COP26: Os principais fracassos e vitórias do acordo final da cúpula sobre mudança climática:como se dar bem no sportingbet

No que diz respeito a apoio financeiro a países pobres, no entanto, a sensação écomo se dar bem no sportingbetque houve pouca evolução. Para alguns paísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento, como o Brasil, há um "desequilíbrio" nas responsabilidades, com nações ricas cobrando resultados e ambição, sem entregar o dinheiro prometido para financiar as regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Os países mais vulneráveis também pediam um fundo para "perdas e danos", para usar quando se vissem diantecomo se dar bem no sportingbetemergências climáticas inevitáveis, como furacões, inundações e secas prolongadas. Mas União e Europeia e Estados Unidos bloquearam essa proposta.

A BBC News Brasil lista aqui os avanços no texto e o temas que falharamcomo se dar bem no sportingbetambição por faltacomo se dar bem no sportingbetconsenso.

Diminuiçãocomo se dar bem no sportingbetcombustíveis fósseis

O acordo firmado na COP26 defende a necessidadecomo se dar bem no sportingbet"acelerar" a transição energética para fontes limpas. Também pede que os países "acelerem" os esforços para reduzir subsídios "ineficientes" a combustíveis fósseis e o usocomo se dar bem no sportingbetcarvão que não use tecnologiacomo se dar bem no sportingbetcompensaçãocomo se dar bem no sportingbetemissões.

O texto anterior falavacomo se dar bem no sportingbet"eliminar" o usocomo se dar bem no sportingbetcarvão, o que para especialistas e ONGs internacionais, como Greenpeace e WWF, seria um avanço histórico, já que seria primeira vez que a menção ao fim do usocomo se dar bem no sportingbetfontes poluidorascomo se dar bem no sportingbetenergia "sobrevivia" ao acordo finalcomo se dar bem no sportingbetuma cúpula do clima.

Por causa da grande pressãocomo se dar bem no sportingbetpaíses que defendemcomo se dar bem no sportingbetenergia a carvão ecomo se dar bem no sportingbetgrandes exportadorescomo se dar bem no sportingbetpetróleo, como Arábia Saudita, Índia, China e Rússia, já havia um temorcomo se dar bem no sportingbetque o trecho fosse retirado durante as negociações. No final das contas, foi esvaziado. O presidente da COP26, Alok Sharma, chegou a se emocionar ao dizer que lamenta que as negociações tenham resultado nessa última versão sobre combustível fósseis, mas destacou que era preciso chegar a um consenso.

"Esta é a primeira vez que uma decisão na Convenção do Clima reconhece explicitamente a necessidadecomo se dar bem no sportingbettransiçãocomo se dar bem no sportingbetcombustíveis fósseis para renováveis. Já tínhamos visto propostas nesse sentidocomo se dar bem no sportingbetrascunhoscomo se dar bem no sportingbetdecisões anteriores, como do próprio Acordocomo se dar bem no sportingbetParis, mas elas não sobreviveramcomo se dar bem no sportingbettexto final", disse à BBC News Brasil Natalie Unsterstell, especialistacomo se dar bem no sportingbetpolítica climática e integrante do Grupecomo se dar bem no sportingbetFinanciamento Climático para América Latina e Caribe.

"É um reflexo diretocomo se dar bem no sportingbetque os combustíveis fósseis estão perdendocomo se dar bem no sportingbetlicença social, isto é,como se dar bem no sportingbetlicença para existir."

Além disso, durante a COP26, um grupocomo se dar bem no sportingbet40 países, incluindo Reino Unido, Canadá e Polônia, assinou um acordo paralelo para eliminar o usocomo se dar bem no sportingbetcarvão mineralcomo se dar bem no sportingbetsua matriz energética entre 2030 e 2040. Mas a lista não inclui os dois maiores emissores do mundo: China e Estados Unidos.

Muitos ativistas também criticam o fatocomo se dar bem no sportingbetnão haver qualquer data ou metacomo se dar bem no sportingbetpercentual para eliminaçãocomo se dar bem no sportingbetcombustíveis fósseis no texto final. E representantes do Brasil lamentaram que não tenha sido firmado um compromisso paralelo durante a COP26,como se dar bem no sportingbetque países desenvolvidos se comprometessem com um prazo para a transiçãocomo se dar bem no sportingbetenergia suja para fontes renováveis.

Na primeira semana da cúpula do clima, foram assinados compromissos paralelos sobre zerar desmatamento até 2030 e reduzir a emissãocomo se dar bem no sportingbetmetanocomo se dar bem no sportingbet30% até 2030, mas um acordo semelhante não foi feito sobre transiçãocomo se dar bem no sportingbetenergiacomo se dar bem no sportingbetfontes poluidoras para energia limpa.

"Teria sido interessante que houvesse um compromisso como o que assinamos sobre florestas, mas alcançando a áreacomo se dar bem no sportingbetenergia e combustíveis fósseis, as maiores fontescomo se dar bem no sportingbetpoluição. E o termo 'ineficiente' é vago. O que seria um subsídio ineficiente para combustível fóssil? Tinha que ser 'eliminar subsídio'", criticou um negociador brasileiro.

Metas mais ambiciosascomo se dar bem no sportingbet2022

Para especialistas, uma das principais vitórias do acordo final é incluir a necessidadecomo se dar bem no sportingbetpaíses apresentarem até o finalcomo se dar bem no sportingbet2022 novos compromissoscomo se dar bem no sportingbetreduçãocomo se dar bem no sportingbetgases do efeito estufa. Isso porque as metas apresentadas até agora por cada país não seriam suficientes para limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C, conforme previsto no Acordocomo se dar bem no sportingbetParis, assinadocomo se dar bem no sportingbet2015.

Um estudocomo se dar bem no sportingbetpesquisadores do Climate Action Target divulgado durante a cúpula do clima analisou esses compromissos e concluiu que a temperatura do planeta aumentaria 2,4°C se dependermos das metascomo se dar bem no sportingbetcurto prazo apresentadas pelos países.

"É muito importante esse trecho do acordocomo se dar bem no sportingbetexigir mais ambiçãocomo se dar bem no sportingbettodos os países jácomo se dar bem no sportingbet2022", disse à BBC News Brasil a gerentecomo se dar bem no sportingbetPolítica Global e Climática da WWF, Fernanda Carvalho.

Com isso, os países deverão elaborar e submeter até o fim do ano que vem uma nova NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), como é chamado o documento com metas voluntárias nacionais.

Outro ponto do acordo que representou um avanço, conforme especialistas, é a parte que regulamenta o monitoramento dos compromissos assumidos. Pelo acordo, todo ano os países devem apresentar um relatório sobre o andamento das NDCs, ou seja, dos compromissos assumidos por cada país.

Assim, será possível saber quem está cumprindo ou não as promessas feitas ao mundo. Além disso, ministros do Meio Ambiente deverão se reunir anualmente para discutir as metas climáticascomo se dar bem no sportingbetcurto prazo, que devem ser efetivadas até 2030.

Bom monitoramentocomo se dar bem no sportingbetmetas, fraco controlecomo se dar bem no sportingbetdinheiro

Se, por um lado, mecanismos para monitorar o cumprimento das metas avançaram, negociadores do Brasil dizem que o mesmo não aconteceu com o controlecomo se dar bem no sportingbetfinanciamentocomo se dar bem no sportingbetpaíses ricos a nações mais pobres.

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai tentavam emplacar nas negociações a previsãocomo se dar bem no sportingbetum comitê permanente para controlar o pagamento dos US$ 100 bilhões anuais que países ricos se comprometeram a pagar entre 2020 e 2025, para financiar ações contra o aquecimento globalcomo se dar bem no sportingbetpaísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento.

A ideia era que esse comitê acompanhasse a entrada do dinheiro, quanto cada país está pagando e para qual finalidade. Mas países ricos, principalmente a União Europeia, bloquearam a proposta.

"Os países ricos pressionaram por um mecanismo robustocomo se dar bem no sportingbetmonitoramento do cumprimento das metas, mas não aceitam o mesmo para o controlecomo se dar bem no sportingbetquanto estão entregandocomo se dar bem no sportingbetfinanciamento a países pobres", criticou um negociador brasileiro.

Fracassou pleito por US$ 1,3 trilhão a países pobres

O dinheiro na mesa, ou seja, o financiamentocomo se dar bem no sportingbetpaíses ricos a açõescomo se dar bem no sportingbetcombate ao aquecimentocomo se dar bem no sportingbetpaíses mais pobres, é considerado o pontocomo se dar bem no sportingbetmaior fragilidade do acordo final da COP.

O texto reconhece que é necessário que países ricos contribuam com "bem mais" do que os US$ 100 bilhões por ano que haviam prometido darcomo se dar bem no sportingbetfinanciamento a paísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento entre 2020 e 2025.

Mas o documento não estabelece uma cifra. Até agora, os US$ 100 bilhões prometidos não foram cumpridos pelos países desenvolvidos e, segundo previsões, esse valor só deve começar a entrarcomo se dar bem no sportingbet2023.

Paísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento faziam pressão por uma versão do acordo que previa até US$ 1,3 trilhãocomo se dar bem no sportingbetfinanciamento anual até 2030. O texto também não contemplou uma reinvindicação intermediária para que o financiamentocomo se dar bem no sportingbetpaíses desenvolvidos somassem US$ 600 bilhões até 2025.

O texto prevê, porém, que países definam até 2024 o valor do financiamento anual que deve passar a ser concedido a paísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento a partircomo se dar bem no sportingbet2025. E destaca que a cifra deve ser significativamente maior que os US$ 100 bilhões que deveriam ter sido pagos entre 2020 e 2025.

"Infelizmente, os países desenvolvidos não vieram preparados para essa COP. É frustrante ver o movimento real dos países desenvolvidos. Que eles tivessem se preparado para essa COPcomo se dar bem no sportingbetforma clara, que eles já tivessem reservadoscomo se dar bem no sportingbetseus orçamentos recursos relevantes para fazer uma transição justa", criticou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, àcomo se dar bem no sportingbetentrevista à BBC News Brasil.

"Infelizmente,como se dar bem no sportingbetrelação a financiamento, todos aqui da COP saem frustrados que não tenhamos chegado a um valor maior que os US$ 100 bilhões, que já não são suficientes para uma transição justa. Esperamos que nas próximas COPs os países desenvolvidos e maiores poluidores assumam acomo se dar bem no sportingbetresponsabilidades perante a esse desafio e a essa questão global."

Fracasso da reivindicaçãocomo se dar bem no sportingbetum fundo a países afetados

Um dos pontos mais sensíveis da negociação era o pleito dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas pela criaçãocomo se dar bem no sportingbetum fundocomo se dar bem no sportingbet"perdas e danos", para ajudar essas nações a lidar com emergências climáticas que não podem evitar.

Estados Unidos e União Europeia foram os principais países a bloquear a proposta. Em vezcomo se dar bem no sportingbetdefinir recursos e um fundo específico para compensar os países pelo impacto que já sofrem com mudanças climáticas, o acordo falacomo se dar bem no sportingbet"fortalecer parcerias" entre países desenvolvidos, paísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento, e instituições financeiras para ajudar na resposta a danos provocados pelas mudanças climáticas.

O documento também reconhece que é preciso mais ajudacomo se dar bem no sportingbeta países vulneráveis e reconhece que eles já estão sofrendo os efeitos do aquecimento global.

"Para nós, (financiamento para) perdas e danos é uma questãocomo se dar bem no sportingbetsobrevivência. As Maldivas vão aceitar o texto do acordo, mas pedem que os países ricos possam transpor as palavras e agir. Hoje aqueles que têm mais opções decidem quão rápido é necessário agir", disse a representante das Maldivas - que estão entre as ilhas sob riscocomo se dar bem no sportingbetsucumbir diante do aumento do nível do mar - na reunião plenáriacomo se dar bem no sportingbetque países apresentaram suas opiniões sobre a propostacomo se dar bem no sportingbetacordo.

Saldo é positivo?

Apesarcomo se dar bem no sportingbetter verem fracassos no texto, principalmente na ausênciacomo se dar bem no sportingbetvalores para financiar ações climáticascomo se dar bem no sportingbetpaísescomo se dar bem no sportingbetdesenvolvimento, ambientalistas e especialistascomo se dar bem no sportingbetpolíticas climáticas ouvidos pela BBC News Brasil dizem que o saldo é positivo.

"Nunca antes eu tinha visto uma decisão da COP contemplando tanto as preocupaçõescomo se dar bem no sportingbetpessoas reais e permeado pelo progresso que está ocorrendo na economia real. Diplomacia é incremental. Então é ótimo ver um pacote que reconhece o que já está acontecendo e precisa ser acelerado, como a mudança da opinião pública sobre combustíveis fósseis", disse Natalie Unterstell.

Para Unterstell, apesar do esvaziamento do trecho que falacomo se dar bem no sportingbetcarvão e combustíveis fósseis, é a primeira que um texto da COP26 reconhece o problema específico provocado pelas emissõescomo se dar bem no sportingbetfontes sujascomo se dar bem no sportingbetenergia. "O ideal seria falarcomo se dar bem no sportingbetabandono (do usocomo se dar bem no sportingbetcarvão e combustíveis fósseis). É o que a economia real está tentando buscar e realizar, e o que a ciência precisa que aconteça. Mas diplomacia é incremental e morosa", opinou a especialistacomo se dar bem no sportingbetpolítica climática.

Manuel Pulgar-Vidal, diretorcomo se dar bem no sportingbetClima e Energia da WWF, também afirmou que houve "progresso" no acordo da cúpula do clima. "Temos que reconhecer que houve avanço. Existem agora novas oportunidades para os países entregaram o que eles sabem que precisa ser feito para evitar uma catástrofe climática."

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