Por que México quer cobrar bilhões dos EUA por ondaapostas hojeviolência com armasapostas hojefogo:apostas hoje

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Quando o tiroteio terminou, ele havia sido baleado três vezes. Três outras pessoas — dois guarda-costas e uma mulher inocente vendendo lanches — morreram.
A localização e o alvo da emboscada são anomalias notáveis na sangrenta guerra às drogas do México. Mas as armas recuperadas depois do tiroteio não são: riflesapostas hojeprecisão Barrett calibre 50, pistolas e armas militares.
Todas são produzidas e vendidas por fabricantesapostas hojearmas com sede nos EUA.
O ataque contra Harfuch, juntamente com centenasapostas hojeoutros incidentes, agora é parteapostas hojeuma ação movida pelo governo mexicano contra fabricantesapostas hojearmas e atacadistas com sede nos EUA, incluindo nomes famosos como Smith & Wesson, Beretta, Colt, Glock e Ruger.

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A ação, movidaapostas hojeum tribunal federalapostas hojeMassachusetts — onde várias das empresas estão sediadas — argumenta que a "invasão"apostas hojearmas ilegais no México "é o resultado previsível das ações deliberadas e práticas comerciais dos réus".
As empresas argumentam que o México não tem como comprovar que a violência descrita no processo é culpa delas. As companhias alegam que a lei dos EUA as protege da responsabilidade pelo uso indevidoapostas hojeseus produtos.
Esta semana, serão ouvidos argumentosapostas hojeambos os lados para que um juiz decida se o processo vai seguir adiante.
Embora especialistas duvidemapostas hojeque o processo atinja seus objetivos principais — indenizaçãoapostas hojeUS$ 10 bilhões, o fimapostas hojepráticasapostas hojemarketing "inflamatórias" que supostamente apelam a criminosos e a criaçãoapostas hojetecnologiaapostas hojesegurança "inteligente" — a iniciativa já serviu como um golpe publicitário para o governo mexicano.
Maisapostas hojeuma dúziaapostas hojeEstados americanos — incluindo Califórnia e Nova York — expressaram seu apoio ao caso do governo mexicano, assim como advogados representando Antígua e Barbuda e Belize.
O caso está gerando atenção para um problema que o México diz ter sido ignorado há muito tempo pelos fabricantes e pela maioria dos americanos.
"Isso não afeta apenas o México", disse Guillaume Michel, chefeapostas hojeAssuntos Jurídicos da embaixada do Méxicoapostas hojeWashington, à BBC. "Também tem consequências para os EUA."
Um problema nos dois lados da fronteira
Para quem está na linhaapostas hojefrente da guerra às drogas no México, a onipresençaapostas hojearmas fabricadas nos EUA tem sido um problema há muito tempo. A polícia mexicana diz que criminosos e gangues nas cidades fronteiriças dos EUA têm acesso imediato a armas compradas e contrabandeadas através da fronteira.
"As medidasapostas hojesegurança implementadas na fronteira são quase uma piada", disse Ed Calderón, ex-policialapostas hojeTijuana, do outro lado da Califórnia, e especialista no submundo do crime mexicano.
"A fronteira é porosa", diz ele. "As pessoas — podem até ser mulheres e homens velhos — caminham ou dirigem pela fronteira diariamente e podem acumular um estoque que rivalizaria com qualquer exposiçãoapostas hojearmas do Texas. É fácil conseguir uma arma ou rifle no México."
A Guarda Nacional do México — que é a grande responsável por conter o fluxoapostas hojearmas para o México — não pôde ser contatada para comentar. Autoridades mexicanasapostas hojevários níveisapostas hojegoverno, no entanto, vêm prometendo reprimir o fluxoapostas hojearmas que atravessam a fronteira, referindo-se ao esforço como uma "prioridade nacional".
Esses esforços volta e meia produzem grandes apreensõesapostas hojearmas e prisões. Somente entre 1ºapostas hojejaneiroapostas hoje2019 e janeiroapostas hoje2021, a rede Milenio Televisión informou que 1.585 pessoas foram detidas por tráficoapostas hojearmas, maisapostas hoje90% das quais eram cidadãos dos EUA.
No mesmo período, dados oficiais compilados pelo Stop US Arms to Mexico — um projeto que visa reduzir as armas ilegais no país — mostram que 11.613 armas foram apreendidas pelo Exército, uma pequena fração do que se acredita estar nas ruas do México.
Uma única batida no inícioapostas hojemarço deste ano perto da fronteira com os EUA apreendeu maisapostas hoje150 armas e quase três milhõesapostas hojecartuchosapostas hojemuniçãoapostas hojeum esconderijoapostas hojeum suposto cartel.

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Os arsenais dos grupos criminosos, disse Calderón, são muitas vezes comparáveis aos dos militares mexicanos e muito superior ao das forças policiais locais.
"É horrível para o moral", disse ele. "Conheci policiais municipais que têm mais experiênciaapostas hojecombate do que qualquer força especial. Mas há um sentimentoapostas hojeabandono,apostas hojeeles não terem o que precisam."
Calderón afirma que muitas armas dos EUA são vendidas com decorações e especificações ao gosto dos membros do cartel mexicano, como AK-47s banhados a ouro ou pistolas com gravuras representando os conhecidos "Narco Saints" ou Santa Muerte, uma santa popular da morte. Essas decorações são muitas vezes feitas por vendedores privados baseados nos EUA que, segundo ele, atendem especialmente ao submundo do crime mexicano.
"Elas estão à venda abertamente", disse ele. "É um símboloapostas hojestatus dentroapostas hojecertos elementos dos cartéis — como um distintivoapostas hojehonra."
Também não há lei nos EUA que criminalize a vendaapostas hojearmas com tais condecorações.
Autoridades mexicanas dizem que os regulamentosapostas hojearmasapostas hojefogo muito diferentes são a raiz do problema.
O México tem apenas uma lojaapostas hojearmas — uma estrutura semelhante a uma fortalezaapostas hojeum complexo militar da Cidade do México que exige que os compradores forneçam uma papelada enorme e se submetam a cansativas verificaçõesapostas hojeantecedentes que podem levar meses.
As rigorosas leis mexicanas exigem que as armas sejam registradas junto ao governo federal e limitam seu tipo e calibre.
Mas ao norte da fronteira, conseguir uma arma é muito mais fácil. Autoridades mexicanas acreditam que uma grande parte das armas com destino ao Sul são compradas legalmente por "compradores laranja", que as passam ilegalmente para criminosos.
Em outros casos, as armas são compradas sem registroapostas hojevendedores particularesapostas hojefeirasapostas hojearmasapostas hojeEstados como Texas ou Arizona, evitando verificaçõesapostas hojeantecedentes.
Autoridades mexicanas argumentam que o fluxo constanteapostas hojearmas dessas fontes é o principal fatorapostas hojeviolência no país, onde cercaapostas hoje33 mil pessoas foram assassinadas apenasapostas hoje2021.
"Isso tudo é tráfico ilícito", disse Michel. "Não existe nenhum mecanismo comercial e legal que permita a entradaapostas hojetais quantidadesapostas hojearmas no México."
Os esforços do governo mexicano se tornaram mais um elemento no debate sobre armas nos EUA, onde uma minoria politicamente engajada — proprietáriosapostas hojearmas e defensores dos direitosapostas hojearmas — estáapostas hojeconflito há décadas com ativistas que pressionam por restrições mais rígidas à propriedade e às regrasapostas hojecompra.
Ativistas dos direitos das armas, apoiados por um poderoso lobbyapostas hojearmasapostas hojefogo, argumentam que as restrições violam a Segunda Emenda da Constituição dos EUA, que dá aos cidadãos o direitoapostas hojepossuir e portar armas.
Advogados dos fabricantes e lobistasapostas hojearmas dos EUA vinculam explicitamente o processo do México aos direitos constitucionais dos americanos.
"Não cabe ao governo mexicano decidir como as armasapostas hojefogo são vendidas legalmente nos EUA, principalmente quando os cidadãos americanos têm um direito constitucional fundamental", disse Lawrence Keane, vice-presidente sênior e conselheiro geral da National Shooting Sports Foundation, um grupo comercial que representa a indústriaapostas hojearmasapostas hojefogo dos EUA.
"É o comércio legalapostas hojearmasapostas hojefogo que possibilita o exercício desse direito para os americanos", acrescenta.
Keane rejeita as alegações do Méxicoapostas hojeque os fabricantes podem ser responsabilizados pela violência no México.
O governo mexicano "deveria estarapostas hojeum tribunal mexicano, buscando justiça contra esses cartéis", disse ele.
"E não deveria estar entrando com uma ação frívolaapostas hojeum tribunal federal dos EUA, tentando culpar os fabricantes que cumprem a lei porapostas hojefalhaapostas hojeproteger seus cidadãos."
Autoridades mexicanas insistem que não estão buscando uma revisão da Segunda Emenda ou questionando os direitos dos americanosapostas hojecomprar e possuir armas.
O processo é sobre buscar reparação por "práticas negligentes dessas empresas", diz Michel.
Nenhuma das empresas citadas no processo respondeu aos pedidosapostas hojecomentários da BBC.
Uma vitóriaapostas hojerelações públicas?
Especialistas admitem que as chancesapostas hojesucesso legal são pequenas — mas o processo é importante mesmo assim por seu simbolismo.
"Ele envia um sinalapostas hojeque não se deve fazer mais negócios como sempre se costumou fazer", disse Arturo Sarukhan, embaixador do Méxicoapostas hojeWashingtonapostas hoje2007 a 2013, à BBC.
Ioan Grillo, um autor do livro Blood Gun Money: How America Arms Gangs and Cartels(Dinheiroapostas hojeArmaapostas hojeSangue: Como a América Arma Gangues e Cartéis,apostas hojetradução livre), concorda.
Grillo, cujo trabalho é citadoapostas hojedocumentos judiciais, disse que viu mais debate sobre armas traficadas pelos EUA nos últimos meses do que nas duas décadasapostas hojeque trabalhou cobrindo o México.
"O processo meio que coloca isso na agenda", disse ele, então a questão "não é tão simples quanto ganhar ou perder" no tribunal.
"Quando há um processo como esse, ele começa a forçar e mudar os parâmetros. As empresasapostas hojearmas já vão ter que tentar se defender", disse Grillo. "Isso inicia um vai e vem e os obriga a começar a olhar para essas coisas. Elas não podem simplesmente ignorar o debate."

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Mas Calderón, o ex-policialapostas hojeTijuana, não ficou impressionado com essa suposta vitóriaapostas hojerelações públicas.
"Eu não vejo isso realmente fazendo nada alémapostas hojemarcar pontos políticos para ambos os lados", disse ele. "O governo do México tem uma grande responsabilidadeapostas hojepoliciarapostas hojeprópria fronteira. Eles militarizam a fronteira quando uma caravanaapostas hojemigrantes passa, mas não fazem nada para impedir que milharesapostas hojecartuchosapostas hojemunição e milharesapostas hojerifles se movamapostas hojenorte a sul. Acho que ninguém realmente se importa com isso."
E a grande quantidadeapostas hojearmasapostas hojefogo já presente no México significa que pouco pode ser feito para conter a violência, diz Alejandro Hope, ex-oficialapostas hojeinteligência mexicano.
"Já existem talvez 15 milhõesapostas hojearmasapostas hojepequeno porteapostas hojemãos privadas no México", disse ele. "Mesmo que amanhã paremos completamente o fluxoapostas hojearmas, já há armas suficientes para manter um alto nívelapostas hojeviolência."
"Estou muito céticoapostas hojeque isso possa ser controlado pelo lado da oferta", disse Hope. "Duvido que haja algum impacto a curto prazo."
Mas, pelo menos, disse ele, "isso mostra o custo que o tráficoapostas hojearmas tem para o México".

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