nossa resposta à vacinação. Idosos ou pessoas com sistema imunológico comprometido podem, portanto, ter níveis mais baixosbet7k giros gratisproteção induzida por vacina contra covid-19 ou podem verbet7k giros gratisproteção diminuir mais rapidamente.

Também vale a pena lembrar que os mais vulneráveis clinicamente receberam vacinas primeiro, possivelmente há maisbet7k giros gratisoito meses, o que pode aumentar o riscobet7k giros gratissofrer uma infecção inicial devido ao declínio da proteção.

Preciso me preocupar?

As vacinas ainda reduzem muito suas chancesbet7k giros gratiscontrair covid-19. Elas também protegembet7k giros gratisum grau ainda maior contra hospitalização e morte.

No entanto, é preocupante haver mais infecções breakthrough, como abet7k giros gratisQueiroga. O temor é que elas possam aumentar se a proteção da vacina, como se suspeita hoje, cair com o tempo.

Portanto, muitos países ao redor do mundo, como o Brasil, estão oferecendo uma terceira dose aos mais vulneráveis e também considerando se os reforços devem ser dados mais amplamente ao restante da população.

Mas mesmo que eles venham a ser usados, isso não deve ser interpretado como "vacinas não funcionam".

E, enquanto isso, é essencial promover a vacinação para todos aqueles que possam ser vacinados mas que ainda não foram, advertem os especialistas.

Ganho individual ou um bem coletivo?

Quando tomamos uma vacina, sempre pensamosbet7k giros gratisnossa própria saúde: na maioria das vezes, o objetivo é diminuir o riscobet7k giros gratispegar determinada doença infecciosa.

Mas precisamos terbet7k giros gratismente que o benefício da vacinação vai muito alémbet7k giros gratisnós mesmos.

Quando nos protegemos, estamos beneficiando por tabela toda a sociedade.

Afinal, o imunizante pode quebrar as cadeiasbet7k giros gratistransmissãobet7k giros gratisum vírus (quando ele é capazbet7k giros gratisprevenir a infecção) ou diminuir o riscobet7k giros gratissuperlotação dos leitos hospitalares (quando ele minimiza as chancesbet7k giros gratisevolução para os quadros mais graves).

Mas há um detalhe importante nessa história. Esses efeitos positivos só costumam ser sentidos quando uma parcela considerável da população está efetivamente imunizada.

"A vacina é, principalmente, um bem coletivo. E esse impacto individual,bet7k giros gratisproteção contra determinada doença ou suas formas mais graves, cresce à medida que uma maior parte da população é vacinada", explicou a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabinbet7k giros gratisVacinas, nos Estados Unidos,bet7k giros gratisentrevista recente à BBC News Brasil.

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