Golpe no Sudão: quatro perguntas para entender a crise política:poker superstar

poker superstar O golpe militar ocorrido no Sudão na segunda-feira (25/10) dissolveu o governo e prendeu o primeiro-ministro, Abdallah Hamdok. Essa é a mais recente crise políticapoker superstarum país que vive há alguns anos um período turbulento.

Além das tensões políticas, a economia do Sudão, terceiro maior país da África, estápoker superstaruma crise profunda, com alta inflação e escassezpoker superstaralimentos, combustíveis e medicamentos.

O golpe alarmou potências internacionais que só recentemente estabeleceram relaçõespoker superstardiplomacia com o Sudão, após anospoker superstarisolamento.

Abaixo reunimos alguns pontos que você precisa saber sobre o golpe militar no Sudão.

Qual é o panopoker superstarfundo do golpe?

Líderes militares e civis compartilham o poder desde agostopoker superstar2019, depois que o então presidente do Sudão, Omar al-Bashir, foi deposto. Ele era acusadopoker superstarautoritarismo.

Bashir foi derrubado pelos militares, mas manifestaçõespoker superstarrua exigiram o retornopoker superstarum governo civil. Os militares foram então forçados a negociar um plano com o objetivopoker superstarmudar para um regime democrático.

Segundo esse projeto, o país agora deveria estarpoker superstarum períodopoker superstartransição, com civis e líderes militares comandando o Sudão por meiopoker superstarum comitê conjunto conhecido como Conselho Soberano.

Mas os dois grupos estão publicamentepoker superstarconflito.

O que está por trás da tensão política?

Os líderes militares do governopoker superstartransição exigiram reformaspoker superstarseus colegas civis e pediram a substituição do gabinete do primeiro-ministro. A manobra foi considerada um golpe por líderes civis.

Houve vários golpes fracassados ​​desde 2019, o mais recente deles no mês passado.

A principal figura civil, o primeiro-ministro Abdallah Hamdok, ligou o movimento a seguidores leais a Bashir - muitos dos quais dizem estar inseridos nas forças armadas, nos serviçospoker superstarsegurança epoker superstaroutras instituições do Estado.

Nas últimas semanas, manifestantes pró-exército invadiram a capital, Cartum. Por outro lado, também houve grandes protestos espontâneospoker superstarapoio ao primeiro-ministro.

Os manifestantes pró-militares acusaram o governopoker superstarnão conseguir solucionar os problemas do país.

Hamdok tinha implantado algumas medidas impopulares para tentar reformar a economia, como uma reduçãopoker superstarsubsídios aos combustíveis.

A fragilidade política do Sudão tem um longo precedente, no entanto.

Nas décadas anteriores, a fragmentação dos partidos políticos epoker superstarincapacidadepoker superstarconstruir consenso pavimentaram o caminho para tentativaspoker superstartomada do poder por meiopoker superstargolpes militares. As tentativaspoker superstarruptura tinham como pretexto a "restauração da ordem", como escreve o analista regional Magdi Abdelhadi.

Hoje, no Sudão, existem pelo menos 80 partidos políticos.

Este amplo partidarismo conturbou o Conselho Soberano: divisões internas entre os campos militares e civis travaram qualquer consenso político.

O que está acontecendo agora?

O chefe do Conselho Soberano fez um discurso anunciando estadopoker superstaremergência e a dissolução do gabinete do governo e do próprio conselho.

O general Abdel Fattah Abdelrahman Burhan também disse que eleições gerais serão realizadaspoker superstarjulhopoker superstar2023.

O primeiro-ministro Hamdok teria sido detido por soldados nessa segunda-feira, junto com vários outros ministros. A sede da rede estatalpoker superstarTV e rádio foi tomada pelos militares, segundo informações locais.

O uso da internet também foi restringido.

A União Africana, a ONU e a União Europeia, bem como a Liga Árabe e os Estados Unidos, expressaram "profunda preocupação" com o golpe militarpoker superstarsegunda-feira.

O que pode acontecer a seguir?

O golpe não é necessariamente um "acordo fechado", sugere o analista político Alexpoker superstarWaal, dada a "tremenda capacidadepoker superstarmobilização cívica do Sudão".

"Sempre que os militares tentaram ultrapassar o limite, a mobilização das ruas puxou elespoker superstarvolta. Suspeito que é isso que veremos agora", disse ele à BBC.

De acordo com a página do ministério da Informação do Sudão no Facebook, o primeiro-ministro pediu para as pessoas se manifestarempoker superstarapoio ao governo.

Fotos e reportagens mostram manifestantes se reunindopoker superstarCartum. Tropas militares também foram destacadas para reprimir os atos.

Em junhopoker superstar2019, antes que a transição democrática fosse acordada, soldados abriram fogo contra manifestantespoker superstarCartum, matando pelo menos 87 pessoas.

As memórias desse massacre estão na mente da população enquanto os dois lados se confrontam.

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